
Em 2019 a Federação Cinológica Internacional (FCI) alterou o nome do Dogo Canário para Presa Canário
Sua denominação original Presa Canário “Foi uma exigência do governo local das Ilhas Canárias, conforme decreto real sobre o nome oficial da raça”, diz o diretor-executivo da FCI, Yves de Clercq.
Ele explica que, no início dos anos 2000, a FCI solicitou a Real Sociedad Canina de España a mudança de Presa para Dogo. “Na época havia uma campanha maciça contra cães agressivos e o termo Presa não era considerado apropriado”, conta Yves.
Em nosso país, o melhor criador da raça pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC) de 2004 a 2014, Eduardo Luiz de Oliveira, do Cane Club Kennel, de Campo Magro, PR, diz: “Eu a conheci como Presa Canário, no final dos anos 90, e quando trouxe meu primeiro exemplar ao Brasil, em 2002, a FCI já tinha alterado o nome e, assim como os demais criadores, tive que aceitar mesmo sendo contra”. Ele explica que essa primeira mudança acabou por colaborar para que a raça se dividisse ainda mais em duas vertentes equivocadas: os Dogos foram taxados como exclusivamente cães de exposição e beleza, enquanto os Presas como cachorros de trabalho, com mais atitude. “E isso é uma inverdade: os meus cães, por exemplo, são FCI e primam não só pela beleza, mas também pelo temperamento”, conta Eduardo. Ele finaliza: “O retorno ao nome original é benéfico, fará com que uma única raça de fato se solidifique ainda mais no mundo como guardiã acima da média, o que sempre foi o propósito de sua formação e seleção”. Presa Canário
Por: Fabio Bense
Clique aqui e adquirá já a edição 490 da Cães & Cia!