265 raças caninas: escolha o seu próximo melhor amigo

Foto: Reprodução Cães & Cia

Mais uma vez, preparamos uma seleção de cães de raça para nossos leitores. Para quem procura um cachorro de raça para ter em casa, ele ajuda na escolha. E para quem não procura um outro cão de companhia, nosso Anuário Top Cães é sempre uma oportunidade de revisar informações sobre as raças de cachorros mais populares no mundo e no Brasil. Este ano, separamos as raças por porte, para facilitar a sua busca. Muitas destas raças não são criadas por aqui, mas vale a pena serem conhecidas por quem ama cães. Boa leitura!

ENTENDA MELHOR AS FICHAS DESTE ANUÁRIO
A seguir, explicamos as legendas das fichas de raças que você verá nas próximas páginas

 TOPCÃES 2023/2024 – RAÇAS PEQUENAS, TOY E MICRO

Affenpinscher
Foto: arquivo de Ingunn Axelsen

Origem: Os primeiros registros oficiais da raça remontam ao ano de 1879, embora eles tenham sido retratados em gravuras feitas em madeira bem antes disso, nos anos 1500, por Albrecht Dürer. Foram desenvolvidos a partir do Pinscher pelo duro (já extinto).
Peso e tamanho: Cerca de 4 a 6 kg; de 25 a 30 cm.g
Pontos Fortes: Ele mistura exuberância com sabedoria, sendo um cãozinho muito vivaz, corajoso, leal e afetuoso, além de um ótimo cão de alerta (reservado com estranhos) e caçador de roedores.
Rotina: Caminhadas diárias ou brincadeiras de 30 minutos são suficientes para gastar a energia moderada deste cão. Escovação semanal é recomendada, além de banhos mensais e hand stripping a cada dois meses. Por ser um pouco teimoso, exige um adestramento consistente.
Curiosidade: Affen, significa macaco em alemão. A palavra foi inserida no nome da raça por este cão ter pelos alongados na cabeça que lembram os de alguns primatas.



Basset Alpino
Foto: Adbklubben.se/ADB-klubben Alpenlandinsche Dachsbracke

Origem: De origem muito antiga, eram usados para a caça de coelhos, raposas e até alces e javalis, sendo capazes de perseguir e seguir um rastro de presa abatida em terrenos difíceis.
Peso e tamanho: 15 a 18 kg. De 34 a 42 cm.
Pontos Fortes: É muito resistente, destemido, ágil, robusto e dotado de personalidade forte, porém, encanta com sua expressão vivaz e amável. É um companheiro muito afetuoso com sua família, inclusive com crianças. É um bom cão de alerta.
Rotina: Precisa de espaço, de bastante atividade para gastar sua grande energia, além de ser socializado desde filhote e treinado com firmeza para não ser desobediente, pois é um cão obstinado. Exige escovação quinzenal e banhos ocasionais, sendo um cão rústico. Como é um cão que não caçava em matilha e com forte instinto de caça, não é recomendado que seja criado com outros cães ou pets.
Curiosidade: Em seu país, é chamado de Alpenlandische Dachsbracke. Em 1932 foi registrado como sendo a terceira raça farejadora de rastro de sangue da cinofilia.


Basset Artesiano Normando
Foto: www.adorablesbetes.com

Origem: Descende do Basset Normando e do Basset d’Artois – ambos já extintos.
Peso e tamanho: 15 a 20 kg. De 30 a 36 cm.
Pontos Fortes: Por ser muito alegre e extrovertido, é conhecido por ser um cão divertido e apaixonante. Tem ótimo olfato, é afetuoso, alegre e calmo.
Rotina: É um cão de matilha e, como tal, gosta de viver bem próximo de sua família, podendo até ser bem chicletinho. Aprende a conviver com pets que conhece desde filhote. Precisa ser adestrado desde cedo. Guloso, precisa de alimentação bem regrada para não engordar. Cheio de energia, não é recomendado para apartamento ou dono sedentário ou idoso. Sua casa precisa ser segura, pois cava jardins e pode escapar para perseguir presas. Deve ser escovado semanalmente e exige cuidado com suas orelhas.
Curiosidade: Embora raro no mundo, na França, esse cão é o Basset mais popular. Acredita-se que ele tenha sido usado para desenvolver o American Foxhound, nos Estados Unidos.



Basset Fulvo da Bretanha
Foto: Alice van Kempen

Origem: Desenvolveu-se a partir do Griffon Fulvo da Bretanha e de outros Bassets da mesma região. No século XIX foi muito popular na Bretanha, onde era usado na caça de coelhos. Aliás, é o maior especialista nesta modalidade, tendo vencido outras raças em diversas Copas de caça ao coelho realizadas na França.
Tamanho: De 32 a 38 cm.
Pontos Fortes: É um cão com personalidade, calmo, tenaz, afetuoso e equilibrado. Um ótimo companheiro para famílias com crianças. É sociável até com pessoas estranhas e outros cães.
Rotina: Adapta-se facilmente a diferentes ambientes e estilos de vida, mas sua energia é considerada de moderada a alta, exigindo exercícios físicos diários. Se viver em apartamento, precisa sair pelo menos três vezes ao dia. Adoram fazer passeios em meio a natureza. Exige apenas escovação regular e banho ocasional.
Curiosidade: É bastante rápido para seu tamanho e pode ser usado como farejador de rastro de sangue.


American Bully (pocket e miniatura)
Foto: Kleber Morandi Gandolfo/Cão: Ubba/ Propr.: Rodrigo Luis Batista/ Canil Tropa Bully/
Instagram: @tropabully

Origem: Desenvolvida ao longo da década de 1990, por criadores de American Pit Bull. De acordo com a ABKC, que reconhece a raça desde 2004, o American Bully é uma ramificação do Pit Bull e do American Staffordshire Terrier.
Peso e tamanho: Seu peso e altura são menos importantes do que a proporção correta entre peso e altura. A IBC é a única a reconhecer Bullies miniaturas (fêmeas até 33 cm e machos até 35 cm) e pockets (fêmeas de 33,01 cm até 40,5 cm e machos de 35,01 cm até 43,0 cm).
Pontos Fortes: Força, confiança e vigor. Inteligente e sempre pronto para agradar, é muito fácil de adestrar. É um cão poderoso, com corpo musculoso bem definido e cabeça quadrada. Excelente companheiro da família, é conhecido por seu amor às crianças.
Rotina: É um parceiro para todas as horas, e gosta de estar por perto do dono, não sendo um cão para viver sozinho no quintal nem para fazer guarda, pois é dócil até com pessoas estranhas.
Curiosidade: Todas as cores, exceto o merle, são aceitas na raça. Deve parecer robusto, atarracado e compacto, dando a impressão de um cão sólido e poderoso que tem grande força e habilidade em um corpo compacto.
Revisão técnica: Rodrigo, Tropa Bully. *Texto baseado no padrão IBC (ibcdogs.com.br)


Basset Hound
Foto: Arquivo de Gilles Garlaschi

Origem: Século XVI, quando os franceses usavam cães de caça baixos e de corpo pesado, de maneira que conseguissem acompanhá-los. Foi aperfeiçoado na Inglaterra no século XIX.
Tamanho: De 33 a 38 cm.
Pontos Fortes: Amigável, tranquilo, bastante esperto e um tanto teimoso.
Rotina: Gosta de fazer companhia para as pessoas e se dá bem com crianças. Originalmente era um cão de caça em matilhas e, por isso, tende a se dar bem com outros cachorros e pets em geral. Também por este motivo pode latir muito e alto – durante a atividade venatória, ele uiva para se comunicar com os outros cães. A pelagem, curta pode cair de maneira intensa e, assim, deve ser escovada pelo menos uma vez por semana. Banho ocasional ajudará a manter o pelo limpo e brilhante. Deve ser levado para caminhar diariamente.
Curiosidade: Com exceção da altura e da conformação das pernas, é semelhante ao Bloodhound. A palavra francesa bas significa baixo, o que condiz com a sua estatura.


Beagle
Foto: Chibaya Photography/Cão: Jalhar New Lease of Life with Haggatty/Criador: Jane Whitton (canil Haggatty,
www.haggattybeagles.com)

Origem: Já se escrevia sobre esses cães em 1400. Descendem de cachorros que eram usados em matilhas por caçadores na Inglaterra, País de Gales e França.
Tamanho: De 33 a 40 cm.
Pontos Fortes: Alegre, ativo e carinhoso. Relaciona-se bem com outros pets e crianças. Prefere ter sempre companhia e, se for deixado sozinho, pode latir excessivamente e ser destrutivo.
Rotina: Difícil de dominar e treinar obediência. Perde pelos em intensidade moderada durante todo o ano, um pouco mais na muda da pelagem – escovação semanal com luva de borracha removerá os fios soltos. Não precisa de banho com muita frequência, a menos que se meta em algo bastante sujo. Necessita de pelo menos uma hora de exercício diário, como caminhadas.
Curiosidade: Uma de suas peculiaridades são as orelhas longas, que, quando totalmente estendidas, devem atingir a ponta do focinho, para que captem partículas de cheiro e possam direcioná-las para o nariz, de olfato bem apurado.


Bichon Frisé
Foto: Arquivo de Claudine Forissier

Origem: Era conhecido na região do Mediterrâneo já na Idade Média (de 476 a1453). Posteriormente, foi tema frequente de pintores famosos como Ticiano e Goya. Considerado descendente do já extinto English Water Spaniel.
Peso e tamanho: Cerca de 5 kg; de 25 a 29 cm (ideal).
Pontos Fortes: Apegado e afetuoso com os membros da família. Dócil com crianças, outros cães, animais em geral e desconhecidos (nem costuma latir para dar alarme). Muito inteligente (tanto que atuou fazendo truques em circos).
Rotina: A pelagem deve ser escovada pelo menos duas ou três vezes por semana (o ideal seria todos os dias). Precisa de banho pelo menos uma vez por mês. Embora ativo, não precisa de muito espaço para brincar e é adequado para morar em apartamento. Sessões diárias de brincadeiras, além de caminhadas, são necessárias para que ele seja feliz.
Curiosidade: É recomendado para pessoas com alergia a pelos de cães, especialmente as com quadro leve do problema – seu pelo cai muito pouco.


Bichon Havanês

Foto: Arquivo de Evelio Fernandez Hernandez

Origem: Descende de cães levados por fazendeiros e nobres de Cuba para Tenerife, na Espanha, no início dos anos 1500. Esses cachorros se desenvolveram até chegarem ao cão de hoje, com pouca influência de outras raças.
Tamanho: De 21 a 29 cm.
Pontos Fortes: Esperto e altamente treinável, a ponto de realizar truques cômicos. Alegre, ativo, equilibrado e afetuoso, não se adapta bem à vida em canis – prefere estar na companhia de seu dono. Bom cão de alarme, embora nada agressivo. Apesar de pequeno, tem grande força física.
Rotina: Escovação diária e banhos conforme o necessário. Os exercícios podem ser uma rápida caminhada diária ou brincadeiras divertidas com o tutor. Precisa de socialização para evitar que se torne tímido com estranhos. Não há necessidade de um adestrador profissional para o manejo: donos obtêm excelentes resultados.
Curiosidade: Entre as celebridades que já tiveram exemplares da raça estão dois dos mais celebrados escritores do mundo: Ernest Hemingway e Charles Dickens.



Biewer Terrier

Foto: @ Biewer Terrier Club of America

Origem: Surgiu em 1984, quando os criadores de Yorkshire Terrier, Werner e Gertrude Biewer, deram início à criação seletiva da nova raça a partir de um exemplar tricolor, azul-aço, dourado e branco que havia nascido em uma ninhada da criação deles. Hoje, o Biewer Terrier é uma raça distinta do Yorkshire, sendo que a principal diferença entre eles é o padrão de cores.
Peso: Até 3,6 kg.
Pontos Fortes: Émuito alegre, ativo, adora colo e ama brincar e interagir com os donos. Por ser pequeno, pode ser facilmente levado em viagens. Ideal para todas as idades.
Rotina: Exige passeios curtos e brincadeiras para gastar sua energia, que é moderada. É sociável com visitas e outros cães. Sua longa e lisa pelagem precisa de escovação diária para que não forme nós, e banhos podem ser dados entre 7 e 10 dias. Tosas higiênicas periódicas facilitam o manejo diário.
Curiosidade: O primeiro nome da raça foi Biewer Yorkshire a La Pom Pon.


Bolonhês
Foto: Tommaso Urciolo/Cão: Christina’s Nabucco/Criadores: Salvo
Foti e Laura Reina

Origem: Foi desenvolvido em Bolonha, onde, com sua pelagem longa no mais puro branco, já era altamente valorizado desde os séculos XI e XII. Em virtude da beleza e charme, ele se tornou o favorito da nobreza durante a Renascença (entre 1.400 a 1.600). Em 1668, Cosimo de Medici enviou oito exemplares ao amigo Coronel Alamanni da Bélgica, para que fossem dados para famílias ricas de Bruxelas.
Peso e tamanho: De 2,5 a 4 kg; de 25 a 30 cm.
Pontos Fortes: Bastante amoroso e devotado com as pessoas de sua família. Pode se mostrar tímido com estranhos. Muito inteligente, aprende facilmente se o tutor não o mimar. Não tem cheiro e late muito pouco.
Rotina: Precisa de escovação diária. Já os banhos são ocasionais. Ótimo para apartamento e como companheiro de idosos e aposentados, pois possui pouca energia, apesar de ser brincalhão. Assim, os exercícios devem ser moderados.
Curiosidade: A pelagem do Bolonhês tem textura igual à do algodão e é sempre branca


Border Terrier
Foto: Joyce Martin/Cão: Keycharm Phantom By Ridgebow/Criadora:
Anna Duxbury (Ridgebow Border Terriers).

Origem: Fronteira entre Inglaterra e Escócia, no fim do século XIX. Foi desenvolvido para caçar raposas que aterrorizavam os fazendeiros locais, que precisavam de um cão com comprimento de perna suficiente para acompanhar um cavalo, mas que fosse suficientemente pequeno para perseguir uma raposa dentro da terra.
Peso: De 5,1 a 7,1 kg.
Pontos Fortes: Afetuoso, ativo, obediente e facilmente treinado. É independente e genioso, mas gosta de agradar. Inteligente, brincalhão e afetuoso, é bastante resistente, corajoso e alegre. Gosta muito de crianças e aceita bem estranhos.
Rotina: Não deve ser banhado em demasia, o que tenderia a amaciar sua pelagem áspera. Exemplares de exposição passam pelos tripping duas vezes ao ano. Precisa de muito exercício (passeios diários).
Curiosidade: Tem corpo um pouco mais longo, estreito e com costas mais flexíveis que muitos terriers, dos quais se diferencia também por se dar bem com outros cães, já que foi desenvolvido para caçar em matilha.


Boston Terrier
Foto: Arquivo do American Kennel Club

Origem: Desenvolvido em Boston no final dos anos 1800 por meio de cruzamentos entre Bulldogs e o já extinto English White Terrier.
Peso: É dividido por classes – abaixo de 6,8 kg; de 6,8 a 9 kg; e de 9 a 11,35 kg.
Pontos Fortes: Feliz e amigável. Muito inteligente e fácil de treinar, ávido por aprender e agradar ao tutor. Companheiro amoroso para famílias com crianças.
Rotina: A pelagem não passa por muda intensa e deve ser escovada semanalmente com luva de borracha. Só precisa de banhos ocasionais (a menos que entre em algo sujo). Não tolera calor extremo, pois possui focinho curto (a raça é braquicefálica) e pode ter problemas respiratórios se praticar atividades em horários muito quentes. A necessidade de exercício varia: para alguns exemplares, bastam caminhadas rápidas uma a duas vezes por dia; outros vão precisar de mais tempo para correr e brincar diariamente, como participar de esportes caninos, a exemplo do agility.
Curiosidade: Nomeado cão oficial de Massachusetts por lei estadual de 1979 (nem todos os estados norte-americanos têm um cachorro oficial)


Buldogue Francês
Foto: Johnny/Cão: Francesco e Propr.: Lucas Roberto Duarte, canil DWK

Origem: Resultado de diferentes cruzamentos feitos por criadores de cães de bairros populares de Paris nos anos 1880. A raça chegou ao Brasil nos anos 1970.
Peso e tamanho: ideal – 9 a 14 kg e 27 a 35 cm (machos); 8 a 13 kg e 24 a 32cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Apegado e afetuoso, está sempre pronto para receber carinhos e é daqueles que acompanha os donos em tempo integral. É extremamente sociável com crianças. Late raramente e pouco. Trata-se de um cão de companhia e lazer, sociável, alegre e brincalhão, que se relaciona com estranhos sem demonstrar qualquer hostilidade.
Rotina: Deve receber limpeza e secagem nas dobras do nariz uma vez por semana, para evitar assaduras. Como tem focinho curto, está sujeito à hipertermia e, assim, deve ser poupado de ambientes quentes e de atividade física exagerada. Ele não gosta de ficar sozinho.
Curiosidade: É o menor entre os Buldogues e o único originário da França.


Bull Terrier Miniatura

Foto: Arquivo de Marcela e Frank Mustatea (Capones Kennel)

Origem: Desenvolvido em meados do século XIX a partir do cruzamento de um Old English Bulldog com o já extinto White English Terrier.
Tamanho: Até 35,5 cm.
Pontos Fortes: Brincalhão, animado e travesso. Carinhoso com a família e desconfiado com estranhos. Relaciona-se bem com crianças. Convive de maneira harmoniosa com outros cães do seu tamanho ou maiores, mas cachorros, gatos e outros animais menores estimulam o instinto de caça dele.
Rotina: Deve contar com cerca de 60 minutos por dia de atividade, como caminhadas, corridas ou mesmo acompanhar o tutor na bicicleta. A escovação da pelagem deve ser realizada semanalmente (mas, na época das duas mudas de pelo, ela se torna diária). Em geral esse cão precisa de banho apenas quando for necessário.
Curiosidade: Embora parente do Bull Terrier, as duas raças são distintas e com ancestrais diferentes – o Bull Terrier Miniatura foi inclusive desenvolvido antes do Bull Terrier.


Cairn Terrier

Fonte: www.eleveurs-online.com

Origem: Foi desenvolvido a partir de diferentes terriers de pequeno porte provenientes das terras altas da Escócia e bassets primitivos trazidos por vikings. Desde a sua origem é usado na caça de lontras, raposas e pragas.
Peso e tamanho: De 6 a 7,5 kg. De 28 a 31 cm.
Pontos Fortes: É muito confiante, inteligente, protetor, equilibrado, resistente e dotado de personalidade forte, sendo um companheiro afetuoso, sensível e independente. Serve como cão de alarme.
Rotina: Precisa de atividade diária para gastar sua alta energia. Pode perseguir pequenos animais pelo forte instinto de caça e gosta de cavar. Aprende comandos com rapidez se o treino for positivo. Pelagem exige escovação semanal. Ele quase não tem muda de pelos.
Curiosidade: Sua pelagem dura é resistente e adaptada para suportar o frio e as intempéries. Entre todos os terriers da Escócia, este é o que menos sofreu mudanças de temperamento e aparência desde a sua origem.


Cão de Crista Chinês
Foto: @The Kennel Club/ Cão: Multi CH Nilufer Molosos Gratzi/ Propr.: A Dmitrieva/Crufts 2017

Origem: Nos tempos antigos, grandes cães com corpo pelado e crista (crest) de pelos na cabeça foram trazidos da África para a China, onde, após gerações de acasalamentos, foram reduzindo de tamanho.
Tamanho: De 28 a 33 cm (machos), 23 a 30 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Apesar da aparência exótica ser seu maior chamariz, ele também se destaca por seu jeito de ser, sendo afetuoso, extrovertido, alegre e amoroso.
Rotina: Como é um cão atlético e gosta de ser o centro das atenções, é capaz de dar piruetas de tanta animação, entre outras “palhaçadas”. Ideal para quem busca um cão ligado à família e companheiro, tanto para um bom colo, como para viajar ou realizar caminhadas e esportes, como o agility.
Curiosidade: Apesar da variedade Hairless da raça ser mais conhecida e apreciada, por seu corpo ser pelado com pelos apenas na cabeça (crista), patas (meias) e cauda (pluma), existe ainda a variedade Powder Puff, em que ele é inteiro coberto por pelos, com pelagem macia, sedosa e esvoaçante.


Chihuahua
Foto: Arquivo do canil Montilla/ Cão: Neo King Endymion Milaminnis/ Propr.: Kamilla G Rausis Viesba, canil Montilla/
Criador: Camila Dutra Rodrigues/
Instagram @montillachihuahuas

Origem: A raça Chihuahua como conhecemos hoje é resultado da combinação de dois cães já extintos: o Tapeitzcuintle e o Techichi. Sua história remonta ao México, ao estado de Chihuahua, que inspirou o nome da raça.
Peso e tamanho: De 1,5 a 3 kg. O padrão oficial não especifica uma altura ou comprimento, apenas que o cão deve ser proporcional e quase quadrado em sua estrutura.
Pontos Fortes: O traço mais distintivo da raça é a sua cabeça em formato de maçã. Além disso, seu tamanho diminuto o torna um cão portátil, perfeito para viagens e passeios. Companheiro afetuoso para todas as ocasiões, desenvolve laços de afeto muito fortes com a família, embora seja mais apegado a uma pessoa.
Rotina: Brincalhão e dinâmico, adora estar no centro das atenções e não tolera longos períodos de solidão. Convive bem com crianças e outros pets, mas devido ao seu tamanho pequeno, pode ser sensível. Embora tenha um nível moderado de energia, precisa de passeios diários ou sessões de brincadeira com a família. A variedade de pelo longo da raça requer escovação semanal para evitar nós, enquanto os de pelo curto apenas escovação ocasional e banhos conforme necessário.
Curiosidade: É considerado o menor cão da cinofilia, mas sua coragem é surpreendente. Ele não hesitará em enfrentar cães maiores para proteger sua família.
Revisão técnica: Kamilla G. R. Viesba, canil Montilla.


Cavalier King Charles Spaniel
Foto: Lady Christiana/Cão: Pascavale Patrice

Origem: A história da raça está ligada à da família real da Inglaterra, sendo o Rei Charles II o principal responsável pelo desenvolvimento destes cães. Não à toa, a palavra king foi introduzida ao seu nome.
Peso: De 5,4 a 8 kg.
Pontos Fortes: Um companheiro muito afetuoso e de fácil convivência, de natureza (e expressão) doce e gentil. Um pet muito agradável! Recebe bem as visitas e se diverte com crianças. Quase não late.
Rotina: Ele se molda ao temperamento e à rotina dos donos. Calmo em casa, basta chamá-lo para um passeio que ele se anima, mas seu nível de energia é considerado baixo. Também não aprecia longos períodos de solidão. Sua pelagem precisa ser escovada regularmente.
Curiosidade: Ele é primo do King Charles Spaniel, que se diferencia pelo focinho mais curto e pela cabeça arredondada.


Cesky Terrier
Foto: @The Kennel Club

Origem: Surgiu a partir das raças Sealyham Terrier e Scottish Terrier, e era usado para a caça de raposas e texugos. Foi reconhecido pela FCI em 1963 e pelo TKC em 1990.
Peso e tamanho: De 6 a 10 kg. De 25 a 32 cm.
Pontos Fortes: Menos teimoso que os demais terriers, é um cão que aprende fácil com uso de reforço positivo, pois adora agradar seu dono. Calmo, brincalhão e carinhoso, é ideal para conviver com crianças, sendo um cão protetor com a família e reservado com estranhos sem ser agressivo.
Rotina: Tem instinto caçador, podendo perseguir pequenos animais caso não esteja na coleira durante o passeio. Seu corpo deve ser tosado, não exige hand stripping. De energia moderada, exige passeios diários curtos e sessões de brincadeiras com os donos. Possui pelos em excesso nos ouvidos, que devem ser aparados para prevenir infecção. Banhos são regulares.
Curiosidade: É considerado o cão nacional da República Tcheca.


Coton de Tuléar
Foto: @Tke Kennel Club

Origem: Surgiu no sul da ilha de Madagascar, na região de Toléar, mas foi desenvolvido na França. Foi aceito em 1970 pela FCI.
Peso e tamanho: De 3,5 a 6 kg. De 23 a 28 cm (ideal).
Pontos Fortes: Muito inteligente, calmo, vivo e curioso, é um cão de companhia agradável e afetuoso com sua família. Muito sociável, adapta-se bem a diferentes estilos de vida, inclusive, com pessoas idosas.
Rotina: Precisa de atividade física e mental diária para ser equilibrado e gastar, que é moderada. É recomendado adestramento básico e gentil para não se tornar teimoso. Exige escovação regular da pelagem (para evitar nós) e banhos mensais.
Curiosidade: É considerado antialérgico, pois não tem subpelo e só troca o pelo de filhote para adulto. A pelagem tem textura macia como o algodão e a cor branca deve ser predominante. Poucas manchas cinzas ou beges nas orelhas e no corpo são toleradas.


Dachshund Kaninchen Pelo Curto
Foto, propr. e criação: Oscar Plentz/Cão: Fanny da Boa Barba

Origem: Os Kaninchens são os menores entre os Dachshunds, pois foram desenvolvidos especificamente para a caça de presas pequenas, ou seja, coelhos e ratos.
Tamanho: Circunferência do peito de até 30 cm.
Pontos Fortes: Possui o mesmo temperamento e personalidade forte dos demais Dachshunds.
Rotina: Precisa de socialização para que não seja indiferente com visitas ou pos-essivo demais em relação ao dono. Pode ser desafiador treiná-lo. Exige persistência, paciência carinho e reforço positivo. Em casa, é um cão apegado, alegre, destemido e que exige escovação semanal da pelagem.
Curiosidade: Pode precisar de roupinhas para se aquecer em dias mais frios, pela pelagem curta.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Dachshund Miniatura Pelo Curto
Foto: Emerson Oliveira/ Cão: Ch Bras – Zira da Boa Barba/ Propr. e criação: Oscar Plentz e Iolanda Souza /Canil Boa Barba –
Instagram: @canil_boabarba

Origem: Entre as variedades da raça, esta é a mais popular no Brasil. Também chamado de Dackel ou Teckel (ou até erroneamente de Basset), o Dachshund é conhecido desde a Idade Média e descende de Bracos Alemães de pernas curtas (cães de patas curtas têm registros já no Egito Antigo), especialmente bons para a caça embaixo da terra pela perseverança, rapidez e excelente faro. Além disso, possui alto instinto para busca e perseguição de animais feridos. Durante décadas, esses cães têm sido criados em três diferentes tamanhos (Standard, Miniatura e Kaninchen) e em três diferentes pelagens (curta, dura e longa). Os Miniaturas foram criados para caçar presas menores de pequeno porte, como lebres e coelhos. Tamanho: Circunferência torácica de 32 a 37 cm (machos) e de 30 a 35 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Dotado de expressão alerta, este cão transborda vivacidade. É um companheiro carinhoso que gosta de ficar junto do dono e é muito inteirado com a família. Seu tamanho equivale a cerca da metade do Dachshund Standard.
Rotina: Se esses cães crescerem acostumados com a presença de crianças e forem respeitados por elas, a relação será ótima. Os mais animados entre os Dachshunds, os Miniaturas são ativos, ávidos por uma boa farra e gostam de uma correria. Porém, não foram projetados para correr longas distâncias ou nadar. Preferem brincadeiras com a família e caminhadas de cerca de 30 minutos. Costumam também ter bom convívio com outros cães e, no que se refere a outros bichos, é melhor acostumá-los a eles desde pequenos, pois, do contrário, é provável que os encare como presas. Para obter o melhor desses cães no quesito obediência, as dicas são: companhia constante dos tutores e boa educação, ou seja, impor as normas desde cedo; não mimar em excesso, nem ser rigoroso demais. Em geral, desconfiam de quem não conhecem: quase sempre latem para as visitas e dificilmente as festejam de imediato. Deve-se também cuidar muito da alimentação, pois esses cães têm grande tendência para engordar e a obesidade é muito maléfica: como eles já são baixos, ela faz com que cheguem a se arrastar no chão, perdendo totalmente a mobilidade, agilidade e alegria, gerando problemas de coluna (que exigem sempre atenção especial, pois é um ponto fraco em todos os cães longos) e nos ligamentos desses cachorros.
Curiosidade: O Dachshund Miniatura de Pelo Curto de boa linhagem, vindo de quem trabalha para o aprimoramento da construção anatômica do cão, é rústico e pode chegar longe quanto à expectativa de vida, mais de 15 anos.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba


Dachshund Miniatura Pelo Duro
Foto: Edmilson Reis/ Cão: Ch Bras – Ripe da Boa Barba / Criação e propr.: Oscar Plentz e Iolanda Souza
Instagram: @canil_boabarba

Origem: Acredita-se que a pelagem dura na raça Dachshund tenha sido introduzida por raças como Schnauzer e Dandie Dinmont Terrier nos séculos XVIII e XIX.
Tamanho: Circunferência torácica – 32 a 37cm (machos); 30 a 35 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Inteligência, coragem, perseverança, faro apurado e força são marcas registradas do Dachshund. É um cão amigável e equilibrado. Esperto e vigilante, late quando há algo diferente em seu território, sendo um bom cão de alerta. Os exemplares com pelo duro costumam ser apontados como os mais extrovertidos entre os Dachshunds e que mais prestam atenção nos donos. Nesta variedade também, sua barba claramente definida no focinho e sobrancelhas espessas são charmes extras.
Rotina: Muito sociável, quer estar com seus humanos. Precisa de exercícios regulares não apenas para manter a forma, mas também para desenvolver músculos fortes para dar suporte e proteger sua coluna vertebral – duas caminhadas diárias de duração moderada costumam ajudar para evitar lesões. Sua pelagem densa e coberta com pelos duros, não cai de maneira muita intensa (não há necessidade de escovar mais que uma vez por semana) e ele tem pouco odor corporal. O ideal é que seja feitos tripping regularmente.
Curiosidade: Em alemão, dach significa texugo e, hund, cachorro.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Dachshund Miniatura Pelo Longo
Foto: Karla Vianna/ Cão: Ch Bras – Gaiazinha da Boa Barba/ Criação e propr.: Oscar Plentz e Iolanda Souza
Instagram: @canil_boabarba

Origem: As três variedades de pelagem do Dachshund (curta, dura e longa) se originaram em épocas diferentes. A primeira foi a curta, que descende de um cão de aponte de porte pequeno. Já o pelo longo foi produto de criação seletiva, que teria utilizado alguns cães do tipo spaniel e que almejou gerar Dachs para trabalharem climas mais frios e com melhora no faro.
Tamanho: Circunferência torácica – 32 a 37cm (machos); 30 a 35 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: É muito leal aos donos e amigável por natureza. São mais carinhosos e calmos (pelos ancestrais spaniels, que tiveram) do que os Dachs de pelagem curta. Outro grande atrativo é sua pelagem lisa, bem ajustada ao corpo e brilhante, alongada na parte inferior do pescoço e do corpo e com franjas na parte de trás dos membros, que atingem seu maior comprimento na parte inferior da cauda (formando uma bandeira completa).
Rotina: Esses cães são bons com crianças e gostam delas. Podem ser um pouco difíceis de treinar para obediência, mas são carinhosos. Importante que seja controlado seu peso para evitar problemas nas costas. É aconselhável que sejam penteados semanalmente (a queda de pelos neles é considerada moderada).
Curiosidade: O latido surpreendentemente alto do Dachshund refere-se às suas raízes de trabalho, pois permitia que o parceiro humano de caça o localizasse embaixo da terra.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Dachshund Kaninchen Pelo Duro
Foto e propr.: Oscar Plentz, canil Boa Barba/Cão: Inamorata Irma la
Dolce

Origem: Esse tipo de pelagem na raça foi introduzido para melhorar a proteção do cão na hora da perseguição da presa em arbustos e folhagens mais densas.
Tamanho: Circunferência do peito de até 30 cm.
Pontos Fortes: Mesmo temperamento e personalidade forte dos demais Dachshunds. Possui barba e sobrancelhas espessas, assim como os demais Dachs de pelo duro.
Rotina: Cheio de energia, adora caminhadas e brincadeiras que simulem a caça. Embora também seja independente, é mais fácil de treinar por ter maior ligação com o dono. Exige escovação semanal e hand stripping feito por groomer profissional pelo menos uma vez no mês.
Curiosidade: Diferentemente da pelagem curta, a dura foi produto de cruzamentos que almejavam gerar exemplares para trabalhar em áreas de vegetações com espinhos e as próprias barbas e sobrancelhas facilitam o trabalho em tocas.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba


Dachshund Kaninchen Pelo Longo
Foto, propr. e criação: Oscar Plentz, canil Boa Barba/ Cão: Odara da
Boa Barba

Origem: Essa variedade se manteve entre as favoritas por muitos anos. No Brasil, é uma das que têm mais registros entre os Dachshunds, segundo dados da CBKC.
Tamanho: Circunferência do peito de até 30 cm.
Pontos Fortes: Tem o mesmo temperamento e personalidade forte dos demais Dachshunds, porém, é considerado o mais dócil de todos. Possui charmosas franjas nas orelhas, membros e cauda.
Rotina: Não gosta de ser deixado sozinho por longos períodos, pois pode ficar emocionalmente abalado. Exige escovação frequente e banho a cada duas semanas.
Curiosidade: Por ser mais tranquilo que os demais Dachshunds, precisa de menos tempo de exercício físico e aceita bem estranhos.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba


Dachshund Standard Pelo Curto
Foto: Arquivo canil Boa Barba/Cão: Taurus da Boa Barba/ Propr. e
criação: Oscar Plentz

Origem: O Dachshund tem diferentes portes, e o standard, o maior, é o tamanho original da raça. Tais cachorros eram usados para texugos maiores. Eles cavavam seu caminho em uma toca de texugo e despachavam seu ocupante. O corpo longo e baixo era perfeitamente adequado para esse trabalho subterrâneo.
Peso e tamanho: 9 kg ou mais; circunferência do peito maior que 35 cm.
Pontos Fortes: Possui um pelo curto, denso, brilhante, assentado, cerrado e áspero. Tem o mesmo temperamento dos demais Dachshunds, porém, é mais bravo com pessoas estranhas.
Rotina: Precisa que o dono consiga ser firme com ele, pois o Dachshund gosta de fazer tudo à sua maneira. Exige escovação semanal da pelagem, mesmo sendo curta (na época de troca de pelos, esta frequência deve ser maior).
Curiosidade: É considerado uma das mais versáteis e úteis raças de caça.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba


Dachshund Standard Pelo Duro
Foto, propr. e criação: Oscar Plentz, canil Boa Barba /Cão: Eros da
Boa Barba

Origem: A história desse cão remonta a mais de 600 anos atrás. O clube mais antigo do Dachshund é o Deutsche Teckel club, fundado em 1888.
Tamanho: Circunferência do peito maior que 35 cm.
Pontos Fortes: Mesmo temperamento dos demais Dachshunds, mas se destaca como cão de alarme, pois late diante de anormalidades. Embora também seja independente, é mais fácil de treinar por ter maior ligação com o dono. Também possui a barba e sobrancelhas espessas dos demais Dachshunds de pelo duro.
Rotina: Este cão adora brincar e estar perto de seu tutor. Exige escovação semanal e realização de hand stripping por groomer profissional duas vezes no ano.
Curiosidade: Essa variedade de Dachshund começou a ficar mais popular por volta dos anos 1920.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Dachshund Standard Pelo Longo
Foto: Arquivo canil Boa Barba/Cão: Taurus da Boa Barba/ Propr. e
criação: Oscar Plentz

Origem: A variedade Pelo Longo pode ter surgido a partir da cruza com Papillons e Cockers nos séculos XVIII e XIX.
Peso e tamanho: 9 kg ou mais; circunferência do peito maior que 35 cm.
Pontos Fortes: Apesar de ter temperamento igual aos demais Dachshunds, pode ser pouco mais “valente” com outros cães, inclusive, os que são bem maiores do que ele.
Rotina: Precisa ser socializado desde cedo com outros pets e cães. Pode ser desafiador treiná-lo. Exige persistência, paciência carinho e reforço positivo. Precisa de escovação semanal e banhos a cada duas semanas. Tem tendência à obesidade, precisando praticar exercícios regulares e manter uma alimentação equilibrada.
Curiosidade: Entre os Dachshunds, este é o que menos registra exemplares na CBKC.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Fox Terrier Pelo Duro
Foto: Fritz Clark

Origem: Surgiu no fim dos anos 1700. Provavelmente se desenvolveu a partir do cruzamento do White English Terrier, raça canina extinta, com o Bull Terrier ou o Beagle.
Peso e tamanho: Ideal – cerca de 8,25 kg e até 39 cm.
Pontos Fortes: Bastante afetuoso e ansioso para agradar ao tutor. Embora muito independente quando encontra algo de seu interesse, estabelece vínculo estreito com sua família. Excelente companheiro para crianças, nunca se cansa de brincar.
Rotina: Precisa de muito exercício para manter a forma, como longas caminhadas diárias e correr atrás de bola. A pelagem exige escovação semanal para evitar nós. Exemplares de exposição de estrutura passam pelos tripping (arranque manual de pelos que deve ser feito por tosador profissional, já que é muito difícil para a maioria dos tutores).
Curiosidade: Em alguns países, por muitos anos, ele e o Fox Terrier Pelo Liso eram considerados apenas variedades de pelagem dentro da mesma raça.


Fox Terrier Pelo Liso
Foto: Arquivo da propr. e criadora (Annette Kettle)/Cão: Foxindean
Future Legend

Origem: Século XVIII. Até 1860, qualquer cão ágil e pequeno o suficiente para tirar uma raposa de sua toca era denominado Fox Terrier. No início dos anos 1900, tornou-se popular fazendo truques em circos.
Peso: De 7 a 8 kg.
Pontos Fortes: Afetuoso, amigável e inteligente. Sociável quando apresentado às pessoas, mas desconfiado se um estranho se aproxima de casa sem avisar. Fácil de treinar. Ativo e animado, ama ser o centro das atenções.
Rotina: Adora participar de atividades com sua família. Requer bastante exercício, como longas caminhadas diárias com o tutor, perseguir bola de tênis no quintal ou brincar em área grande. A pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada pelo menos uma vez por mês.
Curiosidade: Uma das representações mais famosas da raça está na pintura His Master’s Voice, que mostra um exemplar preto e branco espiando a buzina de um fonógrafo. Os direitos da pintura foram adquiridos em 1929 pela RCA Records.


Gos Rater Valencia
Foto: Arquivo do propr. (Octavio Sesma Lorenzo, canil De La Señora
Pilar)/Cão: Rayma Uy Uy Uy, campeão mundial/Criadores: Cristóbal
Ramos e Juan Miguel Gil Ferrera

Origem: Sua existência é documentada em Valência desde o último terço do século XIX – foi selecionado por meio de cães autóctones, antigos terriers britânicos e outros similares. Valorizado pela gente do campo pelas qualidades como cão de alarme e fiel companheiro.
Peso e tamanho: De 4 a 8 kg; de 30 a 40 cm.
Pontos Fortes: Carinhoso, fiel ao dono, alegre, valente e inquieto. Reservado com desconhecidos, late diante de qualquer sinal de movimento estranho em seu território, sendo um bom cão de alarme.
Rotina: Aprende rápido, mas precisa de dono experiente para fazer treinos que o motive. Banhos a cada 20 dias ou menos se o cão se sujar. O pelo deve ser escovado semanalmente com luva de borracha ou de látex.
Curiosidade: Tem tendência a saltar para mostrar entusiasmo, quando vai passear ou o tutor volta para casa. Também conhecido como Rateret, Fusterrier e Perro Barraquero. Aceito pela FCI, ainda em caráter provisório, em 2022.


Exotic Bully
Foto: Arquivo canil XB/Cão: XB Triplo X/ Propr. e criação: canil XB/
Instagram: @americanbullymicro

Origem: Desenvolvido em 2008 por criadores norte-americanos de American Bully como uma vertente da raça, como intuito de obter um cão exótico, de tamanho menor, mais musculoso, com peito mais largo, focinho mais curto e cabeça com mais stop e maior que o American Bully. O criador Jorge Soto é considerado o pai da raça, pois difundiu o Exotic Bully pelo mundo todo através de seu famoso exemplar, o Mr. Miagi. Foi ele, inclusive, quem fundou a IBR, que lida com todos os cães bully, incluindo o Exotic. Atualmente, existem diversas outras entidades que divulgam e aceitam a raça, como a ABR, nos Estados Unidos, e a IBC, no Brasil, que promovem eventos, shows e registram pedigrees. Por ser uma raça nova, algumas associações, como a ABK, ainda registram o Exotic como American Bully.
Tamanho: até 42 cm (pocket); até 35 cm (micro).
Pontos Fortes: São cães pesados, impactantes, de corpo bem desenhado por músculos e cara de malvados, contrastando com um temperamento extremamente dócil com todos, até com pessoas desconhecidas. Assim, são carentes por receber atenção, até mesmo de um estranho. Também demonstra extrema docilidade no convívio em matilha a ponto de, nos canis, frequentemente machos e fêmeas serem mantidos juntos.
Rotina: Extremamente apegado ao dono, gosta de ficar perto dele, não sendo um cão para ser criado isolado no quintal ou como cão de guarda. Convivem bem até com gatos e outros bichos. Adoram crianças e são excelentes com elas. Pacato, não exige muita atividade física, apenas caminhadas curtas em horários frescos do dia e brincadeiras diárias com sua família, como correr para buscar uma bolinha. Assim, pode morar facilmente em apartamento. Por ser musculoso e pesado, o Exotic Bully se cansa com facilidade. Além disso, por ter focinho curto (e, consequentemente, com baixa eficiência na troca de calor), é preciso atenção nos dias de muito calor. Outro cuidado de manejo importante é com o piso em que o animal vive, que deve ser antiderrapante ou de outro tipo que não faça o Exotic Bully escorregar para preservar a saúde de suas articulações.
Curiosidade: Exemplares com 25,5 cm de altura na cernelha têm sido apelidados de nanos ou real micro pelos criadores de Exotic Bully.
Revisão técnica: Ricardo Menezes, Milla Couri e Juliana Barbosa, do canil XB.


Griffon Belga

Foto: Anna Szabó/Cão: Hipster Tu Me Fais Tourner la Tête (Zoe)/
Criadora: Julie Alcantara/Propr.: Anne Kips

Origem: Século XVII. É descendente da raça alemã Affenpinscher, do Pug e do Smousje, cão já extinto, que durante séculos era encontrado em áreas da Bélgica. No final dos anos 1800, já participava de exposições de cães da Bélgica e, assim, sua popularidade cresceu naquele país.
Peso: De 3,5 a 6 kg.
Pontos Fortes: Muito ativo, alerta e inteligente.
Rotina: Prefere estar sempre com seus donos e, assim, não é um bom cão para ser deixado sempre em canil. Éum tanto teimoso. Adapta-se bem a apartamentos e casas com quintais pequenos, mas exige caminhadas diárias. A pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada ocasionalmente.
Curiosidade: Irmão do Griffon de Bruxelas, assim como ele, tem corpo quase quadrado e pelagem dura e alongada em certas regiões do corpo. Mas se diferencia pela cor preta unicolor ou preta e castanha. Foi introduzido no Brasil em 2009.


Griffon de Bruxelas
Foto: Arquivo do criador (Mark Sturmey)/Cão: Foxfly Secret Society,
campeão mundial Madrid 2022/Propr.: Julie Alcantara

Origem: Seu ancestral distante pode ser visto no quadro Casal Arnolfini, de 1434. Até então utilizado apenas para conter a população de ratos nos estábulos, no início do século XIX esse cão passou a ser usado como companheiro. Vários cruzamentos foram realizados para aprimorá-los, como com o Affenpinscher, Pug, King Charles Spaniel e talvez até com o Yorkshire Terrier.
Peso: De 3,5 a 6 kg.
Pontos Fortes: Amoroso, sociável, alerta, ativo e brincalhão.
Rotina: Não fica bem sozinho por longos períodos. Bom com cães e gatos da família. Precisa de exercícios moderados diários de ao menos meia hora. A pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada ocasionalmente.
Curiosidade: Conquistou milhões de fãs em 1997, quando estrelou junto de Jack Nicholson o filme Melhor é Impossível. Foi também a base para os Ewoksde Guerra das Estrelas – George Lucas tinha um exemplar da raça no set para ser usado como inspiração para as pequenas criaturas.


Jack Russell Terrier
Foto: Edmilson Reis/ Cão: Clarice Maria JRT da Coroa Celta/ Criação:
Victor Antonio Reis/ Propr.: Victor Antonio Reis e Silvio Pingitore

Origem: Seu desenvolvedor, o reverendo inglês John Russell, criou a raça no século XIX. Porém, o reconhecimento inicial da raça se deu na Austrália, onde criadores selecionaram exemplares pela estrutura e temperamento, criando um cão mais equilibrado.
Peso e tamanho: De 5 a 8 kg; de 25 a 30 cm.
Pontos Fortes: É muito corajoso, alerta, vivaz e ágil. Um grande cão em um corpo compacto. Inteligente, é muito fácil treiná-lo. Ama aprender comandos e truques.
Rotina: Precisa ter a atenção do dono, pois gosta de estar sempre por perto, acompanhando-o por toda a parte. É ótimo em cavar, então precisa viver em local bem cercado para evitar fugas. Sua energia, de moderada a alta, precisa ser gasta com passeios diários e brincadeiras. Aceita bem a presença de estranhos e convive com outros cães sem problemas.
Curiosidade: As linhagens australianas geralmente possuem temperamento mais calmo e sociável que cães de linhagem inglesa.


King Charles Spaniel
Foto: thekennelclub.org.uk

Origem: É associado ao rei Carlos II dos anos 1600, que decretou que esses cães seriam os únicos permitidos no Parlamento britânico. Mas há quem sustente que foram levados para a Europa do Japão ou China em tempos antigos ou trazidos para a Ásia da Espanha (local de origem dos spaniels) e que criadores asiáticos os refinaram e os exportaram para a Inglaterra, Itália e França.
Peso: De 3,6 a 6,3 kg.
Pontos Fortes: Afetuoso, amoroso, brincalhão e muito disposto a agradar ao dono.
Rotina: A pelagem deve ser escovada ao menos duas vezes por semana com escova de pinos ou de cerdas macias. Já os banhos são a cada seis semanas. Ainda que calmo e moderadamente ativo, precisa de passeios diários.
Curiosidade: Nos Estados Unidos também é conhecido como English Toy Spaniel. No século XIX foi cruzado com o Pug e o Japanese Chin e passou a ter face mais achatada. O antigo tipo foi revivido nos anos 1920 e é conhecido como Cavalier King Charles Spaniel.


Lakeland Terrier
Foto: John Ashbey/Cão: Ch. Gch. Larkspur Acadia Summer Secret at
Greycottage/Criadores e proprs.: Maria Sacco, Susan Fraser, Norman
e Lynda Kenney

Origem: Um dos mais antigos terriers britânicos. Seu nome foi adotado no final da década de 1920 e deriva de Lake District, no norte da Inglaterra, onde foi oficialmente reconhecido.
Peso e tamanho: De 6,8 a 7,7 kg; até 37 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, independente e um pouco teimoso. Brincalhão e afetuoso com a família, mas desconfiado com estranhos e outros cães, especialmente terriers do mesmo sexo. Cheio de energia.
Rotina: Bom companheiro para crianças, especialmente as mais velhas. É quase certo que perseguirá quaisquer animais menores que estejam soltos na casa, como gatos e hamsters. Não precisa de banhos frequentes, mas é necessária escovação semanal. A pelagem dos cães de exposições passa pelos tripping, arranque de pelos com facas específicas. Requer muito exercício, como caminhadas diárias.
Curiosidade: No Reino Unido, sua terra de origem, ele é considerado raça nativa ameaçada – só 135 exemplares foram registrados em 2022.


Lancashire Heeler
Foto: Arquivo de Julia Swann

Origem: Remonta ao século XVII, em West Lancashire. Seus possíveis ancestrais são o Welsh Corgi Pembroke e o Manchester Terrier.
Tamanho: Ideal – machos: 30 cm; fêmeas: 25 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, corajoso, alegre e travesso. Cheio de energia.
Rotina: Dedicado a sua família (incluindo as crianças) e reservado com estranhos. Amigável, tende a se dar muito bem com outros cães e gatos da casa, mas, devido aos seus instintos de terrier, pode perseguir animais menores. Pode viver bem em apartamentos, desde que faça exercícios diários de 30 a 60 minutos, como caminhadas e corridas. Banho normalmente só é necessário algumas vezes por ano, mas é preciso escová-lo semanalmente com luva de borracha.
Curiosidade: É considerado o menor cão pastor do mundo – sua técnica de pastoreio consiste em morder o calcanhar (em inglês, heel) do gado e se abaixar. Quando está feliz, exibe um sorriso inconfundível conhecido como Sorriso de Heeler.


Maltês
Foto: Arquivo de Barbara Vezzani

Origem: Esse cão foi relatado na literatura romana e grega antiga – Aristóteles o mencionou há quase 2.500 anos.
Peso e tamanho: De 3 a 4 kg; de 21 a 25 cm (machos), 20 a 23 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Alegre, divertido e travesso. Adora ser amado. Fácil de treinar por ser inteligente e gostar de agradar as pessoas da casa.
Rotina: Requer apenas exercícios ocasionais, como caminhadas diárias com o dono. A pelagem precisa de escovação e de ser banhada frequentemente (sempre que começar a parecer suja ou encardida). Tende a se dar melhor com crianças mais velhas (a menos que tenha crescido junto das pequenas). Indiferente aos outros pets da casa.
Curiosidade: Apesar de o padrão FCI estabelecer nariz absolutamente preto, na falta de exposição solar, ele tende a clarear se tornando rosado, canela ou marrom (é o chamado nariz de inverno – a boa notícia é que, com luz solar adequada, essa mudança de cor geralmente se corrige sozinha).


Manchester Terrier
Foto: Arquivo de Mark Walshaw/Cão: Barney

Origem: Desenvolvido em meados do século XIX, em Manchester, na Inglaterra, por meio de acasalamentos entre o Black and Tan Terrier, considerado hoje extinto, com cães da raça Whippet. Tamanho: De 38 a 41 cm.
Pontos Fortes: Leal, afetuoso e amoroso com a família.
Rotina: Aceita bem gatos e até cães grandes, mas não é adequado para conviver com pets pequenos, como coelhos e porquinhos-da-índia. Reservado com estranhos. Não é fácil de treinar. Precisa de muito exercício, como caminhadas com seu dono todos os dias. Sua pelagem curta é extremamente fácil de manter, ainda que passe por muda duas vezes por ano: nesse período, é essencial que a escovação passe a ser diária em vez de semanal. Banho só quando necessário.
Curiosidade: Nos Estados Unidos, há duas variedades de tamanho – toy (além de menor, suas orelhas são mantidas naturais) estandard (cujas orelhas costumam ser cortadas em países que permitem tal cirurgia).


Lhasa Apso
Foto: Thábia Padoin/ Cão:Ragnar Monarch Rufkins Lions Amodeo’s/ Criação e propr.: Marli Amodeo, canil Lions Amodeo’s/
Instagram: @lionsamodeoslhasaapso

Origem: A função da raça nos palácios e monastérios budistas isolados no alto das montanhas do Himalaia era a de cão sentinela, pois latia para avisar sobre a chegada de estranhos. Esta raça milenar era muito admirada e amada, tanto que vender um Lhasa, era considerado uma ofensa pelo povo tibetano. Eles eram dados de presente pelo Dalai-lama (chefe espiritual). Alguns Lhasas, inclusive, foram usados na China no desenvolvimento das raças Shih Tzu e Pequinês. O Terrier Tibetano é considerado uma raça prima do Lhasa, que foi uma das muitas raças que vieram do Oriente para o Ocidente no início de 1920. Os primeiros Apsos da Europa chegaram pela Grã-Bretanha, onde um clube da raça foi criado em 1933.
Tamanho: Pela AKC, as medidas da raça são de 25,4 a 27,94 cm de cernelha; pela FCI, 25 cm (machos). Importante é ter uma movimentação livre e desenvolta.
Pontos Fortes: Alegre, seguro de si, robusto, resistente e longevo, além de dotado de pelagem exuberante. Independente, sabe ser carinhoso da sua maneira, ou seja, sem ser sufocante ou carente. Alerta e estável, mas indiferente com estranhos.
Rotina: Embora goste de todos os familiares da casa, na maioria das vezes demonstra nítida preferência por uma só pessoa, pela qual é apaixonado e não cansa de demonstrar seu amor. Adapta-se bem a apartamento. Não costuma ser hostil com outros cães, mas é importante que seja socializado desde cedo para tal. Não é complicado educá-lo em obediência e discipliná-lo no dia a dia de maneira que atenda na hora à maioria dos pedidos. É preciso apenas um pouco de perfil de liderança e alguma persistência. Exige dois ou três passeios por semana. Sua pelagem, totalmente adaptada ao clima rigoroso das montanhas tibetanas, exige escovação semanal e retoque mensal da tosa, mesmo se a opção for de mantê-la curta. Como quase não solta pelo e não tem cheiro, o manejo de um Lhasa mantido como pet é relativamente tranquilo. Porém, se a ideia for mantê-lo com pelo longo, como os Lhasas de exposições, requer ainda mais cuidados, como escovação completa três vezes na semana e banho semanal. Aliás, é importante se certificar de que sua pelagem esteja bem seca após os banhos, caso contrário, pode desenvolver dermatites. Curiosidade: Lhasa é o nome de uma cidade sagrada no Tibete e Apso significa cão de pelo longo. O Lhasa tinha outro nome nativo no Tibete: Abso Seng Kye, que significa: lata cão leão de sentinela.
Revisão técnica: Marli Amodeo, canil Lions Amodeo’s.


Norfolk Terrier
Foto: Anne Johnsen/Cão: Ch. Kinsridge Top Tip/Propr. e criadora:
Diane Jenkins

Origem: Desenvolvido no século XIX, em estábulo na Trumpington Street, na Inglaterra (foi inicialmente chamado de Trumpington Terrier). Descende de raças terriers (Glen of Imaal, Cairn e Dandie Dinmont).
Tamanho: 25 cm.
Pontos Fortes: Curioso, obstinado e destemido. Ama sua família. Normalmente amigável com crianças e com outros pets. Muito astuto, aprende rápido, embora possa ser um desafio dominá-lo dentro de casa.
Rotina: A pelagem deve ser escovada duas vezes por semana e banhada conforme o necessário. Exemplares de exposição passam pelos tripping (arranque manual de pelos por meio de facas específicas) a cada 60 dias. Requer exercícios diários – duas ou três caminhadas de 15 minutos ou brincadeiras ao ar livre.
Curiosidade: Primo próximo do Norwich Terrier – as duas raças têm muitas características semelhantes (uma diferença bem notável é que o Norfolk exibe orelhas caídas, enquanto as do Norwich são eretas).


Norwich Terrier
Foto: Arquivo da propr. (Beverley Ackling)/Cão: Kreatin Extra Factor,
campeão inglês/Criadora: Christine Hitchen (canil Kreatin)

Origem: Século XIX – as raças Glen of Imaal Terrier, Cairn Terrier e Dandie Dinmont Terrier estão entre os ancestrais dele.
Tamanho: 25 cm (ideal).
Pontos Fortes: Sempre pronto para brincar com a família. Embora ele possa sedar bem com animais domésticos (como gatos e outros cães), não deve conviver com animais pequenos, como hamsters, já que manteve o instinto de caça. Ativo.
Rotina: Precisa de muito exercício (caso contrário, pode latir em excesso). A pelagem não precisa de banho, a menos que fique muito suja, e deve ser escovada uma vez por semana para remover os fios mortos. A cada 60 dias, exemplares de exposição passam pelo stripping (arranque manual de pelos com facas específicas, feito por tosador profissional).
Curiosidade: Durante décadas, ele e o Norfolk Terrier foram considerados a mesma raça. Além da diferença quanto às orelhas, o pescoço do Norfolk é ligeiramente mais curto que o do Norwich, que também é um pouco mais robusto.


Papillon
Arquivo do dono e criador (Fabio Fioravanzi)/Cão: Bruce Willis del
Colle Ombroso

Origem: Foi desenvolvido na Renascença (séculos XIV ao XVI) por meio do cruzamento de raças toy com spaniels.
Peso e tamanho: Há duas categorias. Primeira – menos que 2,5 kg; e segunda – de 2,5 a 4,5 kg (machos) e 2,5 a 5 kg (fêmeas); ambas têm cerca de 28 cm.
Pontos Fortes: Feliz, alerta, extrovertido, extremamente inteligente e amigável com todos. Ávido por agradar aos humanos com quem tem laços afetivos, é fácil de se treinar. Aliás, se destaca em atividades como agility e obediência. Aprender truques é com ele mesmo! Gosta de brincar com as crianças e de interagir com gatos e com outros cães.
Rotina: Exige uma ou duas escovações por semana e caminhadas na rua para socializar e entreter-se. Os banhos podem ser de quinzenais a mensais.
Curiosidade: Pela FCI é classificado como variedade de orelhas eretas da raça Pequeno Spaniel Continental.


Parson Russell Terrier
Foto: Arquivo de Kate Smith (canil Alncroft: www.alncroftprt.co.uk

Origem: Criado no século XVIII pelo reverendo (em inglês, parson) John Russell.
Tamanho: De 33 a 36 cm.
Pontos Fortes: Altamente inteligente, tende a ser muito treinável. Costuma se relacionar bem com as crianças. É necessária muita socialização para suprimir o instinto extremamente alto desta raça de perseguir pequenos animais peludos ou emplumados da família. Extremamente ativo.
Rotina: Requer passeios diários. Geralmente só precisa de banho algumas vezes por ano e escovação em dias alternados. Alguns exemplares precisam passar de duas a três vezes por ano pelo stripping (arranque de pelos com facas específicas) para que a pelagem mantenha a textura dura adequada.
Curiosidade: Muitos apreciadores de cães os consideram idênticos, inclusive no tamanho e na cor, ao Jack Russell Terrier. Mas a FCI os reconhece como raças distintas, cujas diferenças abrangem, entre outras, as pernas mais longas e a consequente maior altura do Parson.


Pastor Americano Miniatura
Foto: Rolin Med/@ kennelclubofbeverlyhills.org

Origem: Foi desenvolvida na Califórnia durante o final dos anos 1960, sendo usada para pastorear animais menores, como ovelhas e cabras, embora também tenha coragem de lidar com animais maiores. A AKC o reconheceu como raça em 2015.
Tamanho: De 35,5 cm até 46 cm (machos); e de 33 cm até 43,5 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Atraente, inteligente e versátil. Possui fortes instintos de pastoreio e guarda. É devotado ao dono e adora agradar, sendo facilmente treinado.
Rotina: Cheio de energia e atlético, precisa gastar sua alta energia com passeios, esportes caninos ou brincadeiras. É reservado com estranhos, mas nunca tímido. Convive muito bem com outros cães e com crianças pequenas. Adapta-se tanto na vida do campo, como na cidade.
Curiosidade: Sua aparência se assemelha com a do Australian Shepherd, mas num tamanho menor.


Pelado Mexicano Miniatura
Foto: Arquivo de Renata Magaldi

Origem: Sua história tem ao menos 3.000 anos. Os astecas o batizaram em homenagem ao seu Deus com cabeça de cão, Xolotl. Há a variedade sem pelo e a com pelo em todo o corpo, ainda que seja escasso no ventre e na parte interna dos membros posteriores.
Tamanho: De 25 a 35 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e gentil. Ama a companhia humana e é fácil de treinar.
Rotina: A variedade sem pelos não precisa de escovação, pode ser banhada de uma a duas vezes por mês e necessita de protetor solar na pele quando exposta direto ao sol. Caso contrário, há o risco de sofrer queimaduras. Já na variedade com pelo, a escovação é semanal e o banho, ocasional. Para ambas, 45 minutos de atividade por dia, como caminhadas e brincadeiras, são suficientes.
Curiosidade: Como não tem pelo para dissipar o calor, abraçá-lo proporciona uma sensação agradável, e dormir com ele já foi uma prática no tratamento para artrite.


Pequeno Cão Leão
Foto: Roberts Photos/Cão: grande campeã americana Potrero &
Roman Reign Honey Bunny, melhor fêmea da raça pelo ranking all
breeds 2022 do AKC/Criadora e proprietária: Alexia Rodriguez Potrero

Origem: Desde a Idade Média (de 476 a 1453), era popular entre as mulheres nobres da França, Itália, Holanda, Espanha, Rússia e Alemanha. Descende da mesma linhagem antiga que gerou o Bichon Frisé e o Maltês.
Peso e tamanho: Cerca de 6 kg; de 26 a 32 cm (ideal).
Pontos Fortes: Inteligente e afetuoso, gostar de agradar a sua família e precisa estar com ela todos os dias – caso contrário, pode ficar sujeito à ansiedade de separação. Ativo, gosta de brincar com crianças. Alerta e destemido.
Rotina: Sua pelagem requer escovação quase todos os dias. A tosa para os exemplares de exposição, que o faz parecer com um leão, precisa de manutenção a cada um ou dois meses. Banhos são ocasionais. Adapta-se bem à vida em apartamento, desde que faça caminhadas diárias. É conhecido por desafiar outros cães da família, embora seja amigável com outros animais.
Curiosidade: É também chamado de Löwchen, termo alemão que remete ao leão (lowe, no idioma germânico).


Pequinês
Foto: Arquivo de Brenda Oades/Cão: Ch. Brentoy Wild Cards

Origem: Conhecido em seu país de origem desde cerca de 700 d.C. É possível que descenda de cruzamentos entre o Shih Tzu e o Lhasa Apso.
Peso: Ideal – 5 kg (machos); 5,4 kg (fêmeas).
Pontos Fortes: Destemido, independente e teimoso.
Rotina: Precisa de escovação diária, após borrifar spray condicionador ou água na pelagem, para evitar quebra dos fios. Os banhos devem ser dados ao menos duas vezes por mês. Precisa de muito exercício, como caminhadas diárias. Pode ser muito barulhento se for deixado sozinho. Quando socializado desde cedo relaciona-se bem com outros cães. Gosta de crianças, mas se dá melhor com as maiores de 5 anos.
Curiosidade: Foi introduzido no Ocidente durante a Guerra do Ópio, entre 1860 e 1862. Apenas alguns exemplares sobreviveram e, a partir daí, a raça se tornou um símbolo de status (era muito popular entre a corte imperial chinesa). Na década de 1880, a Rainha Vitória da Inglaterra recebeu oito deles como presente.


Pastor de Shetland
Foto: Sérgio Ordobás/Cão: Jota Jota Ami/ Propr.: João B. Pereira Júnior/ Criação: canil Jota Jota/Instagram: @caniljotajota

Origem: Seu nome se refere ao local em que surgiu, as Ilhas de Shetland, na Escócia. Embora tenha sido registrada pela primeira vez como Shetland Collie em 1908 pelo TKC, no ano seguinte (por conta da pressão dos criadores de Collie) recebeu seu novo e definitivo nome: Pastor de Shetland, ou Sheltie, para os íntimos. Esta raça foi desenvolvida como um cão de pastoreio versátil para fazendas e um cão de família que alertasse sobre a presença de estranhos com latidos e de animais selvagens que pudessem ameaçar os rebanhos. Sua criação ficou restrita ao arquipélago escocês até o início do século XIX, quando a raça começou a ganhar o mundo.
Tamanho: 37 cm (machos) e 35,5 cm (fêmeas); exceder 2,5 cm acima ou abaixo é altamente indesejável.
Pontos Fortes: É alerta, gentil, extremamente inteligente, forte e ativo. Afetuoso e muito receptivo com o seu dono (quer a companhia dele), porém, reservado com estranhos. Sua grande beleza, conferida pela vasta juba, franjas abundantes no corpo e expressão doce, são outros grandes destaques.
Rotina: Como é brincalhão, torna-se uma excelente opção de animal de estimação para famílias com crianças. Contudo, como têm um alto instinto de pastoreio, alguns exemplares da raça podem mordiscar os calcanhares como uma brincadeira, imitando o que fazem com as ovelhas para movimentar os rebanhos nas fazendas. Com outros cachorros é receptivo, inclusive entre machos. Para aceitar outros pets deve crescer acostumado com eles. Precisa se manter ocupado, com passeios diários (dois de 30 minutos cada) e atividades que o estimulem mentalmente. Com exercício garantido, pode sim viver em apartamentos, caso contrário pode adquirir sobrepeso, pois a raça tem muita facilidade para engordar sem a prática de exercícios. Assim, é recomendado adequar a alimentação para o nível de atividade física praticada. De tão ágeis e ativos se dão bem em esportes caninos como o agility. Não é um cão para ser deixado sozinho em um quintal. No adestramento, se destaca, pois costuma atender com prontidão a maioria dos chamados e ordens dos donos, já que gosta de agradar e é muito inteligente. Porém, os treinos devem ser gentis e positivos. Exige duas escovações por semana em sua pelagem e os banhos devem ser dados uma vez ao mês no máximo. Estes cães nunca devem ser tosados.
Curiosidade: Embora sejam semelhantes aos Collies, ambas são raças distintas.
Revisão técnica: João B. Pereira Júnior, canil Jota Jota


Pequeno Lebrel Italiano
Foto: Johnny Duarte/Cão: Fantasy Tieris di Zirí-Zirí/ Criação e propr.: Tania Improta/Instagram: @canilziriziri

Origem: Descendem dos pequenos sighthounds (lebréis) que existiam no Antigo Egito. A raça chegou na Itália no início do século V a.C., e o auge de sua popularidade se deu na época do Renascimento, quando foi representado por diversos artistas.
Tamanho e peso: Aproximadamente 5 kg. Machos e fêmeas medem entre 32 e 38 cm.
Pontos Fortes: Vivaz, afetuoso e dócil, é sociável até com outros animais. Apegado e companheiro, gosta de contato físico e de estar sempre por perto de seu dono. É um cão silencioso, discreto e calmo. Refinamento e elegância definem essa raça. Possui corpo atlético, delgado, fino, leve e aparência musculosa.
Rotina: Precisa ser socializado desde cedo para que não se torne tímido. Com pessoas que não conhece, é reservado. Não deve ser criado em quintal. Deve viver em casa bem cercada (para evitar fugas), com tapetes (para que não derrape quando estiver correndo) e com janelas teladas, pois como é ótimo saltador e escalador, pode se machucar ou cair delas. Em dias mais frios é recomendado que use roupas ou tenha local para se aquecer. Não exige banhos frequentes, porém, atenção às unhas: deve-se aparar sempre.
Curiosidade: É capaz de alcançar incríveis 40 km/h, mesma velocidade atingida pelo jamaicano Usain Bolt nos 100 metros rasos.
Revisão técnica: Tania Improta, do canil Zirí-Zirí.


Petit Brabançon
Foto: Anna Szabó/Cão: Hipster Smash Hit (Harry, campeão
internacional)/Prop.: Julie Alcantara Benitez (Hipster Kennel).

Origem: Descende de uma pequena raça de pelagem áspera (Smousje) que, durante séculos, foi encontrada em áreas de Bruxelas. No século XIX, cruzamentos com o King Charles Spaniel e o Pug fixaram o tipo atual do Petit Brabançon. Desenvolvido para deixar os estábulos livres de roedores. Em cerca de 1900 tinham se tornado muito popular, graças ao interesse da rainha Marie-Henriette da Bélgica. Vários exemplares foram então exportados e ajudaram na expansão e popularidade.
Peso: De 3,5 a 6 kg.
Pontos Fortes: Equilibrado, alerta e muito ligado a seu dono.
Rotina: Não é adequado para ser mantido em ambientes externos, como canis. Banhos são dados apenas se necessário. É melhor secar a pelagem com secador para evitar que se resfrie e fique doente. A escovação deve ser realizada de duas a três vezes por semana e, as caminhadas, diariamente.
Curiosidade: Forma um grupo racial do qual também fazem parte o Griffon de Bruxelas e o Griffon Belga.


Pinscher Miniatura
Foto: Arquivo de Elena Kaiakshina (canil Alminoris)

Origem: Cães semelhantes a ele foram retratados na arte já em 1600, mas foi somente em 1800 que foi desenvolvido em definitivo como uma raça própria, provavelmente resultante de cruzamentos entre um pequeno terrier de pelo curto, um Dachshund e um Pequeno Lebrel Italiano.
Peso e tamanho: De 4 a 6 kg; de 25 a 30 cm.
Pontos Fortes: Impetuoso e curioso. Muito apegado às pessoas com quem compartilha sua vida. Bastante ativo.
Rotina: Caminhadas com seu tutor todos os dias ajudarão a garantir sua saúde física e mental. Precisa de interação humana (não se dá bem sozinho) e de tempo para brincar – ele adora brinquedos. Fiel a sua herança terrier, pode ser briguento com outros cães. A pelagem, curta, é de fácil manutenção: basta escová-la uma vez por semana – não é recomendado banho sem necessidade, pois pode ressecar a pele e causar problemas dermatológicos.
Curiosidade: É o menor cão de guarda do mundo. Trota feito um cavalo.


Poodle Anão e Toy
Foto: Arquivo de Marie Moine (canil Beautiful Grey Of Marysa)

Origem: Seu tipo tornou-se definido no século XIX.
Tamanho: Ideal – 29 a 35 cm (Anão); 25 a 28 cm (Toy).
Pontos Fortes: Muito inteligente – não à toa atuou fazendo truques em circos. Sempre disposto a aprender e a agradar ao tutor, com quem é bastante afetuoso.
Rotina: Alerta e protetor, late para um estranho que se aproxima da porta da sua casa. Gosta de crianças e costuma se relacionar bem com os outros animais. Bastante ativo, exige exercícios todos os dias, como natação e corridas ou longas caminhadas com seu tutor – a variedade Toy exige menos exercício e late menos. Os criadores da raça afirmam que esse cão não solta pelo. Ainda assim, o ideal é que sua pelagem seja escovada diariamente e banhada a cada quatro a seis semanas.
Curiosidade: Na França, ele é conhecido como Caniche, uma palavra francesa que, etimologicamente, vem de “cane”, fêmea do pato. Já o nome Poodle vem do alemão pudel (há quem alegue que é originário da Alemanha). O termo significa poça – esse cão foi empregado para recuperar a caça abatida caída na água.


Prague Ratter
Foto: Arquivo de Ladislav Krulis

Origem: Remonta ao início da história da nação tcheca – era frequentemente visto em festas aristocráticas no castelo de Praga. Foi enviado como presente dos reis boêmios a legisladores europeus e, mais tarde, para cidadãos comuns. Em 1980, sua recuperação se iniciou e teve sucesso. Reconhecido pela FCI, ainda em caráter provisório, em 2019, está se tornando popular em muitos países pelo mundo, como um pet cercado de mimos proporcionados pela família de humanos com que vive.
Peso e tamanho: 2,6 kg (ideal), de 20 a 24 cm.
Pontos Fortes: Dócil, afetuoso e muito amigável com a família. Ligeiramente reservado com estranhos.
Rotina: A pelagem precisa ser escovada uma vez por semana, com luva de borracha. É recomendado banho uma vez por mês. Muito ativo, aprecia longas caminhadas.
Curiosidade: Em virtude do seu tamanho pequeno, movimentos rápidos e faro muito apurado, foi usado para matar ratos (Ratter, em inglês, significa rateiro)


Pug
Foto: Arquivo de Cath Hyde/Cão: Roxmarr Napoleon

Origem: China (é parente do Pequinês). Existe há três mil anos. Na Inglaterra da rainha Vitória (1837 a 1901), se tornou moda e muitos exemplares da raça podem ser vistos em pinturas da época.
Peso: Ideal – 6,3 a 8,1 kg.
Pontos Fortes: Adora ficar no colo do tutor, mas não o segue por toda parte pedindo para brincar. Também gosta muito de interagir com crianças.
Rotina: Costuma se relacionar bem com outros cães e pets em geral, como gatos. As caminhadas devem ser diárias, exceto em dias de calor elevado, quando é melhor que esse cão seja resguardado em locais com ar-condicionado (tem focinho curto e não tolera esse tipo de temperatura). A pelagem precisa de escovação semanal e banho apenas quando esse cão entrar em algo bem sujo.
Curiosidade: Possui cabeça redonda e rugas faciais, sendo que essas últimas foram desenvolvidas intencionalmente pelos chineses (para a cultura deles é uma característica encontrada na realeza).


Schipperke
Foto: Johnny Duarte/ Cão: Batman/ Propr.: Jeniff er Santana/ Canil Devonshire Trim/Instagram: @jackrussellaustraliano

Origem: Desenvolvido no século XVII, em1960 foi o cão favorito dos trabalhadores e sapateiros do bairro St. Gery, em Bruxelas. Era conhecido como caçador de camundongos, ratos, toupeiras, entre outros roedores. O Schipperke tornou-se popular graças à rainha Marie-Henriette da Bélgica. Foi introduzido na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1887. Seu primeiro padrão oficial foi estabelecido em 1888 pelo Royal Schipperkes Club, responsável pela raça na Bélgica.
Peso e tamanho: De 3 a 9 kg, sendo que o ideal é que tenha de 4 a 7 kg. Tem 34 cm de altura, em média.
Pontos Fortes: É um cão rústico, forte e multifuncional, que serve tanto para o alarme – sendo indiferente com estranhos e atento ao seu redor, latindo diante de algo diferente em seu território – como para companhia, sendo um cão afetuoso, leal, intenso e sempre disposto para brincar ou ainda como um parceiro para esportes caninos. Destemido, nada o assusta. É bastante protetor com sua família. Muito dócil com crianças. Aliás, se dá bem praticando agility com elas. Outro ponto forte é a sua aparência de raposinha, com olhos sempre atentos e pelagem áspera abundante, cuja cor deve ser sempre preta. Ele se parece bastante com um Spitz Alemão.
Rotina: Ativo, curioso e ágil, gosta de se movimentar e tem uma alta energia. Exige ao menos um passeio por dia e brincadeiras diárias com seu dono, como as de trazer de volta objetos lançados (que eles adoram!). Esse cão precisa manter-se ocupado para não desenvolver comportamentos indesejáveis como roer, escavar e latir em demasia. Destaca-se em esportes caninos, provas de obediências, entre outras atividades que exigem energia e inteligência. Bastante amoroso com a família, não se adapta bem à vida apenas em canil, tampouco a ficar sozinho por longos períodos. Gosta de participar da rotina da casa. Ainda que muito inteligente, o Schipperke pode se mostrar teimoso e, consequentemente, tutores iniciantes possivelmente terão dificuldade em treiná-lo sem a ajuda de um adestrador. Por ser uma raça territorial, o Schipperke pode ser arredio com outros cães e, portanto, deve-se ter cuidado para socializá-los antes de trazer outro cachorro para casa. Já com outros pets como roedores, pássaros e répteis, com o seu instinto de caça é alto, não é recomendado que sejam criados juntos. Sua pelagem, embora abundante, não exige muitos cuidados, apenas escovação semanal e banhos ocasionais. Passa por muda de pelagem uma ou duas vezes por ano, quando uma escovação mais frequente ajudará a manter a quantidade da queda de pelos controlada.
Curiosidade: Seu nome significa “pequeno capitão” no dialeto flemisch. Ele nasce, geralmente, sem cauda ou com uma cauda rudimentar ou incompleta.
Revisão técnica: Jeniffer Santana, canil Devonshire Trim.


Schnauzer Miniatura
Foto: Edmilson Reis/ Cão: Ch Bras Xisto da Boa Barba – Criação e propr.: Oscar Plentz e Iolanda Souza – Instagram: @canil_boabarba

Origem: Surgiu a partir de uma seleção de Schnauzers de porte menor na área de Frankfurt, na Alemanha, durante o final do século XIX. Como descende do Schnauzer Standard (ou Médio), suas características correspondem a este, mas com o temperamento de um cão pequeno. A função original do Schnauzer Miniatura era a de capturar roedores, fazer companhia e ser um cão de alerta.
Peso e tamanho: Aproximadamente de 6 a 8 kg e entre 30 e 35 cm.
Pontos Fortes: Este tamanho é o mais popular entre os Schnauzers e também o menor. Mas é inteligente, resistente, divertido e corajoso, assim como os demais Schnauzers. Sua barba cheia no focinho e sobrancelhas cerradas que cobrem ligeiramente os olhos estão entre seus destaques.
Rotina: É um cão muito agradável, companheiro e obediente, ótimo para a família e como cão de alarme. Sociável e amigável, ama estar com as pessoas da casa. É de sua natureza ser inteiramente incluído nas atividades da família, seja para simplesmente assistir televisão ou sair para correr. Ele é valente e pode demonstrar hostilidade e até certo destemor quando confrontado por cães que não conhece (por isso é importante apresentá-lo a outros cachorros enquanto ainda é um filhote: da mesma maneira, se for acostumado com outros animais desde cedo, costuma se dar bem com eles). O espírito brincalhão desse cão o torna ideal para famílias com crianças. Os exemplares da raça também são conhecidos por serem obedientes e dedicados às suas matilhas humanas: rápidos em aprender, são ávidos por agradar os donos. Porém, a inteligência aguda do Schnauzer Miniatura faz com que seja necessário manter o treinamento divertido e interessante. Gostam do adestramento e de agility. Trata-se de cães com ótimo poder de adaptação: o nível de energia deles é moderado e, assim, podem ser felizes vivendo tanto em uma propriedade no campo com muito espaço para correr como em um apartamento na cidade (desde que sejam proporcionadas a eles algumas caminhadas todos os dias para que mantenham sua saúde física e mental). Eles soltam poucos pelos e passam por pouca muda, porém, é indicado que se faça escovação regular da pelagem e o stripping é mais indicado para exemplares de exposições. Exemplares pet podem ser apenas tosados. Banhos podem ser mensais.
Curiosidade: O termo schnauzer significa “focinho com bigode” no idioma germânico. A expectativa média de vida desta raça é de 12 a 14 anos.
Revisão técnica: Oscar Plentz, do canil Boa Barba.


Shiba
Foto: Edmilson Reis/Cão: Kingu Aka Clube dos Shibas Koji/ Canil Koji/ Proprietária: Lucíola Santucci/Instagram: @shibainucanilkoj

Origem: seu habitat natural era as áreas montanhosas do Japão, onde era utilizado como cão de caça para animais pequenos e pássaros. Porém, assim como outras raças japonesas, em 1868, quando o movimento de internacionalização da nação foi iniciado, houve uma mestiçagem dos cães primitivos do Japão com outras raças caninas do mundo que foram importadas. Nesse contexto, em 1928, a Nihonken-Hozonkai (NIPPO), confederação de preservação das raças primitivas do Japão, foi fundada para combater a mestiçagem das raças japonesas. Foi quando estabeleceram o padrão racial do Shiba, em 1934, e conseguiram, ao longo dos anos, retomar a pureza da raça.
Peso e tamanho: 39,5 cm (machos); 36,5 cm (fêmeas); ambos com uma tolerância de 1,5 cm para mais ou para menos.
Pontos Fortes: sempre carinhoso e companheiro com seus donos, gosta de estar sempre perto de sua família sem ser grudento. Late pouco, apenas quando há necessidade. É um companheiro de vida, um dos cães mais fiéis do mundo, mas que também tem opinião própria. A aparência de ursinho é outro ponto forte da raça, cujos exemplares devem ter o chamado “urajiro”: pelos esbranquiçados nas laterais do focinho e nas bochechas, abaixo da mandíbula e do queixo, no peito e estômago, na parte inferior da cauda e na parte interna das pernas.
Rotina: apenas 30 minutos de passeio por dia bastam. Como adora caçar, não deve passear sem a guia, e não é aconselhável que se tenha outros animais junto com um Shiba (principalmente aves e roedores). Adaptam-se ao estilo de vida dos donos se estes cativarem a confiança do cão. Não convivem bem com pessoas que os repreendem com gritos ou de forma agressiva. Eles podem sim ser teimosos, mas a melhor forma de lidar com sua independência é tratando-os com amor e tendo paciência. Portanto, o dono ideal para o Shiba é aquele que sabe respeitá-lo como ele é: um cão que tem pensamento próprio, feito os gatos. Até o sexto mês de vida ele precisa entrar em contato com o maior número de pessoas e pets para ser socializado. Como é um cão primitivo, tem que aprender desde muito cedo o que é carinho, colo, barulhos diversos e conhecer outros cães para que aprenda que o mundo externo é um ambiente amigável e confiável. A raça não pode ser tosada. Um pente de aço e uma escova dura para escovação semanal e banhos com shampoo a cada três meses ou mais são necessários. Banho seco também é uma opção para manter a pelagem em dia, pois não exala cheiro forte.
Curiosidade: o nome oficial da raça no Japão, de acordo com a NIPPO, é Shiba-inu, cujo significado é “cão pequeno”.
Revisão técnica: Lucíola Santucci, do canil Koji.


Sealyham Terrier
Foto: www.akc.og

Origem: A raça foi criada pelo capitão do exército John Edwards, que passou anos desenvolvendo seu cão dos sonhos para caçar texugos e lontras. A cor predominantemente branca da raça foi estabelecida para que o cão se destacasse entre o cinza e marrom do terreno onde caçava.
Peso e tamanho: 8,2 a 9 kg. Até 31 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, valente, divertido, afetuoso e devotado à família, é um ótimo cão de companhia. Destemido e alerta, tem um forte latido, tornando a raça boa para alarme.
Rotina: Apesar de independente, é fácil de treinar. Tem bom convívio com outros cães, mas pode desconfiar de pessoas estranhas. Adoram correr livres, mas devem fazê-lo apenas em áreas seguras (cercadas). Podem superaquecer com o calor intenso, então exercícios apenas nas horas mais frescas. Escovação a cada 2 ou 3 dias.
Curiosidade: Seu nome homenageia o estado de Sealyham, no condado de Haverfordwest, do País de Gales.


Shih Tzu
Foto: www.pinterest.co.uk

Origem: Desenvolvida na China, a raça vivia nos palácios imperiais. A primeira importação registrada da raça para a Grã-Bretanha, seu país patrono, não ocorreu antes de 1931. Foi reconhecida como uma raça distinta de outras raças orientais em1934, sendo concedido um registro separado pelo TKC em 1940.
Peso e tamanho: De 4,5 a 8 kg (ideal: 4,5 a 7,5 kg). Não mais que 27 cm.
Pontos Fortes: É um cão de companhia por excelência. Alerta e carinhoso, adora colo, é meigo e afetivamente ligado ao seu dono. Late pouco, apenas para chamara atenção do dono ou para avisar que chegou visita em casa.
Rotina: É amigável e receptivo com todos, pessoas e animais. A escovação deve ser diária quando a pelagem é mantida longa e de duas a três vezes na semana caso se opte pela tosa bebê. Banhos podem ser semanais ou a cada 15 dias.
Curiosidade: Estima-se que o Shih Tzu – cujo significado da palavra é Cão Leão – tenha se originado a partir do Lhasa Apso e do Pequinês.


Silky Terrier Australiano
Foto: Arquivo de James Camac

Origem: Desenvolvido no final do século XIX por meio de acasalamento entre o Yorkshire e o Australian Terrier.
Tamanho: De 23 a 26 cm (machos); fêmeas ligeiramente menores.
Pontos Fortes: Prefere passar o tempo com a família, brincando ou apenas dormindo no colo de alguém.
Rotina: Se deixado sozinho por longos períodos, pode latir em demasia. Reservado com estranhos. Relaciona-se bem com crianças, especialmente as mais velhas. Cheio de energia, exige exercícios diários, como brincadeiras dentro de casa e caminhadas na guia. Sua pelagem (mais parecida em estrutura com o cabelo humano do que com pelo de cão) requer banho ao menos uma vez por mês e precisa ser escovada a cada dois ou três dias.
Curiosidade: É mais raro que o Australian Terrier – enquanto este último contou com 325 exemplares registrados, apenas 178 cães da raça Silky Terrier receberam pedigrees em seu país de origem em 2022. Já foi chamado de Sydney Silky Terrier.


Skye Terrier
Foto: Arquivo de Jeanine de Leie (canil Castrumskies)

Origem: Século XVI, na Ilha de Skye, Escócia. Há quem alegue que sua formação se iniciou com o naufrágio de um galeão espanhol perto da ilha – entre os sobreviventes, estavam cães Malteses que depois se acasalaram com terriers locais.
Tamanho: De 25 a 26 cm.
Pontos Fortes: Excepcionalmente leal ao tutor. Afetuoso e amigável com sua família, mas desconfiado com estranhos.
Rotina: Seu instinto de caça é um tanto alto, a ponto de criar problemas para os outros pets da casa. Brincadeiras de buscar objetos todos os dias ou caminhadas diárias curtas. Exemplares que passam a maior parte do tempo dentro de casa precisam apenas ocasionalmente de banhos, que devem ser mais frequentes em cães de exposição ou que passam muito tempo fora de casa. A pelagem deve ser escovada uma ou duas vezes por semana.
Curiosidade: Pelo padrão da raça, o comprimento da ponta do nariz à ponta da cauda deve ser de 105 cm nos machos (as fêmeas são ligeiramente menores).


Smoushond Holandês
Foto: Arquivo do Hollandse Smoushonden Club

Origem: Descende de um Schnauzer bege-amarelado e do Griffon de Bruxelas. Em meados do século XIX já era muito popular entre as classes média e alta na Holanda, para capturar ratos nos estábulos. Seu primeiro padrão foi escrito em 1905. Depois de um longo período no qual a popularidade e o interesse pela raça diminuíram, a então considerada última ninhada foi registrada pelo Kennel Club holandês em 1949. Em 1973, Hendrika Maria Barkman van der Weel tomou a iniciativa de resgatá-la.
Peso e tamanho: De 7 a 11 kg; de 37 a 42 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso, alegre, amigável, treinável e muito obediente.
Rotina: Fácil de manter, não exige cuidados especiais – apenas a pelagem precisa ser banhada e escovada e de tempos em tempos para que não se torne embaraçada. Os passeios devem ser diários.
Curiosidade: Na época de sua formação, era conhecido como Gentleman’s stabledog. É muito raro fora da Holanda, onde 132 exemplares foram registrados em 2021.


Spaniel Japonês (Japanese Chin)

Foto: Nakamura/Cão: Sanukikyougokusou JP Momotarou/Propr.:
Hiroshi Fukusaki

Origem: Vários relatos antigos creditam a monges budistas, imperadores chineses ou mercadores europeus a introdução do Chin no Japão de 500 a 1.000 anos atrás. Lá nobres nipônicos desenvolveram a raça como conhecemos hoje. Ela era desconhecida no Ocidente até a década de 1850, quando o Japão foi reaberto para o comércio depois de anos de isolamento: em 1853, o almirante Matthew Perry deu a Rainha Vitória da Inglaterra um casal depois que os navios dele visitaram o Japão.
Tamanho: Cerca de 25 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso com quem conhece e reservado com estranhos. Inteligente e um tanto independente.
Rotina: A pelagem necessita de escovação semanal e banho uma vez por mês. Bastante ativo, ele irá apreciar ser levado para caminhadas com a família ou para brincar em parque com outros pequenos cães.
Curiosidade: Nos Estados Unidos, essa raça por muito tempo foi chamada de Japanese Spaniel. Apenas em 1977 o AKC a reconheceu como Japanese Chin.


Spaniel Tibetano

Foto: Arquivo de Joanne Wallis Baga/Cão: Ch. Velrok Serafire at
Amcross

Origem: Desenvolvido por monges budistas há mais de 2 mil anos. Chegou ao Ocidente em 1898.
Peso e tamanho: De 4,1 a 6,8 kg; cerca de 25,4 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso com as pessoas do lar, incluindo as crianças.
Rotina: É importante escovar a pelagem diariamente, pois esse cão perde pelos em intensidade média ao longo do ano. Banhos devem ser limitados a cada seis a oito semanas. Costuma latir para estranhos que considere perigosos, sendo um cão de alarme eficaz. Muito confiável e amigável com pessoas conhecidas. Precisa ser educado a aceitar outros animais de estimação. Inteligente, mas independente e, assim, pode se mostrar teimoso no treinamento de obediência. Tem nível de atividade moderado, sendo importante proporcionar exercícios, como caminhadas diárias.
Curiosidade: Apesar do nome, não compartilha nenhum ancestral comum com as raças spaniels e, portanto, não é tecnicamente um spaniel.


Terrier Alemão de Caça (Jagd)

Foto: Arquivo de Lars Mathis

Origem: Acasalamentos entre quatro cães sem raça definida da cor preto-e-castanho (black and tan) e exemplares das raças Old English Wirehaired Terrier (já extinto) e Welsh Terrier, ocorridos após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). O objetivo era desenvolver uma raça baseada unicamente no desempenho na caça, particularmente embaixo da terra. Depois de muitos anos de esforços intensivos de criação, a aparência desse cão foi fixada e, em 1926, foi fundado o clube alemão especializado nele. Os criadores então continuaram a avaliar muito cuidadosamente a raça para a sua utilização na caça.
Peso e tamanho: De 7,5 a 10 kg; de 33 a 40 cm.
Pontos Fortes: Corajoso, obstinado e sociável.
Rotina: Tem alto nível de energia e, assim, precisa de diversos passeios diários. A pelagem deve ser escovada uma vez por semana e banhada só de vez em quando.
Curiosidade: Em alemão, o nome da raça, apesar de começar com “j”, é pronunciado como “Yackterrier”.


Spitz Alemão Anão

Cão: Lesha/ Prop. e criação: Canil Fonte de Luz, Jefferson Maioline/
Instagram: @canilfontedeluz

Origem: Descendem de cães da Idade da Pedra e da família canina mais antiga da Europa Central, que eram cães puxadores de trenós originários da Groenlândia, Islândia e Lapônia que pesavam cerca de 13 a 18 kg com pelagem branca ou creme, como também variações de cores com laranja. Os Spitzs menores, também chamados de Lulu da Pomerânia, começaram a ser desenvolvidos por volta de 1760, na Inglaterra, quando foram feitos cruzamentos para reduzir o tamanho da raça. A Rainha Vitória foi uma grande entusiasta da raça, chegando a ter 35 exemplares. Hoje o Spitz é uma das raças mais criadas e populares no mundo.
Tamanho: De 18 a 24 cm.
Pontos Fortes: Possui uma vistosa juba, cauda espessa caída sobre o dorso e movimentação encantadora: caminha como se desfilasse em uma passarela. Um dos charmes da raça é a sua cabeça de raposa com olhos alertas e as pequenas orelhas pontudas, inseridas próximas uma da outra, que dão ao Spitz sua característica única. Além do visual, o temperamento da raça também se destaca, pois é inteligente, alto astral e atenta. Um companheiro divertido e super carinhoso que elege uma pessoa preferida, mas se adapta aos demais moradores da casa. Sua desconfiança natural com estranhos e sua ausência de instinto de caça fazem dele o companheiro ideal como cão de companhia e guarda ideal para casas e fazendas. Costuma latir para toda situação que lhe pareça estranha. Por ser pequeno, cabe em qualquer ambiente doméstico, sendo ideal para quem gosta de viajar com seu pet.
Rotina: Sociável e alegre por natureza, esse cão gosta de interação. Solidão não é com ele! Assim, se precisar passar algumas horas sozinho no lar, melhor que tenha companhia de outro cão. Costuma ser sociável com cães desconhecidos, e tende a aceitar bem outros animais. É fácil de ser treinado, pois é muito inteligente. Como sua energia é baixa, atividades feitas no quintal da casa e passeios rápidos são suficientes para satisfazê-lo. Sua pelagem, que possui um vasto subpelo, exige trimming (nas patas e no ânus) feito por profissional a cada 30 ou 40 dias, além de escovações semanais e banhos mensais. Tosas rentes à pele não devem ser feitas.
Curiosidade: Todas as cores e variedades são aceitas na raça, exceto o merle.
Revisão técnica: Jefferson Maioline, canil Fonte de Luz.


Staffordshire Bull Terrier

Foto: Raquel Azevedo/ Cão: Jessie/ Propr. e criação: Eduardo José da Silva/ Canil Hill Dogs/Instagram: @hill.dogs

Origem: Tem como ancestral o antigo Bulldog, que foi cruzado com diversos terriers no século XIX. Como resultado conseguiu-se um cão capaz de perseguir sua caça acima e abaixo do solo. Foi reconhecido como raça pelo TKC em 1935.
Peso e tamanho: Entre 35,5 e 40,5 cm, com machos pesando entre 12,7 kg e 17 kg, e fêmeas pesando entre 11 kg e 15,4 kg.
Pontos Fortes: É tenaz, vigoroso e dotado de coragem indomável. Musculoso, ativo e ágil, é mais forte do que aparenta. Muito afetuoso com a família, especialmente com crianças (é conhecido como cão-babá). Leal e protetor com seus donos.
Rotina: Gostam de contato próximo à família, adaptam-se ao ambiente e rotina do lar por serem cães autônomos e independentes. Precisam de exercícios diários e de atividades que o estimulem mentalmente, sobretudo se viverem em apartamento. Têm ótimo desempenho na prática de esportes caninos como o agility. Altamente inteligente e obediente, quando educado de forma consistente. Aceita bem pessoas estranhas, mas precisa ser socializado com outros animais (inclusive outros cães).A escovação é semanal e o banho, ocasional.
Curiosidade: Têm alto drive de caça, adorando brincar de buscar bolinha e frisbee, entre outras atividades que remetem a caça.
Revisão técnica: Eduardo José, canil Hill Dogs.


Terrier Americano Sem Pelo

Foto: Arquivo do canil Poise

Origem: Em 1972, uma fêmea sem pelos nasceu de uma ninhada de Rat Terriers de pelagem normal. Ela foi adotada por Edwin e Willie Scott, que passaram anos a cruzando, assim como seus descendentes e, em 1983, geraram a primeira ninhada de filhotes sem pelos.
Tamanho: Ideal – de 30,5 a 40,6 cm.
Pontos Fortes: Apesar de cheio de energia e de gostar de atividade, também fica feliz em se aninhar no sofá ao lado do tutor. Excelente companheiro para crianças. Costuma conviver bem com os outros pets da casa e gosta de brincar com pessoas em geral e outros cães.
Rotina: Tem duas variedades, a com pelos (precisa de escovação rápida uma vez por semana e banho ocasional) e a sem pelos (o essencial é a proteção contra queimaduras solares). Necessita de cerca de 30 minutos de passeios diários.
Curiosidade: Seu gene de ausência de pelos não está relacionado à falta de dentes, o que o faz se diferenciar de outras raças peladas, como o Pelado Mexicano.


Terrier Australiano

Foto: Arquivo de John Davidson

Origem: Século XIX. Resultado de acasalamentos entre terriers britânicos como o Cairn, Dandie Dinmont, Norwich, Scottish, Skye e o Yorkshire.
Peso e tamanho: Ideal – 6,5 kg e 25 cm (machos); fêmeas ligeiramente menores.
Pontos Fortes: Extrovertido, alerta e corajoso. Inteligente e carinhoso com os tutores, esse cão anseia pela companhia deles, ainda que independente e, portanto, um tanto teimoso.
Rotina: Escovação semanal e banho a cada quatro semanas. Exemplares de exposição passam a cada seis a oito semanas pelo stripping (arranque manual de pelos para que os novos mantenham a textura áspera e típica da raça). Como foi originalmente desenvolvido para caçar e matar pequenos animais, a convivência com gatos e roedores pode ser difícil. Reservado com estranhos (pelo menos no início).
Curiosidade: Foi a primeira raça nativa a ser oficialmente aceita em sua terra natal e o primeiro cão australiano a ser reconhecido em outros países.


Terrier Brasileiro

Foto: Arquivo da criadora e propr. (Marta Simonyii, canil Da Pedra
Filosofal/Cão: Èbano Encantador da Pedra Filosofal (Obi)

Origem: Século XIX. Os ancestrais ainda são incertos. Há quem acredite que foi desenvolvido a partir do Fox Terrier e do Jack Russell. Outros creem que este último foi cruzado com o Pinscher Miniatura e com o Chihuahua.
Peso e tamanho: Cerca de 10 kg; de 35 a 40 cm (machos), de 33 a 38 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Adora brincar e, assim, é ótimo com crianças. Convive muito bem com outros cães.
Rotina: A pelagem precisa ser banhada apenas quando estiver muito suja e deve ser escovada de duas a três vezes por semana, especialmente na época da muda de pelos, que ocorre geralmente duas vezes por ano. Exige exercícios regulares, como longas caminhadas. Como ainda tem um instinto de caça muito forte, pode perseguir os animais menores da família, como gatos.
Curiosidade: Reconhecido em definitivo pela FCI em 2005, em 2023 o processo de aceitação da raça pelo AKC teve início, por meio do seu ingresso no Foundation Stock Program da entidade.


Terrier Escocês (Scottish Terrier)

Foto: Arquivo do propr. e criador (Liz Bradley)/Cão: Brueik Flashman

Origem: Aberdeen, na Escócia. Remonta ao século XVIII, mas o desenvolvimento da raça como se conhece hoje não ocorreu até o final dos anos 1800.
Peso e tamanho: De 8,5 a 10 kg; de 25 a 28 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso com seus donos. Corajoso e alerta.
Rotina: Tende a ser teimoso – é conhecido por desafiar os membros da família que não estabelecerem autoridade para que ele entenda que não é o líder de seus humanos. Geralmente se relaciona bem com crianças. Sua pelagem deve ser escovada de duas a três vezes por semana. Banho apenas se necessário. Exemplares de exposições passam pelo stripping (arranque manual de pelos com facas específicas) a cada três meses. Precisa de quantidade moderada de exercícios, como passeios diários e brincadeiras de pegar bolas.
Curiosidade: Franklin Roosevelt, presidente dos Estados Unidos de 1933 a 1945, adorava tanto esses cães que uma estátua de um exemplar da raça fica ao lado da sua em seu memorial.


Terrier Irlandês do Glen do Imaal

Foto: Arquivo da criadora e propr.: Jo Lynn/Cão: Tipperary Allsorts de Burgh, campeão americano

Origem: Remonta ao final do século XVI, na área geográfica do Vale do Imaal, região árida e rochosa. Foi desenvolvido para a caça de texugos.
Peso e tamanho: Ideal – aproximadamente 16 kg e até 35,5 cm.
Pontos Fortes: Corajoso e inteligente. Ótimo cão de alarme.
Rotina: Adora brincar com as crianças da família. Nunca se deve deixá-lo sozinho com pets de pequeno porte, como hamsters e coelhos. Duas vezes por ano os exemplares de exposição precisam passar pelo stripping (arranque manual do subpelo com pentes específicos, feito por tosador profissional). A pelagem deve ser também banhada pelo menos três a quatro vezes por ano (e conforme a necessidade) e escovada toda semana.
Curiosidade: Algumas lendas dizem que era também utilizado como ajudante de cozinha – ele corria em uma engenhoca com roda que virava carne em fogo aberto: as peculiares patas dianteiras arqueadas e as poderosas pernas traseiras desse cão eram ideais para este trabalho.


Terrier Tibetano

Foto: Arquivo do proprietário (Glenn Davis)

Origem: Raça antiga, desenvolvida no esplêndido isolamento de sua terra natal e associada aos monastérios budistas e ao Dalai Lama. Assim, o nome está apenas parcialmente correto: ela é originária do Tibete, mas não tem sangue nem temperamento de terrier. Seu primo menor é o Lhasa Apso. Trata-se, como se vê, de uma raça tipicamente asiática. Apesar de mais conhecido como cão de companhia e de alarme, durante sua longa história trabalhou como pastor e guardião de rebanho.
Tamanho: De 36 a 41 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso e esperto.
Rotina: Precisa de uma hora de exercício diário, o que pode ser proporcionado por corridas ou caminhadas (adora ser levado para passear e estar em ambientes externos com as pessoas da casa). Os banhos devem ser ocasionais e as escovações, de uma a três vezes por semana.
Curiosidade: Tem pés grandes e achatados, adaptados ao longo dos séculos para ajudá-lo e percorrer o terreno nevado e montanhoso da terra natal.


Toy Fox Terrier

Foto: Arquivo de Betty Cuzzolino/Cão: Flashy

Origem: Início do século XX, por meio de cruzamentos entre o Fox Terrier Pelo Liso e exemplares de raças do tipo toy, como o Chihuahua e o Pequeno Lebrel Italiano. O resultado foi um cão energético, um genuíno terrier com uma personalidade sedutora típica das raças de porte miniatura.
Tamanho: De 21 a 28 cm.
Pontos Fortes: Sedutor, alerta, rápido e atlético – as crianças ficam encantadas com sua energia infinita e o zelo dele durante as brincadeiras, mas por ser raça toy não é recomendado para as pequenas.
Rotina: Precisa somente de banho ocasional e mínima escovação com luva de borracha. Embora seja ideal para apartamento, gosta de correr e brincar. Assim, aprecia caminhadas, corridas e trilhas em ambientes externos.
Curiosidade: Apesar de ter começado como caçador de ratos em celeiros, esse cachorro logo encontrou o caminho dele no show business, onde sua esperteza, graça e aparência elegante o fizeram trabalhar como cão de circo.


Volpino Italiano

Foto: Arquivo do criador e propr. (Fabrizio Bonanno, canil Di
Roccascura)/Cão: Vulcano di Roccascura

Origem: Remonta ao século XV. Descende de várias raças Spitz europeias. Acredita-se seu DNA contribuiu para a formação do Pomerânia.
Tamanho: De 27 a 30 cm (machos), de 25 a 28 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito animado, inteligente e alegre, adora brincar. Ama sua família e estabelece vínculo forte com todos os membros dela.
Rotina: Precisa ser monitorado quando próximo a crianças pequenas até que o tutor perceba que todos se respeitam. Relaciona-se bem com os outros cachorros da casa, mas não confia em cães desconhecidos nem pessoas estranhas (soará o alarme quando eles se aproximarem do lar). Pode se tornar dominante com animais menores. A pelagem deve ser escovada duas ou três vezes por semana e banhada de dois em dois meses. É importante que conte com cerca de uma hora e meia de atividades a cada dia, como caminhadas em locais diversos.
Curiosidade: Em italiano volpino significa raposinha e se refere à aparência desse cão, que lembra uma raposa.


Welsh Terrier

Foto: Jan Bell/Cão: Taicligh Star Trooper (Mad Max)/Propr.: Chris
Williams

Origem: Surgiu no final dos anos 1700. Foi desenvolvido para a caça. Acredita-se que seu ancestral tenha sido o Old English Black and Tan Terrier, já extinto.
Peso e tamanho: De 9 a 9,5 kg, até 39 cm.
Pontos Fortes: Ótimo com crianças. Superinteligente e de muita energia.
Rotina: Precisa de muito exercício, como corridas e caminhadas por pelo menos uma hora todos os dias. A pelagem deve ser escovada uma ou duas vezes por semana e dificilmente precisa ser banhada. Exemplares de exposição passam pelo stripping (arranque manual de pelos) a cada oito a doze semanas. Com socialização desde cedo, esse cão vive bem em um lar com outros cachorros e aceitará bem pessoas desconhecidas. Pode perseguir animais de estimação pequenos, como roedores e gatos, por ter sido desenvolvido para capturar presas.
Curiosidade: Enquadra-se na subcategoria de terriers de pernas longas, assim como seu primo maior (Airedale Terrier) e o menor (Lakeland Terrier).


West Highland White Terrier

Foto: LLOVALLODesign /Cão: Maddy/Propr.: Barbara Hands

Origem: Conhecido nas Ilhas Britânicas desde os anos 1600, só teve seu tipo fixado no século XIX. Têm ancestrais em comum com o Terrier Escocês e o Cairn Terrier.
Tamanho: Em torno de 28 cm.
Pontos Fortes: Amoroso com a família e amigável com todos. Confiante, inteligente e brincalhão. Relaciona-se bem com crianças.
Rotina: É importante que a pelagem seja escovada diariamente. Banho só quando necessário. Exemplares de exposição passam pelo stripping (arranque manual de pelos) a cada seis semanas. Deve ser levado para passeios todos os dias. Embora normalmente não comece brigas com cães, não é do tipo que se afasta de uma (especialmente machos não castrados). Costuma perseguir animais de estimação menores, inclusive gatos, pois ainda tem forte instinto de caça.
Curiosidade: Foi desenvolvido para capturar animais daninhos e, por ser branco, era mais fácil de localizar nos campos (os caçadores não o confundiam com a raposa-vermelha).


Yakutian Laika

Foto: Arquivo de Stanislav Gorodilov

Origem: Desenvolvido em tempos antigos pelos nativos de Yakutia, na parte russa da Sibéria. Usado para o pastoreio de renas, puxar trenós e caça. No século XIX ganhou popularidade. Nos anos 1900, sua população caiu em virtude do progresso, que diminuiu sua necessidade. Em 1998, um grupo de entusiastas trabalhou para recuperá-lo com sucesso.
Tamanho: De 53 a 59 cm.
Pontos Fortes: Dócil, animado e dedicado ao dono. Extremamente afetuoso e zeloso com crianças. Ligeiramente reservado com pessoas desconhecidas (mas logo faz um novo amigo).
Rotina: Escovação semanal (na muda sazonal de pelos, deve ser diária). Banhos apenas de duas a três vezes por ano. De energia média a alta, será mais feliz se contar com exercícios diários, como caminhadas ou acompanhar o dono em bicicleta.
Curiosidade: Os nativos Yakutes se tornaram o primeiro povo conhecido a usar cães para puxar trenós. Reconhecido pela FCI em 2019 (ainda em caráter provisório).


Yorkshire Terrier

Foto: Sônia M. Hamerski, do canil Jealous Toy/ Cão: Areta Jealous
Toy/ Propr. e criação: Sônia M. Hamerski – Facebook: /Jealous Toy

Origem: Como o próprio nome indica, a raça surgiu no condado de Yorkshire. Inicialmente foi desenvolvido para caçar pequenos roedores em locais subterrâneos, principalmente em minas de carvão, na época em que a Inglaterra estava no auge da Revolução Industrial. Porém, no século XIX, a raça conquistou a realeza.
Peso: Até 3,2 kg.
Pontos Fortes: Reúne muitas qualidades, tais como: ser charmoso, corajoso, elegante, companheiro, autoconfiante, alerta, inteligente, vivaz e afetuoso. Na aparência, encanta com sua pelagem longa, expressão alerta e focinho preto.
Rotina: Ama ser o centro das atenções e ter seus donos sempre por perto. Curioso, adora investigar e ficar por dentro de tudo o que acontece no seu território. Aprecia um colo, mas também é cheio de disposição. A escovação deve ser diária em qualquer comprimento de pelagem. Banhos podem ser quinzenais.
Curiosidade: Foi chamado oficialmente de Yorkshire Terrier em 1874. Antes disso, era conhecido como Broken Haired Scotch Terrier e, mais tarde, como Toy Terrier.


TOPCÃES 2023/2024 – RAÇAS MÉDIAS OU STANDARD

American Bully (Standard)

Foto: Synister Bully Kennels/ Cão: SBK’S First Son aka Cain

Origem: O ABKC foi o primeiro clube a reconhecer a raça, seguido pelo UKC (em 2013) e o IBC.
Peso e tamanho: De 40,6 cm até 48 cm (fêmeas) e 43,1 cm até 51 cm (machos). O American Bully deve ser tanto poderoso como ágil. Portanto, seu peso e sua altura são menos importantes do que a proporção correta entre peso e altura.
Pontos Fortes: As características essenciais do American Bully são a força, confiança e vigor. Sua cabeça é massiva e seu corpo musculoso, com aspecto volumoso. É gentil e dócil com outros pets da casa, inclusive cães.
Rotina: Apesar da aparência poderosa, é um cão de companhia por essência, não servindo para a guarda. Gosta de estar com seus donos, não sendo um cão para ficar no quintal. Precisa movimentar-se, com passeios curtos em horários frescos.
Curiosidade: A CBKC e a UKC reconhecem somente os Bullys de porte médio, não os demais.


American Pit Bull Terrier

Foto: Johnny/Cão: Zorro DWK/Criação e Propr.: Lucas Roberto
Duarte, canil DWK

Origem: No Reino Unido do início do século XIX, cães do tipo terrier foram cruzados com outros, do tipo buldogue, com o objetivo de reunir a esportividade dos terriers e a força e a resistência dos buldogues de então, bem mais atléticos que os atuais.
Peso: 15,87 a 27,21 kg (machos); 13,60 a 22,67 kg (fêmeas).
Pontos Fortes: Corajoso e persistente, é parceiro e muito apegado ao dono. Também cria vínculos com todos os membros da família. A maioria dos exemplares adora brincar com crianças e toma iniciativa para tanto. Bom de alarme, late em situações incomuns.
Rotina: Trata-se de um atleta, que precisa de atividade diária e de exercício, como corridas com o dono de duas a três vezes por semana.
Curiosidade: A palavra Pit significa “fosso”, e refere-se ao uso dos cães em arenas de combate que ficavam abaixo do nível do chão; Bull, significa “touro”, o principal oponente que aqueles cães eram forçados a combater (até ursos os Pit Bulls foram obrigados a enfrentar).


American Staffordshire Terrier

Foto: Svenska Mässan (Suécia)/ Cão: Zican’s Bz Ez Dragon

Origem: Chamada carinhosamente de AmStaff, foi desenvolvida a partir de cruzas entre o Staffordshire Bull Terrier e diferentes cães bulldogs e terriers. Foi reconhecido como raça pelo AKC em 1936.
Tamanho: Uma altura de mais ou menos 46 a 48 cm na cernelha para os machos e 43 a 46 cm para as fêmeas é preferível.
Pontos Fortes: Dá impressão de grande força para seu tamanho, sendo muito bem estruturado, musculoso, porém, ágil e gracioso, além de profundamente ligado ao que o cerca. Seu temperamento é dócil e amigável com pessoas.
Rotina: Requer muito exercício e longas sessões de brincadeiras com o seu dono para ser física e mentalmente saudável. Destacam-se em esportes caninos. Não costuma aceitar bem outros cães. Sua pelagem exige apenas escovação semanal e banhos apenas quando necessário. Exige atenção em climas extremos.
Curiosidade: Antes da década de 1970, muitos Amstaffs eram registrados como Pit Bull mas, a partir desta data, a AKC proibiu essa prática, separando as raças.


Australian Shepherd

Foto: Arquivo da criadora: Gina Larson/Cão: Windmills Djinn/Props.: Nicole Watts e Gina Larson

Origem: Século XIX. Apesar do nome, não se desenvolveu na Austrália. Em vez disso, descende de cães pastores encontrados nas montanhas dos Pireneus, entre a França e a Espanha. Alguns desses cães teriam se juntado aos seus donos em viagens ao redor do mundo no século XVII – primeiro para a Austrália e depois para a Califórnia, onde teria havido mistura com outras raças.
Tamanho: De 46 a 58 cm.
Pontos Fortes: Adora brincar com crianças. Tende a se dar bem com outros pets. Fácil de treinar por ser altamente inteligente e muito disposto a agradar seus donos. Bastante protetor com relação a sua família e território – avisa se estranhos se aproximarem sem ser agressivo.
Rotina: Precisa de muito exercício diariamente, como longas caminhadas, pois é bem ativo. A pelagem deve ser escovada toda semana e banhada ocasionalmente.
Curiosidade: Alguns exemplares apresentam cauda naturalmente curta – pelo padrão FCI, quando isso ocorre, ela não deve ultrapassar 10 cm.


Australian Cattle Dog

Foto: Arquivo canil Cabru Belli/Cão: DOM ACD Cabru Belli/Propr.: Canil Cabru Belli/Instagram: @canilcabrubell

Origem: A história da origem da raça iniciou em meados do século XIX com Thomas Simpson Hall a partir de cruzamento entre o Dingo, cão selvagem australiano, e o extinto Cão de Northumberland Drover, para criar um cão pequeno, robusto, nas colorações azul e vermelha, para a lida de grandes rebanhos de gado.
Tamanho: De 46 a 51 cm (machos); de 43 a 48 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Embora tenha sido criado para a lida com o gado, é um cão versátil. A lealdade e o instinto de proteção dele também o tornam ideal para a guarda de propriedades, por exemplo. Está sempre alerta, é extremamente inteligente, corajoso e fiel, com uma implícita devoção ao dever.
Rotina: Como é muito focado no trabalho e possui grande energia, é importante oferecer passeios diários de cerca de uma hora. Encaixa-se muito bem em atividades como obediência, agility e trekking (canicross). É ativo, mas não incontrolável. Ambientes com pisos escorregadios são desaconselhados para criar a raça. A escovação deve ser feita de duas a três vezes na semana, com aumento da frequência nos períodos de troca de pelagem.
Curiosidade: Também conhecida como Blueou Red Heeler ou ainda Boiadeiro Australiano, a raça possui máscaras únicas, como se fossem impressões digitais, incluindo a marca branca na cabeça, chamada Bentley.
Revisão técnica: Carolina Bessa, canil Cabru Belli.


Basenji

Foto: Teddy Lei/Cão: Nirvana Itapuca/Criação e propr.: Sávio Steele/Canil Itapuca/Instagram: @basenjisitapuca

Origem: Encontrado de forma primitiva na África Central, principalmente no Congo, onde era usado na caça de animais em florestas. Muito antigo, pinturas que datam de 3.000 a.C., no Egito Antigo, retratam cães similares a ele.
Peso e tamanho: 11 kg e 43 cm (machos); 9,5 kg e 40 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Este cão primitivo possui uma aparência única. Ele combina elegância, graciosidade e equilíbrio, pois é dotado de estrutura leve, ossatura fina e membros altos, e uma cauda enrolada que é portada alta, e não sobreo dorso (como cães com tipo Oriental). Sua pele é muito flexível e, por isso, possui dobrinhas na cabeça. No temperamento, é bem-humorado, inteligente e brincalhão. Não é um cão de colo, mas é afeiçoado e devotado ao dono, gostando de estar sempre por perto.
Rotina: Limpa-se muito bem (lambendo-se feito gatos) e é independente. Adestrá-lo exige paciência, persistência e firmeza no treino. É ideal para a prática de esportes caninos, sendo muito resistente ao calor brasileiro. Exige socialização para aceitar outros pets que não sejam cães (seu instinto de caça é alto) e de estímulos físicos e mentais diários.
Curiosidade: São considerados hipoalergênicos, pois possuem baixa oleosidade na pele, juntando menos ácaros nos pelos. Não latem, mas produzem um som chamado de yodel, que é semelhante a um chiado.
Revisão técnica: Sávio Steele, canil Itapuca.


Beagle Harrier

Foto: @ Callalloo Twisty/Adobe Stock

Origem: Desenvolvido no século XVIII para a caça de lebres, raposas, javalis e cervos a partir das raças Beagle e English Foxhound. Eles caçavam em matilhas, acompanhando os cavalos dos caçadores.
Tamanho: De 45 a 50 cm.
Pontos Fortes: É brincalhão e dócil e ama atividades ao ar livre. Muito adaptável e sociável, seu temperamento é bastante similar ao do Beagle.
Rotina: Como sua energia é bastante alta, precisa de mais espaço para correr que o Beagle e de quintal com muros altos para que não escape. Sem exercícios diários ele pode se tornar destrutivo. Banhos são ocasionais e a escovação e a limpeza das orelhas deve ser feita toda semana.
Curiosidade: No Reino Unido, a raça ainda é utilizada para a caça e registrada em entidades desta atividade. O último exemplar da raça visto em uma exposição do TKC foi em 1915


Bearded Collie

Foto: Imke Groenier/Cão: Hettie/Propr.: Paula Brooks

Origem: Desenvolvido por pastores. Acredita-se que seja descendente de exemplares da raça Pastor Polonês da Planície, deixados na Escócia nos anos 1500. Desde o início, tem sido utilizado para múltiplas funções como cão de fazenda, incluindo o trabalho com rebanhos bovinos, ou até fazendo a guarda por meio de latidos de alarme.
Tamanho: De 51 a 56 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, ativo, amoroso e divertido.
Rotina: Escovação diária, rápida em exemplares típicos (mais demorada durante a muda de pelo). Precisa de exercícios diários (caminhadas, corrida e brincadeira).
Curiosidade: Muitos exemplares da raça ou mestiços dela participaram de comerciais e filmes da Disney, aproveitando o fato de serem cães bonitos, fofos e peludos. Muitos deles possuem o “gene do desbotamento”: vêm ao mundo escuros e começam a clarear depois de oito semanas. Enquanto trabalha com o gado, fará o característico salto beardie, um pulo alto para localizar seu rebanho.


Bedlington Terrier

Foto: @The Kennel Club

Origem: Acredita-se que muitas raças foram usadas para o seu desenvolvimento, como o Bull Terrier, o Whippet e o Otterhound. Foi criado para exterminar ratos em minas de carvão e para a caça.
Peso e tamanho: De 8 a 10 kg; e 41 cm.
Pontos Fortes: São inteligentes, afetuosos, espertos e sempre estão ansiosos para agradar. Por trás de sua aparência de carneirinho, há um cão com coração de leão, cheio de estamina, corajoso e um exímio caçador de pequenos animais.
Rotina: precisa gastar sua alta energia com passeios e brincadeiras diárias. Costuma ser territorialista com outros cães, principalmente do mesmo sexo. Tem instinto de caça, então precisa ser socializado para aceitar outros pets. Embora sejam teimosos, podem ser adestrados com treino positivo. Precisa de grooming a cada 6 semanas, banhos devem ser mensais e a escovação, diária.
Curiosidade: Antigamente era conhecido como Rothbury Terrier, fazendo referência à cidade de Rothbury, onde ele surgiu.


Boiadeiro de Appenzell

Foto: Arquivo do Schweizer Club für Appenzeller Sennenhunde

Origem: Região de Appenzell. Foi descrito pela primeira vez em 1853 como um pastor multicolorido, de tipo spitz, latido agudo e pelo curto, usado para guardar o terreno e para pastorear gado. Designado como raça própria pela entidade cinófila da Suíça em 1898. O clube suíço especializado na raça foi fundado em 1906.
Tamanho: De 48 a 58 cm.
Pontos Fortes: Animado, espirituoso, autoconfiante, confiável, inteligente (tem alta capacidade para aprender) e destemido. Ligeiramente desconfiado com estranhos.
Rotina: Escovação semanal. Em virtude de sua personalidade e necessidade de exercício (possui energia ilimitada e precisa de atividades diárias e muito espaço para correr), não é adequado para apartamento.
Curiosidade: Uma das quatro raças de cães boiadeiros suíços. Seu plantel reprodutor é muito pequeno, ainda que hoje a raça possa ser vista em toda a Suíça e em outras partes da Europa, além de estar crescendo lentamente nos Estados Unidos.


Border Collie

Foto: Michelle Haerbe/ Cão: Rusty F.A.A.S/ Propr.: Michele Mangini, do canil Figueira/Instagram: @canilfigueira

Origem: A raça foi selecionada por séculos nos condados fronteiriços da Inglaterra e da Escócia para o pastoreio. Acredita-se que tenha outros tipos de Collies, como o Bearded Collie e o Scotch Collie, como ancestrais.
Tamanho: 53 cm (machos), fêmeas ligeiramente menores.
Pontos Fortes: Alerta, tenaz, ativo, perspicaz e altamente inteligente, transmite uma expressão de vivacidade intensa. Tem muita facilidade em obedecer a comandos quando submetido a adestramento positivo. Aliás, é considerada a raça mais inteligente do mundo.
Extremamente dóceis, companheiros e carinhosos, convivem bem com crianças.
Rotina: Existem diferenças entre exemplares de conformação e de trabalho. Porém, no geral, sua alta energia exige atividade física e mental à altura para entretê-lo. Gostam do pastoreio, do agility, do show dog, entre outros esportes, além de brincar e fazer passeios e trilhas com seus donos. Sem atividade e companhia, esses cães podem se tornar infelizes e destrutivos. Na muda de pelo, a escovação deve ser realizada diariamente.
Curiosidade: Diferentemente de outras raças de pastoreio, o Border Collie também utiliza o contato visual para controlar os rebanhos, encarando os animais para direcioná-los.
Revisão técnica: Michele Mangini, canil Figueira Border.


Braco de Auvergne

Foto: Arquivo do Réunion des Amateurs du Braque d’Auvergne (www.braquedauvergne.fr)/Cão: Valdek de Ruisseau de Montbrun

Origem: Parente de muitos Pointers. Raça bastante antiga, produto de uma seleção da qual teriam participado os Cavaleiros de Malta (século XI). Presente por mais de dois séculos na região do Cantal, departamento francês que abrange montes nos Alpes. Desenvolvido para a caça e para os caçadores, possui uma identidade forte que sua pelagem de marcação pintada contribuiu para conservar.
Tamanho: De 53 a 63 cm.
Pontos Fortes: Muito afetuoso e dócil, adapta-se bem à vida em família. Inteligente e obediente.
Rotina: Excelente companheiro para corridas ou caminhadas, ele precisa de exercícios diários. É conveniente escová-lo uma vez por semana para que a queda de pelos permaneça pequena. Nada de banhos frequentes – lavagem apenas se o exemplar estiver visivelmente imundo.
Curiosidade: Dotado de faro poderoso, foi reconhecido pela FCI em 1955, mas, nos Estados Unidos, permanece não aceito pelo AKC.


Braco de  Bourbonnais

Foto: Arquivo de Bernard Garcia

Origem: O primeiro padrão oficial foi publicado em 1930, mas esta raça é milenar, tendo surgido do antigo Braco Continental, assim como todos os demais Bracos europeus. Possui faro muito bom para a caça de codornas e se adapta a diferentes terrenos durante a caça.
Tamanho: De 48 a 57 cm.
Pontos Fortes: Doce, gentil e afetuoso com os donos, é muito apegado à sua família. São elegantes e rústicos ao mesmo tempo e possuem uma bela pelagem branca inteiramente manchada de marrom ou fulvo.
Rotina: Espirituoso e entusiasmado, possui uma alta energia que precisa ser gasta todos os dias com passeios e brincadeiras. Gosta de viver em local espaçoso. Muito inteligente, é facilmente treinado. Banhos devem ser dados apenas quando necessário.
Curiosidade: Também é conhecido como Braco de Burbônia. Alguns deles nascem sem cauda ou com ela muito curta.


Buldogue Campeiro

Foto: Arquivo do criador (canil Molosso di Jerivá)/Cão: Portento
Molosso di Jerivá

Origem: Imigrantes europeus que chegaram ao Rio Grande do Sul no século XIX trouxeram antigos buldogues ingleses, de boa aptidão para a lida com o gado. A raça foi se formando da mistura entre eles e outros cães que viviam na região.
Tamanho: De 49 a 58 cm.
Pontos Fortes: Aprecia estar com a família e participar de sua rotina. Adora ser convocado para uma farra com crianças, mas, como é pesado, recomenda-se supervisão. Com visitas, só age de maneira hostil em situações suspeitas, como em caso de invasão territorial.
Rotina: A pelagem precisa de escovação semanal e banhos devem ser dados a cada dois meses. É recomendado levá-lo para caminhar uma ou duas vezes por dia, por cerca de 40 minutos. Dificilmente aceita gatos. Não é indicado manter machos juntos (fêmeas têm mais chances de se entenderem).
Curiosidade: Entre as raças brasileiras ainda não aceitas pela FCI, foi a que contou com maior número de registros de nascimentos em 2022 pela CBKC.


Buldogue Serrano

Foto: Arquivo do dono (Ivanor Oliviecki, canil Boca Brava)/Cão: Xiru

Origem: Foi desenvolvido no sul do país, da mistura de cães locais com antigos buldogues britânicos que lá chegaram com imigrantes europeus durante o século XIX.
Peso e tamanho: 25 a 40 kg; 48 a 56 cm.
Pontos Fortes: Companheiro protetor da família, não aceita invasões de propriedade, mas admite a presença de convidados recebidos pelos tutores.
Rotina: Com as crianças da casa, é paciente e brincalhão (ainda que, como seu porte é grande em relação a elas, pode machucá-las sem querer). Já o relacionamento entre cães do mesmo sexo tende a ser difícil e às vezes ocorrem brigas até entre os casais, mas, no caso deles, é mais fácil mantê-los juntos. Caminhadas diárias e até corridas. Como tem focinho mais curto que a maioria das raças, é prudente resguardá-lo do calor e evitar excesso de exercício, embora males respiratórios não sejam comuns.
Curiosidade: É mais baixo, menos robusto e enrugado e com focinho mais longo que o Buldogue Campeiro.


Bulldog Americano

Foto: Luciana Schmidt/ Cão: SunshineBulls New Iron/Propr.
E criação: Beatriz Taques, canil SunshineBulls

Origem: Surgiu nos séculos XVII e XVIII, a partir de colonizadores ingleses que levaram para a América seus Bulldogs para controlar a pecuária, caçar animais selvagens e para proteção pessoal.
Peso e tamanho: Entre 34 e 43 kg e de 55 e 68 cm (machos standard); Entre 27 até 38 Kg e de 53 até 63 cm (fêmeas standard). Entre 40 e 55 e de 55 e 68 cm (machos tipo bully); Entre 33 a 47 kg e de 53 a 66 cm (fêmeas tipo bully); padrão IBC.
Pontos Fortes: São versáteis e podem ser excelentes companheiros dentro de casa e explorar muito o quintal. Em geral, fazem guarda e a se dão muito bem com crianças, membros da família e até mesmo convidados que entrem com o dono.
Rotina: Deve viver em casa com quintal grande e com piso adequado para que o crescimento dos cães seja saudável (nada de piso liso). Se vive em apartamento, deve ter uma rotina de atividades, como caminhadas.
Curiosidade: Nos anos 1920, eram conhecidos como American Pit Bulldogs. Seu nome foi mudado para que não fossem mais confundidos com o American Pit Bull.


Bulldog Continental

Foto: Thomas Tschanz (Pickwick Bulldogs)

Origem: Acasalamentos entre o Bulldog Inglês e o Old English Bulldog iniciados em 2000, com o objetivo de criar um cão molosso (de cabeça grande, peito largo, entre outros) de porte médio, se aproximando bastante do tipo do Bulldog original. A fim de distingui-lo do Bulldog Inglês, o nome Bulldog Continental foi escolhido.
Peso e tamanho: De 25 a 30 kg; de 40 a 50 cm.
Pontos Fortes: Atento, autoconfiante e amigável.
Rotina: Bastante calmo e pouco ativo quando dentro de casa (é uma ótima opção para a vida em apartamento). Precisa apenas de uma quantidade moderada de exercícios (pelo menos de 30 a 60 minutos todos os dias), mas mais do que a maioria das outras raças de Bulldog, por ser mais ativo que elas. Escovação de uma a duas vezes por semana (a queda de pelo desse cão é de média intensidade).
Curiosidade: Foi reconhecido pela FCI, ainda em caráter provisório, em 30 de março de 2022. Possui menos rugas que outros Bulldogs.


Bulldog Inglês

Foto: @The Kennel Club

Origem: Seus ancestrais são os antigos bulldogs que viviam na Inglaterra nos séculos XVII e XVIII e eram usados para combate a touros (bull-baiting) e para aguarda de propriedades. Porém, o Bulldog atual começou a ser desenvolvido em1835, quando práticas como as rinhas de cães foram proibidas.
Peso: 25 kg (machos) e 23 kg (fêmeas).
Pontos Fortes: Foi projetado para ser um cão menor do que seus ancestrais, com cara mais curta, atarracado, super dócil e totalmente voltado para a companhia. E é exatamente assim que ele é, extremamente dócil e amoroso, o clássico bonachão.
Rotina: Aprecia passeios curtos nos horários mais frescos do dia. Preguiçosos, tiram longas sonecas durante o dia. Adequa-se tanto a famílias com crianças como pessoas idosas. Não é um cão de colo, embora goste de estar sempre por perto, interagindo e ganhando atenção de todos. Suas dobrinhas não podem permanecer úmidas após o banho e o seu rosto não pode ser molhado com jatos de água.
Curiosidade: Não são cães latidores, mas produzem outros sons como roncos.


Bull Terrier

Foto: Arquivo do Bull Terrier Club

Origem: Por volta de 1835, do cruzamento entre o hoje extinto English Terrier e o Miniature Bull Terrier. Mais tarde ocorreram outros acasalamentos, como com o Perdigueiro de Burgos e o Dálmata, gerando um cão branco. Cruzas com o Staffordshire Bull Terrier reintroduziram as outras cores por volta dos anos 1900.
Peso e tamanho: Não há limites de peso nem de altura.
Pontos Fortes: Adora a família e ama estar perto do tutor.
Rotina: É preciso monitorar as atividades com crianças pequenas (as mais velhas e respeitosas são mais adequadas). Sobre estranhos e outros cães, é melhor socializar o exemplar desde cedo, pois ele pode ser protetor e excessivamente dominador. Gatos e roedores tendem a ser perseguidos. A pelagem deve ser escovada semanalmente e só banhada se necessário. Esse cão irá se beneficiar de exercícios diários, como longas caminhadas.
Curiosidade: A mascote oficial da cerveja americana Bud Light é o Bull Terrier Spuds MacKenzie.


Cão d’Água Francês (Barbet)

Foto: Judy Descutner  (www.hickorytavernfarm.com)

Origem: Muito antigo, no século XVI era usado para a caça de animais aquáticos. Quase foram extintos após a Segunda Grande Guerra e, hoje, são bastante raros.
Tamanho: De 53 a 65 cm (ideal).
Pontos Fortes: Extremamente apegado ao dono, bastante sociável, ágil e versátil, podendo desempenhar diferentes funções: desde um pet amoroso e inteligente, até um companheiro para diferentes esportes. Muito fácil de ser treinado. É um cão forte, rústico e de construção sólida.
Rotina: Gosta de praticar diferentes atividades, seja na água (é um ótimo nadador) ou passeios (mais de uma vez ao dia), esportes e brincadeiras, para gastar sua alta energia. Escovações regulares e limpeza da barba são importantes. Após o banho, sua pelagem deve ser bem seca para que fique bem encaracolada.
Curiosidade: É considerado hipoalergênico, pois quase não perde pelos. Seu nome Barbet lhe foi atribuído pela charmosa barba que possui sobre o focinho. Aliás, sua pelagem permite que ele resista a temperaturas bem geladas.


Cão D’Água Frisado (Wetterhoun)

Foto: Netty Way/Propr.: Cathrienke Brandt

Origem: Foi desenvolvido por pescadores, há pelo menos 400 anos atrás, para caçar lontras. Parente próximo do Stabyhoun (ambos têm um clube em comum, o The Nederlandse Vereniging voor Stabiij en Wetterhounen). O Kennel Club Holandês reconheceu a raça em 1943, enquanto a FCI aceitou esse cão em 1959.
Peso e tamanho: De 28 a 34 kg; de 55 a 59 cm.
Pontos Fortes: Excelente na companhia e no alarme.
Rotina: A pelagem, à prova d ́água, exige mínimo cuidado (banhos frequentes não são necessários). Exercícios diários são importantes para o seu bem-estar. Ótimo nadador, destaca-se em esportes caninos aquáticos. No norte da Holanda, wetterhoun significa “cachorro d’água”.
Curiosidade: Foi quase extinto depois da Segunda Guerra Mundial, quando sua população caiu drasticamente. Hoje há um número considerável desses cães pelo mundo, ainda que a raça permaneça rara e com o plantel concentrado na Holanda, onde 141 exemplares da raça foram registrados em 2021.


Cão D’Água Português

Foto: Anna Postniková/Propr.: canil Cordata (www.cordata.cz)

Origem: Raça antiga, com mais de 2.500 anos de história, não se sabe como chegou a Portugal, onde foi usada para recuperar equipamentos e redes que caíam ao mar. Acredita-se que sua procedência seja as estepes da Ásia Central. Com o declínio da atividade de pesca no início do século XX, quase foi extinta. Até que os esforços para salvá-la se iniciaram nos anos 1930. Foi reconhecida pela FCI em 1955. Sua popularidade cresce lentamente, mas de maneira estável, já que ele vem se destacando em provas de obediência.
Peso e tamanho: De 43 a 57 cm; de 16 a 25 kg.
Pontos Fortes: Ativo, muito esperto e independente.
Rotina: De manutenção complicada: exige banhos frequentes e é altamente aconselhável que passe por escovação diária. Requer muita atividade física e mental.
Curiosidade: Algumas pessoas alegam que a raça é hipoalergênica por não passar por muda de pelos. O potencial tutor alérgico deve visitar a casa do criador e interagir com os cães para determinar o nível de tolerância.


Cão do Canaã

Foto: Bar Aharon/Propr.: Shaar Hagai Kennels

Origem: Artefatos que remontam a cerca de 4.000 anos atrás trazem gravuras com cães semelhantes a ele em Canaã, território que hoje abrange Israel, Líbano e partes de países vizinhos. Viveu sem domesticação até o século XX. Atuou como sentinela e mensageiro durante os anos que antecederam a fundação de Israel – oferecia proteção a assentamentos judaicos isolados e aumentou a reserva de cães de guerra para a independência, além de detectar minas. Ainda ajudou a Cruz Vermelha em seus esforços para localizar soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial.
Peso e tamanho: De 18 a 25 kg; de 50 a 60 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, confiante e moderadamente ativo.
Rotina: Requer banhos menos frequentes do que outras raças, mas escovação diária durante a muda de pelo. Precisa de uma quantidade considerável de exercícios, como passeios diários.
Curiosidade: Fala uma linguagem própria que engloba latidos, uivos, resmungos, gemidos e rosnados.


Cesky Fousek

Foto: Arquivo de Pavel Dostál

Origem: Imagens antigas da época do Reino da Boêmia, séculos atrás, retratam cão muito semelhante. Chegou a se tornar o cão de aponte mais popular de seu país, mas sua população despencou durante as guerras mundiais. Outras raças semelhantes foram então usadas nos acasalamentos até que o número de exemplares começasse a aumentar novamente.
Peso e tamanho: De 22 a 34 kg; de 58 a 66 cm.
Pontos Fortes: Sempre disposto a agradar os donos. Normalmente ama os membros de sua família igualmente.
Rotina: Altamente sociável, se dá muito bem com estranhos e outros cães. Tende a adorar crianças. Uma a duas escovações por semana. Raramente precisa de banho. Necessita de duas sessões de exercícios diárias, totalizando pelo menos 60 minutos, correndo em um quintal grande ou parque para cães e/ou fazendo corridas ou longas caminhadas acompanhando o tutor. Curiosidade: Fousek deriva do termo tchecofousy, que significa bigode.


Chesapeake Bay Retriever

Foto: Arquivo de Joanne Silver (Silvercreek Chesapeakes)

Origem: Sua história começou em 1807 – descende de dois filhotes de Terra Nova que, quando adultos, foram cruzados com cães retrievers e spaniels de trabalho na água etc. Os descendentes provaram ser excelentes recolhedores de patos abatidos por caçadores (recuperavam até 300 diariamente). Até hoje, esta raça é conhecida pela capacidade infalível de recuperar aves aquáticas, e sua popularidade se estende além da área da Baía de Chesapeake. Foi reconhecida pelo AKC em 1918.
Peso e tamanho: De 25 a 36,5 kg; de 53 a 66 cm.
Pontos Fortes: Equilibrado, geralmente amigável com estranhos e com outros animais. Gosta de criança.
Rotina: Exige quantidade considerável de exercícios, como brincar, nadar e fazer longas caminhadas diárias. Requer escovação ocasional com luva de borracha.
Curiosidade: Primeira raça canina designada como mascote de um estado dos Estados Unidos – no caso, de Maryland. Seus entusiastas a chamam informalmente de Chessie.


Chow Chow

Foto: www.chien.com

Origem: Na China, era utilizado na caça, na guerra e para a guarda. O primeiro exemplar chegou na Europa em 1865, quando a rainha Vitória ganhou um Chow Chow de presente.
Tamanho: De 48 a 56 cm (macho), 46 a 51 cm (fêmea).
Pontos Fortes: É dotado de uma grande personalidade, amoroso e devotado apenas à sua família. Gosta sempre de estar no mesmo ambiente que seu dono, mesmo que mantendo certa distância. Reservado com estranhos, é um bom cão de guarda. Calmo e de energia moderada, é raro vê-lo latir.
Rotina: É um ótimo companheiro tanto para quem mora em apartamento como em casa mas, quando mora em espaços menores, exige de dois a três passeios por dia. Independente, pode ser ligeiramente teimoso. A escovação de sua pelagem deve ser semanal.
Curiosidade: É um cão compacto de aspecto leonino e uma das poucas raças que possui língua roxa.


Cimarrón Uruguayo

Foto: Arquivo de Adrian Blanco (canil Del Rastro Cimarrón Uruguayo)

Origem: Não sofreu intervenção humana – foi formado no século XVI, por meio de cães mastins e galgos, trazidos durante as conquistas espanholas.
Peso e tamanho: Ideal – 33 a 45 kg, 55 a 61 cm.
Pontos Fortes: Afável com todos da casa. Demonstra carinho pelas crianças. Tende a brigar com os cães do mesmo sexo com quem convive. Desconfiado com pessoas desconhecidas. É pacífico com gatos e animais quando está habituado a eles. Aprende comandos de obediência rapidamente.
Rotina: Basta uma escovação quinzenal para deixar a pelagem em ordem e remover os pelos mortos. Se não tiver contato com a terra, um banho por mês é suficiente. É recomendável levá-lo a caminhadas pelo menos duas vezes por semana, mas o ideal é que os passeios ocorram todos os dias, para ajudá-lo a exibir a musculatura ideal e a viver feliz em casas com quintais pequenos e até apartamentos.
Curiosidade: É a única raça canina originária do Uruguai reconhecida pela FCI – a aceitação definitiva pela entidade ocorreu em 2017.


Cirneco do Etna

Foto: www.eleveurs-online.com

Origem: Acredita-se que tenham surgido na Sicília, nas imediações do vulcão Etna. Gravuras milenares apontam a existência destes cães há séculos.
Peso e tamanho: De 8 a 12 kg. De 42 a 52 cm.
Pontos Fortes: Dotado de grande rusticidade e de resistência, é um cão muito vivo, dinâmico, alegre e poderoso, com personalidade forte e bom caráter. Um companheiro agradável que se mostra reservado com estranhos, podendo ser também um bom guardião. Com os donos, é muito afetuoso. Sua construção elegante e leve é outro grande atributo.
Rotina: Adapta-se facilmente à vida na cidade e convive bem com outros cães. Exige caminhadas diárias para gastar sua alta energia. Muito apegado ao dono, não tolera bem a solidão. Exige uma educação firme desde cedo. Escovação e banhos são dados apenas regularmente, pois não solta pelos.
Curiosidade: É especialista na caça de coelhos, sendo que sua estrutura corporal é adaptada para percorrer terrenos difícil e íngremes. Esse cão é puro músculo!


Clumber Spaniel

Foto: Arquivo de Doug Johnson (canil Clussexx Spaniels)

Origem: O nome vem de Clumber Park, propriedade de um admirador da raça, o Duque de Newcastle, que, no fim dos anos 1700, aprimorou a raça. Entrou na moda no final do século XIX, quando o rei Eduardo VII a criou e ela se tornou a favorita de muitos caçadores de aves entre as famílias nobres. Como assistente da alta sociedade, foi tema frequente dos principais artistas de caça durante o apogeu da aristocracia britânica.
Peso: De 25 a 34 kg.
Pontos Fortes: Inteligente (pode abrir armários, portas e geladeiras), afetuoso e com grande entusiasmo pelo lazer. Geralmente prefere estar junto do tutor – ama a companhia de sua família humana.
Rotina: Precisa de exercícios frequentes (adora nadar e caminhadas diárias). Deve ser escovado semanalmente. Tende a ser mais indiferente do que outros spaniels e, às vezes, é reservado com estranhos. Pode viver bem com outros pets.
Curiosidade: Foi uma das primeiras raças a ser exibida em exposições.


Cocker Spaniel Americano

Foto: Arquivo de Mariecel Torres Young

Origem: Parente do Cocker Spaniel Inglês. Os ancestrais desses cães foram introduzidos nos Estados Unidos no final dos anos 1800. Os criadores americanos passaram então a selecionar pelo tamanho menor, pelagem mais longa e cabeça mais redonda.
Tamanho: De 36,8 a 39,3 cm (machos), de 34,2 a 36,8 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Apegado ao tutor. Alegre e amigável. Inteligente e fácil de treinar.
Rotina: Convive bem com crianças maiores (já as pequenas, que tendem a ser barulhentas e agitadas, podem estressá-lo). Foi desenvolvido para caçar e, assim, não é confiável perto não só de pássaros, mas também de outros pets como hamsters. Precisa de caminhadas diárias. A pelagem exige escovação três ou quatro vezes por semana. Já os banhos devem ser dados uma vez por mês.
Curiosidade: O nome vem de woodcook (galinhola), ave que esses cães faziam voar para que fossem abatidas a tiro pelo caçador (é considerada a menor entre as raças de caça.


Cocker Spaniel Inglês

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: Foi reconhecido como raça em 1873 pelo TKC. Antes disso, fazia parte das raças Field e Springer Spaniel.
Peso e tamanho: De 13 a 14,5 kg. De 39 a 41 cm (machos) e de 38 a 39 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: É amoroso, muito alegre e cheio de energia. Apesar de amigável com quem não conhece, late quando percebe algo diferente no seu território, servindo para alarme.
Rotina: Gosta de seguir o dono por toda parte e precisa de mais de uma hora de exercícios por dia. Deve sempre passear na guia, pois tem instinto de caça forte. Aprende fácil com treino positivo (não tolera qualquer punição) e convive bem com outros pets e cães. Sua pelagem exige trimming a cada 2 meses e escovação semanal. As orelhas devem permanecer secas para que não tenha otites.
Curiosidade: Também é conhecido como Cocker Spaniel. Foi desenvolvido para caçar a woodcock (galinhola) – e seu nome faz referência a ela.


Collie Pelo Curto

Foto: Leslie E Norris/Cão: Oakestelle Venus de Milo/Prop. e criadora:
Marianne Benton

Origem: Foi uma das raças favoritas da Rainha da Inglaterra. Acredita-se que seus ancestrais datem do século I d.C. Aceito pela FCI em 1974. Até hoje é usado para pastorear ovelhas.
Peso e tamanho: De 20,5 a 29,5 kg, 56 a 61 cm (macho); de 18 a 25 kg, 51 a 56 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Ele seduz todos com sua grande beleza e expressão doce e viva. É alegre, sensível, amigável e ávido por agradar o dono. Gosta de tudo: desde a prática de uma atividade esportiva até passar a tarde deitado no sofá com seu dono. Adora crianças, sendo um ótimo cão de família.
Rotina: Precisa de exercícios durante uma hora por dia pelo menos. Adapta-se à vida na cidade, mas gosta de viver em casas espaçosas. Convive bem com outros animais, inclusive gatos. Inteligente, é fácil de se treinar. Exige escovação semanal e banhos regulares.
Curiosidade: Também é chamado de Pastor Escocês ou Smooth Collie.


Dálmata

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: A origem da raça, no início de 1800, está associada a uma região da Europa Central ao longo do Mar Adriático que era conhecida como Dalmácia. Porém, pinturas em tumbas dos faraós no Egito Antigo apontam que a raça é milenar.
Tamanho: De 54 a 62 cm.
Pontos Fortes: Simpático, franco, sensível e amigável, de tão brincalhão chega a ser um palhaço. Seu amor por seus donos não tem limites.
Rotina: É amigável com outros pets e afetuoso com sua família, não gostando de ficar sozinho. Adora brincadeiras aquáticas. É indicado que viva em locais espaçosos. Sua alta energia de atleta exige pelo menos três passeios por dia. Não é recomendado deixá-lo dormir na área externa, pois passará frio. Precisa de escovação semanal e de estímulo para se manter sempre hidratado.
Curiosidade: Na Inglaterra, as crianças o chamam de Plum Pudding Dog, já que suas manchas salpicadas lembram uma famosa sobremesa consumida no Natal dos ingleses.


Dandie Dinmont Terrier

Foto: Arquivo de Lynda Bromley
(http://mishahda.com)

Origem: Século XVIII, fronteira entre a Escócia a Inglaterra. Descende principalmente do Bedlington Terrier. Provavelmente linhagens de Basset Hound, Border Terrier e Cairn Terrier também participaram de sua formação. No século XIX, chamou a atenção do rei francês Luís Filipe I, que mantinha alguns exemplares como parte de sua comitiva real. A associação especializada nele foi fundada em 1875 – é um dos clubes de raça mais antigos do mundo e ainda está em atividade.
Peso: De 8 a 11 kg.
Pontos Fortes: Amigável, brincalhão, bem-humorado e dedicado ao dono. Excelente companhia para crianças. Não gosta de ficar sozinho. Costuma se dar bem com qualquer pessoa.
Rotina: Escovação diária e caminhadas todos os dias. Exemplares de exposição passam várias vezes ao ano pelo stripping (arranque de pelos com as mãos).
Curiosidade: Única raça canina que leva o nome de um personagem literário, que aparece no romance Guy Mannering, do apreciador de cães Walter Scott.


Dogue Brasileiro

Foto: Arquivo do dono (Leo Sens)/Cão: Yago do Vento Sul (Doug)/
Criador: Diego Jung

Origem: Surgiu no fim da década de 1970. O Boxer e o Bull Terrier participaram da cruza que resultou na raça, que completou 40 anos em 2018. Inicialmente foi nomeada como Bull Boxer. Não é reconhecido pela FCI.
Peso e tamanho: De 23 a 43 kg. De 50 a 60 cm.
Pontos Fortes: É um protetor corajoso e equilibrado, um guardião extremamente ligado aos membros da família. Ativo, atento e observador, possui expressão séria para estranhos e meiga para o dono.
Rotina: O dono precisa dedicar tempo para o Dogue Brasileiro e proporcionar boa interação com a família (esses cães são muito ligados às pessoas da casa). Seu pelo, que pode ser curto ou semilongo, exige escovação semanal.
Curiosidade: Quase todos os cães da raça fazem o trabalho de guarda. Existe um livro publicado sobre o Dogue Brasileiro, escrito por Pedro Dantas, responsável pela criação da raça.


Elkhound Norueguês Cinza

Foto: Vibeke Brath/www.skk.se

Origem: O primeiro padrão da raça foi escrito em 1905, porém, a raça tem mais de 7 mil anos de história. Ela foi companheira de navio dos vikings e os protegia de lobos e ursos.
Tamanho: De 49 a 52 cm.
Pontos Fortes: É um cão sociável, enérgico, audacioso e leal com a sua família, além de extremante cooperativo e protetor. Também é corajoso, independente e enérgico, dotado de uma alta energia.
Rotina: Exige pelo menos duas caminhadas de 30 minutos por dia para exercitar-se. Aprende rápido, mas pode ser desafiador treiná-lo. Não é muito obediente. Serve para a guarda, pois late diante de qualquer anormalidade. Perde bastante pelo, exigindo escovação de duas a três vezes na semana.
Curiosidade: Esse cão estampa o logotipo do Norwegian Kennnel Club. Possui pelagem densa e dupla, para enfrentar o frio rigoroso.


Entlebuch Cattle Dog

Foto: Arquivo de Elena Mamigonyan (canil Korona Rossii)/Cão: Korona Rossii Kirim

Origem: Vale de Entlebuch, na região de Lucerna e de Berna (onde seus ancestrais foram trazidos pelos romanos há mais de 2 mil anos). Primeiramente descrito em 1889, quando Franz Schertenleib o salvou da extinção por meio de cruzas entre todos exemplares puros ainda existentes. Na época era utilizado para pastorear e proteger ovelhas e gado. Seu primeiro padrão foi redigido em 1927.
Tamanho: De 42 a 52 cm.
Pontos Fortes: Ativo, inteligente e amigável.
Rotina: Requer muito exercício, como caminhadas e corridas pelo menos uma hora diariamente. Os pelos caem bastante na muda da pelagem e, para reduzir a queda ao mínimo, escovação todos os dias. Fora isso, os cuidados com a aparência são mínimos: banhos ocasionais e limpeza com toalha úmida entre eles.
Curiosidade: O menor das três raças de Boiadeiros Suíços. Durante muito tempo não se fez nenhuma diferença entre ele o Boiadeiro de Appenzell. Alguns exemplares possuem cauda curta de nascimento.


Collie Pelo Longo

Foto: Imara Jussara / Cão: Farouk Reines Leuchtends/ Criação e propr.: Imara Jussara, do canil Reines Leuchtends/
Instagram: @reinesleuchtends

Origem: Era utilizada para o pastoreio e para guardar rebanhos na Escócia. Existe muita controvérsia sobre a origem exata do Collie como conhecemos hoje, porém, o número de exemplares da raça começou a aumentar após a Revolução Industrial. Parte da sua popularidade pode ser atribuída à rainha Vitória, que era uma entusiasta da raça e tinha exemplares como animal de estimação. Nos anos 1980, a raça ficou na moda por conta do seriado da Lassie. Apesar de mundialmente conhecida, hoje não é tão comum vê-la nas ruas como já foi no passado.
Tamanho: De 56 a 61 cm (machos) e de 51 a 56 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Conquista as pessoas primeiramente pela magnífica aparência. É um cão elegante e com expressão doce, que exibe pelagem exuberante que chama atenção por onde passa, fazendo com que ele seja o centro das atenções. Porém, eles também conquistam fãs por seu temperamento. Com o dono, a raça é muito amorosa e carinhosa, além de bastante alegre. Eles amam estar ao lado dos seus donos e, se for preciso, os seguem o dia inteiro. Muito sensíveis, sabem afagar e apoiar em momentos tristes, como se sentissem com a mesma dor e paixão os sentimentos de seus donos. Late pouco, o faz apenas para chamar a atenção do tutor ou alertar sobre algo. Muito versátil e inteligente, pode ser treinada e utilizada para qualquer função. Se destaca como cão terapeuta pelo temperamento muito obediente, calmo, equilibrado e dócil. Gosta e fica confortável na presença de pessoas estranhas.
Rotina: A raça adapta-se bem a diferentes estilos de vida. Convivem muito bem com crianças, cuidando delas com paciência e sendo bem tolerantes às brincadeiras do dia a dia. Não necessita de atividade física intensa. Vive muito bem em apartamentos – basta levá-lo para passear todos os dias e interagir com outros cachorros e pessoas. Tolera bem os momentos em que o dono precisa se ausentar para trabalhar. Apesar de bastante peludo, a manutenção da pelagem é muito tranquila, pois seu pelo dificilmente agarra sujidade. A mais frequente são pedaços de plantas que podem se prender nas franjas em contato com o chão, mas basta uma escovação para eliminá-la. Uma boa escovação de duas a três vezes por mês, utilizando-se talcos neutros, e poucos banhos anuais são suficientes.
Curiosidade: Exemplares da raça, também chamada e conhecida pelo nome Rough Collie, costumam andar na frente de seus tutores, como se os estivessem conduzindo, não os deixando passar. Vão andando e olhando sempre para trás, para terem certeza de que estão fazendo o certo.
Revisão técnica: Imara Jussara L. Alves, do canil Reines Leuchtends.


Flat Coated Retriever

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: Uma das raças retriever mais antigas. Desenvolvido em meados do século XIX, por meio de cruzas entre o ancestral do Terra Nova, spaniels de trabalho na água e possivelmente Collies. Desfrutou de popularidade no final dos anos 1800, mas pouco depois da Primeira Guerra Mundial o plantel se tornou tão reduzido que foi superado pelo Golden Retriever, desenvolvido a partir dele. Mesmo hoje é relativamente raro e com criadores bem seletivos.
Peso e tamanho: De 25 a 36 kg; de 56,5 a 61,5 cm.
Pontos Fortes: Ativo e cheio de energia. Extremamente sociável e amigável com todos. Amoroso com as crianças. Fácil de treinar por ser inteligente.
Rotina: Necessita de exercícios vigorosos, como correr e nadar. Sua pelagem precisa só de escovação semanal e banho ocasional.
Curiosidade: Considerado o Peter Pan do mundo canino – age como um filhote mesmo depois do seu 3º aniversário. Como é típico dos outros cães retrievers, gosta de carregar objetos na boca.


Griffon Azul da Gasconha

Foto: www.chiens-de-france.com

Origem: Surgiu na segunda metade do século XIX nos Pirineus e chegou perto da extinção nos anos 1970. Notável na caça ao javali, também é usado na caça aos coelhos e lebres.
Tamanho: De 48 a 57 cm.
Pontos Fortes: Amigo de todos, alerta, tenaz, vivo e afetuoso. Sua aparência é rústica, ele é um cão solidamente construído. Herdou as melhores características das duas raças que lhe deram origem: o Azul da Gasconha e o Griffon de pelo duro. É um cão polivalente.
Rotina: Precisa viver no campo, onde tem bastante espaço para gastar a sua enorme energia. Porém, o quintal deve ser bem cercado para evitar fugas. Como todo cão que caça em matilha, convive bem com outros cachorros. Suas orelhas precisam estar sempre secas para prevenir otites. A pelagem exige escovação semanal.
Curiosidade: Desde 1991 a raça tem sido preservada pelo Conservatório do patrimônio biológico da região Languedoc-Roussillon-Midi-Pyrénées.


Griffon Nivernais

Foto: Arquivo de Michel Rousseau

Origem: Descendente dos Cães Cinzas de Saint Louis, quase desapareceu depois da Revolução Francesa, mas retornou a partir de novas criações um século mais tarde. Para chegar na aparência de hoje, no fim do século XIX e início do XX, este cão recebeu linhas de sangue das raças Petit Basset Griffon Vendéen, Foxhound e Otterhound.
Peso e tamanho: De 52 a 63 cm.
Pontos Fortes: Gentil, afetuoso e corajoso. Resistente, raramente fica doente. Seu focinho alongado permite que rastreie animais em terrenos difíceis.
Rotina: Precisa fazer passeios diários e gosta de ter acesso ao ar livre. É muito apegado à família, mas não é indicado para famílias com crianças pequenas. Pode ser teimoso, então precisa ser educado desde cedo. Precisa de escovação semanal para manter a higiene. Banhos somente quando necessário.
Curiosidade: Sua pelagem emaranhada e dura, de aspecto rústico, o protege do frio e da umidade. Como todos os griffons, é mais sensível ao calor.


Hokkaido

Foto: www.chien.com

Origem: Acredita-se que a raça seja descendente dos cães que migraram junto com o povo Ainu em 1140 para a ilha de Hokkaido. Era reverenciada por sua bravura e lealdade.
Tamanho: De45,5 a 51,5 cm.
Pontos Fortes: Corajoso, dócil, digno e devotado à família, com quem é extremamente afetuoso. Muito seguro de si, é muito bom em resolver problemas sozinho. É um cão robusto, sólido, bem construído, proporcional e com a aparência típica dos cães orientais primitivos.
Rotina: Alerta, ele protege sua família e aprecia fazer parte da rotina. Precisa de longas caminhadas diárias, de espaço, de escovação semanal e de uma educação firme. Com socialização e treino precoce, ele se torna um pet leal e dedicado. Aliás, pode se tornar reservado com estranhos se não for socializado.
Curiosidade: Em seu país de origem também é chamado de Hokkaido Inu, Ainu Ken ou Seta. A raça se assemelha ao Akita em muitos aspectos.


Husky Siberiano

Foto: @ Crufts 2014/ Cão: Penkhalas Arion/ Propr.: MS Y Gardner

Origem: Os ancestrais da raça, que é muito antiga, puxavam trenós para ajudar a tribo nômade dos Chukchi, do nordeste da Ásia há mais de três mil anos.
Peso e tamanho: De 20,5 a 28 kg, 53,5 a 60 cm (machos); 15,5 a 23 kg, 50,5 a 56 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Sua aparência de lobo selvagem e expressão penetrante arrancam suspiros por onde ele passa. É amigável e gentil, mas também atento e expansivo. Está sempre disposto ao trabalho. É extremamente leal e dócil, mas também independente, e isso é facilmente confundido com teimosia.
Rotina: Muito inteligente, aprende a abrir portas com facilidade. Uiva bastante e não gosta de solidão. Adora gastar sua alta energia praticando atividades ao ar livre. Não é desconfiado com estranhos ou agressivo com outros cães, mas pode perseguir outros pets, caso não seja socializado, pois tem alto instinto predatório.
Curiosidade: A raça pode ter muitas variações de cores, desde completamente branco até preto-e-branco, chocolate-e-branco, cinza-e-branco, entre outras.


Irish Soft Coated Wheaten Terrier

Foto: www.thekennelclub.org.br

Origem: A raça existe há cerca de 200 anos e sempre foi bastante usada em fazendas para ajudar nas atividades do dia a dia e caçar outros animais.
Peso e tamanho: De 18 a 20,5 kg. De 46 a 48 cm.
Pontos Fortes: Confiável, animado e bom caçador, é fiel e protetor, mas sem ser agressivo. Está sempre feliz e de bem com a vida. Distingue-se dos demais terriers por ser menos bagunceiro e ter uma pelagem mais sedosa, embora rústica.
Rotina: Ele tem bom convívio com pessoas e outros cães, mas requer mais de uma hora de exercícios por dia e escovação diária para evitar nós nos pelos. São ótimas companhias para crianças, com quem adoram brincar. Embora precisem ser escovados diariamente para evitar a formação de nós, eles não perdem pelos (não passam por muda), sendo indicados para pessoas alérgicas.
Curiosidade: É o único terrier irlandês dotado de pelagem sedosa. Grandes nomes já tiveram cães desta raça como pet, caso do ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt e do ator Aidan Turner.


Keeshond (Wolfspitz)

Foto: Arquivo do Finnish Keeshond Club

Origem: Conhecido pelo menos desde a Idade Média (de 476 a 1453), período no qual era a mais popular das cinco variedades de tamanho de Spitz Alemão.
Tamanho: 43 a 55 cm.
Pontos Fortes: Ativo e extremamente leal a crianças e adultos da casa. Adora ficar com seus donos e precisa fazer parte das atividades (late se deixado fora de casa).
Rotina: Uma boa caminhada diária irá beneficiar a saúde física e mental dele. A pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada a cada quatro a seis semanas nos exemplares pets (já os de exposição tomam banho alguns dias antes do fim de semana do evento).
Curiosidade: Em países não afiliados à FCI, como os Estados Unidos e o Reino Unido, ele é chamado unicamente de Keeshond e considerado uma raça à parte do Spitz Alemão, originária da Holanda, cujo nome veio de um holandês, Cornelius de Gysalaer, apelidado de Kees, que possuía um Keeshond e foi líder de uma rebelião contra a nobreza no século XVIII.


Kelpie

Foto: Arquivo da criadora (Leanne Hagarty)/Cão: Ashem Nancy,
campeã australiana

Origem: Acredita-se que seja descendente do Collie, Border Collie e do Australian Shepherd e que tenha sido desenvolvido no final do século XIX.
Tamanho: De 43 a 51 cm.
Pontos Fortes: Muito dedicado ao dono. Convive muito bem com outros cães e adora brincar com crianças. Possui inteligência elevada.
Rotina: Alerta e bastante ativo – muitas pessoas afirmam que seus níveis de energia não têm limites e, portanto, atividades são essenciais. Uma boa corrida deve ser feita diariamente. A pelagem precisa ser escovada toda semana e banhada ocasionalmente. Não é adequado para apartamento.
Curiosidade: Em seu país de origem, até mesmo os mestiços da raça fazem sucesso, pois tendem a ser mais saudáveis e com um pouco menos de energia do que os exemplares de raça pura. A Austrália tem muito a agradecer ao Kelpie, já que grande parte do sucesso econômico do país veio da indústria pecuária, na qual esse cão teve grande papel pastoreando ovelhas.


Kerry Blue Terrier

Foto: Getty/ Cão: Mike/ Canil Torum

Origem: Criada para ajudar nas fazendas caçando ratos, a raça foi considerada a principal mascote daqueles que lutavam pela independência da Irlanda no início do século XX.
Peso e tamanho: De15 a 18 kg. De 44,5 a 49,5 cm.
Pontos Fortes: Leal, companheiro, curioso e caçador. Sua pelagem suave, densa, ondulada e azul (cinza) é um dos grandes atrativos. É um bom cão de guarda.
Rotina: Não tem um bom convívio com outros cães, mas é gentil com crianças e muito afetuoso com seus donos. Precisa participar das atividades da casa e fazer caminhadas diárias. Muito esperto, ele gosta de exercícios de agility, obediência, rallye até mergulho, pois nada muito bem. Sua educação deve ser firme, mas gentil.
Curiosidade: Não passa por muda da pelagem, sendo indicado para pessoas alérgicas. Cães desta raça nascem pretos e, até os 18 meses de vida, assumem a cor final, que deve ser cinza.


Korea Jindo Dog

Foto: American Kennel Club

Origem: A raça é originária da ilha Jindo, localizada na costa sudoeste da Coreia do Sul. Os cães viviam sem restrições no local ao lado de seus donos por milhares de anos, desenvolvendo habilidades de caça.
Peso e tamanho: De 15 a 23 kg. De 45 a 55 cm.
Pontos Fortes: Muito leal ao dono, inteligente e reservado com estranhos, o que faz dele um bom cão de alarme. Dentro de casa é silencioso e se adapta a diferentes estilos de vida.
Rotina: Não lida bem com solidão, precisa estar perto da família. É ótimo para o agility e necessita de longas caminhas diárias para gastar sua energia. Treiná-lo requer paciência, mas podem aprender diversos truques e os comandos mais difíceis. Deve viver em local com cercas ou muros altos, pois é ótimo saltador. Gostar de ser estimulado mentalmente, pois é muito esperto. Demanda escovação semanal.
Curiosidade: Para poder importar um cão destes de seu país de origem, é exigida uma permissão especial. É considerado um Tesouro Nacional na Coreia do Sul.


Kromfohrländer

Foto: Arquivo do canil Vom Wockerather Flies

Origem: Reconhecido pela FCI em 1955, após dez anos de desenvolvimento pela alemã Ilse Schleifenbaum. Descende de um cão mestiço e de um Fox Terrier. Ainda é bastante raro e encontrado principalmente na Alemanha, onde 168 exemplares da raça foram registrados em 2022 pelo Verband für das Deutsche Hundewesen. Em outros países, mesmos os europeus, tem sido muito difícil obter indivíduos para reprodução e exportação.
Peso e tamanho: De 38 a 46 cm; de 9 a 16 kg.
Pontos Fortes: Amoroso e apegado ao dono. Bom com crianças. Muito inteligente, se destaca nos truques caninos.
Rotina: Há duas variedades de pelagem: pelo duro (com barba) e liso (sem barba, longo e macio). Ambas devem ser escovadas regulamente. Exercício diário ao ar livre é importante, como longas caminhadas.
Curiosidade: Destaca-se pela expressão facial que lembra um sorriso. A maneira correta de pronunciar o nome da raça é krome-for-lahn-dair.


Labrador Retriever

Foto: Cinnamire Labradors/Propr.: Chilbrook Kennels

Origem: Surgiu por volta de 1830, na costa de Terra Nova, onde pescadores foram vistos usando cão de aparência semelhante para recuperar peixes. Estes cães tinham diversos tamanhos e eram chamados de St. John’s Dog. Os menores deram origem ao Labrador.
Tamanho: Ideal – 56 a 57 cm (machos), 54 a 56 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Simpático e vivo, é afetuoso com todas as pessoas da casa. Inteligente e obediente, esse cão tem muita vontade de agradar e, assim, sua predisposição para acatar comandos está entre as melhores da espécie canina.
Rotina: Amigável com visitas e outros cães. Seu convívio com crianças é excelente. Exige atenção em relação a pets como aves, pois tem instinto de caça. Passeios diários são absolutamente necessários para gastar sua alta energia e para garantira sua saúde mental. Escovação é semanal e os banhos, conforme a necessidade.
Curiosidade: É dotado de excelente faro e cauda singular, comparada à de uma lontra devido à sua forma.


Lagotto Romagnolo

Foto: HAN 2020/Cão: Kan Trace Very Cheeky Chic, best in show na
Crufts 2023/Criador: canil Kan Trace

Origem: Remonta à Itália renascentista (entre os séculos XIV e XVI), segundo na região da Emília-Romanha.
Peso e tamanho: Ideal – 11 a 14 kg, 41 a 46 cm (fêmeas); 13 a 16 kg, 43 a 48 cm (machos).
Pontos Fortes: Prefere ficar sempre perto da família e é muito dedicado a ela. Tende a ser bastante afetuoso e brincalhão com as crianças (mas supervisão é necessária com as pequenas). Sociável com desconhecidos e outros cães. Costuma se relacionar bem com os demais pets.
Rotina: A pelagem com tosa típica precisa ser escovada semanalmente. Banhos são necessários apenas mensalmente. Para exercitar esse cão, são recomendados dois passeios por dia e brincadeiras que envolvem corridas.
Curiosidade: De faro excepcional, por muitos anos tem sido usado no interior da Itália para farejar trufa, um fungo da família dos cogumelos, iguaria saborosa e cara– o Lagotto é, geralmente, considerado o melhor cão para isso.


Laika da Sibéria Ocidental

Foto: Ludmila Kapustkina/iStock

Origem: Era usado por seus donos em caçadas de esquilos, martas e uma variedade de pássaros nas florestas. Também é utilizado para puxar trenós. Tem um estreito parentesco com os cães primitivos.
Peso e tamanho: De 18 a 25 kg; de 51 a 62 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, vigoroso, alerta e autoconfiante. Sua aparência lembra um lobo. Adora caçar, com ou sem a companhia do dono. Seu senso de direção é muito bem desenvolvido. Ele é muito corajoso. Seu temperamento é calmo e equilibrado, sendo um companheiro excepcional, fiel e carinhoso. Também faz guarda, já que tem uma desconfiança inata com estranhos.
Rotina: Precisa de longas caminhadas diárias para não se tornar destrutivo (sua energia é bastante alta) e requer escovação semanal. Muito territorial, precisa de educação para que aceite outros cães.
Curiosidade: O Laika da Sibéria Oriental é um dos quatro laikas de caça da Rússia, e é tido como o mais bem-humorado de todos.


Laufhund (Chien Courant Suisse Bernois, Swiss Hound)

Foto: Arquivo de Denis Huguelet/Cão: Bruno du Jura

Origem: Foram encontrados na Catedral de Zurique desenhos do século XII retratando cães similares. Suas linhas de sangue nativas foram influenciadas por cães rastreadores da França.
Tamanho: De 47 a 59 cm.
Pontos Fortes: Sempre amigável com todos os membros da família. Adequado a crianças pequenas. Demonstra forte obediência ao dono.
Rotina: Banho uma vez a cada dois meses. Escovação semanal. Precisa de área espaçosa e de caminhadas diárias como exercício.
Curiosidade: Muito pouco conhecido fora da Suíça. Existem quatro tipos na raça – Bernese (branco com manchas pretas e marcações castanhas); Jura (castanho com capa preta); Lucerne (“azul”, resultado da combinação de pelos pretos e brancos, com manchas pretas e marcações castanhas); Schwyz (branco com manchas alaranjadas). Em 1933, foi estabelecido o primeiro padrão único para os quatro tipos, sendo que a FCI reconheceu a raça em 1954.


Lundehund Norueguês

Foto: @American Kennel Club

Origem: Durante séculos, o Lundehund foi criado em Vaeroy, uma ilha remota e rochosa na costa norueguesa. Era usado para caçar papagaios-do-mar, cuja carne sustentava os moradores da ilha no inverno. Chegava a caçar 80 aves por dia, sendo considerado mais valioso do que uma vaca pelo povo local.
Peso e tamanho: De 6 a 9 kg; de 30 a 38 cm.
Pontos Fortes: É curioso, afetuoso, destemido, leal, cheio de energia e independente. Tem forte instinto de guarda, sendo naturalmente reservados com estranhos.
Rotina: Tem inclinação para caçar pássaros e exige supervisão para se manter longe de travessuras. Caminhadas de 30 minutos e sessões de brincadeiras diárias já o entretêm. Socialização com outros animais é obrigatória. Adora latir e cavar.
Curiosidade: Possui seis dedos em cada pata, que fazem dele um escalador excepcional. Esta é a raça mais rara e menos conhecida da cinofilia, segundo estatísticas do AKC de 2021.


Mudi

Foto: Gábor Szalánczi

Origem: Alguns alegam que sua formação ocorreu na década de 1920, enquanto outros dizem 1936, sendo o responsável pelo desenvolvimento o médico húngaro Dezso Fenyes. Possível descendente de cruzamentos entre cães de pastoreio (inclusive raças húngaras, como o Puli e o Pumi) e spitzs.
Peso e tamanho: De 11 a 13 kg e 41 a 47 cm (machos); de 8 a 11 kg, 38 a 44cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito animado e ativo. Desconfia de estranhos que se aproximem de sua propriedade, mas raramente é agressivo com pessoas. Convive bem com crianças, cachorros e outros pets.
Rotina: Precisa de banhos ocasionais e escovação semanal da pelagem. Alguns passeios por dia e outras atividades (como correr, nadar e brincar) são necessários.
Curiosidade: É relativamente comum o filhote da raça exibir orelhas pendentes. À medida que crescem, elas se tornam eretas e o cão pode girá-las independentemente uma da outra, como se fossem radares.


Olde English Bulldogge (OEB)

Foto: Renan Ribeiro/ Cão: SunshineBulls Tiger/ Criação e prop.: Beatriz Taquez, canil SunshineBulls

Origem: Ele ressurgiu a partir de retrocruzamentos que envolvem o Bulldog Americano. Isso porque, em 1835, quando leis que proibiam lutas entre cães e touros na Inglaterra foram aprovadas, os criadores de cães tipo Bull (incluindo o OEB) desistiram de suas criações, chegando quase à extinção. O moderno OEB é uma reconstrução do Old Bulldog original dos séculos XVII e XVIII.
Peso e tamanho: De 29,5 a 38,5 kg; e de 45,8 a 50,8 cm (machos); de 22,5 e 31,5 kg e de 43,2 a 48,2 cm (fêmeas); padrão da IBC.
Pontos Fortes: Desempenha bem o papel de cão de guarda e de companhia. Criam laços fortes com seu dono, com quem é bastante afetuoso. É ótimo com crianças.
Rotina: Tendem a ter baixa tolerância ao calor, exigindo cuidado nos dias quentes. Costumam ser territorialistas com cães do mesmo sexo.
Curiosidade: A fundação da maioria dos OEB de hoje pode ser atribuída ao Bulldog Inglês, Bulldog Americano, American Pit Bull Terrier e ao BullMastiff.


Ovelheiro Gaúcho

Foto: Edmilson Reis/Cão: Black Mamba Morada de São Chico
Criador e propr.: Ana Luiza Schames (canil Morada de São Chico)

Origem: É provável que seus ancestrais sejam o Cão da Serra da Estrela, introduzido no Rio Grande do Sul por colonizadores portugueses no final do século XVIII, e o Scotch Collie, já extinto, que teria chegado ao estado a partir de 1870, acompanhando importações de ovelhas do Reino Unido.
Tamanho: 55 a 65 cm.
Pontos Fortes: Alegre e bastante brincalhão. Dócil, amigável e carinhoso com as pessoas com quem convive. Possui ótimo convívio com crianças. Inteligente e com facilidade grande de aprendizado. Aceita muito bem cães em geral.
Rotina: Caminhadas diárias de 30 a 60 minutos. Reservado com estranhos. Muito ativo. Recomendam-se banhos de uma a duas vezes por mês e escovação semanal da pelagem (ela deve se tornar diária na época da muda, que vai do final do inverno até o começo da primavera).
Curiosidade: Em 2019, foi declarado animal símbolo do Rio Grande do Sul, reconhecido como patrimônio cultural e genético do Estado.


Pastor Finlandês da Lapônia

Foto: Susi Pugel/ Canil Nuortariikas Lapinporokoira/ Propr.: Julia
Witibschlager

Origem: Ele e o Lapphund Finlandês eram considerados a mesma raça. Somente em 1966 as duas foram separadas. Foram desenvolvidos para pastorear renas e protegê-las de lobos e outros predadores, mas hoje, também são usados no pastoreio de ovelhas e bois.
Tamanho: De 43 a 54 cm.
Pontos Fortes: Dócil, calmo, corajoso, amigável, energético e pronto para servir. Está sempre ansioso para aprender. Dotado de uma alegria contagiante. Também serve como cão de alarme. Rotina: Tem bom convívio com outros cães e crianças, com quem adora brincar. Precisa de exercícios diários e espaço para correr. Pode latir muito e se tornar barulhento. Não pode ser escovado todos os dias.
Curiosidade: É adaptado para o clima ártico, com pelagem externa de comprimento médio ou longo, reta, bem ereta e áspera; e subpelo fino e denso.


Pastor da Mantiqueira

Foto: Wagner Montanher/Cão: Bruta do Sacrata Foresta/ Propr.: Marcos Campos/ Criador: Wagner Montanher, canil
Sacrata Foresta/Instagram: @sacrata_foresta

Origem: Acredita-se que tenham surgido a partir de cruzas entre cães ibéricos trazidos da Europa no século XX. Cães pastores de origem portuguesa também podem ter contribuído com sua formação. Foi desenvolvido na Serrada Mantiqueira para ser um bom cão rústico de pastoreio, ágil, forte e resistente para conduzira boiada por caminhos em que o peão, em seu cavalo, tinha dificuldades para chegar, devido ao relevo acidentado. É reconhecida pelos sistemas ALKC, Cinobras, CCRB, Sobraci e CBKC.
Tamanho e peso: 48 cm para os machos e fêmeas (podendo variar de menos ou mais 5 cm). Peso deve ser proporcional ao tamanho.
Pontos Fortes: Rústico, silencioso, é versátil, com alto grau de obediência, ótimo para brincadeiras com crianças. Convive com cães maiores e menores, aves, gatos e outros pets.
Rotina: Um cão de campo que na área urbana pouco vai exigir. Passeios são benéficos, mas o essencial é o contato com o dono (esse cão é como uma sombra). Banhos apenas quando necessário e escovações apenas na época de troca de pelagem, pois não tem odor. Respeita a voz do dono, não exigindo socialização e muito treino. Os menos autoconfiantes servem como alarme e os seguros de si farão guarda efetivada casa, proteção do dono, veículo e pertences.
Curiosidade: É chamado de “policialzinho”, por sua semelhança com outros pastores policiais.
Revisão técnica: Wagner Montanher, canil Sacrata Foresta.


Pastor Polonês da Planície

Foto: Arquivo de Agnieszka Bartochowska (canil z Hordy Gabriela)/
Cão: Hera z Hordy Gabriela

Origem: Século IV d.C, nos últimos dias do Império Romano. Acredita-se que seja resultado de cruzas entre cães dos Hunos (povo que habitava o que corresponde hoje à Hungria) e uma raça nativa do território correspondente à Polônia. Foi desenvolvido para ser um cão de rebanho durante o dia e de alarme à noite. Nos anos 1500, comerciantes trouxeram esses cães para a Escócia, onde se acredita que tenha participado da formação do Bearded Collie.
Tamanho: De 42 a 50 cm.
Pontos Fortes: Constrói um vínculo estreito com o dono. Destemido, inteligente, um pouco teimoso e de alta energia.
Rotina: Precisa de atividades regulares, como correr pelo menos uma ou duas horas diárias em quintal grande e cercado. A pelagem requer muita manutenção, como banho e escovação no mínimo uma vez por semana.
Curiosidade: Coberto da cabeça (inclusive os olhos) aos pés pela longa pelagem. É apelidado de PON, sigla para o nome da raça em polonês (Polski Owczarek Nizinny).


Pastor Sueco (Vallhund)

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: Considerado um cruzamento de cães spitz escandinavos com corgis galeses. Não se sabe exatamente quando e onde a raça foi desenvolvida, mas durante séculos esteve presente em fazendas no oeste da Suécia.
Tamanho: 29 a 35 cm.
Pontos Fortes: Brincalhão, divertido, cheio de bom humor, inteligente, vigilante, alerta e corajoso. É um grande cão em um tamanho pequeno. Forma uma ligação bastante forte com seu dono, a quem é leal.
Rotina: Não convive bem com outros cães. Adora seguir o tutor por toda parte e fazer parte da família. Precisa de longas caminhadas diárias (mais de uma hora por dia) e de exercícios que proporcionem estímulo mental. Caso contrário, pode tornar-se latidor. Muito sensível, deve ser educado com gentileza e treino positivo. É capaz de correr muito rápido. Exige escovações semanais.
Curiosidade: Pode nascer com a cauda curta ou longa.


Pelado Mexicano intermediário

Foto: Rosenbog/ Cão: multi campeão Xiutecutli (Cortes-Rivera)/
Criação: Ana Rivera

Origem: Chamado também de Xoloitzcuintle ou ainda de Cão Asteca, a história da raça remonta há mais de 3 mil anos. Seu nome deriva do Deus asteca do fogo e da luz, o Xolotl. No México, a raça é muito valorizada, sendo considerado uma joia arqueológica viva. Esses cães eram usados para a caça de perus e veados.
Tamanho: De 36 a 45 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e gentil. Ama a companhia humana e é fácil de treinar.
Rotina: A variedade sem pelos não precisa de escovação, pode ser banhada de uma a duas vezes por mês e necessita de protetor solar na pele quando exposta direto ao sol. Caso contrário, há o risco de sofrer queimaduras. Já na variedade com pelo, a escovação é semanal e o banho, ocasional. Para ambas, 45 minutos de atividade por dia, como caminhadas e brincadeiras, são suficientes.
Curiosidade: Os três tamanhos da raça competem juntos nas exposições da AKC. Acredita-se que a carne destes cães era consumida em rituais asteca.


Pequeno Munsterlander

Foto: Arquivo de Ingmar Tykesson

Origem: Münsterland, ao norte do território germânico. Sua criação, voltada para caça, foi documentada desde cerca de 1870. Foi desenvolvido para ser um excelente companheiro familiar e realizar diversas tarefas relacionadas à atividade venatória, como rastrear animais de qualquer tamanho, peludos ou emplumados; apontar apresa para o caçador; e recuperar a caça ferida à bala.
Tamanho: De 50 a 56 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, com grande capacidade para aprender. Afetuoso e apaixonado pelo dono, mantém contato próximo a ele. Muito ativo, alerta, equilibrado, sociável e amigável com as pessoas.
Rotina: Exercícios e estímulos diários, como correr ou brincar em área cercada. Banhos e escovações ocasionais, exceto na muda da pelagem, na qual é importante que sejam realizados com maior frequência.
Curiosidade: Embora ainda utilizados para fins de caça, esses cães são fantásticos para resgatar indivíduos.


Petit Basset Griffon Vendéen

Foto: Arquivo de Kalecak Radovanic Natalija Antonije/ Cão: Multi Ch
Afterglow Bom Appetite De Charlen

Origem: Descende do Griffon Vendéen. Desde a década de 1950, possui seu próprio padrão oficial, sendo diferenciado do Grand Griffon Basset Vendéen, a versão de porte maior da raça. Caçava em meio a rochas e na densa vegetação rasteira da costa francesa.
Tamanho: De 33 a 39 cm.
Pontos Fortes: É um cão cheio de vigor e de energia, alerta, resistente, curioso, expressivo e sempre alegre. É amável até com pessoas que não conhece.
Rotina: Criado para trabalhar em matilha, ele aprecia estar com outros cães. Também gosta de estar com a família, sendo afetuoso. Precisa de exercícios diários para gastar sua alta energia. Aprecia casas com quintal e maior espaço. Escovação da pelagem deve ser semanal.
Curiosidade: É um especialista na caça ao coelho. Com pelagem dura adaptada ao frio, prefere viver em locais de clima mais ameno.


Pharaoh Hound

Foto: David Morris/Kathy Carella & Brittany Carella Osiris Kennel/
Cão: Brod

Origem: É provável que o Pharaoh Hound tenha chegado em Malta através dos fenícios, onde foi usado como caçador de coelhos. Em 1979, foi nomeado o cão de Malta.
Tamanho: De 53 a 56 cm.
Pontos Fortes: Brincalhão, afetuoso, inteligente e ágil, é um cão apegado à família e que tem um ótimo senso de humor, divertindo todos ao redor. Como gosta de agradar, é facilmente treinado pelo dono.
Rotina: Exige uma boa escovação semanal e banhos apenas quando necessário. É gentil com outros cães e convive bem com crianças. Suas unhas devem ser aparadas regularmente e as orelhas devem ser mantidas sempre limpas. Late mais que os demais sighthounds, podendo servir de cão de alerta. Não gosta de ficar sozinho por longas horas.
Curiosidade: Seu nariz fica ruborizado, e as suas orelhas adquirem uma cor rosada intensa e brilhante quando se emociona.


Podengo Canário

Foto: thekennelclub.org.uk

Origem: Uma das raças mais antigas da cinofilia, desenhos que os representam foram encontrados em tumbas de faraós. Foi levado para as Ilhas Canárias provavelmente pelos fenícios, gregos, cartagineses ou pelos próprios egípcios. Era usado na caça aos coelhos.
Tamanho: De 51 a 56 cm.
Pontos Fortes: É elegante, valente, leal e resistente. Independente, mas dedicado ao dono. É um cão inquieto, que irradia dinamismo. É muito fácil de treinar e amigável com todos, até com quem não conhece.
Rotina: Precisa viver em locais espaçosos, não sendo indicado para apartamento. Possui alta energia, exigindo mais de 2 horas de atividade por dia. Adoram correr. Escovação deve ser semanal, assim como a limpeza das orelhas.
Curiosidade: Também é chamado de Ibizan Hound. Como não possui camadas de gordura, alguns ossos são aparentes.


Pomsky

Foto: Reprodução/centralparkpuppies.com

Origem: Desenvolvida a partir do cruzamento de Husky com Spitz Alemão em 2012. Ela ainda não é reconhecida pela FCI, mas, no Brasil, é reconhecida pela Cinobras e Sobraci desde 2017, e, nos Estados Unidos, pela IPA desde 2013.
Peso e tamanho: Pela raça ser nova, o padrão ainda não foi totalmente estabelecido. Eles podem ter portes diferentes dependendo da geração. A primeira geração (F1) tem peso acima de 12 kg; a segunda (F2), entre 8 e 12 kg; e a terceira (F3), de 4 a 8 kg.
Pontos Fortes: Muito inteligente, é fácil de ser adestrado. Dócil e afetuoso com sua família, se dá bem com crianças e outros animais.
Rotina: Gosta de estar sempre por perto dos donos, mas sem colo. Suporta bem os períodos de solidão quando o dono se ausenta para trabalhar. Passeios devem ser diários para gastar sua energia, que é moderada.
Curiosidade: Sua pelagem não tem cheiro, e ele praticamente não late.


Poodle Médio (Klein Poodle)

Foto: www.hoodmwr.com/poodle-haircuts

Origem: Seu tipo se tornou definido no século XIX. É possível que descenda do Barbet.
Tamanho: De 35 cm até 45 cm.
Pontos Fortes: Reconhecido por sua fidelidade, apto a aprender e a ser treinado, o que faz dele um cão de companhia particularmente agradável. Muito inteligente – não à toa atuou fazendo truques em circos.
Rotina: Alerta e protetor, late para um estranho que se aproxima da porta da sua casa. Gosta de crianças e costuma se relacionar bem com os outros animais. Bastante ativo, exige exercícios todos os dias, como natação e corridas ou longas caminhadas com seu tutor. Os criadores da raça afirmam que esse cão não solta pelo. Ainda assim, o ideal é que sua pelagem seja escovada diariamente e banhada a cada quatro a seis semanas.
Curiosidade: A Tosa Leão ou Lion Clip (tosa típica da raça, ilustrada ao lado), foi criada para melhorar o desempenho do cão na água e manter sua cauda e corpo aquecidos quando ele entrava na água gelada para recuperar patos abatidos.


Puli

Foto: Johana Strandner /Cão: Bubbleton Hot’n Spicy/
Prop.: Marianne NY

Origem: Acredita-se que esses cães tenham vindo à Bacia dos Cárpatos há cerca de mil anos, trazidos do Tibete pelos magiares, nômades asiáticos criadores de gado.
Peso e tamanho: 13 a 15 kg, 39 a 45 cm (machos); 10 a 13 kg, 36 a 42 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Cria profundos laços com o dono e sua família, à qual é extremamente devoto. Ama crianças. Além de ótimo para companhia, também serve para aguarda, pois é indiferente a estranhos.
Rotina: Os cordões da pelagem devem ser separados um por um, com desembolador especial, uma vez por semana. Deve ser educado com delicadeza e treino positivo. Pode viver na cidade, mas precisa de bastante exercício diário.
Curiosidade: Seu pelo rastafári forma uma camada protetora contra mordidas, frio e calor. Ele pode ser preto, branco ou cinza apenas.


Pumi

Foto: Arquivo do criador (József Árkosi, canil Árkosligeti) /Cão: HCH,
HSCH, HGrCH Árkosligeti Kócos Cudar

Origem: Seu ancestral é o Puli, que, entre 300 a 400 anos atrás, foi cruzado com pastores e terriers da Europa Ocidental para gerá-lo. Durante anos, foi considerado variedade do Puli, o que começou a mudar no início do século XX, quando começou a padronização das duas raças.
Peso e tamanho: De 8 a 15 kg; de 38 a 47 cm.
Pontos Fortes: Atento e ativo. Adora brincar com as crianças.
Rotina: A pelagem precisa de escovação apenas a cada três a seis semanas, seguidas de um bom banho – não é recomendado usar secador, pois remove os característicos cachos. Muitas vezes é reservado com estranhos. Geralmente se relaciona bem com outros cães e até gatos com os quais cresceu junto. Em geral, altamente treinável, mas, se ficar sozinho por bastante tempo, pode latir muito e será bastante difícil educá-lo para ficar quieto.
Curiosidade: Sua pelagem, que não embaraça, consiste em 50% de pelos macios e 50% de pelos mais ásperos, todos do mesmo comprimento.


Retriever da Nova Escócia Duck Tolling

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: Foi desenvolvido na Nova Escócia, província do Canadá, no início do século XIX, para sinalizar, atrair e trazer as aves aquáticas abatidas. Seus fãs o chamam de Toller.
Peso e tamanho: Ideal – de 20 a 23 kg e de 48 a 51 cm (machos); de 17 a 20 kg e de 45 a 48 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Brincalhão, entusiasmado e muito companheiro. Possui uma bela pelagem semilonga que pode ser vermelha ou alaranjada. Muito inteligente, aprende facilmente.
Rotina: Pode viver em casa, na cidade ou no campo, mas precisa de atividades diárias de mais de uma hora para gastar sua alta energia. Adora água. Deve ser escovado mais de uma vez por semana.
Curiosidade: É o menor e mais leve e prático entre os seis retrievers. Também não é tão peludo quanto o Golden nem tem tanto subpelo quanto o Labrador.


Sabujo Eslovaco

Foto: Arquivo de Jozef Králik

Origem: As primeiras referências datam do século XVII. Acredita-se que o Brandlbracke, o Chart Polski e o Magyar Agar tenham sido usados na sua formação. A combinação única dessas raças deu a esse cão sua incrível resistência e excelente olfato.
Peso e tamanho: De 15 a 20 kg; de 40 a 50 cm.
Pontos Fortes: Extremamente inteligente. Corajoso e persistente.
Rotina: A pelagem requer apenas banho e escovação ocasionais, exceto na muda sazonal de pelos, na qual deverão ser mais frequentes. As opções de exercício podem incluir brincar no quintal, fazer caminhadas várias vezes ao dia, natação e atividades internas, como correr atrás de bola rolada pelo chão.
Curiosidade: Uma das quatro raças nativas da Eslováquia (as outras são o Braco Eslovaco, o Cão Lobo Checoslovaco e o Cuvac Eslovaco). Mas apenas ele foi nomeado cão símbolo daquele país. Em 1770, passou a ser proibido aos criadores cruzar qualquer raça de caça de outros países com ele.


Samoieda

Foto: Arquivo de Olga Kostrikina

Origem: Seu nome remete ao povo seminômade dos Samoiedos, que migrou para a Sibéria há mil anos. Eles os desenvolveram nos lugares habitáveis mais frios do planeta, com temperaturas abaixo de 60 graus. Chegaram à Inglaterra no final do século XIX, como presentes do Czar da Rússia.
Tamanho: De 50 a 60 cm.
Pontos Fortes: Dedicado aos donos. Muito animado, adora brincar. Amigável com estranhos. Se tiver crescido com os animais da casa desde filhote, irá se relacionar bem com eles. Bastante inteligente.
Rotina: Escovação diária – a pelagem é formada por pelo de cobertura e subpelo e os fios caem bastante, em especial na muda de pelos, que pode ocorrer duas vezes por ano. Banho somente se estiver sujo. Precisa de longas caminhadas diárias.
Curiosidade: Seu sorriso natural, formado pelo canto da boca levemente curvado para cima, é vital no ambiente ártico, pois evita a formação de cristais de gelo na mandíbula.


Schnauzer Médio (Standard)

Foto: Edmilson Reis/ Cão: Indy da Boa Barba – Ch 530 – BKC set 21/Propr. e criação: Oscar Plentz e Iolanda Souza/ Canil
Boa Barba – Instagram: @canil_boabarba

Origem: O Standard é o Schnauzer original, o que gerou o Miniatura e o Gigante. Originalmente era usado na região sul do território germânico como cão de celeiro, cocheira e estábulos, já que se sentia muito bem em companhia de cavalos: procurava ansiosamente por todos os tipos de roedores para matá-los rapidamente. Originou-se possivelmente de cruzamentos entre Spitz Lobos cinza e pastores continentais e fixado primeiro sob o nome Pinscher de pelo duro. Apenas na virada do século XX foi chamado de Schnauzer Standard.
Tamanho: De 15 a 20 kg, 45 a 50 cm.
Pontos Fortes: É atento e corajoso, com sentidos altamente desenvolvidos. Extremamente devoto ao dono. Adora observar tudo e onde o dono estiver estará junto. Seu visual também encanta, com suas sobrancelhas cerradas que cobrem ligeiramente os olhos e a barba.
Rotina: Por ser muito ligado à sua família humana, prefere estar com ela e insiste em ser incluído nas atividades da casa. Gosta de crianças. Cheio de energia, precisa de passeios (ama fazer longas caminhadas) e de brincadeiras com seus tutores. Exige escovação semanal (inclusive na barba, sobrancelha e franjas das pernas). Banhos são dados conforme a necessidade, pois têm muito pouco cheiro.
Curiosidade: Schnauzer significa “focinho com bigode”, fazendo referência a uma característica marcante da raça.
Revisão técnica: Oscar Plentz, canil Boa Barba


Spaniel Bretão

Foto: Arquivo de Jean Marc Binet/Cão: Indy Du Petit Odon

Origem: Desenvolvido em meados de 1800 (tem os mesmos ancestrais que o Welsh Springer Spaniel, de quem compartilha muitas características físicas). O cão resultante demonstrou ampla gama de talentos na caça, o que fez com que ganhasse popularidade – em 2022, por exemplo, 5.193 exemplares foram registrados em sua terra natal, onde esse cão foi reconhecido pela primeira vez como raça em 1907.
Tamanho: De 46 a 52 cm.
Pontos Fortes: Muito sociável. Geralmente amigável com visitas e outros pets. Fácil de treinar por ser inteligente. Dócil com crianças. De alta energia.
Rotina: Precisa de exercícios diários e, assim, deve ter pelo menos um quintal cercado para correr. Exige escovação semanal (durante os meses mais quentes seus pelos caem com maior intensidade).
Curiosidade: Nos Estados Unidos, desde 1982 o AKC passou a chamá-lo apenas de Brittany: o termo spaniel foi abandonado porque suas habilidades de caça são semelhantes às de um Setter.


Spaniel D’Água Americano

Foto: Arquivo do Little Brownies Kennel/Cão: Little Brownies Easton
Aero

Origem: Século XVIII. Descendente de cruzamentos entre o Curly-Coated Retrievere o Irish Water Spaniel. Desenvolveu-se na região centro-oeste dos Estados Unidos como cão para a atividade venatória – sua habilidade em expulsar pássaros e recuperar a presa caída em todos os terrenos, incluindo pântanos e rios, fez dele um excelente companheiro de caça.
Peso e tamanho: De 11,5 a 20,5 kg; de 38 a 46 cm.
Pontos Fortes: Ativo, esperto, obediente, afetuoso e notório por se dar bem com outros animais e crianças.
Rotina: Escovação duas vezes por semana. Com aptidões naturais para caçar e recuperar presas na água, esse cão gosta de perambular (o seu tutor deve proporcionar caminhadas diárias a ele) e de ter oportunidade para nadar, o que funcionará como banho.
Curiosidade: Considerando as oficialmente reconhecidas, uma das raças mais raras no mundo. Estima-se que haja menos de 3 mil desses cães no planeta.


Shar Pei

Foto: Johnny Duarte/ Cão: Ícaro Golden De Tianzi/ Propr. e criador: Vera Helena C. Tanze, canil Tianzi/Instagram: @caniltianzi

Origem: Remonta aos tempos da dinastia Han (206 a.C até 220 d.C) e era usado por fazendeiros chineses para diferentes funções, como guarda, proteção, caça e pastoreio. A raça quase foi extinta, sendo recuperada no final dos anos 1970 nos Estados Unidos, a partir de alguns exemplares enviados da China.
Tamanho: De 44 cm a 51 cm.
Pontos Fortes: Suas rugas sobre o crânio e a cernelha, orelhas pequenas e grudadas ao crânio, focinho de hipopótamo e língua, céu da boca, gengivas e lábios preto-azulados, lhes conferem uma aparência única. É bastante leal, ligado ao dono e protetor, podendo fazer guardado território diante da invasão de um estranho.
Rotina: É calmo, demanda pouco exercício e pode viver até em apartamento. Passeios curtos de duas a três vezes ao dia bastam quando o cão não dispõe de quintal amplo. Como tem focinho mais curto e temperatura corporal mais alta que os demais cães, passeios devem ocorrer em horários mais amenos e seu ritmo de exercício respeitado. Exige cuidado para secar bem a pele após o banho (dado no máximo uma vez ao mês), usando toalha e secador. Escovação deve ser semanal, assim como a limpeza do canal auditivo. Vale ressaltar que para que seja um Shar Pei típico é preciso vir de cruzamentos corretos e linhagens saudáveis. Curiosidade: Shar Pei significa “pele de areia”, e faz referência à coloração e à textura de seu pelo.
Revisão técnica: Vera Helena C. Tanze, canil Tianzi.


Spaniel D’Água Americano

Foto: Arquivo de Hannah Cooper/Cão: Malanis Time Traveller

Origem: Um livro impresso em 1607 descreve e ilustra o ancestral desse cão, que pode ter como parentes o Poodle, o Barbet e o Cão D’Água Português. Mas há quem sustente que já existia no século VII d.C. Foi desenvolvido pelo caçador Justin McCarthy, de Dublin, para capturar aves aquáticas e presas de terras altas, inclusive pombas. Nos anos 1800 foi exportado para os Estados Unidos, onde era usado para caçar patos. Reconhecido pela FCI em 1954.
Tamanho: De 51 a 59 cm.
Pontos Fortes: Alerta, muito inteligente e obediente – possui forte desejo de agradar ao dono, com o qual é bastante amoroso.
Rotina: Caminhada diária de ao menos 40 minutos. Escovação uma vez por semana e banho ocasional. Costuma ser reservado com estranhos, mas não late excessivamente.
Curiosidade: Uma das mais antigas entre as mais de 12 raças de spaniel e a única com a reputação de palhaço por seu jeito divertido que encanta as crianças.


Spaniel da Picardia

Foto: Arquivo de Jean Louis Patin

Origem: Picardia, região do norte francês que inclui florestas, campos e pântanos. Seus ancestrais já eram mencionados durante a Idade Média (de 476 a 1453). A diversidade do habitat da região da Picardia levou os caçadores locais a procurar um cão robusto e versátil.
Tamanho: De 55 a 62 cm.
Pontos Fortes: Obediente, foi desenvolvido para seguir e ouvir seu dono acima de tudo. Amigável e dócil. Adora crianças e ficará feliz em participar de suas brincadeiras.
Rotina: Tem instinto predatório muito alto e, assim, persegue animais menores, como gatos e inclusive cães pequenos. Mas, em geral, se dá bem com outros cachorros. Não é tão ativo – pode morar em apartamento. Fácil de treinar. Escovação rápida, uma ou duas vezes por semana. Banhos ocasionais. Precisa de muito exercício: pelo menos uma curta caminhada diária.
Curiosidade: Possui um “irmão” de cor cinza, o Epagneul Bleu Picard. A diferença entre as raças é basicamente a cor da pelagem.


Spaniel Francês

Foto: Arquivo de Valérie Bulleryal/ Cão: Ouzo de la vallée de la Seulles

Origem: Século XIV (trata-se de uma das raças de apontar a caça mais antigas, popular entre a realeza durante a Idade Média – de 476 a 1453). O primeiro padrão foi elaborado em 1891 e já o descrevia como maior e mais forte e musculoso que o Spaniel Bretão. Acredita-se que seja parente do Pequeno Munsterlander e descendente direto do Deutscher Wachtelhund, ancestral da maioria dos cães de aponte de tipo spaniel.
Tamanho: De 54 a 63 cm.
Pontos Fortes: Equilibrado, calmo e dócil. Sociável com outros cães.
Rotina: Escovação semanal e banho ocasional. Opções de exercícios incluem brincar no quintal (de preferência cercado), fazer caminhada várias vezes ao dia e até mesmo atividades internas, como brincar de esconde-esconde, correr atrás de bola arremessada no chão e aprender novos truques.
Curiosidade: Uma das maiores raças de spaniel. Quase extinto na virada do século XX, foi salvo pelos esforços do padre Fournier, um entusiasta da raça.


Spitz Alemão Médio

Foto: www.akc.org

Origem: São descendentes de cães da Idade da Pedra. É a raça de cães mais antiga da Europa Central. Muitas outras raças foram desenvolvidas a partir dela.
Tamanho: 35 cm, podendo ter mais ou menos 5 cm.
Pontos Fortes: Sempre atento, alegre e extraordinariamente ligado ao seu proprietário. É muito dócil e fácil de ser treinado. Sua natural desconfiança com estranhos e sua ausência de instinto de caça fazem dele um cão ideal para companhia e alarme. Indiferente ao clima, robustez e longevidade são seus atributos mais importantes.
Rotina: É muito dócil e fácil de ser treinado. Aprende rápido desde que as sessões de treino sejam curtas, consistentes e gentis. Gosta de passar seu tempo com a família, brincando ou fazendo companhia. Não aceita bem longos períodos de solidão. Precisa de 30 minutos de exercício por dia. Exige escovação diárias, banhos periódicos e trimming. Nunca pode ser tosado.
Curiosidade: É a raça de cães mais antiga da Europa Central.


Spitz Alemão Médio

Foto: www.pets.fr/fr/race/chien/spitz-finlandais

Origem: Sua origem é incerta, porém, sabe-se que cães parecidos com eles eram usados por séculos para rastrear alces e ursos. Seu latido sinalizava que havia encontrado a caça.
Tamanho: 39 a 50 cm.
Pontos Fortes: Vivo, vigoroso, corajoso e determinado. Pode ser reservado com estranhos e late diante de qualquer anormalidade, sendo um bom cão de alarme.
Rotina: Precisa de passeios diários longos para gastar sua energia e a escovação pode ser feita a cada dois ou três dias. É muito limpo. Sensível, deve ser educado com delicadeza e socializado desde cedo. Não aprecia longos períodos de solidão. Os machos podem ser mais dominantes com outros cães do mesmo sexo. Adora brincar com crianças.
Curiosidade: Foi nomeado cão nacional da Finlândia em 1979.


Springer Spaniel Inglês

Foto: www.pets.fr/fr/race/chien/spitz-finlandais

Origem: Surgiram há muitos séculos e eram usados na caça esportiva de aves como perus e faisões. Tinham como função detectar a ave na grama alta, espinheiro ou na água, e levantar a presa, que então era caçada com rede, falcões ou com cães Greyhounds.
Tamanho: Aproximadamente 51 cm.
Pontos Fortes: Amigável, alegre e ativo. Pronto a obedecer, é facilmente treinado. Possui expressão viva, doce e atenta. Convive muito bem com crianças.
Rotina: Precisa se exercitar mais de uma hora por dia e de atividades que lhe proporcionem estímulo mental. Também adoram nadar. Até pode viver em apartamento se tiver uma boa rotina de exercícios, mas o ideal, é que tenha um quintal para correr e gastar sua alta energia. Escovação deve ser semanal.
Curiosidade: Foram considerados raça à parte dos demais cães tipo Spaniel em 1902, como o Cocker Inglês e o Field Spaniel.


Stabyhoun

Foto: Arquivo do Harrie Venner (canil Staby’s Proud)

Origem: Área florestal da parte norte holandesa. Textos do século XIX descreviam cães semelhantes a ele. É parente do Drentsche Patrijshond e do Heidewachtel. E muitos acreditam que ele e o Pequeno Munsterlander estejam intimamente relacionados. Foi oficialmente reconhecido pela entidade máxima da cinofilia holandesa em 1942. Primo do Wetterhoun, os dois compartilham o mesmo clube na Holanda, fundado em 1947. Aceito pela FCI em 1960.
Peso e tamanho: De 18 a 27 kg; de 46 a 55 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso. Independente, mas obediente: deseja agradar seus donos, pois gosta profundamente de sua família.
Rotina: Escovação da pelagem apenas ocasional e, banhos, devem ser dados raramente. Exige exercício diário para gastar sua energia, considerada moderada.
Curiosidade: Chamado pelos íntimos de Staby. O termo Stabijhoun é derivado das palavras ‘sta mij bij’ (conte comigo), enquanto Houn significa cão em seu dialeto de origem, pronunciado hoon.


Terrier Irlandês

Foto: Arquivo do canil Woodley Meadows

Origem: Por centenas de anos, ela foi usada em fazendas irlandesas como guardiã dos rebanhos e da família.
Peso e tamanho: De 11,4 a 12,5 kg; e 45,5 cm.
Pontos Fortes: Muito afetuoso, alegre, brincalhão e protetor com a família em casa, e corajoso e determinado quando está em campo, trabalhando. Adora agradar e está sempre pronto para defender quem ama. Adapta-se facilmente em qualquer ambiente.
Rotina: Precisa de rotina de exercícios físicos e mentais diários, pois transborda energia. Treiná-lo tende a ser desafiador, mas uma socialização iniciada bem cedo e treinos consistentes e positivos funcionam muito bem com ele. Pode ser um pouco latidor. Escovação deve ser semanal. Exige stripping e trimming também, para manter a pelagem.
Curiosidade: Possivelmente a mais antiga das raças irlandesas. Possui uma pelagem avermelhada bem viva, que é um grande destaque.


Thai Ridgeback

Foto: Arquivo de Malgorzata Szulta/ Cão: Thai

Origem: Relatos arqueológicos na Tailândia escritos há mais de 360 anos já documentam a raça, que era usada principalmente para guarda e escolta de carruagens.
Tamanho: De 48,5 a 63,5 cm.
Pontos Fortes: Como é desconfiado com estranhos, alerta, intensamente leal e possui forte instinto protetor, é ideal para a guarda. Late pouco.
Rotina: Tem excelente habilidade para saltar e correr. Precisa ser estimulado física e mentalmente, pois possui alto grau de energia e pode ganhar peso se for sedentário. Duas boas caminhadas de 30 minutos por dia mais brincadeiras que o desafiem bastam. Embora seja inteligente, é recomendado que tenha um dono experiente, que entenda de adestramento canino, pois pode ser bem teimoso. Como vem de um clima quente, sente frio com facilidade. Indicado para crianças mais velhas.
Curiosidade: Os pelos de seu dorso nascem no sentido oposto (ridge), formando uma crista que pode ter diferentes desenhos.


Welsh Corgi Cardigan

Foto: Arquivo da propr.: Jo Lovell (canil Liebehund)/Cão: Rhiwelli
Ymlaen a Ni (Mr. Ed)/Criadora: Yvonne Caul

Origem: Região que, durante a Idade Média (476 a 1458), era conhecida como Cardiganshire. É a mais antiga das duas raças de Corgi (chegou ao País de Gales com os celtas por volta de 1200 a.C.). Acredita-se que o Swedish Valhund possa ser seu ancestral, já que foi trazido para as ilhas britânicas pelos vikings.
Tamanho: Ideal – 30 cm.
Pontos Fortes: Amoroso com os tutores. Adora ficar com a família. Relaciona-se muito bem com crianças pequenas e outros pets e gosta bastante de ter outro cão como companhia.
Rotina: É importante socializá-lo desde cedo para se comportar bem com estranhos. A pelagem deve ser escovada ao menos uma vez por semana. Banho frequente não é necessário. Precisa de no mínimo 60 minutos de exercícios diários (como várias caminhadas, brincar de buscar objetos e corridas).
Curiosidade: Acredita-se que o nome Corgi seja uma aglutinação dos termos cor (palavra galesa que remete a anão) egi (que significa cão em galês).


Welsh Corgi Pembroke

Foto: www.centrale-canine.fr

Origem: Surgiu depois do Welsh Corgi Cardigan, no condado de Pembroke. Como foram criados com a função de conduzir rebanhos de gado, o fato de serem baixinhos evitava que fossem chutados na cabeça por um boi.
Peso e tamanho: 10 a 12 kg (machos), 9 a 11 kg (fêmeas); de 25 cm a 30 cm.
Pontos Fortes: Sua alta inteligência faz com que a raça seja facilmente treinada. São companheiros mais independentes, tolerando mais momentos de solidão que o Cardigan. Têm carinho por todos da casa e estão sempre dispostos a agradar.
Rotina: Interagem facilmente com outros animais e crianças. Para manter sua pelagem bastam escovações semanais, já que os banhos devem ser evitados o máximo possível.
Curiosidade: O Pembroke é mais baixo, leve e curto, com orelhas menores e mais pontiagudas que o Cardigan. A cauda dele também é diferente, podendo ser enrolada e, geralmente, é naturalmente mais curta.


Vizsla

Foto: Edmilson Reis/ Cão: Bertha Vizsla Carioca/ Propr. e criação: Bruno Soares, canil Vizsla Carioca – Instagram: @vizsla_carioca

Origem: Descendem de cães que chegaram à Bacia de Cárpatos com as tribos nômades húngaras no século XVIII. Em ilustrações primitivas feitas em pedras, esses cães húngaros eram representados sempre ao lado de um caçador e seu falcão. Suas habilidades fazem dele um cão excelente para o trabalho no campo, na floresta e na água. Além de possuir ótimo faro (perseguindo rastros de forma bastante determinada, inclusive dentro da água), ele demonstra firmeza no aponte. A raça moderna, como a conhecemos hoje, foi desenvolvida a partir de 1920.
Peso e tamanho: De 58 a 64 cm (machos) e de 54 a 60 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: É um elegante cão de caça de aparência nobre. Vivo, elegante, amável e silencioso, é gentil até com desconhecidos. De tão ligado com a família é chamado de cão-velcro, sendo impossível ignorar a sua presença. Essa característica se deve à sintonia que mantinha com o caçador enquanto trabalhava. Excelente cão de companhia, calmo, e que se adapta a diferentes rotinas. Seu entusiasmo e beleza aristocrática são outros diferenciais, além dos tons de sua pelagem, que variam do vermelho-dourado ao dourado areia escuro.
Rotina: Precisa participar da rotina da casa, não sendo um cão de quintal. Fica carente e triste se não tiver interação diária coma sua família. Sensível, o treinamento de obediência deve ser feito com uso de técnica de reforço positivo, sem rispidez. Como possui uma energia alta e é bastante resistente (foi desenvolvido para suportar tanto condições climáticas extremas, quanto os mais variados e difíceis terrenos), seu dono precisa ser esportista ou gostar de exercitar o cão por ao menos uma hora diariamente. Sua pelagem é asseada, não exigindo escovação. Banhos devem ser dados apenas quando necessário, pois este cão não possui odor. Suas orelhas, por serem longas e “abafadas”, exigem atenção, principalmente após um banho, um passeio na praia ou uma brincadeira aquática. Mantenha-as sempre secas e limpas, principalmente após um passeio na praia ou atividades aquáticas. Também precisa ter suas unhas aparadas a cada três ou quatro semanas.
Curiosidade: O Vizsla, ou Magyar Vizsla, também é conhecido internacionalmente como Hungarian Pointer (Pointer húngaro) ou Yellow Pointer (Pointer Amarelo), devido a seu espectro de cor. É tido como um dos cães de caça mais antigos da cinofilia, mesmo que ainda não seja conhecido pelo grande público.
Revisão técnica: Bruno Soares, do canil Vizsla Carioca.


Welsh Springer Spaniel

Foto: Arquivo de Arlene Tester

Origem: De história semelhante à de outros spaniels originários da Grã-Bretanha. Já existe há séculos. O termo spring em seu nome refere-se à habilidade da raça em saltar como mola sobre a presa quando ela está escondida na vegetação. No início eram famosos só no País de Gales, mas no final do século XIX mais desses cães apareceram em exposições e a popularidade dele cresceu.
Tamanho: De 46 a 48 cm.
Pontos Fortes: Amoroso, calmo, leal, afetuoso, bom com crianças e devotado – segue seu dono por toda parte, até mesmo no banheiro, pois precisa estar com ele a cada minuto que estiver em casa. Tende a ser reservado com pessoas que não conhece e a limitar as demonstrações de afeto apenas à família.
Rotina: Precisa de exercícios diários, como passeios, e brincadeiras para gastar sua alta energia. A escovação pode ser semanal e banhos, ocasional.
Curiosidade: Quase foi extinto em meados de 1900. Tanto que não houve exemplares registrados entre 1926 e 1948 no mundo.


Whippet

Foto: Arquivo do canil Gaselle’s Whippets

Origem: Teorias baseadas em pinturas antigas apontam que o Whippet é um cão que existe desde os tempos mais remotos. Provavelmente ele descende do Greyhound, representante de porte grande do grupo dos galgos.
Tamanho: De 44 a 51 cm (FCI). De 46 a 55 cm (AKC) – machos e fêmeas.
Pontos Fortes: Um companheiro ideal, gentil e altamente adaptável a ambientes domésticos ou esportivos. Mesmo que seja ótimo corredor, em casa é um companheiro calmo e afetuoso, demonstrando todo o seu carinho pelo dono de maneira delicada.
Rotina: Pode ser necessário o uso de roupas em dias mais frios. Quando solto, para correr, deve estar em terreno seguro e cercado, para evitar fugas. Muito rápido, o dono não consegue alcançar o cão. Para os que vivem em quintais pequenos ou apartamentos, duas caminhadas diárias de 20 a 40 minutos são recomendadas. Já banhos podem ser mensais e a escovação, de uma a duas vezes por semana.
Curiosidade: Seu corpo é projetado para atingir altas velocidades: peito profundo, pescoço longo, corpo esguio e arqueado sustentado por membros fortes.


TOPCÃES 2023/2024 – RAÇAS GRANDES

Airedale Terrier

Foto: @American Kennel Club

Origem: Surgiu no norte da Inglaterra e foi criado para capturar lontras e ratos. Foi aceito como raça pelo TKC em 1886. Na Primeira Grande Guerra, foram muito usados para levar mensagens aos soldados que estavam na zona inimiga.
Peso e tamanho: 56 a 61 cm.
Pontos Fortes: É inteligente, amigável e muito versátil, podendo servir para companhia, esportes e para a caça. É paciente e dócil com crianças.
Rotina: Como tem uma alta energia para gastar e fica facilmente entediado quando fica muito tempo sozinho, não é adequado para apartamentos ou pessoas que não têm tempo para brincar e passear com ele. Pode ser um pouco teimoso. Sua pelagem exige escovação semanal e o stripping (feito por um profissional) deve ser feito de três a quatro vezes ao ano.
Curiosidade: É o maior entre os terriers. Por seu espírito de cão incansável e por sua força, herdou o nome de Rei dos Terriers.


Akita Americano

Foto: @The Kennel Club

Origem: Surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando criadores da raça começaram a cruzar o Akita com o Pastor Alemão para salvá-lo da extinção.
Peso e tamanho: De 66 a 71 cm (machos); de 61 a 66 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Alerta, amigável, bem inteligente, protetor, digno e leal à sua família. Serve como cão de alarme.
Rotina: Exige escovação diária na época da muda de pelo (que ocorre duas vezes ao ano). Requer exercícios moderados, de duas horas por dia. São intolerantes com outros animais, inclusive cães, e com pessoas desconhecidas, caso não sejam socializados desde cedo. Muito independente, não é tão fácil treiná-lo.
Curiosidade: A FCI separou o Akita Inu do Akita Americano em 2000, inicialmente chamando-o de Grande Cão Japonês. Em países não afiliados à FCI, o Akita Americano é chamado apenas de Akita, e o Akita Inu, de Akita Japonês.


American Bully (XL)

Foto: jaguarbullykennel.com/ Cão: JBK Dinozzo

Origem: Surgiu em 1980 a partir do American Pit Bull e de outras raças, como o American Staffordshire Terrier, American Bulldog e Olde English Bulldogge. É a maior variação da raça American Bully.
Tamanho: De 48,1 cm a 56 cm (fêmeas) e de 51,1 até 58,5 cm (machos).
Pontos Fortes: Força, confiança e vigor são pontos altos da raça, que está sempre pronta para agradar e triunfar com entusiasmo. É excelente companheiro da família e sempre foi conhecido por seu amor às crianças. Sua cabeça é única e uma das principais características da raça. Tem aparência enorme e impressionante, grande e larga, dando a impressão de poderosa, mas não desproporcional ao corpo.
Rotina: O comportamento agressivo com os seres humanos e outros cães não é característico da raça e é altamente indesejável. Rústico, exige pouca manutenção com a pelagem. Apenas escovação regular e banho quando necessário.
Curiosidade: O Bully XL compartilha das mesmas características dos demais tamanhos de American Bully, diferenciando-se apenas pelo porte.


Azawakh

Foto: Arquivo de Verena Nido

Origem: Vale Azawakh, região árida do sul do Saara, onde persegue gazelas nas areias escaldantes do deserto há mais de mil anos (caça também lebres, antílopes e javalis e é conhecido por sua resistência implacável e capacidade de correr a 65km/h). Compartilha ancestrais com o Saluki e o Sloughi. Só na década de 1970 a raça começou a se tornar popular em certos países.
Peso e tamanho: De 15 a 25 kg; de 58 a 76 cm.
Pontos Fortes: Afetuoso com a família. Reservado com estranhos. Muito ativo.
Rotina: Precisa de exercícios diários, como corridas acompanhando o dono ou sessão de brincadeira de meia hora em parque ou quintal cercado, com o tutor ou outro cão. Requer escovação semanal com luva de borracha. Banhos frequentes não são necessários.
Curiosidade: Uma das raças mais raras do mundo, não à toa vendida por um preço muito alto. Elegante, é tão magro e esbelto que a estrutura óssea e a musculatura podem ser vistas claramente sob a pele.


Afghan Hound

Foto: Arquivo pessoal/ Cães: Ruff us e Amira Vento Afegão/ Tutor: Fabrizzio Carvalho/ Criação: Canil Vento Afegão/
Instagram: @canil_vento_afegao

Origem: É uma das raças de cães mais antigas ainda existentes. Tal fato é comprovado por pinturas rupestres de cerca de 5 mil anos atrás, que o retratavam em cavernas do Afeganistão. Por volta de 1900, os primeiros Afghans chegaram ao berço da cinofilia organizada, a Inglaterra, onde, em 1907, um exemplar da raça venceu a exposição realizada no Crystal Palace, em Londres. Nos anos 1940, o exército norte-americano treinou cães da raça para que conseguissem atravessar trincheiras, aproveitando seu dom para escalar.
Tamanho: Ideal – 68 a 74 cm (machos), 63 a 69 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Sua pelagem longa e sedosa e instinto protetor são grandes destaques da raça. É dotado de uma aparência majestosa! Como é desconfiado, obstinado, corajoso, autoconfiante, exerce com garra e qualidade a função de guardião. Outro ponto que o difere das demais raças, é que possui uma gama de personalidades. Cada exemplar tem um jeito de ser particular. Muito inteligente e extremamente observador, é comum ver exemplares que aprenderam a abrir portas girando a maçaneta ou tirando a tranca, apenas por observar seus tutores.
Rotina: Não se deve esperar que um Afghan Hound atenda a ordens, pois em sua atividade original o caçador era quem o seguia. Mas alguns exemplares são mais submissos do que outros: uns podem ter personalidade independente como a de um gato enquanto outros são efetivamente obedientes e bastante próximos ao dono. Necessita de atividade diária, para que possa correr e se movimentar. Com educação adequada e vigilância por parte do tutor, se dará bem com crianças e outros animais de estimação. Ração de alta qualidade ajuda a mantê-lo saudável. Para manter a sua bela e vasta pelagem livre de nós, basta realizar uma escovação diária. Banhos devem ser dados apenas se for realmente necessário, sem exageros, pois o excesso de banhos tira a oleosidade da pele do cão, tornando-a ressecada e deixando o pelo quebradiço, além de ocasionar seborreia e queda excessiva da pelagem.
Curiosidade: Antigamente, era conhecido também como Tazi, ‘cão cara de macaco’ ou ‘cão babuíno’, devido à cauda enrolada, parecida com a deste símio. Pelo padrão adotado pela CBKC, todas as cores são aceitas, mas as mais comuns são o preto; preto e castanho; e vermelho (com ou sem máscara preta).
Revisão técnica: Marcelo Ferraro, canil Vento Afegão.


Akita

Foto: Glauco Soares/ Cão: Yuudai go di Casa Saporito/Propr.: Glauco Soares/ Canil Shin’Yu
Instagram: @casadoakita/ Site: www.casadoakita.com.br

Origem: Os primeiros ancestrais dos Akita foram cães de tamanho médio, mantidos nas Aldeias Matagi (Aldeias Caçadoras) influenciadas pela pesca e pela caça no norte do Japão e eram conhecidos como Matagi-Inu (que significa cão caçador), caçando diversos animais, de antílopes e javalis a ursos. Considerada uma das raças mais antigas, os Akitas constam em registros arqueológicos que datam de 8.000 a.C. O nome da raça foi dado em homenagem à localidade onde eles foram primeiramente criados, na região de Tohoku, na província de Akita, no norte do Japão. A raça ganhou o nome Akita em 1931, quando foi considerada patrimônio natural do Japão, onde ela também é considerada como um símbolo de proteção, felicidade, saúde e longevidade. Durante a Segunda Guerra Mundial, a raça quase foi extinta, mas foi graças ao trabalho de alguns criadores japoneses que ela conseguiu se reerguer e, em 1964, foi uma das primeiras raças japonesas reconhecidas pela FCI. A raça ficou muito conhecida após o filme “Sempre ao seu lado”, que foi inspirado em uma história real publicada em um jornal japonês em 1932.
Tamanho: Ideal – 67 cm (machos), 61 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: As melhores qualidades da raça são a lealdade e fidelidade ao seu proprietário. Costuma seguí-lo pela casa – sempre elege um dono como seu favorito. Também é afetuoso com os demais membros da família e aceita bem os amigos que frequentam a casa. Com estranhos faz uma guarda silenciosa, não latindo em vão. Sua beleza tipicamente oriental é outro destaque: seus olhos pequenos e triangulares e orelhas inclinadas para frente o fazem parecer uma raposa.
Rotina: Para obter a obediência de um Akita, é preciso ter uma atitude firme, mas não autoritária. Dotado de uma energia moderada, a raça não precisa de muitos exercícios diários. Passeios de 30 minutos por dia são suficientes para satisfazê-lo. Não costumam ter boa convivência com cães do mesmo sexo, portanto é melhor evitar o convívio entre machos ou entre fêmeas. Exige escovação semanal da sua pelagem (feita com pentes largos), que deve ser um pouco mais frequente durante a muda de pelos (passando a ser feita três vezes na semana ou todos os dias). Banhos podem ser dados a cada 6 meses, pois ele não tem cheiro. Extremamente rústico, é do tipo que raramente precisará visitar um médico-veterinário.
Curiosidade: O Akita pode ter as cores vermelho-fulvo, tigrado, branco e sésamo (pelos vermelho-fulvo com as pontas pretas). Todas elas, exceto a branca, devem apresentar o urajiro, pelagem esbranquiçada nas laterais do focinho, nas bochechas, na face ventral da mandíbula, pescoço, peito, tronco, cauda e na face interna dos membros.
Revisão técnica: Glauco Soares, canil Shin’Yu – A casa do Akita.


Bernese (Boiadeiro Bernês)

Foto: Arquivo de Katja Stoller/Cão: Odessa vom Vielbringerhof

Origem: Descendente da mistura de cães do tipo mastim e antigos molossos (caracterizam-se pela cabeça grande, peito largo etc.), ocorrida há cerca de dois mil anos. Foi a Suíça que o salvou da quase extinção entre os séculos XIX e XX.
Tamanho: De 58 a 70 cm.
Pontos Fortes: Apega-se muito à família e é especialmente dócil com crianças pequenas. Normalmente, é sociável com outros cães.
Rotina: Precisa de pelo menos meia hora de exercícios moderados todos os dias, como caminhadas. Já a escovação normalmente é semanal, exceto durante as duas mudas anuais de pelos, quando deve se tornar diária. Alguns exemplares têm forte instinto de caça a outros pets, enquanto outros não se importam nem quando um gato passa por cima de seus rostos. Um tanto reservado com desconhecidos.
Curiosidade: A mais popular das quatro raças de cães boiadeiros suíços, grupo formado também pelo Appenzeller, o Entlebuchere o Grosser Schweizer (Great Swiss).


Boerboel

Foto: Arquivo de Betsie Terre’ Blanche

Origem: Século XVII. Descende de cães do tipo bull e mastins trazidos ao território sul-africano pelos boers (agricultores holandeses, alemães e franceses de religião protestante). Entre os colonos do Zimbábue (antiga Rodésia), esses cães eram muito populares (como a África do Sul faz fronteira com o Zimbábue, eles se espalharam à medida que as pessoas se moviam de um lado para o outro). Não é reconhecido pela FCI.
Peso e tamanho: De50 a 75 kg; de 60 a 70 cm.
Pontos Fortes: Destemido e inteligente. Dócil com crianças.
Rotina: Escovação semanal com luva de borracha. Precisa de banho ocasionalmente. Necessita de exercícios diários, como longas caminhadas ou sessões de brincadeiras com o dono.
Curiosidade: Independentemente da cor da pelagem, tem pele escura, que ajuda a protegê-lo do sol africano. A enorme força e os nervos de aço o tornaram o cão de guarda perfeito para a vida selvagem africana (babuínos, leopardos e até leões).


Bouvier des Flandres

Foto: www.eleveurs-online.com

Origem: Foi criado nos anos 1900 para trabalhar nas fazendas, conduzindo rebanhos e como boiadeiro na região dos Flandres. Tem em sua origem cruzas com as raças Beauceron e Griffon.
Peso e tamanho: 35 a 40 kg e 61 a 69 cm (machos); 27 a 35 kg e 58 a 66 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: É um cão calmo, corajoso e curioso. Muito afetuoso e protetor coma família. Seu olhar revela um cão com energia, inteligência e audácia.
Rotina: Precisa de atividades regulares para gastar sua alta energia, como brincadeiras em casa com jardim ou em passeios frequentes, mostrando novos cheiros ao Bouvier. São desconfiados com estranhos. Sua pelagem, que o protege da chuva e do frio, exige escovação semanal.
Curiosidade: A raça quase foi exterminada durante a Segunda Guerra Mundial, pois Hitler ordenou aos soldados alemães que atirassem nos exemplares desta raça, pelo fato dele ter sido mordido por um Bouvier des Flandres.


Boxer

Foto: Reprodução

Origem: Descende do Bullenbeisser, raça alemã que era usada para caçar ursos, javalis e veados no século XIX. Para seu desenvolvimento, houve cruzas com o Bulldog.
Peso e tamanho: Acima de 30 kg e 57 a 63 cm (macho); ao redor de 25 kg e 53 a 59 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Forte, possui musculatura definida e aparência intimidadora, mas em casa é um cão de companhia leal e amoroso com sua família. É alerta e late pouco, apenas quando percebe algo estranho ao seu redor, sendo um ótimo cão de guarda. Muito bom com crianças, sendo brincalhão e delicado com elas.
Rotina: Ativo, exige mais de 2 horas de exercícios por dia, incluindo estímulos mentais, através de jogos e brincadeiras. Com treino consistente aprende rápido. Limpo e asseado, exige apenas uma escovação semanal e banhos regulares.
Curiosidade: Já assumiu diversas funções ao longo dos anos, sendo usada pela polícia, como boiadeiros, em esportes, na guarda, para proteção e guia de cegos.


Braco Alemão Pelo Curto

Foto: Arquivo de Michael Hammerer

Origem: Remonta ao século XVII, quando o Perdigueiro de Burgos foi acasalado com o Hanover Hound. Também foram realizadas cruzas com o Pointer Inglês.
Tamanho: De 58 a 66 cm.
Pontos Fortes: Ávido por agradar ao tutor. Ama sua família (incluindo as crianças) e vai querer estar com ela o tempo todo. Muito amigável, costuma aceitar bem desconhecidos e outros pets.
Rotina: De bastante energia, idealmente seu dono deve incluir atividade física duas vezes ao dia em sua rotina, como caminhadas de meia hora pela manhã e à noite, além de corridas e brincadeiras em área bem cercada. É recomendável escovar sua pelagem semanalmente (em certas épocas do ano a queda de pelos é maior e serão necessárias escovações mais frequentes). Os banhos são ocasionais.
Curiosidade: Na Alemanha é mais raro que o Braco Alemão de Pelo Duro – em 2022, contou com 1.304 registros de nascimento emitidos pelo Verband für das Deutsche Hundewesen contra 3.119 do parente de pelo áspero.


Braco Alemão Pelo Duro

Cão: Multi Ch. Timo II V/Bockenhagen at Kimmax/ Peter McCullough

Origem: Criado pouco antes do final do século XIX para ser um cão de caça polivalente, agressivo o suficiente para perseguir aves perigosas em terrenos difíceis. Acredita-se que foi o Airedale Terrier que lhe transmitiu a audácia, a pelagem dura e sua atitude cheia de energia.
Tamanho: De 57 a 68 cm.
Pontos Fortes: Entusiasmado e afetuoso com quem conhece. Com quem não conhece, é reservado sem ser hostil. Como é ansioso para agradar seu dono, é facilmente adestrado.
Rotina: Sua energia é muito alta e precisa viver no campo ou em casas com bastante espaço. Anseia bastante pela companhia humana e não deve ser deixado muito tempo sozinho. Escovação deve ser semanal, e os banhos dados apenas quando necessário.
Curiosidade: Sua pelagem densa e áspera o protege em diversos tipos de terreno durante a caçada.


Braco Italiano

Foto: Arquivo de Cesare Bonasegale

Origem: Apareceu pela primeira vez em afrescos e textos dos séculos IV e V a.C. É possível que seja o ancestral dos demais pointers europeus, já que exemplares da raça eram frequentemente dados como presentes para nobres na França e Espanha.
Peso e tamanho: De 25 a 40 kg, 55 a 67 cm.
Pontos Fortes: Muito dedicado a sua família. Um tanto reservado com estranhos no início, mas no final aceita quase todo mundo (adora a companhia humana).
Rotina: É ótimo com crianças, porém não deve ser deixado sozinho com bebês que não respeitem seu espaço totalmente. Geralmente se dá bem com outros cães. Exige exercícios diários, como corridas de pelo menos 30 minutos, e supervisão quando está perto de gatos e outros pets pequenos. Sua pelagem requer apenas banhos ocasionais e escovação semanal.
Curiosidade: Foi originalmente dividido em duas variedades – Braco da Lombardia e Braco Piemontês – e esses dois tipos se fundiram em um único no início do século XX.


Bullmastiff

Foto: Arquivo de Tracy Jones/Cão: Tboldt Northern 4CE Knatchbull (Recon)

Origem: Desenvolvido em meados do século XIX, por meio de cruzas entre o Mastiff e o Bulldog da época.
Peso e tamanho: De 50 a 59 kg e 64 a 69 cm (machos); e de 41 a 50 kg, e 61 a 66 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Dócil e confiável com a família. Paciente e protetor com as crianças, mas, devido ao tamanho, pode acidentalmente derrubar ou pisar em uma (assim, o tutor sempre deve supervisioná-los).
Rotina: A pelagem deve ser banhada apenas se necessário e escovada uma vez por semana. Gosta de atividades diárias, como caminhadas rápidas e brincadeiras ao ar livre. Pode ser agressivo com outros cães do mesmo sexo. É possível que se relacione bem com o gato da família, mas não aceita que animais desconhecidos invadam a propriedade. É reservado com estranhos.
Curiosidade: Em seu país de origem, é mais popular que seu ancestral, o Mastiff: em 2022, contou com 350 registros emitidos pelo TKC contra 107 de seu ancestral.


Cane Corso Italiano

Foto: Edmilson Reis/ Cão: Minerva/ Propr. e criação: Robinson Romão, canil Romão D’ Itália/
Instagram: @ canilromaoditalia

Origem: Sua origem é tão remota quanto a sua história, pois embora hajam pesquisas arqueoólogicas e osteológicas que apontem fatos sobre a antiga origem da raça, tudo ainda é muito incerto. Acredita-se que a raça tenha surgido a partir de grandes cães molossos que viveram na época dos assírios, em 600 a.C (os chamados Molossian Itálicos), e que eram usados em combates, para proteção de propriedade e, no exército romano, eram treinados para atacar inimigos. Também já foram utilizados para guardar o gado e caçar animais grandes, provando o quanto a raça é versátil. O Cane Corso possui a mesma base genética do mastim Napoletano, outro descendente dos Molossian Itálicos. Em 1994, o Cane Corso foi reconhecido como raça pela ENCI e, a partir daí, ganhou fãs no mundo todo – já que antes era restrita ao seu país de origem.
Peso e tamanho: De 45 a 50 kg e de 64 a 68 cm (machos); de 40 a 45 kg e de 60 a 64 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Destaca-se por seu notável equilíbrio, estrutura e robustez, sendo um cão de guarda equilibrado e sereno, nada barulhento, que intimida possíveis invasores pela aparência. Mesmo sendo robusto, vigoroso e de aparência poderosa, é um cão muito elegante quando se movimenta. Sempre vigilante, é atento ao que se passa em seu território. Mesmo em repouso e/ou descanso, posiciona-se estrategicamente de modo a obter um raio de atuação a seu favor caso necessário (prefere um local que tenha vista para a rua). Extremamente ágil e obediente, pode ser treinado para diferentes atividades, sendo um cão muito versátil.
Rotina: Por seu nível de energia ser de médio a alto, exige passeios diários de pelo menos uma hora. Para quem vive em apartamento, é preciso um compromisso muito grande do dono para garantir atividade física e mental diárias ao animal. Também exige socialização para viver bem com outros cães ou pets da casa. No mais, seu manejo é simples, pois é um cão rústico e que se adapta à rotina do dono. Tem grande capacidade de aprendizado e exige treinamento regular feito pelo dono (caso seja experiente) ou por um profissional. Por ser um guardião, gosta de ficar na área externa, mas também aprecia seguir o dono pela casa e ficar por perto da família, pela qual demonstra extrema lealdade. Sua pelagem pode ser mantida com uma escovação semanal, pouco mais frequente nas épocas de muda. Banhos apenas quando necessário, pois é um cão rústico.
Curiosidade: A palavra cane significa cão, e corso, deriva da palavra cohors, que significa protetor ou guardião.
Revisão técnica: Robinson Romão, do Romão D’Itália.


Cão da Groenlândia

Foto: www.skk.se

Origem: Uma das raças mais antigas do mundo e que, por séculos, foi usada pelos esquimós para conduzir trenós e para a caça.
Tamanho: Fêmeas acima de 55 cm e machos acima de 60 cm.
Pontos Fortes: Independente, vigilante, corajoso e forte, física e mentalmente. Extremamente devotado ao seu dono, atende aos comandos de adestramento com alegria. Gosta de agradar.
Rotina: Precisar exercitar sua grande capacidade de correr e de puxar cargas pesadas. Gosta de viver em matilha e em locais espaçosos. Assim, seu dono deve entender suas necessidades particulares. Tem forte instinto de caça, podendo perseguir outros pets. Passa por muda de pelagem uma vez ao ano e, nesta época, exige uma escovação mais frequente. Não é indicado para guarda, pois é amigável com estranhos.
Curiosidade: Até hoje estes cães nativos e rústicos são vitais para o povo esquimó.


Cão da Montanha dos Pireneus

Foto: Arquivo de Richard Capel

Origem: Descendente do Pastor Maremano Abruzês e do Kuvasz. Desenvolvido há séculos nas montanhas dos Pireneus, fronteira natural entre a França e a Espanha, para trabalhar com pastores camponeses e cães de pastoreio. Nesse ofício, vigiava o rebanho e detinha predadores, como lobos e ursos ou ladrões de gado. Tornou-se mais popular na Europa e nos Estados Unidos nos anos 1800. Usado na Suíça no desenvolvimento do São Bernardo.
Tamanho: De 65 a 82 cm.
Pontos Fortes: Devotado e afetuoso com a família e crianças. Relativamente independente.
Rotina: O pelo, apesar de abundante, não exige muitos cuidados – escovação pelo menos uma vez por semana e banho ocasional. Os exercícios devem ser moderados, como passeios diários.
Curiosidade: Chamado em inglês de Great Pyrenees. Pode levar até três anos para amadurecer. A Rainha Vitória, do Reino Unido, teve um exemplar da raça.


Cão da Serra da Estrela

Foto: Arquivo do criador e proprietário (canil do Cabeço do Seixo)/
Cão: Lira do Cabeço do Seixo

Origem: Uma das raças mais antigas da Península Ibérica, desenvolveu-se em épocas remotas nas altas montanhas do norte de Portugal. É parente do Mastim Espanhol. Foi aceito pela FCI em 1955.
Peso e tamanho: Ideal – 45 a 60 kg, 65 a 73 cm (machos); 35 a 45 kg, 62 a 69 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Inseparável companheiro do pastor e guarda fiel do rebanho, defende-o contra os predadores (como lobos) e ladrões de gado. Também é eficiente na guarda de propriedades. É dócil com o dono e meigo com crianças.
Rotina: Pode viver em apartamento, mas precisa de passeios diários para se exercitar. Em casas, os muros devem ser altos para que ele não os pule.
Curiosidade: A raça possui duas variedades de pelo: longo (mais comum) e curto. Tais variações de pelagem surgiram naturalmente. Os cães da região sul da Serra, onde faz mais calor, tinham uma pelagem comprida, ao passo que na região norte tinham uma pelagem curta, evitando que ficassem com o pelo úmido.


Cão de Castro Laboreiro

Foto: Arquivo de Ana Madrugo

Origem: Aldeia de Castro Laboreiro, no município de Melgaço, extremo norte de Portugal, região rústica e montanhosa, com altitude de cerca de 1.400 metros. Uma das mais antigas raças da Península Ibérica. O plantel diminuiu muito entre o final do século XIX e início do XX, já que armas avançadas ajudaram a controlar predadores, deixando exemplares sem trabalho. Mas restaram alguns canis que criaram esses cães como companheiros em vez de guardiões.
Peso e tamanho: De 25 a 40 kg; de 55 a 66 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e corajoso. Com os donos, é afetuoso, dócil e devotado. Tende a proteger a família de estranhos e outros animais.
Rotina: Escovação semanal, sendo várias vezes por semana na época da muda, na qual a intensidade da queda de pelos é alta. Tem necessidade relativamente elevada de exercício – pelo menos 60 minutos por dia.
Curiosidade: Tem vários nomes em inglês: Portuguese Cattle Dog, Portuguese Watchdog, Dog of Castro Laboreiro.


Cão de Gado Transmontano

Foto: www.chien.com/Cao: Ramalde du Haras du Paty/ Canil: Du
Haras du Paty

Origem: Instalou-se, em tempos remotos, nas terras altas portuguesas, chamada Trás-os-Montes. Nesta zona montanhosa caracterizada por pastagens íngremes, de difícil acesso rodoviário, ajustou-se às condições e aos rebanhos ovinos e caprinos que pastam na região, em perfeita simbiose com o trabalho exigido de proteção contra ataques de lobos. Parente de todos os mastins ibéricos.
Peso e tamanho: De 50 a 75 kg; de 68 a 85 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e obediente, fácil de treinar. Dócil com a família. Alerta com estranhos, mas muito sensível ao tratamento gentil, permite a manipulação após a reserva inicial. Gosta da companhia canina, inclusive do mesmo sexo. Brincalhão com crianças. Vive bem com os outros pets da casa.
Rotina: Necessita de muitas atividades, como passeios diários. Precisa de escovação semanal e banho ocasional.
Curiosidade: Foi reconhecido pela FCI, ainda em caráter provisório, em 2020. Até 1995 só existia em Portugal.


Cão de Santo Humberto (Bloodhound)

Foto: Arquivo do canil De La Voix Royale

Origem: Desenvolvido no século VII por Santo Humberto, que foi monge, se tornou bispo e, depois, santo padroeiro dos caçadores.
Peso e tamanho: Ideal – 46 a 54 kg e 68 cm (machos); 40 a 48 kg e 62 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito dócil com os donos. Afetuoso com as crianças (tolerará pacientemente suas travessuras). Geralmente se relaciona bem com outros cães.
Rotina: Exige exercícios diários, como longas caminhadas diárias e brincadeiras em quintal cercado (pode não responder aos comandos se encontrar um cheiro para seguir). A pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada a cada quatro a seis semanas. Pets como roedores e pássaros devem ser mantidos longe desse cão, pois são vistos como presas (mas ele pode conviver com gatos, especialmente com socialização precoce).
Curiosidade: Em nações europeias que falam a língua francesa, é conhecido como Chien du Saint Hubert enquanto na língua inglesa é chamado de Bloodhound.


Cão de Fila de São Miguel

Foto: Arquivo do Clube do Cão de Fila de São Miguel/Criador e propr.: canil Mata do Eucalipto/Cão: Bohr da Mata do Eucalipto

Origem: Ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Embora sua ascendência seja desconhecida, suspeita-se que seus primeiros antepassados nas ilhas eram uma mistura de grandes cães molossos (de cabeça grande, peito largo etc., frequentemente usados em toda a Europa Ocidental para lidar com gado). Documentado desde o início do século XIX, mas seu padrão racial só foi elaborado em 1984.
Peso e tamanho: De 20 a 35 kg; de 48 a 60 cm.
Pontos Fortes: Tende a estabelecer forte vínculo com uma pessoa ou família específica. Alerta e territorial. Em geral, não se dá bem com outros animais, até cães.
Rotina: Normalmente só precisa de banho ocasionalmente e escovação duas ou três vezes por semana. Deve fazer longas caminhadas diárias de pelo menos uma hora a uma hora e meia.
Curiosidade: Por mais antigo que seja esse cão, a FCI só o reconheceu oficialmente como raça em 1995 e, nos Estados Unidos, onde é conhecido como Cow Dog, ainda nem foi aceito pelo AKC.


Cão Lobo Tchecoslovaco

Foto: wolfdog.org/Cão: Bojar od Nasej Vlcice/ Propr.: Masiarova,
Kristína

Origem: Surgiu a partir de uma experiência biológica na Antiga Tchecoslováquia: a cruza de um Pastor Alemão com um Lobo dos Cárpatos (Canis lúpus lupus), em 1955. Em 1982, o Cão Lobo Tchecoslovaco foi reconhecido como raça nacional em seu país nativo. A FCI o aceitou em 1999.
Peso e tamanho: Mínimo – 26 kg e 65 cm (macho), 20 kg e 60 cm (fêmea).
Pontos Fortes: De excepcional fidelidade e apego ao seu dono. Afetuoso e muito amoroso, mas sem ser carente. Sua aparência é igual à de um belo e genuíno lobo.
Rotina: Não é um cão para iniciantes. Tem alta capacidade de destruição do lar e está sempre testando o proprietário. Exige uma quantidade apropriada de exercícios para gastar sua alta energia. Deve viver próximo à família. Convive bem com outros cães e gatos que façam parte da sua família. Após o amadurecimento, tendem a não aceitar animais estranhos ao seu convívio, principalmente do mesmo sexo. É desconfiado com pessoas estranhas.
Curiosidade: Fêmeas geralmente entram no cio uma vez por ano ou a cada dois anos.


Dogo Argentino

Foto: Johnny Duarte/ Cão: D.Airon Fuerza de la Victoria (filhote n° 1 do Brasil Ranking CBKC e Dog show 2023 Campeão
inicial/Campeão filhote/Campeão jovem)/Propr.: Fabio Martins/Criador: Alexandre Antunes/Instagram:@canilfuerzadelavictoria

Origem: Ao contrário da maioria das raças caninas o Dogo Argentino tem uma origem bastante recente, conhecida e documentada. O Dogo Argentino é fruto da paixão e perseverança de dois irmãos: António e Augustin Nores Martinez. Tudo começou em 1925, na província de Córdoba, com António, que queria desenvolver um cão que fosse imbatível tanto nas arenas de brigas quanto nas caçadas a pumas e javalis e outras espécies predadoras da agricultura e de criações de gado da Argentina. O Dogo Argentino foi criado a partir de um cão já extinto e que era conhecido como “Velho Cão de Briga de Córdoba”. Porém, muitas outras raças participaram do seu desenvolvimento, como: Dogue Alemão, Bulldog Inglês, Mastim dos Pirineus, Bull Terrier, Boxer, Pointer, Dogue de Bordeaux e Wolfhound Irlandês. A raça foi aceita em 1973 pela FCI.
Peso e tamanho: De 40 a 45 kg e entre 60 e 68 cm (machos); de 40 a 43 kg e entre 60 e 65 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Corajoso, tenaz, alerta e leal, este cão foi projetado para ser responsivo e poderoso na caça. É um cão atlético, mesomorfo, de tipo normal e de proporções harmônicas. De poderosa musculatura, é ágil, seu aspecto exterior lhe dá a sensação de potência, energia e força, contrastando com a sua expressão de amizade e mansidão. Por ser um cão de combate, o Dogo não late muito, só quando necessário. Um dos principais traços da personalidade do Dogo Argentino é a sua versatilidade. Criado para ser um cão de luta e de caça, funções nas quais tinha um desempenho excepcional, adaptou-se igualmente bem à uma série de novas tarefas. É utilizado pela Polícia Federal Argentina, México, EUA, Israel e Holanda como cão de guarda e de patrulha e até mesmo como guia de cegos. Muito fiel aos seus donos, responde com facilidade aos comandos e é extremamente paciente com crianças. Com pessoas estranhas em companhia de seu próprio dono o Dogo não é agressivo, mas também não fará festas antes de conhecer bem a visita em questão. Sua índole e instinto acentuado para guarda, faz com que não tolere que seu espaço seja invadido por estranhos. Precisa ser acostumado desde cedo com outros cães e animais domésticos para que possa conviver com eles.
Rotina: Sua energia é muito alta, exigindo que esse cão realize passeios durante o dia como seu dono, com quem é bastante apegado e afetuoso. Brincadeiras no quintal cercado, treino de obediência ou esportes caninos também são importantes para estimulá-lo mentalmente. O Dogo é facilmente adestrável, pois adora agradar seu dono, é determinado e muito inteligente.
Curiosidade: Deve ser inteiramente branco, sendo permitida apenas uma mancha escura no crânio. Este cão possui uma resistência física acima da média e um olfato muito apurado, sendo um ótimo farejador.
Revisão técnica: Alexandre Antunes, canil Fuerza de la Victoria.


Coonhound Preto e Castanho

Foto: Arquivo de Zoe Zoebolin

Origem: Desenvolvido no sul dos Estados Unidos nos anos 1700. Descendente, entre outros, do Foxhound Americano e do Bloodhound, do qual herdou as orelhas grandes, cor, tamanho etc. Os ancestrais desse cão se destacavam como rastreadores, pois eram altamente habilidosos com relação ao faro (especialmente à noite, perseguindo sua presa por quilômetros antes de encurralá-la e uivando para avisar ao dono onde está).
Tamanho: De 58 a 68,5 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, ativo, independente e um pouco teimoso. Em geral extrovertido e amigável, embora alguns possam se mostrar reservados com estranhos.
Rotina: Exercício diário vigoroso, no qual cubra muito terreno com suas passadas. Escovação ocasional e, na época da muda de pelos, que ocorre uma ou duas vezes por ano, semanal e com luva de borracha. Deve ser banhado ocasionalmente.
Curiosidade: George Washington, primeiro presidente dos Estados Unidos, teve um exemplar da raça.


Deerhound

Foto: G. Peach/Cão: Kilbourne Hector/Propr.: Mick e Glenis Peach

Origem: A formação desse cão ficou perdida no tempo. O fato é que era conhecido desde a Idade Média (de 476 a 1453) e bem estabelecido na Escócia, onde estava nas mãos de chefes de clãs (foi desenvolvido para que sua pelagem áspera pudesse se adaptar ao clima rigoroso escocês). Com o fim de tal sistema, o número de exemplares da raça caiu, até chegar à beira da extinção em meados do século XIX. Então os irmãos Archibald e Duncan McNeill iniciaram um programa de reprodução, responsável por salvar esse cão escocês da extinção. Parente do Greyhound.
Peso e tamanho: De 36,5 a 45,5 kg; de 71 a 76 cm.
Pontos Fortes: Descontraído. Amigável, mas não gregário, com estranhos – é apegado a uma única família.
Rotina: Escovação semanal e banho ocasional. Precisa se exercitar livremente todos os dias, ou seja, correr pela pura alegria de correr – não basta uma caminhada diária pelo quarteirão.
Curiosidade: Uma das três raças caninas mais altas.


Dobermann

Foto: Arquivo da criadora (Gabriele Stroh, canil Von Mahuba)/
Cão: Ginger von Mahuba, campeã alemã

Origem: Final do século XIX. Desenvolvido pelo cobrador de impostos Karl Friedrich Louis Dobermann, que cruzou muitas raças para obtê-lo, como o Dogue Alemão, o Rottweiler e o Pastor Alemão.
Peso e tamanho: De 40 a 45 kg e 68 a 72 cm (machos); de 32 a 35 kg e de 63 a 68 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Afetuoso com a família, mas reservado com estranhos, ainda que hoje só mostre o lado protetor se necessário.
Rotina: Relaciona-se muito bem com crianças na maioria das vezes, mas, por ter físico poderoso, as interações com bebês devem ser supervisionadas. Convive em harmonia com pets da casa e outros cães (principalmente se não forem do mesmo sexo). A pelagem deve ser escovada semanalmente. Banho somente quando necessário.
Curiosidade: O Dobermann Kurt foi considerado o primeiro herói de guerra canino – morto por uma granada que encontrou durante a batalha de Guam no decorrer da 2ª Guerra Mundial, ele alertou e salvou muitas vidas.


Dogue de Bordeaux

Foto: Arquivo da Societé des Amateurs de Dogues de Bordeaux

Origem: Mencionado em livro do século XIV, descende provavelmente de um cão de caça ao javali daquela época.
Peso e tamanho: Ideal – mínimo de 50 kg e de 60 a 68 cm (machos); mínimo de 45 kg e de 58 a 66 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Apegado aos membros da família. Tende a ser dócil e amoroso com crianças, mas todas as interações com bebês devem ser supervisionadas.
Rotina: Precisa de escovação e banho mensalmente. Baba muito e as rugas da face precisam ser limpas e secas ao menos uma vez por semana. Tem tendência natural para a guarda, mas tende a ser menos agressivo do que outras raças de proteção e normalmente se dá bem com outros pets. Se não for devidamente socializado, pode brigar com outros cães.
Curiosidade: Nos tempos modernos, a raça era quase desconhecida em muitos países até o lançamento do filme Uma Dupla Quase Perfeita, de 1989, estrelado por Tom Hanks como um detetive de polícia auxiliado por um Dogue de Bordeau.


Fila Brasileiro

Foto: Arquivo de Michèle Ehret (canil La Clan des Brésiliens)/
Cão: Haika du Clan des Brésiliens

Origem: Foi primeiramente descrito na primeira metade do século XX. Acredita-se que sua origem tenha se dado a partir de cruzamentos entre Dogues, Mastifes e Cães de São Humberto, trazidos pelos portugueses na época da colonização do Brasil.
Peso e tamanho: Macho 50 kg (mín.), 65 a 75 cm; fêmea 40 kg (mín.), 60 a 70 cm.
Pontos Fortes: Fiel, meigo, obediente e apegado aos donos, aos quais demonstra amor incondicional e gosta de estar sempre por perto. Muito tolerante com crianças. Protetor da família: está sempre de olho nela. Não oculta sua ojeriza a estranhos. Sua coragem, determinação e valentia são notáveis.
Rotina: Precisa morar em casa, para que possa se exercitar, pois sua energia é alta. Tem um faro excelente, bem como um temperamento forte, que requer o pulso firme de donos experientes, calmos, responsáveis e pacientes. Escovação pode ser semanal.
Curiosidade: Também é conhecido como Cabeçudo Boiadeiro. Sua movimentação lembra a dos grandes felinos.


Foxhound Americano

Foto: @Arquivo The Kennel Club/ Cão: Dazzleby Chorister/
Propr.: Mrs R Griffins

Origem: Surgiu por volta de 1650, quando a América do Norte ainda era uma colônia britânica, e um bando de cães de caça foram trazidos para perseguir índios e rastrear animais, como raposas.
Tamanho: De 53 a 63,5 cm.
Pontos Fortes: Dócil, afetuoso (muito com as crianças) e com o faro bem apurado.
Rotina: Exercícios são importantes para que não desenvolva comportamentos indesejados. Assim, precisa de espaço para correr ou bastante exercício diário. Fica bem com outros cães, pets e crianças. Seu latido é melodioso, agradável de se ouvir (mas é alto, não sendo ideal para apartamento). É preciso ter paciência e persistência no treinamento, já que pode ser teimoso. Tende a ser solitário se não for socializado desde cedo. Requer escovação semanal e banho só quando necessário.
Curiosidade: George Washington, primeiro presidente dos EUA (e um grande caçador), importou alguns exemplares da raça para o desenvolvimento do Foxhound Americano, juntamente com reprodutores franceses.


Foxhound Inglês

Foto: Canadian Kennel Club

Origem: Desenvolvido para caçar raposas em matilha, existem registros desta raça desde o século XVIII.
Tamanho: De 58 a 64 cm.
Pontos Fortes: Atlético, curioso, brincalhão, sociável, determinado, resistente e afetuoso. Pode servir como cão de alarme.
Rotina: Ideal para donos experientes, bastante ativos (como maratonistas) e que morem em áreas mais afastadas, para que seu alto latido não incomode vizinhos e para que ele tenha espaço para fazer suas mais de duas horas de exercício diárias. Entediado, pode se tornar destrutivo. Independentes, precisam de treinos consistentes e socialização desde cedo. Também precisa viver em local cercado para não fugir acidentalmente, perseguindo algum animal. Exige escovação semanal da pelagem e banhos apenas quando necessário.
Curiosidade: Destaca-se por sua velocidade e resistência para a caça de raposas, atividade que era considerada um grande passatempo para a nobreza inglesa.


Galgo Árabe (Sloughi)

Foto: Andrew Wyatt/Cão: Itri Ocerico/Propr.: Erika & Andrew Wyatt

Origem: Desenvolvido há milhares de anos no norte da África. O clube da raça nos Estados Unidos foi criado em 1989.
Tamanho: De 61 a 72 cm.
Pontos Fortes: Bem calmo dentro de casa. Ainda que tenha este ar nobre e orgulhoso, este cão é muito apegado ao seu tutor e reservado com estranhos.
Rotina: Precisa de atividade diária – esse cão ama e precisa da oportunidade para galopar todos os dias, ainda que também aprecie o conforto do lar. Porém, precisa de área segura e cercada para poder correr livremente. Muito treinável, responde aos comandos do dono, mas também tem um lado independente, pois foi desenvolvido para caçar sozinho. Como possui forte instinto caçador, pode perseguir pets caso não esteja acostumado com eles. Exige banho ocasional e escovação semanal.
Curiosidade: A maioria dos Sloughis ainda é encontrada no Marrocos. É uma das duas raças sighthound da África aceitas pela FCI. Sua pelagem cor de areia dava-lhe camuflagem durante as perseguições a lebres e outros animais no deserto.


Galgo Espanhol

Foto: Criadora e proprietária Gemma Ramos Burches (canil
Randeros)/Cão: Randeros Xanadú

Origem: Chegou à Península Ibérica muito antes de se tornar conhecido pelos romanos. Aceito pela FCI em 1971.
Tamanho: De 60 a 70 cm (ideal).
Pontos Fortes: É um pet calmo, robusto, equilibrado e muito amável e afeiçoado com seus donos.
Rotina: Pode gostar de longos passeios ou de ficar no sofá: esse cão se adapta facilmente à maioria das situações envolvendo convivência. Porém, exige atividade diária para gastar sua alta energia. Fica perfeitamente bem com outros animais e cães. Atento e obediente: em geral, mesmo o tutor sem nenhum tipo de preparação especial pode ensinar os hábitos para a boa convivência. Mas às vezes é independente feito um gato. Porém, treinos positivos e gentis funcionam bem com ele. Assim como todos os galgos, precisa viver em local cercado para evitar fugas acidentais perseguindo presas. Escovação pode ser feita de duas a três vezes na semana.
Curiosidade: Possui corpo tão delgado e esbelto que suas costelas aparecem.


Gascão de Saintongeoi

Foto: Criadora e proprietária Gemma Ramos Burches (canil
Randeros)/Cão: Randeros Xanadú

Origem: Na tentativa de salvar a raça dos cães de Saintonge, no século XIX, o Conde Joseph de Carayon-Latour cruzou seus últimos descendentes com o Azul da Gasconha do Barão de Ruble. Assim, ele criou o Gascão de Saintongeois, mas provocou a extinção do cão de Saintonge. É usado para caçar em matilha javalis e lebres.
Tamanho: 54 a 62 cm (médio) e 62 a 72 cm (grande).
Pontos Fortes: Obediente, afetuoso, inteligente, perseverante, calmo e com olfato apurado. Dá a impressão de força e elegância, como um cão de tipo francês deve ser. Seu temperamento é estável.
Rotina: É indicado que viva em locais com espaço amplo. Tem alta energia e é incansável, exigindo muita atividade diária. Tem bom convívio com outros pets, crianças (com quem é paciente e gentil) e pessoas em geral. A escovação deve ser semanal, assim como a limpeza das orelhas, para evitar infecções.
Curiosidade: Possui um latido profundo e grave.


Grande Munsterlander

Foto: www.autourdesanimauxs.com

Origem: Descende de um cão branco/particolor que caçava pássaros e falcões na Idade Média. O clube alemão da raça começou a planejar sua criação em 1922. Reconhecido pela FCI em 1954. Atua como auxiliar de caça a tiro de javalis.
Peso e tamanho: Aproximadamente 30 kg. De 58 a 65 cm (ideal).
Pontos Fortes: Dócil e de caráter vivo, adora a companhia humana e é gentil com crianças. É polivalente e consegue se manter calmo na maioria das situações.
Rotina: Precisa de uma a duas horas diárias de atividade e viver em local mais espaçoso, em que possa correr livremente. É um ótimo candidato para quem gosta de praticar esportes caninos. Tem grande capacidade de aprendizagem, exigindo apenas um pouco de firmeza do dono. Exige escovação regular da pelagem, mais intensa apenas nas épocas de troca de pelos.
Curiosidade: Este cão tem proximidade com o Braco Alemão e há quem o considere o melhor cão para caçar. Ama água e é um ótimo nadador.


Greyhound

Foto: Lorraine Fitzgerald/Cão: Ina’s Fashion Design by Boughton/
Propr.: Clare Boggi/Criadora: Ina Koulermou

Origem: Uma das mais antigas raças caninas, sua história começa no Egito há cerca de 5 mil anos. Era usado como companheiro de caça dos faraós. Na Idade Média (de 476 a 1453) chegou à Europa. Trata-se de um caçador incrivelmente rápido, tão talentoso que qualquer pessoa que vivesse a menos de 16 km da floresta do rei era proibida de possuí-lo, a fim de proteger as reservas reais de caça.
Tamanho: De 68 a 76 cm
Pontos Fortes: Como caçavam em matilha, são amigáveis com outros cães.
Rotina: Banhos ocasionais e escovações semanais. Exercícios diários, como correr solto em área cercada. Pode não ser adequado para lares com pequenos pets, como coelhos, pois tem forte instinto de perseguição. Tolerante com crianças – quando incomodado por elas, geralmente se afasta em vez de rosnar.
Curiosidade: Considerada a mais rápida raça canina, a ponto de, em velocidade máxima, seus pés tocarem o chão apenas 25% das vezes.


Golden Retriever

Foto: Johnny Duarte/ Cão: Bristol Bullet/ Criação e propr.: Claudio Abreu, canil Bristol Goldens/Instagram: @bristolgoldens

Origem: O responsável pelo desenvolvimento da raça foi o escocês Lord Tewdmonth, na metade do século XIX (entre 1840 e 1890). Ele realizou acasalamentos entre cães retrievers amarelos e o Tweed Water Spaniel (já extinto). O Setter Irlandês e o Bloodhound também participaram da criação da raça, que tinha como objetivo obter um cão que fosse obediente, calmo, fácil de treinar, com subpelo denso e impermeável (para que pudesse entrar em águas geladas e secar-se rapidamente) e, ao mesmo tempo, robusto, para auxiliar caçadores de aves aquáticas. E o resultado foi este companheiro dourado, que desde os anos 1990 tem sido uma vedete mundial, tamanha a sua popularidade.
Tamanho: De 56 a 61 cm (machos); 51 a 56 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Um companheiro por excelência, de convivência muito agradável, confiável e equilibrado. É inteligente e aprende rápido, pois gosta de agradar ao dono. Tem docilidade extrema com todos, inclusive com quem não conhece, sendo muito sociável. Recebe todos com alegria e muitos abanos de cauda. Não à toa tem sido muito usado em trabalhos como cão-guia e na cinoterapia. Adapta-se a diferentes estilos de vida e é ótimo com crianças, pois é bastante brincalhão. Além disso, sua expressão doce, robustez e pelagem dourada farta e franjada arrancam suspiros por onde ele passa.
Rotina: Deve ser educado de forma gentil, pois é sensível e não gosta de rispidez. Precisa se sentir amado. Convive bem com outros cães (inclusive do mesmo sexo) e pets, mas exige cuidado com aves, por seu instinto de caça a estes animais. Embora sua energia seja considerada moderada, exige passeios diários de 45 minutos, em média. Porém, se viver em apartamento recomenda-se que a atividade diária seja um pouco maior. Adora brincar na água, estar em contato com a natureza (como em trilhas) e brincar de buscar objetos. Precisa de atenção para não se tornar obeso, pois é guloso. Assim, sua alimentação deve ser bem regrada. Outro cuidado importante é evitar que a raça frequente ambientes com piso liso ou escorregadio, especialmente durante o seu primeiro ano de vida. Prefira os pisos antiderrapantes, para que seu Golden não desenvolva problemas nas articulações e a prumos. A escovação fora da época de muda pode ser semanal, e os banhos apenas quando necessário (o excesso é prejudicial para ele). Nas épocas em que ele troca de pelagem deve ser escovado todos os dias. Trimming deve ser feito a cada seis meses por um groomer profissional.
Curiosidade: Existem três tipos de Golden: o Britânico (com focinho mais largo e curto, com testa curta e pelagem dourada clara ou creme), o White European Golden (que é branco) e o Americano (pelagem mais densa e bem mais dourada e escura, com corpo mais esbelto, não tão encorpado).
Revisão técnica: Claudio Abreu, canil Bristol Goldens.


Griffon de Aponte de Pelo Duro Korthals

Foto: www.griff onkorthals.fr

Origem: Utilizado na caça de aves, difundido por toda a Europa sob diferentes nomes. A raça foi renovada e melhorada por E. K. Korthals, através da consanguinidade, seleção e treinamento durante a segunda metade do século XIX.
Tamanho: De 55 a 60 cm (machos); de 50 a 55 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Cão vigoroso, rústico, vivo, gentil, muito fiel, obediente e orgulhoso, excelente caçador, muito apegado ao seu dono e ao seu território, que ele guarda com vigilância. Tem um olhar que derrete o coração de qualquer um.
Rotina: Sua alta energia pode ser gasta praticando esportes caninos ou fazendo longos passeios diários com sua família. Muito gentil com as crianças. Aprende rápido, mas treiná-lo exige firmeza e gentileza. Não tolera longos períodos de solidão. Perde pouco pelo durante o ano, exigindo escovação mais frequente apenas no outono e na primavera, quando troca a pelagem.
Curiosidade: Polivalente, ele consegue caçar aves em qualquer terreno e clima.


Komondor

Foto: Arquivo de Írisz Pogácsás

Origem: Por volta do século IX, na região da bacia do rio Danúbio. Trazido ao território húngaro pelos cumanos, nômades turcos que lá procuraram asilo após a invasão mongol em 1237 (foram encontrados restos desses cães em túmulos desse povo). O nome Komondor deriva de Korman-dor, que significa cão dos cumanos.
Peso e tamanho: De 40 a 60 kg; de 65 a 70 cm.
Pontos Fortes: Independente e inteligente. Companheiro amoroso da família, que muitas vezes segue seus humanos de cômodo em cômodo.
Rotina: Costuma se relacionar bem com crianças e se adapta a outros pets. Reservado com estranhos. Criadores experientes nunca escovam seu pelo, que é encordoado, mas o lavam mensalmente. Precisa de uma quantidade diária de exercícios, incluindo corrida em quintal grande e caminhadas.
Curiosidade: Sua pelagem serve de camuflagem – ao proteger um rebanho de ovelhas, ele é difícil de ser detectado pelos predadores, o que permite que os pegue desprevenidos.


Kuvasz

Foto: Arquivo de Éva Fehérné Sándor

Origem: A raça foi propriamente desenvolvida entre os anos 1300 e 1400 (o rei húngaro Matias I ajudou a fixar o tipo desses cães).
Peso e tamanho: De 48 a 62 kg e 71 a 76 cm (machos); de 37 a 50 kg e 66 a 70 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Dedicado à família, embora às vezes possa parecer um pouco distante (faz parte da natureza da raça). Aprende a conviver com outros cães se tiver crescido junto com eles.
Rotina: Para ter bom relacionamento com outros animais, é importante fazer a socialização (por exemplo, cachorros desconhecidos podem ser considerados pelo Kuvasz como ameaça para a família). Reservado com estranhos (e, por ser grande, é aconselhável não deixá-los sem supervisão). Sua pelagem deve ser escovada toda semana e banhada ocasionalmente.
Curiosidade: No norte da Mesopotâmia, placas de argila de 1300 a.C mostram o termo ku-assa (cachorro-cavalo), pois seu ancestral foi utilizado para guardar cavalos.


Landseer

Foto: © 2017 Chris Steinegger, CH-6410 Goldau

Origem: Seu ancestral veio da Ilha de Terra Nova (Canadá) para a Europa no início dos anos 1800. Foi então cruzado com outros cães europeus e passou a diferir dos cachorros originais da ilha por apresentar pelagem mais fina, entre outras distinções. A FCI o reconheceu como raça própria em 1960. O AKC, o TKC e o CKC o consideram apenas variedade de Terra Nova, apesar das diferenças na estrutura.
Tamanho: De 67 a 80 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e geralmente obediente. Interage positivamente com crianças – tende a ser extremamente gentil e paciente com elas. Em geral, é amigável com a maioria dos outros pets.
Rotina: Escovação em dias alternados (nas mudas de pelos, é conveniente que seja diária). Banho a cada quatro a oito semanas.
Curiosidade: Recebeu o nome do artista do século XIX Edwin Landseer, que se tornou conhecido por suas pinturas de animais (principalmente cavalos, veados e cachorros) e que por várias vezes usou esse cão como tema em suas pinturas.


Leonberger

Foto: Arquivo de Dieter Kügow (canil vom Kaniberg)/
Cão: Yolanda vom Kaniberg

Origem: Desenvolvido em Leonberg para parecer um leão, com porte grande, juba (maior nos machos) e pelagem amarelada, com preto no focinho e nas orelhas. Seu principal idealizador, Heinrich Essig, utilizou nas cruzas as raças Cão da Montanha dos Pireneus, São Bernardo de Pelo Longo e Terra Nova. Após sua morte, em 1889, seu sobrinho assumiu a criação e desenvolveu a cor fulva e a máscara preta.
Tamanho: De 65 a 80 cm.
Pontos Fortes: Muito inteligente e treinável. Reservado com estranhos.
Rotina: Ativo, exige atividades vigorosas diárias, como caminhada, agility e natação. Geralmente se dá bem com outros pets. Precisa de escovação duas vezes por semana e diária nos dois períodos do ano nos quais perde pelos intensamente.
Curiosidade: Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), restaram só 25 desses cães, dos quais apenas 5 em condições de procriar. Um programa de reprodução foi estabelecido em 1922 e, quatro anos depois, o número aumentou para 360.


Malamute do Alaska

Foto: www.fci.be

Origem: Descende de cães-lobos domesticados há cerca de 4 mil anos atrás pelos Mahlemiut, povo do noroeste do Alasca.
Peso e tamanho: 38,5 kg, 63,5 cm (macho); 34 kg, 58,5 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Amigável e brincalhão, é afetuoso com toda a família, não sendo cão de um só dono. É cheio de vitalidade e brincalhão até a velhice.
Rotina: Exige passeios diários, pois tem alta energia. Devem ser sempre feitos com guia, pelo seu forte instinto de caça. Treinamento de socialização e obediência é necessário para evitar que se torne dominante com adultos que ele não respeita. Mas aprende rápido, pois é inteligente. Não late, mas uiva. Menos independente que outras raças nórdicas, tolera menos a solidão e atende mais aos chamados do dono. Deve ser escovado diariamente. Banhos podem ser dados a cada 6 semanas.
Curiosidade: É hábil em puxar trenós em neve espessa, podendo suportar temperaturas de -40°C.


Mastino Napoletano

Foto: Arquivo de Antonio Bruno (canil I Mastini della Terra dei Fuochi)

Origem: Remonta há mais de 2.500 anos – artefatos de várias civilizações antigas retratam cachorros semelhantes a ele. No Império Romano foi empregado como cão de guerra, gladiador e guardião. Sua aparência bestial e corpo enorme foram desenvolvidos para lançar medo a seus adversários.
Peso e tamanho: 60 a 70 kg, 65 a 75 cm (macho); 50 a 60 kg, 60 a 68 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Muito equilibrado e amoroso com a família.
Rotina: A pelagem só precisa de banho de vez em quando e a escovação deve ser semanal. Foi desenvolvido para ser um cão de guarda e, assim, tende a ser desconfiado com estranhos e até agressivo com outros cachorros com os quais não está familiarizado. Qualquer animal de estimação menor, como gatos, será normalmente visto como algo para perseguir.
Curiosidade: Um exemplar da raça chamado Zorba, morto em 1992, já deteve o recorde de cão mais pesado e longo do mundo, pesando cerca de 150 kg e medindo 2,4 m do nariz à cauda.


Old English Sheepdog

Foto: www.thekennelclub.org.uk

Origem: Provavelmente desenvolvido na Inglaterra entre o final dos anos 1700 e início dos 1800. Algumas pessoas acreditam que seus ancestrais sejam o Bearded Collie e o Briard, enquanto outros creem que ele vem da mistura de Poodle Grande, Deerhound, Briard e Bergamasco.
Tamanho: Mínimo – 61 cm (macho), 56 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Alegre, esperto e divertido. Gosta de brincar com crianças. Serve também como um bom cão de alarme.
Rotina: Precisa de muita atividade – se ficar entediado, ele pode cavar buraco no quintal ou destruir o sofá. Deve fazer exercícios todos os dias, como caminhada ou ir a um parque com outros cães. A pelagem deve ser escovada diariamente e banhada toda semana. Considera outros cachorros e animais de estimação da casa, como gatos, como membros da família e vive em harmonia com eles.
Curiosidade: Quando está correndo, exibe andar de urso muito cativante. Às vezes tenta pastorear outros pets do tutor e crianças.


Otterhound

Foto: Arquivo de Linda Schrader (canil Hunter Hounds)

Origem: Inglaterra medieval, na qual uma enorme população de lontras comia os peixes de rios e lagos. Foi usado para caçá-las a fim de proteger tal fonte de alimento. Era considerado fruto da mistura entre o Welsh Harrier e o Southern Hound, hoje extintos. Atualmente alguns afirmam que descende do Bulldog Inglês e do Old Water Spaniel, já extinto, e outros, do Foxhound Inglês, Griffon Nivernais e Bloodhound.
Tamanho: De 61 a 69 cm.
Pontos Fortes: Amigável com a família. Esperto, aprende a abrir portas e armários. Socializá-lo é essencial para que se dê bem com outros pets e não encare gatos epequenos animais como presas.
Rotina: Escovação uma ou duas vezes por semana. Precisa de exercícios como longas caminhadas diariamente e aulas de obediência e de agility.
Curiosidade: O número de exemplares está diminuindo: em 2019, havia apenas cerca de 600 em todo o mundo e, no ano seguinte, só sete filhotes de Otterhound nasceram no planeta.


Pastor Belga Groenendael

Foto: Silvia Gobbato/Cão: Multi Ch. Potter for Colle Ombroso des
Gardiens de la Cigogne/Criador e propr.: Fabio Fioravanzi

Origem: Década de 1890. Recebeu o nome da propriedade (Chateau Groenendael) do seu desenvolvedor original, Nicholas Rose.
Peso e tamanho: De 25 a 30 kg (machos) e de 20 a 25 kg (fêmeas), 56 a 66 cm.
Pontos Fortes: Amigável com a família. Convive de maneira perfeita com crianças. Costuma se relacionar bem com outros cães, especialmente se crescerem juntos.
Rotina: Durante a maior parte do ano, a pelagem deve ser escovada semanalmente e banhada com pouca frequência (a menos que entre em algo sujo). Mas perde muitos pelos na muda anual e, nessa época, é necessária escovação diária. Requer boa quantidade de exercícios todos os dias, como longas caminhadas. As interações com pequenos animais (como coelhos, hamsters ou gatos) tendem a ser problemáticas, pois ele tem um pouco de cão de caça em sua genética.
Curiosidade: Distingue-se das três outras variedades de Pastor Belga (o Malinois, o Tervueren e o Laekenois) pela pelagem longa de cor preta.


Pastor Belga Laekenois

Foto: Arquivo do propr. (Tine Bouchat)/Cão: Uther Pendragon
d’Eroudur (Yan)

Origem: Cidade de Laeken, onde desde o século XIX era encontrado protegendo rebanhos. Tornou-se mais popular a partir de 1891, quando trabalhou como cão policial e militar (serviu de mensageiro durante a guerra mundial).
Peso e tamanho: De 20 a 30 kg; de 56 a 66 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e corajoso. Muito dócil com os donos (deseja agradar) e brincalhão com a família – adora correr com as crianças. Alerta. Pode se dar muito bem com outros pets se crescerem juntos. Altamente ativo.
Rotina: Longas caminhadas diárias e treinamento de agility e obediência. Escovação diária, para evitar pelos espalhados pela casa (a queda de fios é de intensidade média ao longo do ano). Não precisa tomar banhos frequentemente.
Curiosidade: Entre os demais pastores belgas (Groenendael, Malinois e Tervueren), é provavelmente o mais antigo. No AKC é considerada raça à parte, aceita em 2020 na classe miscellaneous, a última antes do total reconhecimento.


Pastor Belga Malinois

Foto: Arquivo de Stephanie Dehen/Cão: Nox

Origem: Remonta à década de 1880. Uma das quatro variedades de Pastor Belga (as outras são Groenendael, Laekenois e Tervueren, nomes de cidades da Bélgica).
Peso e tamanho: 25 a 30 kg e 60 a 66 cm (machos), 20 a 25 kg e 56 a 62 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Afetuoso, leal e brincalhão com a família, inclusive com crianças pequenas. Altamente inteligente.
Rotina: Caminhadas diárias, corridas e gosta de acompanhar o tutor na bicicleta. A pelagem só precisa ser escovada e banhada ocasionalmente (mas durante as duas mudas anuais deve ser realizada todos os dias). Se o tutor o apresentar a cães quando filhote, ele geralmente convive bem com eles, do contrário pode brigar. Normalmente tem boa relação com outros animais, mas persegue gatos.
Curiosidade: Em 2011, durante a operação que culminou com a morte do terrorista Osama Bin Laden, o Pastor Belga Malinois Cairo desempenhou papel fundamental, mesmo tendo sido ferido durante briga com insurgentes em 2009.


Pastor Alemão

Foto: Johnny/Cão: Babak Vom Land Lowen/ Propr.: Marcelo Ravagnani, canil Ravagnani/
Instagram:@ canilravagnani

Origem: Desenvolvido no século XIX pelo ex-capitão do exército Max von Stephanitz para que fosse um cão de trabalho excepcional.
Peso e tamanho: De 30 a 40 kg e 60 a 65 cm (machos); 22 a 32 kg e 55 a 60 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Um cão completo, de caráter digno, autoconfiante, equilibrado, fiel, corajoso e atento. Aprende muito rápido e possui uma alta versatilidade, servindo para diferentes funções: desde a guarda de residências, proteção pessoal, cão policial até um pet afetuoso, sendo gentil com crianças e apegado a sua família. Não à toa foi o cão mais usado pela polícia e pelo Exército por décadas.
Rotina: Sua energia é muito alta e tem disposição para longas caminhadas e brincadeiras diárias. Precisa aprender comandos básicos de adestramento para se sentir mentalmente estimulado. Assim como todo cão grande, não é recomendado criá-lo em piso liso ou escorregadio para preservar seus aprumos e articulações. Escovação pode ser semanal, pouco mais frequente nas épocas de muda de pelagem. Banhos são apenas ocasionais.
Curiosidade: Uma das raças mais inteligentes do mundo, está atrás apenas do Border Collie e do Poodle no livro “Inteligência dos Cães”, de Stanley Coren.
Revisão técnica: Marcelo Ravagnani, canil Ravagnani.


Pastor Belga Tervueren

Foto: Arquivo do canil Del Colle Ombroso/Cão: Faiz del Colle
Ombroso

Origem: O nome foi tirado de uma pequena vila onde viveu M.F. Corbeel, que desenvolveu esse cão entre o fim do século XIX e início do XX. O primeiro padrão é de 1893. Assim como os demais Pastores Belgas, foi originalmente usado no pastoreio. Com o passar do tempo, suas habilidades foram utilizadas para outros fins, como cão de polícia, mensageiro durante a Primeira Guerra Mundial e assistente da Cruz Vermelha.
Peso e tamanho: De 20 a 30 kg; de 56 a 66 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, fácil de treinar. Cheio de energia. Vive bem com crianças da família, com as quais é amigável e brincalhão.
Rotina: Muitos exercícios todos os dias, como treinos de agility, obediência, faro e proteção. É reservado com estranhos. Escovação uma ou duas vezes por semana (deve se tornar mais frequente ao menos uma vez ao ano, na muda de pelos).
Curiosidade: Conhecido como Terv. Alguns desses cães foram usados para interpretar lobos no filme “A Companhia dos Lobos”.


Pastor Branco Suíço

Foto: Arquivo de Ellen Bernasconi/Cão: Akira

Origem: Fim do século XIX, quando era considerado um Pastor Alemão. Nos anos 1930 a coloração branca passou a ser considerada falta grave. Exemplares que a exibiam passaram a não ser mais registrados como Pastor Alemão. Na década de 1970 os primeiros desses cães chegaram à Suíça, vindos dos Estados Unidos e do Canadá, países não filiados à FCI, primeira entidade a aceitá-los como raça.
Peso e tamanho: De 25 a 40 kg e 53 a 66 cm.
Pontos Fortes: Extremamente afetuoso com a família. Muito corajoso e reservado com estranhos. Geralmente ótimo com crianças e outros pets.
Rotina: Requer exercícios diários, como longas caminhadas ou brincadeiras no quintal. Há duas variedades de pelagem – média e longa (ambas devem ser escovadas semanalmente e, nas duas mudas de pelos anuais, diariamente; já os banhos podem ser dados apenas quando necessário). Pode ser agressivo com cães do mesmo sexo.
Curiosidade: De temperamento mais brando que o Pastor Alemão.


Pastor da Anatólia

Foto: Arquivo da dona (Ana Godard)/Cão: Kasana Basarli Akiva Kuva

Origem: Provavelmente descendente dos grandes cães de caça existentes na Mesopotâmia. Eles guardavam rebanhos viajando grandes distâncias no “Planalto Central da Anatólia”. Foi reconhecido em 1989 pela FCI.
Peso e tamanho: 50 a 65 kg, 74 a 81 cm (machos); 40 a 55 kg, 71 a 79 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Afeiçoados aos tutores. Dócil, mas desconfiado de estranhos quando em serviço. De temperamento equilibrado, é muito observador e capaz de analisar uma situação. É um verdadeiro companheiro, com o qual seu dono pode contar.
Rotina: Não é uma raça para pessoas inexperientes, pois este cão gosta de tomar suas próprias decisões. Inteligente, mas naturalmente independente, este cão exige paciência para ser treinado, além de escovações diárias da pelagem durante a muda, que ocorre duas vezes por ano.
Curiosidade: Foram desenvolvidos para suportar os climas mais rigorosos, desde verões quentes e muito secos até invernos muito frios, por isso, têm grande resistência em qualquer condição climática.


Pastor de Beauce

Foto: Frédéric Lhonoré/Cão: Roquepine Love du Mont des Croisettes/Criadora: Agathe Leurs

Origem: Desenvolvido a partir dos anos 1500. É provável que seja ancestral do Dobermann. Não é originário de Beauce, mas sim de Brie, como o seu primo, o Briard (tal nome foi dado para diferenciar as duas raças, separadas em 1911). Era normalmente usado para conduzir ovelhas e gado. E protegê-las, assim como sua família. Foi utilizado como cão mensageiro pelo exército francês nas guerras mundiais, aproveitando suas habilidades para seguir instruções e detectar minas.
Tamanho: De 61 a 70 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, aprende rápido. Leal e protetor. Territorial com outros pets. É considerado um cão ativo.
Rotina: Exercícios todos os dias, como caminhadas e treinos de agility, obediência, faro, proteção eskijoring (puxar pessoa esquiando). Escovação semanal (e diária durante a muda de pelos, na qual os fios caem bastante) e banho ocasional.
Curiosidade: Os exemplares típicos nascem com um dedo extra nas patas traseiras, o que é conhecido como ergô duplo.


Pastor de Brie (Briard)

Foto: Arquivo de Corinne Rinchard

Origem: Remonta ao século VIII, quando fez companhia para o imperador Carlos Magno. A raça passou a ser chamada de Briard em 1809, época em que era usada principalmente para pastorear ovelhas e proteger seus rebanhos de lobos. Cem anos depois foi fundado o Les Amis du Briard, clube que fez seu padrão racial em 1925.
Tamanho: De 56 a 68 cm.
Pontos Fortes: Embora independente por natureza, não é bom cão de canil – prefere estar com o dono. Altamente inteligente. Ativo.
Rotina: Requer muita atividade física, como caminhadas diárias, perseguir bola de tênis lançada pelo dono e corridas. Escovação várias vezes por semana. A frequência de banhos varia de semanal a mensal (ou até menos) – depende do estilo de vida do cão e do trabalho que realiza.
Curiosidade: Thomas Jefferson, autor da Declaração de Independência dos Estados Unidos e presidente daquele país entre 1801 e 1809, tornou-se apreciador de cachorros quando conheceu esse cão.


Pastor Iugoslavo

Foto: Arquivo de Adrijana Polgar

Origem: Regiões montanhosas da antiga Iugoslávia, especialmente a cordilheira Shar Planina. Descende de molossos desenvolvidos nas eras grega e romana. Permaneceu praticamente isolado por muitos séculos e a maior parte da documentação oficial da sua existência remonta ao final do século XIX e início do XX. Reconhecido pela FCI em 1939, chamado de Pastor da Ilíria (nome antigo de sua região de origem). Em 1957, passou a ser designado de Pastor Iugoslavo.
Peso e tamanho: De 30 a 45 kg; de 58 a 62 cm (na média).
Pontos Fortes: Obstinado e independente. Leal e protetor. Reservado com estranhos. Gentil e paciente com crianças, inclusive as pequenas. Tem alta energia.
Rotina: Exercícios regulares, como passeios diários em grandes espaços ao ar livre. Precisa de escovação algumas vezes por semana (nas épocas de maior queda de pelos, a frequência deve ser aumentada).
Curiosidade: Uma das raças naturais (não criadas pelo Homem) mais antigas do mundo.


Pastor Maremano Abruzês

Foto: Arquivo do canil Del Miglior Fabbro

Origem: Descrito desde a época do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.).
Peso e tamanho: 40 a 52 kg e 67 a 73,5 cm (macho), 35 a 45 kg e 62 a 70 cm (fêmea).
Pontos Fortes: Afetuoso com a família. Dócil com crianças. Frequentemente reservado com estranhos. De alta energia.
Rotina: Exercícios diários de 45 a 60 minutos, como longos passeios e brincadeiras no quintal. Requer escovação ao menos semanal (a queda de pelos é intensa). Banhos só conforme a necessidade. Tende a exigir bastante socialização para aceitar outros cães da família. Pode conviver com grande variedade de animais não caninos.
Curiosidade: No passado havia duas raças distintas, o Abruzês e o Maremano, cada uma originária de sua própria região (a primeira se caracteriza pelo relevo montanhoso, e a outra, por ser área de planície). No final dos anos 1950, em virtude da entrada e saída de exemplares em ambas às regiões e consequentes cruzas, decidiu-se por considerá-las uma única raça.


Pastor Polonês de Tatra

Foto: Arquivo do Chosna Kennel/Cão: Zbósnik Chosna

Origem: De história secular, acredita-se que seja descendente do Mastiff Tibetano e de cães de pelagem branca. Foi reconhecido pela FCI em 1963.
Tamanho: De 60 a 70 cm.
Pontos Fortes: Protetor da família, mas sem ser agressivo com outros animais e pessoas – tende só a latir. Adora crianças. Altamente inteligente. Rotina: Precisa de pelo menos uma hora de caminhada por dia. Raramente necessita de banho, apenas escovação semanal, mas no final da primavera perde pelo abundantemente e precisa de escovação quase diária.
Curiosidade: O nome remete às montanhas Tatra, na fronteira da Polônia e Eslováquia. Hábil em escalar montanhas, sua população, habitualmente escassa (depois da Segunda Guerra Mundial esses cães chegaram até a ficar perigosamente perto da extinção), aumentou um pouco com o interesse de entusiastas do alpinismo (e a raça continua sendo usada para pastoreio e guarda, bem como para fins militares e outros serviços públicos).


Pelado Mexicano Standard

Arquivo do propr. (Mario Cortes & Ana Maria Rivera)/Cão: Muiti
campeão Tecuani (Rivera-Cortes)

Origem: A mesma que as demais duas outras versões da raça (intermediário e miniatura). Em 2011 foram reconhecidos como raça pela AKC, e logo o Xoloitzcuintli Club of America foi fundado.
Tamanho: 46 a 62 cm.
Pontos Fortes: Inteligente e gentil. Ama a companhia humana e é fácil de treinar.
Rotina: A variedade sem pelos não precisa de escovação, pode ser banhada de uma a duas vezes por mês e necessita de protetor solar na pele quando exposta direto ao sol. Caso contrário, há o risco de sofrer queimaduras. Já na variedade com pelo, a escovação é semanal e o banho, ocasional. Para ambas, 45 minutos de atividade por dia, como caminhadas e brincadeiras, são suficientes.
Curiosidade: A raça pode ter uma grande variedade de cores, tanto as sólidas (inteiros de uma só cor), como tricolores ou black and tan. Também podem ter dois tipos de orelhas: eretas ou caídas (esta última, é considerada uma falta nos rings de exposições).


Perdigueiro Português

Foto: Arquivo de Tiago Fortuna (canil Fab Point).

Origem: Especula-se que descenda de cães usados por falcoeiros portugueses durante o século V, como o Sabujo Ibérico, já extinto, que foi trazido para Portugal há milhares de anos. Só se tornou conhecido quando foi descrito num livro de caçado século XII e retratado no século XIII. Na época de seu desenvolvimento, era propriedade exclusiva da realeza (o caçador comum só pôde tê-lo muito mais tarde, tornando-o bem popular em Portugal).
Peso e tamanho: De 16 a 27 kg; de 48 a 60 cm.
Pontos Fortes: Não é agressivo com pessoas ou outros cães desconhecidos, mas late quando eles se aproximam. Persegue animais de estimação pequenos, mesmo que tenham crescido juntos, pelo forte instinto de caça.
Rotina: Ativo, requer atividades diárias (como treinos de agility e brincadeiras ao ar livre) e escovações semanais com luva de borracha.
Curiosidade: Também conhecido como Pointer Português, é possível que tenha tido forte influência em muitas outras raças de Pointer.


Podengo Ibicenco

Foto: Kyra Ricketts/Cão: Zensu Mousetrap Heart (Riley)/Prop.: Bruno
Pozzebon e Flávio Rodrigue

Origem: Surgiu nas Ilhas Baleares de Maiorca, Ibiza, Minorca e Formentera. Era usado para caça de coelhos de dia e de noite graças à sua grande habilidade de farejar e à audição acurada. Este cão é um representante primitivo típico e robusto de uma das mais velhas raças existentes. Ilustrações destes cães são encontradas nas tumbas dos Faraós e em objetos de museus, mostrando que a existência da raça pode ser atribuída ao ano de 3.400 a.C.
Tamanho: De 60 a 72 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, leal e ágil. Por seu latido alto e forte, serve para guarda.
Rotina: Reservado com estranhos, mas afetuoso com a família. Bom convívio com outros cães. Exige escovação semanal, intensificada na época de troca de pelos. Embora independente, é fácil de ser treinado.
Curiosidade: A raça possui versões de pelo longo e duro, mas a de pelo curto é a mais comum. Em Provence, a raça é conhecida sob os nomes de Mallorquí, Xarnelo, Mayorquais, Charnegue, Charnegui e Cão Balear.


Pointer Inglês

Foto: Kyra Ricketts/Cão: Zensu Mousetrap Heart (Riley)/Prop.: Bruno
Pozzebon e Flávio Rodrigues

Origem: Nos anos 1700, com a ascensão dos rifles, ele se tornou um devotado e resistente cão de caça a tiro. Oficiais do Exército britânico desenvolveram a raça a partir de Pointers Espanhóis que levaram para seu país após a Guerra de Sucessão.
Tamanho: De 61 a 69 cm.
Pontos Fortes: Extremamente carinhoso com o dono. Sua postura aristocrática e elegante chama atenção. É um cão agradável, alerta e equilibrado, dotado de uma aparência forte e ágil.
Rotina: Adora a companhia de crianças e outros cães da casa. Exige atividades regulares diárias (pelo menos uma hora por dia) para manter a sua saúde física e mental. Ideal para pessoas ativas e esportivas. Adora brincar! Responde bem ao adestramento, adora treinar e aprende rápido: fácil de adestrar, não exige profissional específico para este fim.
Curiosidade: É o mais veloz entre os cães de aponte, que sinalizam a localização da ave para o caçador “apontando” com o corpo.


Poodle Grande (Standard)

Foto: Derek Glas/@American Kennel Club/ Cão: Diana/ Criação e
propr.: Angie Louter

Origem: Seu tipo se tornou definido no século XIX. Descende possivelmente do Barbet. Acredita-se que este tamanho seja o primeiro tipo de Poodle existente.
Tamanho: De 45 cm a 60 cm, com uma tolerância de 2 cm a mais.
Pontos Fortes: Reconhecido por sua fidelidade, apto a aprender e a ser treinado, o que faz dele um cão de companhia particularmente agradável. Muito inteligente – não à toa atuou fazendo truques em circos. Alerta e protetor, late para um estranho que se aproxima da porta da sua casa. Gosta de crianças e costuma se relacionar bem com os outros animais. Bastante ativo.
Rotina: Exercícios todos os dias, como natação e corridas ou longas caminhadas. Os criadores da raça afirmam que ele não solta pelo. Ainda assim, o ideal é que sua pelagem seja escovada diariamente e banhada a cada quatro a seis semanas.
Curiosidade: A reprodução do Poodle Grande deve ser desenvolvida e ampliada a partir do Poodle médio, uma vez que ele guarda as mesmas características, mas de 35 cm a 45 cm.


Porcelaine

Foto: Arquivo de Vickey Murphree

Origem: Existem registros da raça desde 1700. Quase foi extinta depois da Revolução Francesa, mas acabou reconstruída. Caçava javalis e veados. Foi criada a partir de cães farejadores franceses e ingleses que eram muito inteligentes.
Tamanho: De 53 a 58 cm.
Pontos Fortes: Elegante, gracioso, enérgico e afetuoso. É silencioso, veloz e dotado de faro refinado. Nada tímido, está sempre pronto para um afago, até de pessoas que não conhece.
Rotina: Embora lata para sons estranhos, não serve para a guarda. É facilmente treinável, mas precisa de alguém que exerça liderança. Tem um bom convívio com pessoas e com outros cães mas, como seu instinto de caça é alto, exige socialização precoce para aceitar outros animais. Precisa de exercícios físicos e mentais para não ficar agitado e ansioso. Sua pelagem requer escovação duas vezes por semana.
Curiosidade: Embora tenham sido criados para auxiliar na caça, hoje são usados como cães farejadores de doenças específicas e na busca e resgate.


Presa Canário

Foto: Arquivo do criador (Jonathan Rodriguez)/Cão: Gara de Urbajona

Origem: Entre os séculos XV e XVI, por meio de acasalamentos entre cães molossos (caracterizam-se pela cabeça grande, peito largo etc.) e o Bardino Majorero, cachorro nativo das Ilhas Canárias, ainda existente.
Peso e tamanho: De 45 a 57 kg, 61 a 66 cm (machos); de 40 a 50 kg, 57 a 62cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Com a família, é um companheiro amoroso. Com estranhos é reservado e sempre alerta para defender seu território.
Rotina: Requer longas caminhadas diárias. A pelagem deve ser escovada pelo menos uma vez por semana. Não precisa tomar banho com frequência. Pode se relacionar bem com crianças, desde que seja habituado desde filhote (mas, por ter movimentos bruscos, recomenda-se que elas estejam acompanhadas de seus pais). Não deve viver em casa com cães, a menos que seja mantido separado deles. Precisa de muita socialização para se relacionar bem com outros pets.
Curiosidade: Sua força de mordida é considerada superior à do Rottweiler.


Rafeiro do Alentejo

Foto: Arquivo de Victor Ricardo Trindade

Origem: Acredita-se que descenda de cães molossos do Oriente Médio (é possível que tenha havido também cruzas com o Pastor da Anatólia e o Mastim Espanhol, a fim de desenvolver uma raça territorial e perspicaz). Desde o século XVI acompanhava rebanhos, protegendo-os dos muitos perigos durante as viagens. Com a fixação permanente dos pecuaristas, passou a ser usado para guardar grandes propriedades rurais.
Peso e tamanho: De 35 a 60 kg; de 64 a 74 cm.
Pontos Fortes: Autoconfiante. Reservado com estranhos. Vive bem com crianças, desde que entendam que ele exige respeito.
Rotina: Escovação semanal e banho ocasional. Atividades ao ar livre (como caminhadas várias vezes ao dia, treinos de obediência, agility e brincar no quintal) ou internas, como correr atrás de bola rolando no chão para pegá-la. Não responde bem às técnicas de treinamento mais comuns – é preciso um adestrador experiente.
Curiosidade: Tem cabeça extremamente larga.


Rottweiler

Foto: Edmilson Reis/ Cão: Serif Timit-Tor/ Propr.: Rogério Mariano Milhan/Canil Timit-Thor Brasil/
Instagram: @timitthorbrasiloficial

Origem: Descendem de cães de guarda e boiadeiro muito fortes que eram utilizados pelos romanos. Na cidade imperial de Rottweil, na Alemanha, onde a criação e o comércio de gado eram fortes, o Rottweiler ganhou status de ajudante indispensável dos fazendeiros, espantando lobos e ladrões de seus rebanhos. O Clube Alemão Geral do Rottweiler, o ADRK, maior responsável por estabelecer os padrões, controles e o aprimoramento genético da raça, foi fundado em 1921.
Peso e tamanho: De 40 a 50 kg (fêmeas) e 50 a 60 kg (machos). De 56 a 63 cm (fêmeas) e de 61 a 68 cm (machos).
Pontos Fortes: É um cão autoconfiante, pesado, robusto, com muito osso, muita cabeça e muita estrutura, que lhe confere um alto poder de intimidação. Seu temperamento é equilibrado, e exerce a função de guarda naturalmente, com firmeza, coragem e atenção. Tem um forte instinto de proteção com sua família e com seu território, além de uma das mordidas mais poderosas entre os cães de guarda. É amigável e apegado a todos os membros da sua família, mas sempre elege um dono favorito. Versátil, é um cão popular no mundo todo, sendo aproveitado e treinado para diferentes funções, inclusive, no trabalho com a polícia, onde é usado desde 1910. Aprende com muita rapidez, sendo facilmente adestrável.
Rotina: Para aceitar outros pets, exige socialização desde cedo. Seus latidos são reservados a situações e pessoas desconhecidas. É preciso ter voz de comando e autoridade sobre ele, além de garantir passeios diários. É ideal para quem gosta de praticar esportes caninos. Por ter o corpo predominantemente preto, o Rottweiler sente mais calor do que outras raças (tal cor é a que mais absorve os raios solares). Assim, passeios sempre devem ser promovidos em horários mais frescos do dia. Deve viver em local com piso rústico ou antiderrapante, que dê firmeza para sua locomoção, pois pisos escorregadios prejudicam sua saúde. Manter seu peso correto também é importante, pois o sobrepeso também prejudica sua saúde. Sua pelagem possui um pelo de cobertura médio, áspero, denso e assentado, com subpelo. Para mantê-la, basta promover escovação semanal e banhos quando necessário.
Curiosidade: Desde maio de 1997, a ADRK retirou a caudectomia do padrão da raça. Assim, em exposições cinófilas, exemplares que não apresentam cauda são desclassificados.
Revisão técnica: Rogério Mariano Milhan, canil Timit-Tor Brasil.


Rastreador Brasileiro

Foto: Renata Souza/Cão: Aritana Olhos d’água da Serra da Canastra/
Criador e propr.: Ivan Luís Gomes (canil Serra da Canastra)

Origem: Desenvolvido a partir da década de 1950, por cruzas entre o Foxhound Americano, Pequeno Azul da Gasconha e Coonhounds (azul e preto e canela).
Peso e tamanho: Ideal – 26 a 33 kg e 60 a 65 cm (machos); de 21 a 30 kg e 56 a 63 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito amoroso com a família, apegado ao dono, dócil e brincalhão. Sociável com outros cães.
Rotina: Passeios diários de ao menos 40 minutos. Deve ser escovado semanalmente e banhado se necessário. Pode viver com outros pets se tiverem crescido juntos.
Curiosidade: Foi reconhecido em definitivo pela FCI por duas vezes. A primeira em 1967. Aí, em 1973, foi dado como extinto pelo fato de o plantel ter sido dizimado em decorrência de piroplasmose e aplicação excessiva de veneno contra carrapatos. No final da década de 1990 surgiram notícias de cães que mantiveram o tipo da raça vivo. Mais tarde, a CBKC solicitou a reintegração da raça junto à FCI, que aceitou o pedido em 2020.


Rhodesian Ridgeback

Foto: iStockphoto tkatsai/ Foto meramente ilustrativa

Origem: É conhecida por sua habilidade de caça de rastrear e latir, “mas nunca matar” a sua presa, geralmente leões. Seu desenvolvimento foi fundamentado na coragem, agilidade e resistência deste cão.
Peso e tamanho: De 32 a 36,5 kg; de 61 a 69 cm.
Pontos Fortes: É dotado de personalidade forte e inteligência extrema, além de muito afetuoso com as pessoas. É capaz de julgar rapidamente o seu entorno e classificar todos em uma ordem hierárquica. Silencioso, late somente quando necessário. Na aparência, se destaca por sua crista no dorso, formada por pelos que nascem no sentido contrário e formam diferentes e únicos desenhos.
Rotina: Não é indicado para tutores inexperientes, pois precisa de liderança firme. Pode ser independente e até dominante. Como consegue pular cercas altas facilmente e tem alto instinto de caça, precisa viver em local bem cercado. Pode até viver em apartamento, se sua alta energia for gasta com atividades diárias.
Curiosidade: É a única raça registrada da África do Sul.


Saluki

Foto: Arquivo de Julia Halladay

Origem: Já existia pelo menos desde 2 mil a.C.
Tamanho: De 58 a 71 cm (machos), fêmeas proporcionalmente
menores.
Pontos Fortes: Bastante sensível, muitas vezes pode se apegar a uma única pessoa da casa.
Rotina: Relaciona-se bem com crianças, desde que elas entendam que não é muito brincalhão. Indiferente com desconhecidos. Precisa de exercícios regulares, como corridas e/ou caminhadas na guia, ambas diárias. A pelagem deve ser escovada semanalmente. Já os banhos só precisam ser dados no caso de ficar sujo, ou então antes de exposição. Se o tutor tiver um gato, eles poderão se relacionar bem, especialmente se tiverem crescido juntos (já felinos desconhecidos são perseguidos). É melhor ter cuidado com outros pets, pois o instinto de caça dele é alto.
Curiosidade: É um incrível saltador que pode pular facilmente cercas de mais de 2 metros. Em virtude de sua tremenda velocidade, foi usado pelos árabes para rastrear gazelas, o mais rápido animal entre os antílopes.


Setter Gordon

Foto: Arquivo de Olivier Teillier (canil De la Vallée des Épinettes)

Origem: Século XVII, mas seu desenvolvimento propriamente dito se deu no início dos anos 1800 pelo duque Alexander Gordon, na Escócia.
Peso e tamanho: Ideal – 29,5 kg e 66 cm (machos); 25,5 kg e 62 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Devotado a sua família. Esse cão adora agradar seus tutores, em especial os que demonstram liderança.
Rotina: Geralmente fica feliz ao estar perto de crianças. Se apresentado gradualmente, tende a se dar bem com outros animais de estimação, como cachorros e gatos – no entanto, se algum cão desconhecido se aproximar deles, pode ser hotil. Precisa de exercícios diários (especialmente se morar em apartamento), como caminhadas, corridas ou acompanhar o dono na bicicleta. É essencial escovar sua pelagem ao menos semanalmente, a fim de que a queda de pelos seja mínima. São recomendados banhos mensais. Alerta, pode se mostrar reservado com estranhos e ser um bom cão de guarda.
Curiosidade: É o mais pesado entre os Setters.


Setter Inglês

Foto: Chris Bird/Cão: Sh Ch Richecca Dark ‘N’ Gold/Criador e propr.:
Neil e Jill Kelly (canil Richecca English Setters)

Origem: Remonta ao século XIV. Entre seus ancestrais estão o Perdigueiro de Burgos e cães spaniels. Desenvolvido para caçar aves.
Tamanho: De 65 a 68 cm (machos); de 61 a 65 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Ótimo pet para a família, amigável com ela. Costuma aceitar bem crianças. Nem sempre sociável com estranhos, fazendo dele um bom cão de alarme.
Rotina: É normalmente excelente companhia para os outros cachorros da casa, mas, devido ao seu forte instinto de caça, o tutor deve ter cuidado para não deixá-lo sozinho com animais que possam ser encarados como presas, como gatos, aves e coelhos. Precisa de exercícios diários, como longa caminhada ou ida ao parque com outros cães. A pelagem deve ser escovada ao menos uma vez por semana e banhada a cada quatro a seis semanas.
Curiosidade: Um dos cães de caça mais antigos e, também, uma das mais leves raças de apontar a caça (é bem menos pesado, por exemplo, que o Setter Gordon e o Setter Irlandês).


Setter Irlandês Vermelho

Foto: Arquivo de Tania Gardner (Danwish Kennel)

Origem: Entre os séculos XVII e XVIII. Gerado por cruzamentos entre cães de tipo pointer e spaniel com outros Setters e possivelmente exemplares da raça Bloodhound. No século XIX havia duas cores de pelagem: branca e vermelha. Esta última se tornou tão popular que passou a ser a única permitida pelo padrão.
Tamanho: De 58 a 67 cm (machos); de 55 a 62 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Dócil com a família. Forma fortes laços com as pessoas da casa. Bom companheiro para crianças. Tende a se dar bem com cães de qualquer porte. Amigável e de temperamento equilibrado, pode fazer amigos em qualquer lugar, ainda que ocasionalmente lata para estranhos.
Rotina: Precisa fazer caminhadas diárias. Relaciona-se bem com outros animais, principalmente se for socializada desde cedo. A pelagem deve ser escovada pelo menos duas vezes por semana. Já os banhos são a cada 7 a 10 dias.
Curiosidade: Amadurece mais lentamente, de maneira que permanece com mente de filhote por um pouco mais de tempo do que a maioria das outras raças.


Setter Irlandês Vermelho e Branco

Foto: Arquivo da criadora (Tania Gardner, Danwish Kennel)/Cão:
Alanea Game Reserve With Danwish (Caleb)/Propr.: Anita Tattersal

Origem: O primeiro registro de um cão da raça data de meados do século XVII (mas obras de arte de, no mínimo, um século antes retratam exemplares vermelhos e brancos já semelhantes aos atuais).
Tamanho: De 62 a 66 cm (machos), e de 57 a 61 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito carinhoso com a família e de boa índole até com estranhos. Gosta de crianças.
Rotina: Requer longas caminhadas diárias e brincadeiras interativas com a família em área cercada. Geralmente se dá bem com outros cães e, se crescer com gatos, o convívio com eles será muito bom. Em virtude de seu instinto de caça, precisa ser supervisionado quando junto de pets menores, mesmo que tenham crescido juntos. A pelagem deve ser escovada semanalmente. Um banho mensal é suficiente.
Curiosidade: Antes de existir o mais conhecido Setter Irlandês Vermelho, já havia o Vermelho e Branco, presença constante nas colinas e pântanos da Irlanda desde ao menos os anos 1600.


Spinone Italiano

Foto: Marco Leonardi/Criador e propr.: Allevamento Dell’Adige

Origem: Descrito ainda nos tempos da Roma Antiga, estima-se que descenda de cruzamentos entre setters, cães trazidos por comerciantes gregos, mastins de pelo branco e griffons franceses. Desfrutou de centenas de anos de sucesso na Itália, mas após a Segunda Guerra Mundial perdeu popularidade, pois outros cães de caça foram exportados para a Itália. Em 2022, 405 espécimes receberam registros do ENCI.
Peso e tamanho: De 28 a 37 kg; de 58 a 70 cm.
Pontos Fortes: Dócil e muito carinhoso com sua família. Brincalhão com crianças. Sociável com desconhecidos. Muito inteligente.
Rotina: Ama a companhia de outros cães, mas animais menores, como gatos e coelhos, podem despertar seu instinto caçador. Exige duas caminhadas diárias e escovação frequente da pelagem, especialmente durante as mudas de pelos no outono e na primavera.
Curiosidade: Spinone refere-se apino, vegetação rasteira espinhosa encontrada na região italiana de Pie monte.


Schnauzer Gigante

Foto e propr.: Oscar Plentz/ Cão: Beti da Boa Barba/Canil Boa Barba/
Instagram: @canil_boabarba

Origem: Raça bastante antiga, que remete ainda à Idade Média. Originalmente o Schnauzer Gigante, ou Riesenschnauzer, era usado para conduzir boiadas na região Sul da Alemanha. Ele foi desenvolvido a partir de cruzas entre o Schnauzer Médio e o Dogue Alemão, para que seu tamanho fosse aumentado.
Peso e tamanho: De 35 a 47 kg; e 60 a 70 cm.
Pontos Fortes: É o mais assertivo, ousado e protetor de todos os tamanhos de Schnauzer. Altamente afetuoso com seu dono, permanece brincalhão até a idade adulta. Seus sentidos bem desenvolvidos, lealdade, inteligência e grande aptidão para treinos, fazem dele um cão fácil de ser adestrado.
Rotina: Exige dono firme, que exerça liderança, e que o exercite regularmente. Um ou dois passeios longos por dia é o ideal para gastar sua alta energia, além de brincadeiras com seu dono e espaço para que ele possa correr. É um ótimo parceiro para donos mais ativos e esportistas. Não é de fácil convivência com outros cães, principalmente com os de mesmo sexo. Precisa de stripping pelo menos duas vezes ao ano, escovação semanal e banhos a cada três meses. Nunca deve ser tosado na máquina.
Curiosidade: No mercado de Mecklenburg ,norte da Alemanha, há uma estátua do século XIV de um vigilante com um Schnauzer agachado a seus pés.
Revisão técnica: Oscar Plentz, canil Boa Barba


Spitz Alemão Grande

Foto: Vitali Aulasenka/Shutterstock; Amarjeetsinh jhala/Shutterstock

Origem: São descendentes de cães da Idade da Pedra. Em sua criação, participaram raças nórdicas como o Samoieda e o Lapphung.
Tamanho: 45 cm, podendo termais ou menos 5 cm.
Pontos Fortes: Sempre atento, alegre e extraordinariamente ligado ao seu proprietário. Sua natural desconfiança com estranhos e sua ausência de instinto de caça fazem dele um cão ideal para companhia e guarda. Indiferença ao clima, robustez e longevidade são seus atributos mais importantes. Adora crianças.
Rotina: É muito dócil e fácil de ser treinado. Aprende rápido desde que as seções de treino sejam curtas, consistentes e gentis. Gosta de passar seu tempo com a família, brincando ou fazendo companhia. Não aceita bem longos períodos de solidão. Precisa de 30 minutos de exercício por dia. Exige escovação diárias, banhos periódicos e trimming. Nunca pode ser tosado.
Curiosidade: O Spitz Grande pode ter apenas três cores: branco, preto e marrom, enquanto os demais tamanhos têm uma variedade muito maior.


Terrier Preto da Rússia

Foto: Arquivo do canil Zolotoy Grad (www.zolotoy-grad.ru)/Cão:
Margo

Origem: Início da década de 1940. Desenvolvido pelo exército soviético, que utilizou 17 raças. A polícia militar russa o utilizou em passagens de fronteira, prisões e instalações militares. Foi reconhecido pela FCI em 1983. Alguns exemplares foram trazidos para o Brasil em 2002, mas hoje não há notícias de que seja criado em nosso país.
Peso e tamanho: De 45 a 60 kg; de 66 a 78 cm.
Pontos Fortes: Adora seu dono e sua família, com os quais é amoroso. Altamente inteligente, responde bem ao treinamento. Possui temperamento equilibrado.
Rotina: Genioso, apesar de não brigar com outros cães menores e animais pequenos como gatos, não pode viver com outro cachorro grande e dominante. Exige caminhada duas vezes por dia e escovação duas vezes por semana. Banhos podem ser ocasionais. Bom nas brincadeiras com as crianças. Reservado com visitas.
Curiosidade: As sobrancelhas e a barba tornam sua aparência aristocrática. Apesar do nome, não é verdadeiramente um terrier.


Treeing Walker Coonhound

Foto: Arquivo do canil Oaks Point

Origem: Meados dos anos 1700. Descende do Fox Hound Inglês. Uma figura central em seu desenvolvimento inicial foi Thomas Walker, homenageado no nome desse cão.
Tamanho: De 56 a 69 cm (machos); de 51 a 63 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Gosta de passar o tempo com a família. É sempre dócil com crianças. Sociável, se relaciona bem com outros cães.
Rotina: Precisa de longas caminhadas diárias. Sua pelagem necessita de escovação semanal e banhos mensais ou ocasionais. Geralmente não se dá bem com gatos ou pequenos pets, por causa do instinto de caça.
Curiosidade: Desenvolvido para a atividade venatória, esse cão não para de caçar se a presa sobe em uma árvore (em inglês, tree) e é daí que vem a primeira parte de seu nome – no início ele cerca e late próximo à árvore onde o animal subiu, pelo tempo que for necessário para o caçador chegar. Se demorar e ela não for muito alta, não haverá problema algum para um Treeing Walker Coonhound em escalar.


Tosa Inu

Foto: Tez Subert/Cão: Igashu Taiwara Doghouse/Criador: canil Malizi
Doghouse

Origem: Província de Tosa. Fruto de acasalamentos, ocorridos no século XIX, entre o Shikoku e exemplares das raças Bulldog, Braco Alemão, Dogue Alemão, Mastiff e, segundo alguns relatos, São Bernardo e Bull Terrier. A necessidade de um cão poderoso que fosse muito agressivo com outros cachorros e estivesse disposto a lutar com eles foi a força motriz para o desenvolvimento da raça. E, embora seja ilegal promover rinhas de cães no Japão, elas ainda existem.
Tamanho: De 55 a 60 cm.
Pontos Fortes: Extremamente corajoso.
Rotina: Tem grande propensão a ser agressivo com outros cães. Não é adequado para donos principiantes, pois precisa de um líder firme. Não é muito ativo. Escovações e banhos ocasionais. Atividades ao ar livre (como fazer caminhadas) ou internas, como correr atrás de uma bola rolada pelo chão.
Curiosidade: A maior de todas as raças japonesas. Devido ao seu histórico de lutas com cães, é proibido ou restrito em muitos países.


Weimaraner

Foto: A. Franco/Cão: Nobiskrug Unhook the Stars (Thom)/Propr.:
Kaisa Kivipelto/ Criador: Ingrid Hein

Origem: Início do século XIX, na região de Weimar. Acredita-se que o Bloodhound possa ser seu ancestral ou parente.
Peso e tamanho: De 25 a 40 kg; de 59 a 70 cm (machos), de 57 a 65 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Muito leal e apegado ao proprietário. Aprende rápido, por ser altamente inteligente e ansioso para agradar ao tutor.
Rotina: Precisa fazer exercícios diariamente, como uma boa caminhada e o preferido dele – corridas. Sua pelagem deve ser escovada semanalmente e os banhos somente devem ser dados quando necessários (assegure-se de limpar e secar cuidadosamente as orelhas, que são pendentes e, assim, propiciam um ambiente perfeito para reter excesso de umidade e causar infecção). Tolera bem outros cães se devidamente socializado. Outros pets (como gatos, roedores, aves ou répteis), devem ser mantidos longe, devido à herança caçadora da raça.
Curiosidade: Os exemplares recém-nascidos da raça têm listras, que desaparecem em poucos dias.


• TOPCÃES 2023/2024 – RAÇAS GIGANTES

Dogue Alemão

Foto: Johnny Duarte/ Cão: H. Gunther AZ Solar Wonderful/ Propr. e criação: Fabiana Fonseca/Canil Solar Wonderful/
Instagram: @canilsolarwonderful

Origem: No ano de 1878, em Berlim, um comitê formado por dedicados criadores e juízes tomou a decisão de registrar todas as variedades de cães fortes e grandes que existiam na Alemanha sob a denominação Deutsche Doggen (Dogue Alemão). Foram desenvolvidos para proteger propriedades rurais. No século XVIII já era um guardião de prestígio, até mesmo de carruagens. Também era popular para a caça esportiva entre membros da classe alta, pois poucos outros cachorros poderiam enfrentar um javali. Foi reconhecida pela FCI em 1961.
Tamanho: Machos devem medir no mínimo 80 cm da cernelha e não devem exceder 90 cm. Fêmeas devem medir no mínimo 72 cm da cernelha e não devem exceder 84 cm.
Pontos Fortes: É amável, carinhoso, afeiçoado e devoto aos seus donos. Possui equilíbrio emocional, capacidade de discernimento e imparcialidade de julgamento. Quando requerido, é autoconfiante, corajoso, de fácil trato e um dócil cão de companhia. Outro grande atributo da raça é sua beleza. Não à toa é chamado de Apolo dos cães.
Rotina: Exige proximidade com seus donos, pois não aprecia a solidão em longos períodos. Com desconhecidos pode ser reservado, mas convive muito bem com outros cães e pets da casa se for socializado desde cedo. São muito bons com crianças, sendo brincalhões e carinhosos com elas. Precisa viver em local espaçoso, sem pisos escorregadios ou lisos, que prejudicam suas articulações e aprumos. Por ser muito grande, não é indicado que seja estimulado ao ataque, e o adestramento deve ser rigorosamente monitorado. Como não solta muito pelo, a escovação da pelagem pode ser semanal e os banhos, quinzenais. No entanto, durante a troca de pelagem (que ocorre duas vezes ao ano) exige escovação diária. Exige um manejo alimentar específico de cães de porte grande e gigante. Ou seja, deve receber duas ou três pequenas refeições diariamente em vez de apenas uma grande e ser incentivado a descansar por pelo menos uma hora depois da alimentação. Isso previne um problema de saúde potencialmente fatal chamado de torção gástrica, que envolve acúmulo de gás e possível rotação do estômago. Cachorros muito grandes também se beneficiam de tigelas de comida suspensas, protegendo assim sua coluna e articulações. Além disso, é preciso ter em mente que a alimentação deles é muito mais cara do que a de um cão pequeno.
Curiosidade: Embora a cor mais conhecida seja a arlequim (com manchas pretas e brancas), a raça tem outras variedades de cores. São elas: dourado e tigrado (ambas sem marcas brancas, com o tom do dourado variando do claro ao escuro e máscara preta desejável: as listras do tigrado são pretas); preto (são permitidas manchas brancas no peito e nas patas); azul (são permitidas marcas brancas no peito e nas patas).
Revisão técnica: Fabiana Fonseca, do Canil Solar Wonderful.


Mastim dos Pireneus

Foto: Arquivo de Daniel Llorens

Origem: Geneticamente ligado a uma raça de molossos da Grécia Antiga, trazida para a Espanha há cerca de 3 mil anos.
Tamanho: Mínimo – 77 cm (machos), 72 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Amigável com a família. Reservado com estranhos (é protetor por natureza, late quando desconfia de algo suspeito, mas só é agressivo se for provocado). Relaciona-se bem com outros cães e com gatos.
Rotina: A pelagem deve ser escovada ao menos a cada três dias. Banhos apenas conforme o necessário. Precisa fazer caminhadas várias vezes ao dia. É importante o tutor estar presente quando esse cão de tamanho muito grande estiver brincando com crianças pequenas.
Curiosidade: Em seu país de origem é menos popular que o Mastim Espanhol – enquanto este último contou com 1.287 registros de nascimento dados pela Real Sociedad Canina de España em 2022, houve só 140 desses registros para o Mastim dos Pireneus.


Mastim Espanhol

Foto: Arquivo de Sabas Garcia Bernabé/Cão: Cayo de Cerro del
Viento

Origem: Existe há milhares de anos – Virgílio (70 a 19 a.C.) menciona esta raça canina em seus escritos.
Tamanho: Mínimo – 77 cm (machos), 72 cm (fêmeas).
Pontos Fortes: Extremamente confiável com a família. Naturalmente reservado com estranhos e com instinto de proteção superior ao de muitas raças de cães.
Rotina: Por ser muito territorial, normalmente não vive bem com outros animais de estimação, como gatos e outros pets de pequeno porte. A pelagem deve ser escovada semanalmente. Já os banhos são apenas ocasionais. Deve contar com exercícios diários, que podem incluir sessões de brincadeira no quintal (de preferência cercado) ou ser levado para caminhadas por diversas vezes ao dia. Adora interagir com crianças, com as quais se mostra muito paciente e dócil, mas, como pode brincar de maneira um pouco rude, exige supervisão.
Curiosidade: Foi desenvolvido para proteger rebanhos de lobos famintos e esta é a razão para que ele seja tão grande.


Mastiff Inglês

Cão: Arthur Mastiff Cabru Belli/ Criação e propr.: Canil Cabru Belli/
Instagram: @canilcabrubelli

Origem: Na Antiguidade, em relatos de invasão da Grã-Bretanha pelas tropas de Júlio César em 55 a.C, foi descrita a presença de Mastiffs no local. Os romanos os levaram para a Itália e os usaram para a guarda de prisioneiros, propriedades e para lutar em arenas.
Pontos Fortes: Tem um temperamento muito especial. Apesar de ter sido desenvolvido e selecionado para cumprir a função de guarda e defesa, é calmo, dócil, seguro, afetuoso e bastante ligado à família e às pessoas de seu convívio. São excelentes companheiros e se destacam no convívio com crianças, pois são bastante pacientes com elas. Como cães de guarda são fenomenais e atuam com muita segurança, coragem e eficiência.
Rotina: Requer escovação semanal, que se torna mais frequente durante a troca de pelagem. A alimentação deve ser bem regrada, balanceada e dividida em duas ou três porções diárias. Sugere-se caminhadas diárias em horários mais frescos. Não deve ser sobrecarregado com exercícios no período de crescimento. Os banhos não precisam ser tão frequentes. Importante manter as orelhas limpas.
Curiosidade: Independentemente da cor de sua pelagem, todo Mastiff Inglês deve apresentar focinho, orelhas, pálpebras e trufa de cor preta. Existe relato recente da utilização da raça também como pet terapeuta em asilos e em escolas para crianças autistas.
Revisão técnica: Carolina Bessa, canil Cabru Belli.


Mastiff Tibetano

Foto: Johnny Duarte/ Cão: A. Ling Su BT Solar Wonderful / Propr.: Fabiana Fonseca/Semíramis Costa/ Criação: Canil Solar
Wonderful/Instagram: @canilsolarwonderful

Origem: De tão antiga, ninguém realmente conhece ao certo como ou quando surgiu, ainda mais pelo fato de que o Tibete sempre foi muito isolado e, assim, a raça foi cercada de grande mistério desde o seu primeiro descobrimento na Antiguidade. Sabe-se, porém, que, há 4 mil anos, era usada para o trabalho e proteção do rebanho por pastoreiros nômades do Himalaia e como cão de guarda nos monastérios do Tibete. Acredita-se também que seja o antepassado mais antigo de todos os molossos. Desde as menções por Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) até os escritos de Marco Polo, o qual foi à Ásia em 1271, todos os arquivos históricos enfatizam a força natural do Mastiff Tibetano.
Tamanho: Mínimos de 66 cm da cernelha (machos) e 61 cm da cernelha (fêmeas).
Pontos Fortes: Leal à sua família e protetor do território, é desconfiado com estranhos e guardião de seus protegidos. Seu temperamento é firme e equilibrado. Sua aparência peculiar, com juba de leão e ar orgulhoso, também atrai muitos admiradores.
Rotina: Não é uma raça para qualquer um, pois possui muitas particularidades de manejo e criação. Assim, seu tutor deve ser no mínimo bastante experiente no trato com cães de grande porte. Exige casa com bastante espaço e rotina bem estabelecida, sem grande rotatividade de pessoas. O ideal são famílias pequenas, pois a raça é bastante desconfiada com visitas. É mais ativo durante a noite, quando patrulha seu território, e dificilmente dorme. Precisa de exercícios moderados diários, mas prefere se concentrar em tarefas relacionadas ao trabalho, como patrulhar seu território, em vez de brincadeiras estruturadas, como perseguir um frisbee ou buscar objetos. Apesar de ser muito inteligente, a raça é bem independente e, frequentemente, toma decisões sem a participação do dono. Ele pode até ser treinado, pois tem ótima memória, observa e assimila a rotina. Mas não espere que execute os comandos de maneira perfeita, como um cão pastor. Sua vasta pelagem, dotada de subpelo é denso e bastante lanoso, requer escovação semanal com rasqueadeira ou escova de pinos longos, para remover a sujeira, e com pente de dentes largos para retirar os nós de certas regiões, como a cauda. As principais trocas de pelo acontecem duas vezes por ano – antes da chegada do outono e da entrada da primavera – períodos em que a pelagem deve ser escovada com maior frequência. Eles aguentam o verão quente, porém, nos dias mais calorosos, requerem cuidados como acesso a ventiladores e água para banho.
Curiosidade: As cadelas desta raça entram no cio pela primeira vez com mais de 3 anos e apenas uma vez ao ano, durante o outono. Assim, os filhotes da raça nascem sempre no inverno. Já os machos, que às vezes só atingem a maturidade aos 4 anos de idade, visivelmente têm mais pelos que as fêmeas.
Revisão técnica: Fabiana Fonseca, do Canil Solar Wonderful.


Pastor da Ásia Central

Foto: Arquivo do canil Sheriff Aga
(http://sheriff-aga.ru)

Origem: Data de mais de 5 mil anos atrás, de acordo com artefatos e documentos encontrados na Ásia Central. Sua história se funde com a civilização do homem, época em que sobreviver um dia contra climas extremos, predadores agora extintos e invasores não era facilmente alcançado. Tribos nômades o usavam para proteger sua família e seus camelos ou cavalos.
Peso e tamanho: De 40 a 50 kg; de 65 a 70 cm.
Pontos Fortes: Inteligente, independente e destemido. Excelente guardião da família, geralmente desconfia de estranhos.
Rotina: Caminhada diária na guia e coleira. Escovação semanal e banho ocasional. Precisa de tutores firmes que estabeleçam liderança. Calmo, não é muito ativo. Se bem socializado, vive muito bem com os cães da casa e outros pets da família, como gatos, mas pode tentar dominar cachorros de fora.
Curiosidade: Por vir de uma região com invernos rigorosos, desenvolveu subpelo espesso que o mantém aquecido inclusive no tempo frio.


Pastor do Cáucaso

Foto: Arquivo de Anna Rowinska (canil Hunza)

Origem: Embora antigos cães caucasianos tenham sido utilizados pelo exército do rei armênio Tigran II, no século I a.C., o trabalho de seleção da raça só começou na União Soviética na década de 1920. Qualidades obrigatórias como força física, autoconfiança, audição bem desenvolvida, boa visão e pelagem densa e impermeável foram cultivadas no processo de seleção e permitiram que esses cães fossem utilizados até em condições climáticas severas.
Peso e tamanho: De 64 a 75 cm; de 45 a 50 kg.
Pontos Fortes: Destemido e inteligente. Ainda que independente, segue seu dono em qualquer lugar para protegê-lo até de lobos e ursos.
Rotina: Mesmo não sendo muito ativo, exige caminhadas diárias. Se for bem socializado e treinado com comandos desde cedo, ele será excelente perto de crianças e outros animais. Escovações semanais (diárias em exemplares de pelagem mais longa) e banhos ocasionais.
Curiosidade: Possui outros nomes, como Baskhan Pariy e Cão Urso Russo.


Terra Nova

Foto: Cão: Godar de Saint Michel/ Propr.: Nilson Oliveira Jr. –
Instagram: @canilsaintmichel

Origem: Originário da ilha Newfoundland, descende de cachorros nativos e do grande cão urso preto, introduzido pelos vikings depois de 1100.
Peso e tamanho: 71 cm e 68 kg (machos); 66 cm e 54 kg (fêmeas).
Pontos Fortes: Alegre, bastante dócil, inteligente, afetuoso, leal e benevolente. Conhecido por sua gentileza, serenidade e pelas habilidades naturais para salvar vidas. É ávido por agradar e, assim, geralmente fácil de treinar.
Rotina: Tolerante com as crianças. Costuma ser amigável com outros cães, animais e desconhecidos, embora socialização precoce com relação a diferentes tipos de contato humano e treinamento de obediência sejam recomendados. Para que mantenha a forma, são indicadas caminhadas diárias, corridas em quintal espaçoso e natação. Precisa ser escovado pelo menos uma vez por semana. Gosta de tudo que envolva água! São ótimos nadadores, pois atuavam no resgate de pessoas em afogamento.
Curiosidade: Sua pelagem é resistente à água e aos rigores do clima extremo.


Wolfhound Irlandês

Foto: John Ashbey/Cão: Taliesin’s Willow’s Glympse/Criadores: David
e Donna Smith (Taliesin Irish Wolfhounds)

Origem: Mencionado em texto da Roma Antiga de 391 d.C. Desenvolvido para caçar animais de grande porte, especialmente lobos. Quase se extinguiu no final dos anos 1700, quando os lobos e outros animais de grande porte da Irlanda foram caçados até a extinção, fazendo esse cão perder o emprego. Foi recriado a partir dos exemplares existentes (em 1862, o capitão do exército britânico George Augustus Graham começou a vasculhar o país em busca de espécimes remanescentes) cruzados especialmente com o Deerhound.
Peso e tamanho: De 40,5 a 54,5 kg; de 71 a 86 cm.
Pontos Fortes: Destemido e pacífico demais para atuar como cão de proteção. Convive bem com crianças, cães e outros pets.
Rotina: Passeio ou corrida uma vez por dia. Escovações algumas vezes por semana. A barba precisa ser lavada regularmente (costuma se sujar com comida).
Curiosidade: Raça canina mais alta do mundo (quando fica sobre as patas traseiras, pode atingir 2,10 m).


São Bernardo

Foto: Edmilson Reis/Cão: Rachelle Della Torre di Persia/ Propr.: Rogério Rodrigues, canil Doce Refúgio/
Instagram: @ canil_doce_refugio

Origem: Mosteiro nos Alpes suíços, século XI, ainda que a primeira aparição verificável tenha ocorrido cerca de 600 anos depois. Heinrich Schumacher (1831-1903) foi o criador da raça como conhecemos hoje. Ele iniciou a seleção da raça em 1855 e registrou o primeiro São Bernardo, o Leon. A popularidade da raça se deu, principalmente, após a série de filmes infantis Beethoven, iniciada na década de 1990, que conta aventuras de um São Bernardo e sua família.
Tamanho: De 70 a 90 cm (machos); de 65 a 80 cm (fêmeas). A proporção de altura e tronco (cernelha) deve ser de 55% de perna até o cotovelo e 45% do cotovelo até a cernelha. Já a relação de comprimento x altura é de 9/10.
Pontos Fortes: Seu tamanho gigante e poderoso aliado a um temperamento plácido e amoroso com seus companheiros humanos. Adora agradar e é conhecido por sua devoção à família. Têm um carinho especial com as crianças, com quem são extremamente amigáveis, pacientes e muito tolerantes. Embora faça amigos com facilidade, na ausência de seu dono, tende a defender seu território, pois instintivamente protege os membros de sua família. Silencioso, somente late quando percebe alguma situação não habitual. Impõe-se pelo tamanho e latido forte, sem ser agressivo. Relaciona-se bem com outros pets, especialmente se for apresentado a eles ainda jovem. Émuito indicado para terapia com crianças e idosos.
Rotina: Nada o deixa mais feliz do que participar das atividades diárias da família. Importante realizar treino de obediência com exemplares da raça o mais cedo possível. Há a variedade de pelo longo e a de pelo curto (variedade original da raça) – em ambas a escovação é semanal, pois possuem um subpelo abundante. Porém, os banhos podem ser somente ocasionais. Os nós na pelagem podem ser desfeitos com uma rasqueadeira ou pente de metal. Durante a muda de pelagem (que ocorre duas vezes ao ano), a escovação deve se tornar diária. Requer exercícios moderados, como caminhadas diárias e sessão de brincadeira de meia hora por dia. Têm tendência a serem preguiçosos e precisam de estímulo dos donos para se exercitarem. Também precisam receber alimentação equilibrada e na medida certa para não ganharem peso extra, o que pode prejudicar suas articulações e agravar problemas nos quadris ou cotovelos.
Curiosidade: Foram creditados a essa raça os salvamentos de mais de duas mil vidas humanas. Barry I do Grande São Bernardo (1800-1814), o mais famoso desses cães, salvou 40 pessoas entre 1800 e 1812.
Revisão técnica: Rogério Rodrigues, canil Doce Refúgio