Conheça um pouco mais sobre como surgiu e a rotina de Kyara e Venom, os irmãos Bulls mais amados do Instagram
Claudia Melo, financista e marketeira, de Sorocaba, SP, é a responsável pelo Instagram @_irmaosbulls, criado para mostraro dia a dia de quem tem um Bull Terrier. Hoje, o perfil tem 48,8 mil seguidores (em 29 de abril de 2025). A seguir, confira entrevista que fizemos com Claudia.
Revista Cães & Cia: Conte como os seus Bulls entraram em sua vida.
Claudia Melo: Após descobrir que eu não conseguiria ser mãe devido a problema de saúde (endometriose profunda e câncer colo de útero) minha médica me incentivou a pegar um cão para ajudar a não “focar” na gravidez. Meu marido sempre sonhou em ter um Bull Terrier, mas na época eu não queria essa raça por ter medo dela (aceitei na condição de contratarmos um adestrador). A Kyara chegou e foi a nossa melhor escolha. Um ano após adotamos o Argus, um Bull Terrier tricolor vindo de resgate de maus-tratos, completamente diferente da Kyara em relação a temperamento devido a traumas (permanecemos com adestrador durante 2 anos). O Argus se tornou o que ele deveria ter sido, um Bull Terrier que aceitava carinho e pessoas. Argus mudou nossa vida de uma forma inexplicável. Meu marido se tornou adestrador graças a ele (porque não foi fácil), mas valeu cada investimento de tempo e dinheiro.
Argus virou estrelinha em 2021 (não superamos até hoje) e ganhamos o Venom dos seguidores da página. Ele chegou em um momento de grande tristeza, cheio de personalidade e todo atrapalhado como um bom Bull Terrier (digo que ele nos salvou de um abismo que se abriu quando Argus se foi de maneira repentina).
Revista Cães & Cia: Eles estão com quantos anos agora?
Claudia: Kyara 6 anos e Venom 3 anos
Revista Cães & Cia: O que te motivou a transformá-los em influencers?
Claudia: Tudo começou com a vontade de fazer registros para guardar de lembrança. Porém, fomos ganhando seguidores com as fotos da Kyara, com legendas engraçadas, e com o tempo comecei a sentir na pele o preconceito que existe com a raça (muito confundida com o American Pit Bull Terrier inclusive). Então, decidimos compartilhar conhecimento sobre a raça de maneira bem-humorada e muita gente veio chegando! Hoje na nossa página temos o prazer de ter como seguidores grandes criadores, diretores de conselhos da raça no Brasil, ONGs especializadas na raça e muitos donos e apaixonados por Bull Terrier.
Revista Cães & Cia: Hoje, quais as principais ações e atividades que fazem juntos para a página do Instagram? E na rotina de vocês, o que gostam de fazer?
Claudia: Hoje o Instagram é regado de humor, então fazemos muitos vídeos (a melhor forma de prender a atenção das pessoas), promovemos eventos de Bull Terrier através da nossa página (fazemos um evento anual para que as pessoas tenham mais contato e conheçam cães criadores com responsabilidade). Nosso evento é aberto ao público e todos os cães são bem-vindos! Fazemos lives com veterinários, criadores da raça, ONGs e outros influenciadores pet, dividimos nossas experiências e buscamos sempre estar muito ligados aos nossos seguidores, criando uma conexão. Falo que somos todos donos de bulls dividindo nossas experiências, não existe expert por aqui!
Amamos viajar com os cães e estamos sempre mostrando essas viagens e lugares pet friendly (de verdade) porque temos dificuldade em achar lugares que aceitem bulls. Infelizmente, o nome “pet friendly” é usado por instituições para chamar atenção de donos de cães, mas, às vezes, só aceitam cães pequenos (e isso não é ser pet friendly). Assim, dividimos nossos “perrengues” com nossos seguidores e mostramos a importância de ter cães controlados para conseguir frequentar qualquer tipo de ambiente com eles, sem incomodar os demais!
Revista Cães & Cia: Conte um pouco sobre como eles são no dia a dia. Do que gostam, o que aprontam…
Claudia: São cães de muita energia, então estão sempre em busca de algo para fazer (se você não der, eles vão achar kkkkkk), principalmente quando filhotes! O poder de destruição é sempre bem maior do que um cão pequeno. Kyara, por exemplo, comeu as placas e o para-choque do meu carro e a fiação inteira da Kombi que meu marido tinha. Quando levamos a Kombi no eletricista ele perguntou se morávamos em chácara porque não tinha sobrado um fio embaixo, e um suposto “rato” teria acabado com tudo (risos).
Kyara foi quem mais aprontou, por ser a primeira ainda estávamos aprendendo sobre cães e como suprir as necessidades dela para diminuir o nível de destruição. Venom, como um bom Bull Terrier, também sempre foi muito ativo e arteiro. Teve uma época que percebemos que os brinquedos dele estavam sumindo e já imaginei que ele estava engolindo (é da raça engolir absolutamente tudo que vê, tem que ficar esperto), mas não, passamos o dia olhando e vimos que ele estava jogando na rua para as pessoas brincarem com ele. Perdemos muitas bolinhas (risos). Ele passava o dia jogando absolutamente tudo para fora do portão (aí mudamos ele de lugar, não tinha dinheiro que vencesse (risos).
Revista Cães & Cia: Poderia compartilhar algo inédito com a gente?
Claudia: Estamos à espera de mais um Bull Terrier para completar a família! Existe uma cor que é minha grande paixão (tricolor), que é a mesma do Argus. E estou aguardando uma ninhada em Minas Gerais para buscar o novo membro (se sair a cor que espero), senão continuaremos esperando (meus seguidores ainda não sabem disso).
Por Samia Malas
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