Cane Corso Italiano


Foto: Edmilson Reis/ Cão: Bernard Dei Romão D’Itália/ Criador e propr.: Robinson Romão, canil Romão D’Itália –
Instagram: @canilromaoditalia

•De onde veio? Descende de cães molossos, designados assim em homenagem aos Molossi, antigo povo grego que criava cachorros de ossatura avantajada e tipo mastiff. No auge do Império Romano, as legiões que subjugaram e ocuparam as ilhas gregas trouxeram molossos de volta à Itália e os criaram com raças nativas. Os descendentes produzidos por esses cruzamentos foram os ancestrais do Corso moderno e de seu parente maior, o Mastim Napolitano. Os Corsos originais foram usados como cães de conquista: destemidos, atacavam as linhas inimigas com baldes de óleo em chamas amarrados às costas. Supõe-se que esses primeiros Corsos eram maiores e mais pesados do que os exemplares de hoje. Com a dissolução do Império Romano do Ocidente no século V, as legiões da Itália e seus cães ficaram sem trabalho. Os Corsos se adaptaram então a ofícios civis como caça de javalis, condução de rebanhos de gado e, o mais famoso, guarda de chácaras e galinheiros. Durante séculos se tornou comum ver o Corso nas fazendas e pastagens dos campos italianos. Mas as constantes invasões da península itálica e da Sicília, aliados a problemas econômicos e políticos e à agricultura mecanizada, conspiraram para reduzir a população da raça a números precariamente baixos, de maneira que, em meados do século XX, ela estava praticamente extinta. Na década de 1970, um grupo de apreciadores italianos se uniu para revivê-la. A Società Amorati Cane Corso foi fundada em 1983 e, na década seguinte, os Corsos estavam sendo exibidos em exposições europeias.
•Peso e tamanho: Ideal – 45 a 50 kg e 64 a 68 cm (machos); 40 a 45 kg e 60 a 64 cm (fêmeas).
•Destaques: Grande e forte, mas elegante. Se move com agilidade felina. Obediente, inteligente, ávido por agradar e, assim, geralmente fácil de treinar. Confiável e de temperamento equilibrado, proporciona maior segurança para aqueles que até então nunca conviveram com exemplares caninos com ênfase e instinto para guarda e proteção. Há exemplares que não demonstram territorialidade na chegada de visitas recepcionadas pelo dono e que passeiam sem puxar a guia, mesmo quando conduzidos pelos filhos dos tutores ou quando encontram outros cães.
•Pelagem: Curta, ainda que com subpelo. Deve ser escovada semanalmente (e diariamente na época de muda) para remover a sujeira e os pelos mortos. As cores permitidas são: preto, cinza-chumbo, cinza-ardósia, cinza claro, fulvo claro ou escuro, vermelho-cervo, trigo escuro.
•Como é tê-lo em casa? Precisa de exercícios, como caminhadas ou corridas, de manhã e à noite, a fim de sustentar seu tônus muscular. Como foi desenvolvido para trabalhar, fica mais feliz e bem-comportado quando recebe estímulos mentais e físicos. Assim, é um ótimo companheiro em trilhas ou passeios de bicicleta. Muitos exemplares podem ser dominantes, mas treinamento de obediência os impedirá de se tornarem os chefes da casa. Esses cães respondem muito melhor aos treinos com recompensas do que os com correções duras.
Revisão técnica: Robinson Romão, do canil Romão D’Itália.

Por Samia Malas



Links importantes:

Quer anunciar na revista: conheça os formatos aqui
Leia alguns destaques da edição atual aqui
Conheça todas as publicações da Editora Top Co aqui
Para comprar a edição atual ou anteriores, acesse
Assine por 2 anos e leve 10 exemplares de revista + 2 Anuários de raças, acesse