O raro Pastor da Ásia Central

Saiba por onde anda esse cão cuja origem remete há mais de 5.000 anos

Por Camila Rodrigues

Protetor e leal: essas são apenas duas características do Pastor da Ásia Central, raça muito utilizada pelos povos nômades originários do continente asiático como animais protetores e destinados a atividades rurais. Os anos se passaram, mas o encanto por esses cães ainda perpetua, principalmente na Rússia, onde são bastante populares, e nos Estados Unidos, onde, aos poucos, conquistam novos fãs a cada dia. Para se ter uma ideia, cerca de 100 cães da raça foram registrados no American Kennel Club (AKC), e mais 400 no United Kennel Club (UKC) no ano de 2016, segundo a criadora Katerina Rekowski, do canil Guardian Dog, de Chesterfield, nos Estados Unidos. Contudo, ela critica a forma como a raça tem se expandido em seu país, ao dizer que muitos cachorros mistos ou de má qualidade são importados e comercializados. “Para que isso não aconteça, os americanos precisam conhecer melhor o padrão oficial da raça”, aponta Katerina, que cria esses pastores há 1 ano. “Em nosso canil temos o objetivo de produzir descendentes saudáveis e facilmente adestráveis. Para isso é preciso tempo e uma criação seletiva com o objetivo de produzir ninhadas consistentes, dentro do padrão, e dotadas da inteligência inerente a essa raça”, comenta, ao enfatizar que só disponibiliza seus exemplares para tutores sérios e dispostos a treiná-los para retirar o melhor de sua capacidade.

 

A raça já foi considerada uma das mais antigas, por conta do aparecimento de um fóssil de cão na região central do continente asiático com mais de 5 mil anos, cujas características ósseas eram similares às dele e as orelhas eram cortadas. No passado, Pastores da Ásia Central foram usados para conduzir gado e rebanhos de ovelhas, proteger acampamentos e residências. Como raça oficial ela começou a ser desenvolvida na antiga União Soviética na década de 1930, com o intuito de extrair o máximo do perfil protetor e leal desse cão. Porém, foi somente no ano de 1989 que o Pastor da Ásia Central foi reconhecido pela Federação Cinológica Internacional (FCI), como um cão de origem russa, já que grande parte de seu habitat natural se concentrava na antiga União Soviética – mais especificamente onde hoje estão os países Turcomenistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Irã, Kazaquistão, Afganistão e Mongólia.

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