Outubro Rosa: precisamos falar do Câncer de Mama em pets

Fêmeas pets são acometidas pela doença com mais facilidade que mulheres e a prevenção é o melhor remédio

Cachorra fêmea vestida de rosa, ao lado de um laço rosa, símbolo da campanha Outubro Rosa contra o câncer de mama

 

Foto: JStaley401 /Getty Images Pro

A Campanha do Outubro Rosa é um dos mais fortes símbolos do combate ao câncer de mama em todo o mundo. Isso porque esse ainda é um dos cânceres mais comuns em humanos e também entre os pets. Embora fêmeas com mais de quatro anos sejam mais afetadas, animais de todas as idades podem desenvolver câncer de mama, inclusive machos. Cadelas costumam ser mais afetadas do que gatas. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o câncer de mama afeta cerca de 30% das gatas, e 45 % das cadelas. 

COMO DETECTAR

Para detectar a doença ainda no início, os veterinários precisam muito da ajuda dos tutores. Assim como em mulheres, a palpação da região das mamas é fundamental para detectar alguma anormalidade na região. E se detectado algum caroço, inchaço, vermelhidão, dor, sensibilidade ou até secreções na região deve-se levar o animal imediatamente para uma avaliação médica e iniciar os procedimentos que se iniciam com um exame laboratorial para identificar se o câncer é maligno ou benigno. “Em muitos casos o procedimento cirúrgico para a retirada do tumor já é responsável pela cura, porém, tudo depende do estágio em que está e a classificação do tumor”, comenta a Dra. Caroline Mouco, diretora da rede de serviços veterinários VET Popular. 

“A disfunção hormonal causada pela gravidez psicológica também pode originar a doença”, acrescenta Dra. Caroline. O uso de anticoncepcionais injetáveis, frequentemente escolhido para evitar crias, também aumenta significativamente o risco de neoplasias.

PREVENÇÃO

A prevenção em pet é mais simples do que se imagina. “A castração sem dúvida alguma é uma das medidas mais seguras para evitar o desenvolvimento da doença, se for antes do primeiro cio, melhor ainda”, comenta a veterinária. A prevenção da obesidade também contribui para o não surgimento de tumores nas mamas.

É necessário que os tutores tomem consciência da importância do tratamento preventivo, acompanhamento médico e a necessidade da castração para a qualidade de vida dessas fêmeas. Porém, a castração não substitui a necessidade de exames regulares e visitas frequentes ao médico-veterinário. 

Como o sucesso de todo câncer é muito influenciado pelo diagnóstico precoce, é essencial que se faça exames laboratoriais preventivos nos pets. “Com o avanço da idade do pet, aumenta a possibilidade de mutações e do câncer, sendo necessário intensificar a realização dos exames preventivos”, acrescenta o médico-veterinário Thiago Sillas, do Hospital Veterinário Batel (HVB). 

É importante ressaltar que o animal precisa de acompanhamento com o médico veterinário oncologista para sempre, para controlar a reincidência.

 

Por Samia Malas.

 


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