
“Se utilizadas de maneira adequada, podem auxiliar no controle das doenças, melhorando a qualidade de vida dos cães e proporcionando maior longevidade”, afirma a especialista, que ressalta a importância da indicação veterinária para o uso desses alimentos, inclusive quanto à dosagem e à frequência das refeições. “Caso contrário, se a dieta terapêutica for oferecida de maneira incorreta, o animal poderá sofrer sérias complicações”, alerta Vivian.
Particularidades das rações terapêuticas
A dosagem dos nutrientes varia conforme a finalidade terapêutica da ração, como mostra a médica-veterinária Vivian Pedrinelli.
Ração para cães obesos: Tem mais fibras, para dar maior sensação de saciedade e diluir as calorias; mais proteínas, para melhor manutenção da massa magra no decorrer da redução de peso e mais vitaminas e minerais, para evitar deficiências nutricionais por causa da restrição calórica.
Ração para cães com problemas renais: Tem teor menor de proteína, para reduzir as concentrações de ureia no sangue e de outros compostos vindos do metabolismo das proteínas, substâncias cuja concentração exagerada pode resultar em sérios danos para o organismo. Também tem menor teor de fósforo, para auxiliar na diminuição de sua retenção pelo organismo do animal de estimação.
Ração para cães com sensibilidade ou hipersensibilidade alimentar: Geralmente tem proteína de origem diferente da normalmente encontrada, que pode ser hidrolisada, para reduzir o estímulo à reação alérgica. Muitas vezes tem ácidos graxos essenciais do grupo dos ômega 3, indicados na embalagem como EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico), com finalidade anti-inflamatória na pele.
Ração para cães diabéticos: Geralmente tem fontes de carboidratos de assimilação lenta, ou seja, que não causam pico de glicemia após as refeições por serem assimilados mais lentamente pelo organismo.