Saiba como está a criação do cão mais popular do Brasil em tempos das chamadas “fábricas de filhotes.

Foto: Flavio Brito/Cães: Baikal Impetuosity of Snow Touch, Pomerânia
top pela CBKC em 2018 e filhote/Criador: Snow Touch Kennel

Também chamado de Lulu da Pomerânia, o Spitz Alemão Anão passa por uma grande popularização no País. Desde 2019 é o mais registrado pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CKBC). Em 2021, foram 27.734 pedigrees emitidos para exemplares de Pomerânia, 12.104 a mais que o 2º colocado, o Buldogue Francês. Tais cifras superaram inclusive as de 2020 (21.937) e 2019 (18.339). Realmente, seus olhinhos alertas e pequenas orelhas eretas e pontudas, são um convite ao sucesso, assim como sua pelagem farta e exuberante e juba ao redor do pescoço. Mas seria essa a aparência que encontramos entre os meros vendedores de cães? Quais os resultados dessas reproduções em massa? “É evidente que os efeitos são nocivos à qualidade genética: é inquestionável que tamanha popularização gerou diversos exemplares que não atingem os requisitos mínimos de um Spitz Alemão Anão típico”, diz Nilson Neves de Oliveira Jr., do canil Saint Michel, de Porto Alegre. “O ponto negativo da super popularização é que ela atrai muitos criadores que só visam o comércio, aumentando assim a produção de exemplares fora do padrão”, concorda Jane Engel, do Snow Touch Kennel, de São Paulo. “A popularização é sempre muito negativa para qualquer raça, pois implica, por parte de criadores comerciais, em falta de tipicidade, não só na estrutura, como também no temperamento”, afirma Ana Beatriz Knoll, árbitra da CBKC, que rotineiramente julga o Spitz Alemão Anão nas exposições. Diante de tamanha quantidade de ninhadas geradas nos últimos anos, se tornou bastante comum até se deparar com filhotes de Spitz Alemão Anão sendo comercializados nas redes sociais. “É extremamente fácil perceber que eles foram gerados por pessoas sem preparo, com nenhum conhecimento técnico sobre criação, que não observam o padrão da raça e tampouco possuem apoio veterinário – simplesmente adquirem e reproduzem exemplares sem que estes tenham as mínimas características para uma reprodução responsável”, diz Susan Gersberger Sipert, que cria Spitz Alemão Anão junto do marido Nilson.

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Agradecemos a colaboração de Jane Engel, Snow Touch Kennel – https://snowtouch.com.br, Instagram: snowtouchkennel; Nilson Neves de Oliveira Jr. e Susan Gersberger Sipert, canil Saint Michel – (51) 99982-7344, (51) 99863-7833, Facebook: Canil Saint Michel, Instagram: Canil Saint Michel, Canil [email protected]

Por Fabio Bense



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