Como manter os olhos sempre saudáveis?

Saiba identificar os males oftalmológicos que podem afetar cães e gatos e quais providências tomar conforme o caso

Foto de Christels por Pixabay

Monitorar a saúde ocular de cães e gatos é um cuidado importante a ser tomado em todas as idades. Inflamações da conjuntiva, córnea ou de ambas, conhecidas respectivamente como conjuntivites, ceratites e ceratoconjuntivite secas, podem se manifestar já nos primeiros meses de vida. “Filhotes também não estão livres de apresentarem catarata”, exemplifica a responsável técnica da Drogavet Andressa Felisbino, de Curitiba.
De maneira geral, é fácil perceber quando algo não vai bem no sistema ocular do pet. Alguns sintomas são bem evidentes. É o caso das secreções em excesso nos olhos e de comportamentos que permitem perceber que o animal está incomodado, como ficar passando a pata no olho ou raspando a cara no chão. Outras sinalizações são mais sutis, mas perceptíveis quando buscamos por elas. É o caso de alteração na cor dos olhos ou das pálpebras mal posicionadas.

Evite Irritações

Além de estarem sujeitos a doenças, os olhos dos animais podem sofrer irritações resultantes de manejo. Por exemplo, não se deve permitirque o pet fique tomando vento com a cabeça colocada fora da janela do carro. “Isso resseca os olhos e oferece risco de partículas entrarem neles e até perfurá-los”, ressalta Andressa, adicionando que a prática é uma infração ao Código de Trânsito Brasileiro.
Cães e gatos têm olhos tão sensíveis quanto os nossos, que podem arder na hora do banho dependendo do sabão e xampu usados. “Para evitar o problema, basta usar produtos neutros, desenvolvidos especialmente para cães ou gatos”, lembra Andressa. “E quando há pelos longos próximos aos olhos, apará-los evita que causem irritação’’, acrescenta.

Doenças Comuns

Conjuntivite: Geralmente associada à presença de vírus, pode ser transmitida entre cães e gatos, mas não passa para humanos. Mais frequente em gatos, essa inflamação causa sintomas como vermelhidão nos olhos, lacrimejamento e remelas verdes ou amareladas. “É possível curar conjuntivites em uma semana com colírio anti-inflamatório”, informa Andressa. “Para aliviar o incômodo, é válido também higienizar os olhos com gaze esterilizada embebida em soro fisiológico ou em infusão de camomila.” Essa higienização é recomendada por Andressa mesmo quando o animal está bem, situação em que sugere realizá-la uma vez por semana.

Ceratite: Inflamação da córnea, comum em cães e gatos de todas as idades, raças e sexos. A ceratite superficial costuma cicatrizar rapidamente, já a profunda demora mais e pode deixar sequelas como opacidades cicatriciais. O tratamento é feito com colírio à base de antibiótico.

Uveíte: É a inflamação da úvea – órgão responsável pelo fornecimento de sangue para a córnea – resultante de trauma ou de infecção bacteriana. Mais frequente em gatos, tem como principais sintomas vermelhidão, forma irregular do globo ocular e forte dor no olho, com consequente alteração comportamental. O mal provoca também nebulosidade na visão. Sua evolução pode levar ao glaucoma. Se a córnea estiver ilesa, o tratamento é feito com analgésico e colírio à base de corticoide. Mas esse colírio não deverá ser usado se a córnea apresentar lesão, pelo risco de danificá-la ainda mais.

Olho seco: A síndrome do olho seco ou ceratoconjuntivite seca é mais comum em cães. Consiste em produção insuficiente de lágrimas e perda de lubrificação pelos olhos, o que leva à inflamação da córnea. “O tratamento é feito com colírio à base de ciclosporina e colírio de lágrima artificial”, explica Andressa.

Entrópio ou ectrópio: Trata-se do reviramento da pálpebra. Quando acontece em direção à parte interna do olho, chama-se entrópio. Nesse caso, o contato dos  cílios com os olhos tende a produzir irritação constante. As raças mais atingidas são as de cara achatada (braquicéfalas). Quando a pálpebra revira para a parte externa, recebe o nome de ectóprio. Pode causar drenagem de lágrimas, conjuntivites frequentes, ressecamento do olho e fazer piscar exageradamente. As raças mais predispostas são as que tendem a sofrer de arriamento da pálpebra inferior. Em ambos os casos, o tratamento é cirúrgico.

Catarata: Mais frequente em cães, esta é uma das principais causas de cegueira entre os animais de estimação. “Na maioria dos casos, é provocada por herança genética e costuma aparecer a partir dos 6 anos de idade”, explica Andressa. Um sintoma é o centro do olho ficar azulado, com aspecto esbranquiçado ao redor. Outro é o animal esbarrar em objetos ao se locomover. Sem tratamento cirúrgico, há risco de perda parcial ou total da visão.

Glaucoma: Consiste na deterioração da retina por pressão intraocular elevada. Os sintomas mais comuns são vermelhidão na parte branca dos olhos, piscar frequentemente, lacrimejar e dar sinais de dor. O animal esfrega a cabeça, passa a pata nos olhos, perde o apetite, vomita e anda com a cabeça baixa. A prevenção é feita com checape periódico (o teste é simples). Trata-se com colírio para diminuir a pressão e a dor ou com procedimento cirúrgico, conforme o caso. A evolução da doença pode ser lenta ou súbita. “Se a pressão ficar alta demais, em menos de 24 horas pode provocar danos irreversíveis, inclusive cegueira”, alerta Andressa.

iStock./©cynoclub e David_will respectivamente

Procedimentos

Uma recomendação é submeter o animal a checape periódico que inclua a saúde ocular. Outra é ficar atento para detectar os primeiros sintomas de males oculares e buscar imediata orientação de médico-veterinário oftalmologista.
Normalmente, o dono do animal desempenha papel importante no tratamento pela atribuição de ministrar os medicamentos prescritos. A rotina costuma ser estressante, já que é normal o animal ficar agitado durante a aplicação. Para diminuir o estresse, é preciso agir com paciência. “Elevar a cabeça do animal com cuidado e aplicar com calma facilita o processo”, orienta Andressa. A medicação pode ser formulada como pomada ou colírio, de acordo com o que for mais prático para cada animal.

Agradecemos a Andressa Cris Felisbino, médica-veterinária graduada pela Universidade Tuiuti do Paraná, com experiência em clínica cirúrgica voltada para pequenos animais na Clínica NovaPet e responsável técnica da Drogavet Manipulação Veterinária, em Curitiba.

Reportagem: Samia Malas • Revisão de estilo: Marcos Pennacchi

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