
Procedimento é comum e traz muitos benefícios ao pet
A castração é uma cirurgia muito comum em cães e gatos, rápida e que pode trazer benefícios ao animal. Além de evitar gravidez indesejada, ela pode prevenir doenças como câncer de próstata e câncer de mama. A recuperação após a castração costuma ser bastante tranquila, mas, por ser uma intervenção cirúrgica, ela requer alguns cuidados no pós-operatório. A cirurgiã-veterinária do Hospital Veterinário Taquaral, Eliane Benati, de Campinas, SP, tira algumas dúvidas mais comuns sobre o que esperar do pet neste período.
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Quando a anestesia geral da cirurgia passar, como o pet vai reagir?
De acordo com Eliane, o comportamento pode variar. O animal pode sair da anestesia tranquilo ou agitado, dependendo do seu temperamento, do tipo de cirurgia e do protocolo anestésico que foi utilizado. “O mais importante é assegurar que quem irá elaborar, realizar e acompanhar este protocolo seja um médico-veterinário anestesista especializado. Este profissional irá zelar pela segurança e pelo conforto e garantir que o paciente tenha a melhor recuperação possível, seja qual for a técnica utilizada.”
2. Ele deve usar roupinha ou colar elizabetano?
Ambos vão ajudar a proteger a região do corpo dele onde houve a incisão, evitando lambeduras, mordeduras e tentativas de coçar o local e impedindo a abertura dos pontos. Outra opção que serve ao mesmo propósito é o curativo cirúrgico. Para escolher a melhor opção para o seu pet, deve-se consultar o médico-veterinário.
3. É comum o pet voltar para casa, após a cirurgia, dormindo?
A veterinária não recomenda a liberação do paciente para o tutor levar para casa antes que ele acorde do procedimento. “Ele só deve ser liberado do acompanhamento veterinário quando estiver acordado e andando bem. É prudente mantê-lo em ambiente controlado, longe de escadas, degraus, varanda, piscina ou locais onde possam ocorrer quedas e acidentes.” Uma dica da especialista é deixar o pet em um local acolchoado, como uma caminha.
4. A movimentação dele ficará comprometida?
A princípio, é esperado que o animal fique menos ativo e se movimente menos logo após a cirurgia, pois ele pode sentir algum desconforto no local da incisão. “Mas este desconforto deve ser leve e não excessivo. O paciente ficar prostrado e não responder quando chamado não é normal”, alerta Eliane. Caso o pet ainda esteja sob efeito da anestesia, é possível que ele caia, tropece e tenha dificuldade de andar, o que pode provocar acidentes. “Portanto, é importante levá-lo para casa somente quando estiver andando bem e com uma boa localização espacial.”
5. Ele vai comer normalmente?
Também é comum que o pet perca o apetite nas 12 horas seguintes à cirurgia, mas após esse tempo, se ele ainda não quiser comer, o veterinário responsável deve ser contatado. “Precisamos dar atenção especial à falta de apetite dos pacientes muito pequenos, menores de 4 kg ou para aqueles que têm alguma comorbidade, como diabetes”, declara Eliane, que reforça a importância, nestes casos, de seguir corretamente todas as orientações do profissional responsável. A veterinária não recomenda que o tutor não force o animal a se alimentar.
6. Vômitos são normais?
O procedimento anestésico pode deixar o paciente com um pouco de náusea e até mesmo salivação excessiva, mas a veterinária garante que esses sintomas não devem perdurar por mais de 12 horas após a cirurgia. Pode acontecer do pet vomitar neste período, mas Eliane alerta que, se houver mais de um episódio de vômito ou caso a náusea e a salivação persistirem após 12 horas, o médico-veterinário deve ser consultado.
7. É comum que ele sinta coceira no local da cirurgia?
Sim, ele pode querer coçar porque a região está cicatrizando, mas também por causa da raspagem dos pelos para o procedimento cirúrgico. A área também pode apresentar vermelhidão leve, mas é uma reação normal.
8. Ele precisa ser mantido aquecido?
Durante o procedimento da cirurgia, sim. É imprescindível que os responsáveis pelo procedimento façam a manutenção da temperatura do paciente. “Mas, já em casa, é interessante que os tutores tomem cuidado em dias muito frios. Não devemos deixar os animais recém-operados ao relento, em locais com presença de vento ou expostos às intempéries”, relata a cirurgiã-veterinária, que sugere que animais pequenos sejam mantidos com cobertores, mantas, roupas e em ambientes com temperatura controlada.
9. É normal o pet sentir dores e ter sangramento no local da incisão cirúrgica?
Ele pode sentir um pouco de dor, e é possível ocorrer um pouco de sangramento, mas nenhum dos dois deve acontecer de forma excessiva. Se este for o caso, é preciso procurar o médico-veterinário responsável pela cirurgia.
10. Que acidentes pós-castração são comuns e, por isso, devem ser evitados?
É preciso ter atenção aos pets, especialmente nas primeiras 48 horas após a cirurgia, pois pode ocorrer a abertura dos pontos no local da incisão, seja por atividade física excessiva, por lambedura ou mordedura da sutura ou mesmo por rejeição dos pontos. “Para evitar tais situações, é importante que o paciente fique em repouso até a retirada dos pontos, evitando corridas, muita agitação, pulos e atividades extenuantes”, exemplifica Eliane.
11. Quanto tempo ele leva para se recuperar?
De acordo com Eliane, o pet deve estar praticamente igual a como era antes da cirurgia após 48 horas, exceto nos casos em que são necessários procedimentos cirúrgicos muito extensos ou complexos. A cirurgiã-veterinária alerta que, diante de qualquer sintoma não citado ou que se apresente com muita intensidade, o médico-veterinário responsável deve ser comunicado.
Agradecimento:
Eliane Benati – Cirurgiã-veterinária do Hospital Veterinário Taquaral, de Campinas, SP.
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Por Samia Malas
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