9 fatos interessantes sobre nossos melhores amigos

Saiba o que a Ciência tem revelado sobre os cães e sua interação com humanos

Foto: YakobchukOlena/iStockphoto.com

Muito se investiga sobre as facetas da convivência entre cães e seres humanos. Esse animal, que nos acompanha há milhares de anos, se tornou um companheiro fiel e, para muitos, um indispensável membro familiar. Com tanta importância, a Ciência não poderia de deixar de estudar os cães.
Confira, a seguir, algumas descobertas curiosas sobre nossos melhores amigos.

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1 – CONVÍVIO COM CÃES TORNA NOSSO ENVELHECIMENTO MAIS SAUDÁVEL

Que a companhia dos cachorros nos proporciona muita alegria e uma enorme sensação de bem-estar, ninguém duvida. Mas o que nem todo mundo sabe é que o convívio diário com os nossos amigos peludos pode ser fator determinante para os tutores terem um envelhecimento saudável. E tem mais: idosos que são donos de cães têm cerca de metade das chances de apresentar alguma debilidade relacionada à velhice do que aqueles que nunca tiveram um cão de estimação. A conclusão é de uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Estudos Ambientais de Tsukuba, no Japão, que analisou mais de 11 mil japoneses de 65 a 84 anos, sendo todos tutores de cães ou gatos. E o curioso é que a relação entre a posse de cães e uma menor chance de debilidade na velhice se manteve mesmo depois de os pesquisadores considerarem fatores sociodemográficos e de saúde que poderiam influenciar o risco de incapacidade. As hipóteses levantadas sugerem que a necessidade de cuidados diários como cão, sua companhia e a prática de exercícios físicos para acompanhá-lo estariam diretamente relacionadas a esse envelhecimento com mais saúde – o que, por outro lado, não foi observado entre os donos de gatos.

2 – FAZER CARINHO CÃO FAZ SUA PRESSÃO BAIXAR – E A DELE TAMBÉM!

Uma pesquisa conduzida por médicos das universidades da Carolina do Sul e de San Diego, ambas nos Estados Unidos, buscou esclarecer a influência da cognição, do condicionamento e do contato físico sobre a queda da pressão arterial decorrente da troca de carinho com os cães, por meio de interações táteis, verbais e visuais. Os resultados mostraram que a pressão era mais baixa nos humanos enquanto eles acariciavam os pets, mais alta quando falavam com eles e ainda mais alta enquanto os participantes falavam com os condutores do estudo. O toque pareceu ser o principal componente desse efeito positivo, enquanto os fatores cognitivos contribuíram em menor grau. E, de acordo com o American Kennel Club, a pressão sanguínea do cachorro também cai no momento dessa interação. A liberação de ocitocina, conhecida como o hormônio do amor, também ajudaria a explicar a sensação de bem-estar que é percebida tanto pelo tutor quanto pelo seu companheiro de quatro patas.

3 – FILHOTES SÃO PROGRAMADOS PARA SE COMUNICAREM COM HUMANOS

Um estudo da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, apontou que as habilidades sociais que garantiram ao cão o título de melhor amigo do Homem estariam presentes logo após o nascimento – não seriam aprendidas, como sempre se acreditou. Para chegarem a essa conclusão, os estudiosos analisaram como 375 cães de serviço com 8 semanas de idade, que haviam tido pouca interação com humanos, se comportaram em determinadas tarefas. Como os pesquisadores conheciam as relações de parentesco entre os filhotes, foi possível verificar que a genética explicou mais de 40% das variações em certas habilidades, como seguir gestos e manter contato visual com pessoas. Quer dizer, assim como acontece com os bebês humanos, os cachorrinhos já nascem biologicamente preparados para interagir socialmente.

4 – O FOCINHO DOS CÃES TEM 60 VEZES MAIS RECEPTORES QUE O NARIZ HUMANO

Não é à toa que os cachorros são capazes de, através do olfato, farejar perigos, encontrar comida, descobrir drogas, cadáveres e explosivos, detectar doenças e perceber calor e radiação térmica – o que explica, por exemplo, por que cães cegos e surdos conseguem caçar. A área do cérebro dos cães responsável pela percepção dos cheiros é 40 vezes maior do que a nossa e, enquanto nosso nariz tem cerca de 5 milhões de receptores, o focinho deles pode ter até 300 milhões dessas estruturas!

5 – CÃES TÊM CERCA DE SEIS VEZES MENOS PAPILAS GUSTATIVAS QUE OS HUMANOS

Ao contrário do que acontece com o olfato, o paladar canino é bem menos desenvolvido que o nosso. É por isso que eles são, digamos, menos exigentes quando o assunto é alimentação e devoram restos de comida estragada com a mesma empolgação que degustam um saboroso bife, o que, para nós, é inconcebível – afinal, são apenas 1700 papilas gustativas contra as nossas mais de 9 mil, o que nos torna bem mais sensíveis. E, claro, esse paladar menos discriminatório também está fortemente relacionado aos instintos evolucionários dos cães, herança do tempo em que eles vasculhavam a natureza em busca de alimento para sobreviver.

6 – HIPERATIVIDADE, IMPULSIVIDADE E DESATENÇÃO SÃO NATURAIS NOS CÃES

Um estudo envolvendo 11 mil cães mostrou que a espécie tem comportamentos semelhantes aos que caracterizam o nosso velho conhecido Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Realizada pela Universidade de Helsinki, na Finlândia, a pesquisa buscou identificar fatores ambientais subjacentes a esse comportamento canino e as possíveis ligações com outros traços comportamentais. Foi constatado que a idade e o sexo do cão, bem como a experiência do tutor, fazem diferença: hiperatividade, impulsividade e desatenção são mais comuns entre os machos mais jovens e entre os pets que ficam mais tempo sozinhos em casa. De acordo com os estudiosos, as características associadas ao TDAH dos humanos também estariam ligadas a determinadas raças, como as que foram originalmente criadas para trabalho. No Pastor Alemão e no Border Collie, por exemplo, são comuns os traços de hiperatividade e impulsividade, mas, por outro lado, eles têm boa concentração –não são nada desatentos. Também foram detectadas ligações entre essas características e alguns comportamentos obsessivos-compulsivos, como perseguir o próprio rabo e lamber continuamente as superfícies ou a si mesmo.

7 – CHEIRAR O RABO DE OUTROS CÃES AJUDA SEU PET A APRENDER SOBRE ELES

Você já reparou que, quando dois cachorros se encontram, geralmente eles tentam cheirar as extremidades traseiras um do outro? Isso acontece porque as glândulas odoríferas dos cães estão localizadas em suas costas e são elas que produzem os feromônios, substâncias que contêm informações sobretudo, desde o sexo do cão até sua saúde e dieta. Seu olfato apuradíssimo e o fato de que cada cão tem um cheiro único garantem que eles aprendam inúmeras informações sobre seus amigos (ou potenciais inimigos) em apenas uma fungada.

8 – NEM SEMPRE UM ANO DO CÃO EQUIVALE A SETE ANOS HUMANOS

Essa crença, amplamente difundida, deriva do fato de que cães “médios” tendiam a viver cerca de um sétimo do tempo de seus tutores. Mas o conceito de “médio” para um Chihuahua e um Dogue Alemão, por exemplo, certamente não é o mesmo – cachorros de grande porte envelhecem de forma muito mais acelerada que os pequenos. Assim, estar atento aos diferentes estágios da vida do seu pet e dos cães da mesma raça lhe mostrará um quadro muito mais assertivo em relação à questão da idade. Basta pensar que existem cães que chegam a 20 anos, por exemplo – e não é nada viável imaginar uma pessoa de 140 anos.

9 – BOCEJO PODE SER SINAL DE ESTRESSE E É CONTAGIOSO – MESMO PARA OS CÃES

Assim como acontece com o ronronar dos gatos, o bocejo de um cão pode ter diferentes significados. Um filhote que boceja repetidamente, por exemplo, pode estar ansioso ou estressado, tentando se acalmar. E o mais interessante é que o som de um bocejo humano pode ser gatilho para o de um cão, sendo quatro vezes mais provável de acontecer quando se trata do bocejo de uma pessoa que ele conhece.

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Por Lila de Oliveira



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