Clone do cão GQ, do canil The Bully Campline US, foi adquirido pelo criador brasileiro Lauro Mello, do The Bully Campline Brazil

A clonagem de animais é uma prática que ainda fomenta debate no meio científico e ético, mas que vem sendo feita e ganhado força em alguns lugares do globo, como na Coreia do Sul e na China, país que realizou dois clones do cão GQ, um American Bully do canil The Bully Campline US (@thebullycampline), comandado pelo criador Jorge Soto, de Los Angeles, nos Estados Unidos, considerado uma referência mundial na raça. No Brasil, quem adquiriu um dos clones de GQ pela singela soma de 25 mil dólares foi Lauro Mello, do The Bully Campline Brazil (@thebullycampline_brazil_), que cria a raça desde 2012 e é representante do canil de Soto no país. “É uma honra termos em nosso plantel um cão deste nível, vindo direto da casa do Jorge Soto, trazendo de volta a mais pura linhagem Miagiblood, retomando o look que só o Miagi tinha”, comenta Lauro, ao se referir a outro cão muito famoso na criação da raça, o Mr. Miagi, que era avô do GQ original. “O GQ era um cão muito bom, e os clones ficaram fisicamente iguais a ele. O que muda é o temperamento, a personalidade do cão. Os clones têm 1 ano agora, mas ficaram na China até os 5 meses de idade”, acrescenta Lauro, que apresentou o clone brazuca de GQ à comunidade cinófila no evento do International Bully Coalition (IBC), realizado em setembro de 2024. “Quem viu o GQ no evento gostou muito dele, incluindo a Beatriz Taques, que é presidente do IBC. Mas ficamos pouco por lá, pois fazia muito calor naquele dia”, comenta o criador.

Os clones são feitos a partir de uma única célula do animal original. No caso de GQ, uma parte da orelha dele foi enviada à China para que suas células fossem colhidas e cultivadas em laboratório. Em seguida, o DNA do animal é transferido para um óvulo sem núcleo. Através de processos artificiais, o óvulo é estimulado e se torna um embrião, que é implantado em uma “mãe de aluguel” para gestar o clone, que nasce fisicamente idêntico ao pet original, mas com outro temperamento. A taxa de sucesso na clonagem é baixa, chega a 20%, sendo preciso, muitas vezes, várias tentativas até obter o clone. Na ninhada, podem nascer um ou mais animais, como foi o caso de GQ, que nasceram dois.
No Brasil, a clonagem ainda não é permitida, mas, segundo reportagem publicada na revista Veja, em 2022 a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5010/13, que regulamenta a pesquisa, produção e venda de animais domésticos clonados. Por enquanto, apenas bichos de interesse zootécnico podem ser copiados, mas já se discute a autorização para pets.
Embora o clone de GQ tenha sido feito na China, os Estados Unidos permitem a prática no Texas, onde a empresa ViaGen Pets and Equine é a única a oferecer esse tipo de serviço, que pode custar cerca de 250 mil reais para clonar um cão e 150 mil para clonar um gato. Embora seja um serviço bastante caro, a empresa diz ter fila de espera para realizar clones em pets. A socialite Paris Hilton é uma das clientes da empresa, já tendo clonado seu amado Chihuahua Diamond Baby, assim como Barbra Streisand, que fez dois clones da sua cadela Samantha.
Por Samia Malas
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