Artistas compartilham um pedacinho de seu trabalho e amor pelas artes e os animais de estimação
Animais são uma fonte de inspiração para todo artista. Muitos pintores e escultores renomados se inspiraram nos peludos para criar obras. E não é por menos. Eles são realmente inspiradores! A seguir, conheça dois trabalhos diferentes, mas que têm algo em comum: o grande destaque são os nossos cães e gatos!
ALMA DOS ANIMAIS RETRATADA COM AMOR
A artista Cláudia Barata, do Rio de Janeiro, sempre desenhou e pintou. Porém, a partir de 2001 passou a levar seu hobby a sério, e começou a pintar paisagens em tinta acrílica. “Em 2011, resolvi colocar na pintura a paixão da minha vida, que são os animais, principalmente cães e gatos. E nesse ano também descobri o pastel seco – um giz colorido que dá muitas possibilidades à pintura. Me adaptei imediatamente ao giz e ao lápis carvão”, compartilha a artista, que já teve muitos cães e gatos em sua vida. Inclusive, mudou-se para o interior do RJ, em Magé, para poder ter mais animais. “Cheguei a ter 31 Huskies, mas no momento tenho apenas dois vira-latas adotados. Também já adotei duas Dogues cegas e surdas, e outras duas sem nenhuma deficiência, mas todas infelizmente já são falecidas”, conta. Já a paixão pelos gatos surgiu na adolescência, através de resgates, mas hoje Cláudia não tem nenhum como pet, pois os cães não aceitam.
Desde 2018, Cláudia faz encomendas de pinturas de pets, o que a deixa muito feliz e realizada. “Hoje tenho 54 anos, acompanho via internet muitos artistas que me inspiram aqui no meu cantinho com muito verde. Tenho página no Facebook/Cláudia Barata Arte em Pastel e no Instagram: @ claudiabarata_arteempastel”, compartilha. Apesar de autodidata, em 2017, Cláudia aprimorou suas técnicas com aulas de desenho e, a partir daí, segue em busca de pintar não só o retrato dos animais, mas também, suas almas.
MUROS QUE FALAM
Tarik Klein, de 39 anos, é um artista nato. Filho de argentinos, nascido lá, mas 100% brasileiro de alma, Tarik foi criado na capital paulista desde os 3 anos de idade e desenha desde pequeno. Como seu pai era arquiteto, cresceu admirando pôsteres do gravurista holandês Maurits Cornelis Escher. “Eu brincava de desenhar”, destaca o artista, que chegou a fazer um ano de Artes Visuais em 2007 e um ano de Letras, ambos os cursos na USP, mas sua escola mesmo foi a vida e a prática. “Comecei a fazer alguns trabalhos em 2010, mas foi em 2015 que comecei a pintar mais grafites na rua”, revela.
Tarik é um artista versátil, que trabalha com diversos materiais e temas. “Além das tintas acrílicas, gosto de escultura, pintura, gravura etc. Todas são linguagens interessantes que permitem criar outras opções de estilos”, diz Tarik, que ficou conhecido entre os pet lovers por suas representações de quadros famosos e personalidades usando totós. “Comecei a pintar animais numa balada em Pinheiros em que o dono era meu amigo, a Zé Presidente. Zé era o cão dele. Trabalhava de barman e também tocava em uma banda de blues lá. Eu fazia os flyers da minha banda e algumas vezes, na arte, desenhava a versão canina dos integrantes. Pintei uma parede de uma balada também com cães em vez de pessoas. Fiz o mesmo trabalho em um outro restaurante desse meu amigo, mas usando a cadela dele como inspiração, a Madalena. Fiz várias releituras de pinturas famosas com ela, como o Charles Chaplin e uma parede em afresco, tudo preto e branco, que representava a Santa Ceia canina”, compartilha. Em 2013, Tarik também participou da Exposição da Matilha Cultural, em que pintou 13 telas especialmente para o evento. “Foi quando nasceu a série de quadros com esse tema. A partir disso, comecei a desenvolver várias personalidades caninas e passei a receber encomendas de pessoas que queriam representar seus cães também”, conta Tarik, que também participou de uma das edições do famoso – e cobiçado – calendário da ONG Celebridade-Vira Lata.
Hoje, o artista segue com suas encomendas e criações inspiradas em animais e artistas famosos, porém, tem trabalhado em uma série de onírias, que são cidades imaginárias inspiradas nas gravuras de Escher. “Onírias vêm dos sonhos, são mundos lúdicos, onde tudo é possível”, finaliza Tarik.
do grafite, trazendo a arte para muros da capital paulista.
Por Samia Malas
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