Burmês: o tesouro trazido do oriente

Dono de uma beleza imponente, o Burmês teve uma longa trajetória antes de se tornar querido entre criadores e gateiros no mundo todo.

Ele já foi descrito em lendas milenares como ser reencarnado em monge budista, vigilante de templos sagrados e, até mesmo, como animal de estimação do último rei da Birmâmia, atual Myanmar, antes de ser exilado pelos ingleses em 1885.

Os ocidentais, que não foram bobos, trataram de descobrir todos os mistérios que rodeiam a raça e não economizaram nos elogios na hora de descrevê-la.

No livro The Burmese Cat (O gato Burmês, em tradução livre), de 1978, a Dra. Rosemonde Peltz escreveu: “Talvez o aspecto mais notável da raça seja que, na sua maioria, todos os exemplares são muito bons.”

Os encantos desse felino são vistos em seu corpo musculoso e de porte médio. Ele ainda chama a atenção não só por seu pelo sedoso, mas por ter olhos expressivos que hipnotizam todos aqueles que param para tentar decifrá-lo. Também é dono de uma personalidade muito amável e é devoto de sua família.

Sua trajetória

Originário do oriente, mais precisamente da região de Burma (Myanmar) e do antigo Sião, atual Tailândia, o primeiro exemplar da raça foi uma fêmea marrom chamada Wong Mau. Trazida por um marinheiro em 1930 para o Dr. Joseph G. Thompson, de São Francisco, Estados Unidos, ela foi descrita como “um gato pequeno, musculoso, de corpo mais compacto que o do Siamês, peito amplo e redondo, cauda mais curta, cabeça arredondada com focinho curto e maior distância entre os olhos arredondados”. Isso quer dizer, em suma, que a aparência geral de um Burmês é a de um gato redondo, cheio de curvas.

Em 1932, com a finalidade de estabelecer uma nova raça, Dr. Joseph cruzou Wong Mau com Tai Mau, um Siamês seal point (com áreas mais escuras nas extremidades como patas e orelhas), para reproduzir filhotes com traços distintos. Como resultado, nasceram filhotes de duas cores: um com as tonalidades características do Siamês, e um marrom bem forte, igual à cor da mãe. Os exemplares de coloração marrom foram considerados como os primeiros da nova raça, o gato Burmês.

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