Eles possuem dorso naturalmente arqueado, patas longas, cauda e ossatura fina, cabeça e focinho alongados e corpo atlético com músculos bem desenvolvidos. Adoram correr e brincar.
Não, não estou me referindo aos lebréis e galgos, cães que pertencem ao grupo 10 da cinofilia, mas sim ao Cornish Rex, raça felina que surgiu por mutação genética natural na década de 1950 em Cornwall, na Inglaterra e chegou ao Brasil por volta dos anos 1990.
Além do aspecto “magrelo” e do alto nível de atividade que se mantém até a idade adulta, o Cornish também se destaca pela pelagem ondulada.
“No começo, confesso que estranhei um pouco a aparência do Cornish, mas seu porte esguio e temperamento carinhoso e de fácil adaptação a diferentes situações me conquistaram e já adquiri meu primeiro e-xemplar com a intenção de criar”, relembra Alexandre Gonçalves, do gatil SegataRex, de Juiz de Fora, MG, criador da raça desde 2003.
Ele já gostava de gatos com tipo oriental e pensava em criar Siameses, mas mudou de ideia quando conheceu o Cornish em uma publicação antiga da revista Cães & Cia. “Sua aparência exótica, com corpo esguio como o dos galgos, que são cães dos quais eu já gostava, foi decisiva.
Além do mais, o lado falador do Siamês me assustava um pouco”, revela. Hoje, como frequenta exposições de beleza felina, Alexandre percebe que as pessoas conhecem um pouco mais a raça. “Mas o Brasil não se compara a países como Estados Unidos e Rússia, onde Cornishes já têm seu lugar ao sol”, completa.
A docilidade da raça e a aparência exótica levaram Adriana Peres, do gatil Vales do Zagro, de São Paulo, a se dedicar à criação desde 2008. Ela, que já criava Persas e Exóticos, se apaixonou pelos Cornishes ao vê-los em uma exposição do Clube Brasileiro do Gato (CBG) em 2007. “A convivência com eles mostrou que são muito mais dóceis e inteligentes do que imaginava, além de serem muito divertidos”, conta.