International Bully Coalition: origens e atuação no Brasil

Conheça como essa entidade surgiu, sua importância e como ela ajuda a fomentar as raças Bulls no país

Foto: Arquivo Pessoal/Criadores em uma das inúmeras confraternizações organizadas pela IBC

Natural de Teresópolis-RJ, Beatriz Taques Martins está na cinofilia há mais de 25 anos, pois seu interesse por cães começou cedo, com apenas 10 anos de idade. “Na época, queria ter um cão igual à Lassie, e, como tínhamos um Collie macho, estava sempre procurando uma fêmea para cruzar com meu macho e pegar filhotes de volta (risos). Antes dos 15 anos já tinha vários Collies da minha criação Grande Campeões e vencendo exposições locais”, relembra a cinófila, que também é formada em Medicina Veterinária e hoje, além de ser presidente da International Bully Coalition (IBC), se dedica à criação das raças Bulldog Americano e Olde English Bulldogge (OEB). “Aos 15 anos, quando comecei a treinar jiu-jitsu, veio a paixão por cães de porte avantajado, que me fez iniciar a criação de American Pit Bull Terrier. Somente aos 18 anos adquiri minha primeira Bulldog Americano, a Miss, trazida da Europa por um grande amigo chamado Tay. Era uma cadela maravilhosa, com títulos na França, Alemanha, Luxemburgo, Bélgica e Holanda e um baita pedigree. Depois que conheci a raça, não consegui mais parar de criar”, aponta Beatriz que cria Bulldog Americano há 19 anos. “Me apaixonei por eles, pois são cães muito fortes e com cara de mau, mas, em contraste com todo esse aspecto malvadão, são extremamente dóceis e confiáveis. Cães que servem para companhia e guarda, que não dão trabalho com pelo, se adaptam a crianças, jovens e adultos”, acrescenta. Já o OEB entrou na vida da criadora pela busca por novidades e desafios. “Ele me fisgou no momento em que o conheci: além de ser extremamente semelhante ao Bulldog Americano, permite uma variedade imensa de cores! E, melhor que isso, eu poderia cruzá-lo com os meus cães. Por se tratar de um projeto de recriação de uma raça extinta, algumas misturas são permitidas, incluindo o Bulldog Americano”, explica. O primeiro Olde de Beatriz chegou em 2011, o Euro, um cão blue importado da Holanda. “Foi uma aquisição muito bem planejada e que, logo nas primeiras gerações, consegui alcançar resultados incríveis”, compartilha Beatriz.

Foto: Arquivo Pessoal/Pit Monster Argus, Melhor da Raça. Propr.: Alexander Gama
Foto: Arquivo pessoal/Beatriz Taques Martins e seu marido, Bruno Monteiro trouxeram a IBC ao Brasil

INÍCIO DA IBC

Beatriz comprou a IBC em 2014 com seu marido, Bruno Monteiro, e eles a trouxeram para o Brasil. “A IBC foi fundada em 2007 por José Lopes na Califórnia e seu nome original era International Bully Circuit. Na época, ela era voltada para a realização de exposições especializadas em raças Bulls e fazia circuitos de eventos pelos Estados Unidos. Inclusive, em 2012, julgamos eventos desse circuito, antes de a empresa ser adquirida por nós”, aponta Beatriz, que promove eventos de competição e encontros de confraternização entre criadores através da IBC no Brasil. “Em nossos eventos, reúnem-se criadores, proprietários, empresários do ramo, fornecedores e apreciadores de cães. Além de receber visitação qualificada de profissionais de todo o Brasil e do mundo para troca de experiências”, aponta a empresária. Ainda segundo ela, antes da pandemia, a IBC realizava de 10 a 15 eventos ao ano pelo país. “Durante a pandemia, os eventos foram suspensos e agora estamos retomando. A expectativa é de que, no ano de 2024, sejam realizados pelo menos 15 eventos em diversos estados no Brasil”, afirma Beatriz.

REGISTROS IBC

A entidade é referência no registro e promoção de eventos de cães Bulls no Brasil, como American Bully, Exotic Bully, Pit Monster, Bulldog Americano, Olde English Bulldogge, Buldogue Francês, Bulldog Inglês etc. “Porém, criadores de outras raças estão cada vez mais solicitando nossos registros”, diz Beatriz. Como a IBC é uma empresa, o criador precisa registrar seu canil nela e pagar anuidade para poder registrar seus filhotes. Segundo Beatriz, o pedigree IBC é um documento de luxo: “confeccionado com papel importado de alto padrão, estampas douradas e com tamanho maior do que os dos registros convencionais. Nosso pedigree conta com cinco gerações. Confiabilidade é o motivo pelo qual os criadores nos procuram, pois nossos serviços são rastreáveis, contamos com apoio de Veterinário Responsável Técnico que oferece suporte durante todo o período de confecção de documentos, somos cadastrados no CRMV e temos um time altamente capacitado que tem história na cinofilia. A IBC busca sempre se atualizar nos conceitos de criação de cães, e por isso somos pioneiros em vários tipos de registros”. A IBC possui parceria com kennels da Europa e dos Estados Unidos, como a EKC, EBKC e IBKC. “Temos também uma filial IBC nos Estados Unidos”, acrescenta. “Os pedigrees da IBC são amplamente reconhecidos, diversas instituições no Brasil e no exterior aceitam nossos documentos”, finaliza a criadora.

Contatos: International Bully Coalition – (21) 99792-4307, www.ibcdogs.com.br, Instagram: @ibc.dogs

Por Samia Malas



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