Quais os diferenciais das rações específicas para raças e doenças formuladas para cães?

Até pouco tempo atrás, os tutores consideravam apenas a idade do pet na hora de adquirir sua ração. Hoje, além de levar em conta se o cão é filhote, adulto ou idoso, há opções com ingredientes de diferentes qualidades e para raças e condições de saúde específicas.
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“Cada vez mais os tutores têm entendido que alimentar o pet com alimentos nutritivos e de boa qualidade potencializará sua saúde, aumentando a imunidade e prevenindo doenças”, afirma a médica-veterinária Waldelucia de Araújo, da FVO Alimentos. E atualmente é consenso entre os profissionais que os alimentos super premium são os mais indicados para os cães. “Eles têm ingredientes de alta qualidade, com melhor digestão e aproveitamento”, diz. Manuela Marujo, nutricionista da Ultra Alimentos, destaca que os alimentos super premium são mais palatáveis e têm maior densidade nutricional. Ela conta ainda que, com a linha Ultra Premium, a fabricante buscou ir além, com ingredientes altamente selecionados, funcionais e naturais, compondo uma dieta ainda mais saudável e palatável.
Outra característica dos alimentos super premium é que normalmente são livres de corantes sintéticos, segundo Lívea Maria Gomes, zootecnista da Adimax. Ela explica que eles podem conter ainda ingredientes funcionais com benefícios extras, como modulação da microbiota intestinal, proteção articular e muitos outros.
NECESSIDADES ESPECÍFICAS
“Enquanto o alimento super premium comum é destinado a cães saudáveis, a fim de nutrir, promover saúde, qualidade de vida e longevidade, os alimentos coadjuvantes são destinados exclusivamente à alimentação de cães com distúrbios fisiológicos ou metabólicos, já que, além de nutrir, podem evitar o agravamento ou a progressão de doenças, além de reduzir sintomas”, informa Lívea. Hoje é possível encontrar opções de coadjuvantes para cães com hipersensibilidade alimentar, obesidade, diabetes, osteoartrite, doença renal e hepática, distúrbios gastrointestinais e insuficiência cardíaca, entre outras doenças. “Esses alimentos não levam nenhum tipo de remédio e, por isso, não substituem o tratamento convencional”, pondera.
É importante destacar, no entanto, que a escolha do alimento coadjuvante para o tratamento de doenças deve sempre ser orientada pelo veterinário. “A nutrição desempenha papel crucial no tratamento de doenças, e o profissional recomendará um alimento formulado para atender às necessidades nutricionais específicas associadas a essa condição”, esclarece Letícia Tortola, médica-veterinária da Royal Canin Brasil, cuja Linha Veterinária inclui produtos secos e úmidos voltados para o apoio a tratamentos nas áreas de dermatologia, controle de peso, urinária, suporte vital e gastrointestinal.
As rações voltadas para cães com problemas gastrointestinais também estão no portfólio da PremieRpet. De acordo com a veterinária Marina Macruz, as desordens do trato gastrointestinal podem estar associadas à capacidade digestiva reduzida, diminuição da absorção de nutrientes e disbiose. Ela explica que, dessa forma, há opções com fontes de proteína de maior digestibilidade, maior quantidade de fibras, prebióticos, vitaminas hidrossolúveis e óleos essenciais com ação anti-inflamatória e antioxidante. Já os alimentos voltados a cães obesos permitem que o animal consuma menos calorias mantendo o consumo adequado de nutrientes. “Isso é possível devido às maiores concentrações de nutrientes para cada kcal e à menor inclusão de gordura, o que diminui a densidade energética e, consequentemente, concentra os nutrientes”, destaca Marina. Ela explica que os alimentos para obesidade têm mais fibras, para maior saciedade, e maior concentração de proteína, para manutenção da massa magra, entre outros benefícios.
As formulações que atuam no combate às alergias contam com proteínas pouco usuais, para diminuir a reação alérgica, além de ômega-3, para modular a inflamação, e ômega-6, para a manutenção da permeabilidade cutânea e a regulação da proliferação da epiderme. Para cães cardiopatas, as opções têm menos sódio e altas concentrações de proteínas e ácidos graxos poli-insaturados. Para pacientes com doença renal crônica, há alimentos com restrição de fósforo e proteínas, óleos essenciais com propriedades anti-inflamatórias e melhor controle do pH e maior presença de ômega-3, que diminui a progressão da doença renal. E, para os cãezinhos com diabetes mellitus, a ração conta com fontes de amido de digestão mais lenta, como ervilha e cevada, o que resulta em melhor controle glicêmico.

CADA RAÇA, UMA RAÇÃO
Além de fatores como idade e condições de saúde, alguns cães também têm necessidades alimentares especiais de acordo as características físicas e comportamentais da sua raça. “Se uma raça tem mandíbula curta e larga, como o Buldogue Inglês, ou focinho longo e estreito, como o Dachshund, isso pode afetar a forma como esse animal faz a preensão de um croquete, por exemplo. Mudando o tamanho, o formato e a textura do croquete, podemos facilitar essa preensão. Dessa forma, cada croquete é adaptado no tamanho, no formato, na textura e na densidade, a fim de facilitar a preensão, estimular a mastigação, aumentar a palatabilidade e promover atrito mecânico com os dentes”, exemplifica Priscila Rizelo, da Royal Canin Brasil, que dispõe de rações próprias para as raças Pomeranian, Yorkshire Terrier, Golden Retriever, Labrador, Poodle, Pug, Shih Tzu, Boxer, Bulldog Inglês, Bulldog Francês, Dachshund, Pastor Alemão, Maltês, Schnauzer e Rottweiler. Ela acrescenta que os níveis nutricionais de cada produto também se diferenciam conforme o requerimento energético de cada raça, que pode variar de acordo com seu metabolismo, porte e percentual de gordura.
Os diferentes tipos de pele e pelagem também podem se beneficiar das rações específicas. “Raças como o Shih Tzu têm pele mais fina; já o Pug apresenta pele mais grossa e com dobras. No Yorkshire, a pelagem é longa; no Spitz Alemão; densa e com subpelo; e no Poodle, cacheada”, lembra Priscila.
Marina, da PremieRpet, conta que, na ração própria para o Pug, há uma maior necessidade de otimizar a qualidade da pele e da pelagem, com inclusão de biotina e ácido pantotênico, pois a raça tem predisposição a alterações cutâneas. O alimento apresenta, ainda, grão em formato especial, para facilitar a preensão e estimular a mastigação, contribuindo para a redução da aerofagia, condição comum que afeta a raça, por serem cães braquicefálicos; e maior inclusão de proteína, por conta da musculatura mais desenvolvida; e menor teor de gordura, devido à predisposição à obesidade, entre outros ingredientes adicionais.
Na ração do Spitz Alemão da PremieRpet, há maior concentração de ômega-3 para a máxima qualidade de pelagem e pele, além de aditivos para otimizar a saúde articular, pois a raça tem predisposição a alterações osteoarticulares; e adição de hexametafosfato de sódio para prevenção de cálculos dentários, que acometem a raça com frequência, entre outros aditivos. Para o Shih Tzu e os Bulldog Francês e Inglês, o grão tem formato especial, hexametafosfato de sódio, sulfato de glicosamina e condroitina, extrato de yucca e maior inclusão de ômega 3, prebióticos, biotina e ácido pantotênico.
Outras raças com alimentos próprios disponibilizados pela PremieRpet são: Golden Retriever, cujo diferencial é a adição de taurina, aminoácido importante para o funcionamento do miocárdio, uma vez que a raça tem predisposição ao desenvolvimento de cardiomiopatia dilatada associada à deficiência de taurina; Labrador, com menor densidade energética e adição de L-carnitina, pois trata-se de uma raça com predisposição à obesidade; Lhasa Apso, com maior inclusão de vitamina A, devido à maior predisposição a alterações oculares; Maltês, com farinha de carne e ossos de peru, devido à maior sensibilidade digestiva; Pit Bull, com maior concentração de proteína e inclusão de aminoácidos de cadeia ramificada para síntese e manutenção de massa magra; e Yorkshire Terrier, com pH urinário mais alcalino, devido à predisposição da raça ao desenvolvimento de cálculos.
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Colaboraram com a matéria
Letícia Tortola Médica-veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil.
Lívea Maria Gomes Zootecnista mestre em produção animal. Atua como analista de Treinamento Técnico-Comercial na Adimax.
Manuela Marujo Zootecnista, com mestrado e doutorado em nutrição animal. Nutricionista da UltraAlimentos.
Marina Macruz Médica-veterinária e Supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet®.
Priscila Rizelo Médica-Veterinária e Coordenadora de Comunicação Científica da Royal Canin Brasil.
Waldelucia de Araújo Médica-veterinária, especialista em nutrição pet, Gerente Técnico Comercial da FVO Alimentos
Por Lila de Oliveira
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