Não confunda este felino com pintas de Jaguatirica com os demais gatos domésticos de aparência silvestre. Diferentemente do Bengal, Chausie, Savannah, Toyger, Caracat, Pixiebob e Serengeti, ele não resulta de cruzamento com felino selvagem. Seus ancestrais são os gatos Abissínio e o Siamês.
Tudo começou em 1964, quando Virginia Daly, de Michigan, Estados Unidos, quis obter Abissínios com a marcação ponteada típica do Siamês (patas, orelhas, rosto e cauda mais escuras que o tronco).
Para tanto, cruzou um Abissínio vermelho com uma Siamês seal point. Os filhotes, porém, vieram com visual de Abissínio. Virginia não se deu por vencida. Cruzou uma fêmea daquela ninhada com um Siamês chocolate point e, dessa vez, deu certo.
Obteve o planejado Abissínio com coloração de Siamês e, como bônus, veio um filhote surpresa, fora de qualquer expectativa. “Era um divino pequeno garoto com pintas douradas’’, declarou Virginia em reportagem concedida em 1988 à Ocicats International Newsletter. O pintadinho foi Tonga, o primeiro Ocicat conhecido do planeta.
Novos filhotes com pintas nasceram de outros cruzamentos similares. Com eles, Virginia, que tinha vendido Tonga, resolveu iniciar a criação de uma nova raça: o Ocicat. Para tanto, conseguiu apoio da Cat Fanciers’ Association (CFA), que, em 1966, passou a registrar os filhotes como raça em formação.
Mais criadores aderiram ao programa. Um engano acabou trazendo para o plantel o gene da marcação prateada (silver), típica do American Short-hair. Isso aconteceu por terem sido usados inadvertidamente um Abissínio e um Siamês mestiços nos acasalamentos, cada qual com um dos pais American Shorthair. A criação prosseguiu e, em 1987, o Ocicat era reconhecido definitivamente pela CFA.