
Os cães de 5 a 15 anos de raças pequenas, como Poodle, Dachshund e Yorkshire, têm mais predisposição a desenvolver a doença. Entre as causas estão a propensão genética, obesidade, uso contínuo de algumas medicações à base de corticoide, o hiperadrenocorticismo (doença hormonal), a pancreatite e a doença renal.A veterinária destaca que o aumento de casos também pode estar associado à dieta e aos hábitos dos tutores, que refletem na vida de seus bichinhos de estimação. As pessoas devem ficar atentas a sintomas como o aumento da ingestão de água, da frequência urinária, do apetite e a perda de peso. O tratamento é realizado com aplicações de insulina, dieta adequada, atividades físicas e controle de possíveis complicações.
Prevenção
Os check-ups semestrais são importantes para a prevenção e para o diagnóstico precoce, feito por meio de exames de sangue e urina. “O ideal é manter o peso adequado, a alimentação balanceada, estimular o pet a brincar e a praticar atividades físicas e levá-lo sempre ao veterinário”, orienta a Dra. Camila. Veja a seguir as complicações que podem ocorrer caso a doença não seja tratada adequadamente:
Consequências
Catarata – Alteração muito comum que ocorre devido ao acúmulo de sorbitol (produto decorrente do excesso de glicose) no cristalino, dando um aspecto opaco aos olhos e levando à cegueira. O tratamento cirúrgico é recomendado nesses casos, e o quanto antes diagnosticada a catarata maior a chance de sucesso.
Infecções – Causadas por bactérias ou fungos são muito comuns nos pets diabéticos. Isso porque o alto teor de glicose no sangue favorece o crescimento desses microrganismos. Qualquer infecção detectada deve ser tratada adequadamente com acompanhamento do veterinário, e o não tratamento pode resultar em descontrole da glicemia.
Cetoacidose diabética – Complicação gravíssima do diabetes que pode levar à morte. Ocorre normalmente nos bichinhos não tratados (os donos ainda não descobriram a doença) ou em pets instáveis (sem controle adequado). Requer internação e tratamento intensivo, e pode levar dias para estabilização do quadro.
Hipoglicemia – Diminuição da glicemia, podendo levar a alterações de comportamento, andar cambaleante, convulsão e até ao coma. Ocorre normalmente por aplicação errada de insulina ou alimentação em menor quantidade que a recomendada, e pode precisar de acompanhamento do veterinário e até internação em casos mais graves.