Cabe ao médico-veterinário seguir o Código de Ética da profissão nas relações com os animais, os responsáveis por eles e os colegas de profissão.
A Medicina Veterinária é imprescindível ao progresso econômico, à garantia da saúde única que engloba animais, homens e meio ambiente e ao bem-estar dos animais. Além do conhecimento técnico, exige aprimoramento profissional e obediência aos princípios éticos dos profissionais que a exercem.
A sociedade demanda um conjunto de normas e regras para normatizar o convívio e induzir o respeito entre seus integrantes. Cada categoria, ao elaborar ou atualizar um Código de Ética profissional, busca orientar a conduta dos seus membros. Além disso, torna público o cuidado e os valores que regem suas atividades.
A ética diz respeito aos princípios e valores que norteiam o comportamento dos indivíduos e dos grupos. Ser ético significa agir dentro dos padrões convencionais, garantir o bem social, proceder bem e não prejudicar o próximo.
Na rotina de trabalho, implica cumprir com todas as atividades da profissão, seguindo os princípios determinados. O comportamento ético deve estar presente na relação do médico-veterinário com o cliente, com o paciente que está sob sua responsabilidade e também com os demais colegas de profissão.
Ainda na Universidade é fundamental que os alunos de Medicina Veterinária tenham acesso e estudem o Código de Ética da profissão. O documento é público e está disponívelpara consulta de quem desejar, no site do Conselho Federal de Medicina Veterinária. No Código de Ética, instituído pela Resolução CFMV nº 722/2002, estão detalhados os princípios fundamentais da profissão, os deveres, direitos e normas sobre o comportamento profissional, responsabilidade, relação com os colegas e honorários. É importante que cada médico-veterinário dedique um tempo a conhecer os seus direitos e deveres profissionais que, ao resultar numa conduta exemplar, vão servir para a sua proteção e para a prestação de um serviço de excelência à sociedade.
A garantia de que o comportamento ético está presente na relação profissional é dada pela atuação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária.
Comprometidos com a função social, os conselhos atuam para coibir a atividade dos maus profissionais e daqueles que exercem a profissão ilegalmente.
A fiscalização é feita por profissionais qualificados, capazes de orientar sobre as normas vigentes e averiguar irregularidades na atuação dos médicos-veterinários, protegendo, assim, a sociedade e os animais de um eventual exercício profissional inadequado. Portanto, ações feitas, com o máximo de responsabilidade, para proteger a sociedade e os bons médicos-veterinários não podem ser vistas como perseguições.
Todo cuidado é necessário para evitar que ocorram situações onde a ética é deixada de lado, resultando em estabelecimentos irregulares, sem estrutura adequada, prestação de serviços precários, prejudicando os animais e, em muitos casos, os próprios médicos-veterinários. Interpretações equivocadas do Código de Ética da Medicina Veterinária, sem a devida reflexão e divulgadas como se verdades fossem, podem causar prejuízos imensuráveis a uma profissão digna do respeito da sociedade brasileira.
Exercer a Medicina Veterinária com dignidade e consciência, significa observar as normas de ética profissional previstas, a legislação vigente, e pautar seus atos por princípios morais de modo a se fazer respeitar, preservando o prestígio e as nobres tradições da profissão.
Seguindo as demandas criadas pelaevolução da Medicina Veterinária e pela ampliação das áreas de atuação, o Código de Ética dos médicos veterinários está em processo de atualização pelo Conselho Federal, tendo recebido, nos últimos anos, contribuições dos Conselhos Regionais, dos profissionais médicos-veterinários e também da sociedade.
Certos de que ninguém deve nos substituir na tarefa de buscar a excelência, ressaltamos que há espaço para atuação de todos os bons profissionais. Seja qual for a área de atuação na Medicina Veterinária, é preciso conhecer e respeitar as normativas existentes e que devem valer para todos.
Agradecemos a colaboração de Benedito Fortes de Arruda, médicoveterinário presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária.
Revisão de estilo: Marcos Pennacch
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