Atendimento veterinário com menos estresse

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Permanecer tranquilo durante os procedimentos veterinários é benéfico para o animal, para seus donos e para os profissionais que o atendem. 
Cada vez se fala mais no manejo de animais visando resguardá-los ao máximo do estresse. O tema foi abordado em recente simpósio de referência na área do comportamento animal do qual participei, promovido pela American Veterinary Society of Animal Behavior (AVSAB), em Las Vegas, Estados Unidos.
Foto de David Mark por Pixabay
Existe hoje um movimento de clínicas que procuram se adaptar para tornar mais tranquila a permanência dos animais. Como exemplo, alguns estabelecimentos norte-americanos já utilizam sala de espera que separa os cães dos gatos e investem em música clássica e em luz reduzida na recepção. Muitos veterinários cobrem o tampo liso e frio das mesas de atendimento dos animais com tecido emborrachado com antiderrapante nos lados de cima e de baixo.

Durante o simpósio, foi colocada a necessidade de dessensibilizar alguns procedimentos. Para isso, as clínicas têm treinado funcionários, em especial aqueles  responsáveis pelo manejo dos animais. Eles aprendem cuidados como a melhor maneira de colocar focinheira e de aplicar injeção. Durante a aferição da temperatura retal, a sugestão é usar brinquedo com comida dentro para manter o cão entretido.

Foto de Stephen Cruickshank por Pixabay

A utilização de psicoativos em animais com problemas comportamentais, como ansiedade e agressividade, ainda é assunto bastante polêmico. Por um lado, nos Estados Unidos esse recurso tem sido adotado com maior frequência para tornar os pets mais relaxados e facilitar a avaliação e o tratamento clínico deles. Há até alguns casos em que clientes solicitam o procedimento preventivamente.

De outra parte, muitos profissionais acreditam que problemas de comportamento não devem ser tratados apenas com medicação. Consideram ideal a maior aproximação entre médicos-veterinários e especialistas em comportamento animal para a melhoria do manejo.

No Brasil, um trabalho de sensibilização dos veterinários para o assunto vem sendo desenvolvido há algum tempo. A ideia é que o trabalho em conjunto do veterinário com o especialista em comportamento animal resulte em atendimento mais eficiente e assertivo, principalmente para pets com distúrbios de comportamento. Com isso, todos ganham. Os animais, por ficarem mais tranquilos durante o procedimento clínico. Seus donos, por se estressarem menos ao ver o pet em paz. E os profissionais, por conseguirem atender com mais calma e de forma menos traumática para todos. Esse é um relacionamento que ainda está sendo construído e que tem tudo para dar certo e ampliar ainda mais o bem–estar dos animais.

Agradecemos a colaboração de Alexandre Rossi, que é especialista em comportamento animal e sócio-fundador da empresa de adestramento Cão Cidadão em domicílio e de consultas de comportamento Revisão de estilo: Marcos Pennacchi

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