Edição 500 – 43 anos de história!

Para comemorar essa edição especial da Cães & Cia, conversamos com alguns leitores cujas vidas foram influenciadas pela revista

Foto: Divulgação

Não é todo dia que temos a oportunidade de celebrar um marco tão importante da revista em um ano tão especial. Em 2022, a revista Cães & Cia completa 43 anos, e chega à sua edição de número 500, justamente no ano em que a Exposição Mundial de Cães (World Dog Show), é realizada no Brasil e quando a cinofilia brasileira completa 100 anos (veja reportagem especial feita na edição 496, de abril/maio de 2022). Pensando em como deixar essa revista ainda mais especial, nas próximas páginas, trouxemos depoimentos de leitores antigos e assíduos da revista. Muitos deles, tiveram influência da revista em suas vidas e escolhas profissionais, tornando-se médicos-veterinários e criadores de cães de raça. Esperamos que você se identifique com os depoimentos que verá a seguir!

LEITOR DE LONGA DATA

Foto: Arquivo Pessoal
Ivan Luis Cruz Gomes é leitor desde os 10 anos de idade e chegou a ser fotógrafo da Cães & Cia

“Comecei lendo a revista Cães& Cia ainda criança, no início dos anos 1980 e nunca mais parei. Minha avó Alice tinha uma irmã, tia Cinira, que era assinante da revista. Minha avó me deixava ler as revistas, mas não podia levá-las para casa. Muito do que hoje sei sobre respeito e responsabilidade, aprendi nessa fase da minha vida. Era difícil conter a ansiedade pela chegada da próxima edição. Quando tia Cinira faleceu herdei dezenas de revistas dela. Cheguei a ter uma quantidade tão absurda de exemplares que fui obrigado a criar pastas divididas por assuntos, referentes a cães. Tenho guardadas edições íntegras do início dos anos 1980. Uma das edições que mais me marcou foi a de nº34 de 1982, na qual o papagaio da tia Cinira apareceu na sessão ‘Álbum do leitor’. Tenho esta revista até hoje. Eu achei aquilo o máximo, e já naquela época decidi que iria estudar publicidade, propaganda e fotografia e também trabalhar com cães. Eu tinha apenas 11 anos. No ano de 1989 registrei meu primeiro canil, no Clube do Fox Paulistinha: o canil Dazanas. Em 1997 registrei o canil Higashi No Hoshi, de Akita Inu, raça que criei por pouco tempo. No ano de 2000 passei a prestar serviços profissionais como repórter fotográfico, inclusive para a Cães & Cia, na época, da Editora Fórix, comandada por Marcos Pennacchi, Anita Soares, Flávia Soares, Fabio Bense, Ângela Finocchiaro. Havia chegado onde sonhara chegar um dia, 20 anos depois de ter começado a ler a revista Cães & Cia, eu estava lá, fotografando cães para ela. Em 2012 me mudei para Sacramento-MG. Na época eu tinha uma SRD e um Australian Cattle Dog. E logo percebi que na região havia um certo tipo de cão de caça que eu não sabia exatamente qual raça era. Em 2013 numa edição da revista Cães & Cia fiquei sabendo que era uma raça chamada Rastreador Brasileiro. Descobri que tinha todas as edições com matérias sobre o Rastreador Brasileiro, o que favoreceu enormemente minha pesquisa sobre esse cão. Isso me motivou ainda mais a entrar na raça e me tornei criador pelo Serra da Canastra. No início de 2022 comecei a organizar um livro sobre a raça e minha coleção de revistas foi fundamental para sua construção. Só tenho a agradecer aos cães e à revista, que me acompanhou dos 10 aos 52. Longa vida à Cães & Cia! ” Ivan Luis Cruz Gomes, 52 anos, fotógrafo e criador de cães.

REVISTA INFLUENCIOU HOBBY DE ILUSTRAÇÃO

Fotos Arquivo Pessoal e Instagram @animalustration
Higor Laite, de 34 anos, lê a revista desde criança e tem como hobby, fazer ilustrações de cães de raças: começou a desenhar copiando as capas da Cães & Cia quando criança

“Desde criança tenho uma grande paixão por cães, portanto, meu pai comprava as edições da Cães & Cia mensalmente para mim. Cheguei a ter a edição número 1 da revista! Quando criança, em uma viagem à São Paulo, meu pai me levou na editora da revista para conhecê-la e, na ocasião, ganhei vários exemplares de presente. Já tive vários cães de raças distintas, como Pastor Alemão e Boxer. Hoje temos um Golden Retriever que se chama Joaquin, embora meu sonho seja ter um Bulldog Inglês. Pelo fato de ter mudado de cidade – sou originário de Londrina-PR, mas moro em Presidente Prudente–SP atualmente – leio a Cães & Cia digitalmente – e assiduamente – e estou sempre acompanhando a cinofilia no Brasil e no mundo afora. Como tenho essa grande paixão por cães, comecei a fazer ilustrações de raças como hobby, que divulgo na minha página do Instagram @animalustration. Desde criança sempre gostei de desenhar, inclusive, pegava as capas da revista Cães & Cia e as desenhava no papel. Minhas ilustrações de hoje são desenhadas digitalmente no iPad, e venho apurando minha técnica entre o realismo e a pintura acrílica digital. Quero muito ilustrar uma enciclopédia com todas as raças do mundo, tenho isso como meta. Recebo mensagens de pessoas do Brasil e do Exterior querendo uma arte do seu pet e isso é muito gratificante. Cães & Cia muito obrigada!” Higor Laite, 34 anos, trabalha como empresário no setor da construção civil.

ASSINANTE DESDE OS 10 ANOS

Foto Arquivo Pessoal
Fernanda Peijo Miguel Alves e seus cães, Bia e Theo, com coleção da revista que ela guarda até hoje

“Assino a revista desde os 10 anos de idade e sou de Agudos-SP. Minhas amigas assinavam revistas de adolescente como Capricho e Toda Teen e eu amava a Cães & Cia. Tinha uma seção dos leitores em que até troquei cartinhas com outras crianças. Eu queria ter todos os cães! Ficava vendo os canis do guia no final da revista e pedindo para a minha mãe, que ficava enlouquecida. Naquela época queria ser veterinária e dizia que iria enquadrar todos os pôsteres da revista e colocar no meu consultório (risos). Como colecionava os exemplares, meu pai os encadernava elas para mim, para que durassem mais.
Bons tempos depois, a minha cachorrinha atual, a Bia, foi convidada para ser a primeira embaixadora pet da revista (Instagram:@bianilha) e sua foto virou pôster na revista. Imagina minha alegria e felicidade! Até meu avôzinho que a Bia cuidava ganhou homenagem na revista quando virou estrelinha.
Estamos sempre conversando com o pessoal da revista, vendo as novidades. E minha alegria é a mesma de quando um novo exemplar com cheirinho de revista nova chegava em casa na minha infância. Ou seja, a revista participou de grandes momentos da minha vida. Fico muito grata e feliz de fazer parte dessa história. Desejo muito mais sucesso e que esse cheirinho de revista nova peculiar nunca pare de chegar e nos deixar felizes com cada focinho e patas e a cada virada de página. Muito obrigada Cães & Cia! Fernanda Peijo Miguel Alves, 32 anos, advogada.

MOMENTO ESPECIAL

Fotos: Arquivo Pessoal
Sandra Ferreira Bastos e o Golden Hans Kelsen 10 anos antes e 10 anos depois, lendo juntos a Cães & Cia

“Tirei essa primeira foto há 10 anos, por pura brincadeira. Na ocasião, tinha sentado para folhear uma Cães & Cia na banca quando o meu cliente, o Golden HansKelsen, na época com 1 aninho só, sentou atrás de mim como se estivesse lendo a revista. E aproveitei o momento fofo para tirar a foto. Sou dogwalker há quase 18 anos em São Paulo-SP e o Kelsen é meu cliente desde os 3 meses de vida até hoje, agora com 10 anos. Resolvi reproduzir essa foto de antes e depois também como uma brincadeira. Para isso entrei em contato com a revista e pedi o mesmo exemplar que folhe ei na época, com o Pequeno Lebrél na capa, para conseguir reproduzir esse momento. Gosto muito da revista porque tem umas matérias muito interessantes, especialmente de quem trabalha com treinamento, como o adestrador Jorge Pereira, e eu gosto de acompanhar. Tudo que tem a ver com o mundo pet é bastante interessante.” Sandra Ferreira Bastos, 45 anos, atua como dogwalker.

MOMENTO ESPECIAL

Foto: Arquivo Pessoal
Igor Roland assina a revista desde os 9 anos e se segue a carreira de veterinária pelo seu amor aos animais

“Sempre tive verdadeira paixão por animais, principalmente cães. Aos 9 anos de idade conheci e comecei a colecionar a Cães & Cia, pois via nela a possibilidade de aprender tudo sobre as raças de cães e gatos, além de biologia e manejo de pets não convencionais em uma época que ainda não era comum ter computador e internet para pesquisar, em 1998. É um prazer imenso poder contar um pouco da minha trajetória com a revista que, para mim, sempre foi cheia de significado. Cresci em Niteró-RJ, em uma família que não ligava muito para conviver com bichos, então os que ganhei foram graças a muita insistência. Tive dois Pinschers na infância e 1 Labrador, o Bryam, o qual me acompanhou pela adolescência inteira, falecendo aos 8 anos de um câncer agressivo mesmo após cirurgias e quimioterapia (o que me levou a estudar e ter grande interesse pela área da Oncologia). Além deles, tive vários outros animais, desde camundongo até codorna. Uma matéria que eu adorava nas edições mais antigas da revista era o ‘Certo x Errado’ de cada raça, mas lia tudo, inclusive os classificados, que era a forma de conhecer os melhores canis e criadores. Dessa forma, meu solhos brilham quando vejo que no mundo ainda há pessoas empenhadas em dar o máximo para preservar e aperfeiçoar características físicas e temperamentais de cada raça ao participar de exposições e provas de trabalho, além de presenciar o espaço que os animais vêm conquistando junto ao ser humano. A certeza de que queria ser médico-veterinário sempre existiu, mas a vida me empurrou a cursar Direito quando terminei o ensino médio. Aos 29 anos resolvi ingressar no curso de Medicina Veterinária porque não via sentido em deixar um sonho para trás. Assim, hoje olho para a coleção de revistas e vejo que minha vida sempre fez mais sentido quando voltada ao estudo e cuidado dos animais. Atualmente, tenho duas calopsitas, o Geruso e a Emellyn, que são fundamentais na minha vida e, em breve, ao me formar e ir morar em uma casa, pretendo começar uma criação comercial de aves ornamentais e voltar a ter cães, agora com objetivo de participar de provas de canicross e IGP.” Igor Roland Mathias Netto da Silva, 33 anos, graduando em Medicina Veterinária.

Por Samia Malas



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